Negócios
Atletas olímpicos têm carreiras paralelas para se manter

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Os atletas que ganham medalhas nas Olimpíadas são frequentemente recompensados com prêmios em dinheiro que variam dependendo do país. Esses pagamentos, porém, não chegam para a maioria dos participantes. Aqueles que deixam a competição sem pisar no pódio frequentemente precisam de outros empregos para financiar seus sonhos olímpicos, apesar de estarem entre os melhores atletas do mundo.
Segundo uma pesquisa de 2024 da Global Athlete, grupo de defesa focado no bem-estar dos atletas, cerca de 71% dos atletas olímpicos, paralímpicos e aspirantes relatam ter um emprego remunerado fora do esporte. Em 2020, 58% de quase 500 atletas de elite entrevistados pela organização disseram não se considerar financeiramente estáveis. Muitos competidores afirmaram depender de dinheiro dos pais, prêmios de campeonatos e empregos flexíveis para financiar seus empreendimentos atléticos.
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Para chegar às Olimpíadas, a conta inclui anos de treinamentos caros e horas diárias de preparação, o que muitas vezes dificulta manter outro emprego em tempo integral. Treinar para esportes como tiro com arco, tênis de mesa, esgrima e ginástica pode custar dezenas de milhares de dólares por ano, além dos custos de viagem para competições, equipamentos e outras despesas.
Alguns desses custos ficam a cargo do atleta ou de sua família, mas outros são cobertos por bolsas de estudo ou subsídios. Neste ano, quase 90% dos brasileiros na Olimpíada fazem parte do Bolsa Atleta, programa mantido pelo governo federal desde 2005. Por meio do auxílio, os competidores na categoria Pódio – com chance de chegar às finais e levar uma medalha para casa – podem receber até R$ 16.629,00 por mês.
Em Tóquio 2020, dos 309 competidores brasileiros, 33 conciliavam o esporte com outros empregos, 131 não tinham patrocínio, 36 realizavam permutas e 41 faziam vaquinhas para arrecadar dinheiro.
De acordo com os valores definidos pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil), nas modalidades individuais, medalhistas brasileiros de ouro recebem R$ 350 mil, enquanto os de prata R$ 210 mil e os de bronze R$ 140 mil.
Outros países pagam muito mais — Cingapura premia os medalhistas de ouro com US$ 737.000 (R$ 4,2 milhões), segundo a CNBC em 2021 (o país não ganha uma medalha olímpica desde 2012), e Cazaquistão, Malásia, Itália e Filipinas pagam entre US$ 200.000 (R$ 1,1 milhão) e US$ 250.000 (R$ 1,4 milhão) pelo ouro.
Atletas que dividem o esporte com outra profissão
Jack Laugher, medalhista de bronze da Grã-Bretanha no salto ornamental, e Robbie Manson, remador da Nova Zelândia, publicam conteúdo pago no site de assinaturas OnlyFans para conseguir se sustentar. “Ganho mais do que o dobro do que ganharia como atleta. Interpretem como quiserem, mas estou ganhando mais com o OnlyFans do que com o remo”, disse Manson à Reuters.
A boxeadora dos EUA Morelle McCane, que foi eliminada da disputa por medalhas em uma luta apertada nas oitavas de final, teve vários empregos flexíveis pagos por hora. Trabalhou como palhaça de festa de aniversário, supervisora de creche e entregadora para chegar aos Jogos de Paris 2024.
Olivia Coffey, remadora norte-americana, fez carreira no mercado financeiro e é associada sênior da One Equity Partners, empresa de fundos de private equity.
O nadador Nic Fink, três vezes medalhista em Paris, o campeão de arremesso de peso Canyon Berry e o escalador Jesse Grupper, todos norte-americanos, trabalham como engenheiros fora do período de Jogos.
Influenciadores como segundo trabalho
Para atletas como Rebeca Andrade e Rayssa Leal, a fama vai além do esporte. Com quase 20 milhões de seguidores somados no Instagram, as brasileiras marcam presença nas redes sociais e conquistam grandes marcas como patrocinadoras com o engajamento entre o público. Com seus riscos e oportunidades, a nova onda de atletas-influencers vem conquistando competidores ao redor do mundo, como as norte-americanas Simone Biles, Sunisa Lee e Iloha Mader.
Sucesso como atletas
Alguns competidores, no entanto, fizeram fortuna com seus esportes fora dos jogos olímpicos. Simone Biles, maior medalhista da ginástica, ganhou US$ 7,1 milhões (R$ 40,7 milhões) no ano passado, segundo estimativas da Forbes.
Jogadores da NBA, como o bilionário LeBron James, Giannis Antetokounmpo e Stephen Curry são os atletas mais bem pagos de Paris 2024, com ganhos em 2023 entre US$ 102 milhões (R$ 587 milhões) e US$ 128,8 milhões (R$ 742 milhões) cada, seguidos pelos golfistas John Rahm, Rory McIlroy e Scottie Scheffler e pelos tenistas Novak Djokovic, Carlos Alcaraz e Iga Świątek.
Das Olimpíadas aos estudos
A carreira de um atleta de alto rendimento pode começar cedo e terminar antes mesmo dos 30 anos. Por isso, alguns esportistas preparam os próximos passos profissionais em outros ramos. Rebeca Andrade, por exemplo, concilia os treinamentos e as vitórias olímpicas com os estudos em psicologia.
Flavia Saraiva, companheira da atleta na ginástica, cursa publicidade, e a veterana Jade Barbosa se formou em marketing. O ginasta Rayan Dutra cursa educação física, a tenista Beatriz Haddad é formada em administração e a porta-bandeira da delegação Raquel Kochhann, capitã da seleção feminina de Rugby, é formada em educação física.
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Medalhistas que apostaram no empreendedorismo
Após o sucesso no esporte, alguns atletas também decidiram apostar em seus próprios negócios. Confira alguns:
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Negócios
BP Nomeia Meg O’Neill, da Woodside, Como CEO após Saída Repentina de Auchincloss

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A gigante britânica do petróleo e gás BP nomeou Meg O’Neill, da Woodside Energy, como sua próxima CEO, sendo a primeira contratação externa para o cargo em mais de um século e a primeira mulher a liderar uma das cinco maiores petrolíferas, num momento em que a empresa volta a apostar nos combustíveis fósseis.
O’Neill, uma veterana da Exxon, assumirá o cargo em abril, após a saída abrupta de Murray Auchincloss, a segunda mudança no comando em pouco mais de dois anos, à medida que a petrolífera britânica se esforça para melhorar sua lucratividade e o desempenho de suas ações, que durante anos ficou atrás de concorrentes como a Exxon.
A empresa embarcou em uma grande mudança de estratégia no início deste ano, cortando bilhões em iniciativas planejadas de energia renovável e voltando seu foco para os segmentos tradicionais do petróleo e gás. A BP prometeu se desfazer de US$20 bilhões em ativos até 2027 e reduzir a dívida e os custos, incluindo sua unidade de lubrificantes Castrol.
Contratação de alto perfil
O’Neill, norte-americana de 55 anos, natural de Boulder, no Colorado, dirige a Woodside desde 2021 e anteriormente passou 23 anos na Exxon Mobil.
“Trata-se claramente de uma contratação de alto nível e, provavelmente, de algumas das mudanças que os acionistas da BP estavam procurando”, disse Dan Pickering, diretor de investimentos da Pickering Energy Partners.
Sob a liderança de O’Neill, a Woodside se fundiu com o braço petrolífero do Grupo BHP para criar uma das dez maiores produtoras globais independentes de petróleo e gás, avaliada em US$ 40 bilhões (R$ 220,7 bilhões na cotação atual), e dobrou a produção de petróleo e gás da Woodside.
A aquisição levou a empresa para os EUA, onde se expandiu para o gás natural liquefeito em terra na Louisiana.
As ações da Woodside caíam até 2,9% após o anúncio de sua saída. Já as ações da BP subiam 0,27%.
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Negócios
Estée Lauder Nomeia Nova CMO no Brasil

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A Estée Lauder, companhia global de beleza, anunciou Viviane Pepe como nova diretora sênior de comércio digital e marketing no Brasil.
Antes de assumir o novo cargo na Estée Lauder, a executiva atuava como CMO da Boca Rosa Company. “Com sentimento de missão cumprida e muito a agradecer, chego ao final deste capítulo mais que especial de carreira na Boca Rosa Company”, compartilhou em uma publicação no LinkedIn.
Com mais de 20 anos de carreira em marcas globais, Viviane já liderou a área de marketing na Natura e atuou como diretora de comunicação na Avon.
Formada em publicidade pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), possui MBAs em marketing e neurociência. A executiva também atua como conselheira, mentora e jurada em premiações do setor.
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Negócios
Remuneração em 2025: O que Entrou na Pauta do RH

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Chegou dezembro (já?) e resolvi resgatar as apostas que fiz no meu artigo de janeiro quanto aos assuntos que poderiam ser destaque na pauta dos gestores de RH em 2025, considerando o que vinha sendo discutido até então nas minhas interações com organizações dos mais diferentes perfis e portes.
Dentre esses temas, citei o investimento em IA, pauta que realmente se mostrou presente em 100% das empresas que atendi este ano; ações de diversidade e inclusão, que vinham mobilizando muito as empresas em 2024, mas que perderam tração em 2025; flexibilização de benefícios, sendo esta uma alternativa financeiramente mais interessante para reforçar a oferta de valor aos funcionários; investimento em incentivos de longo prazo, especialmente as Stock Options, que já vinham sendo discutidas como ferramentas de característica mercantil junto ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça); além do reforço à governança corporativa e aos comitês de pessoas, que trariam maior segurança e assertividade às práticas de gestão.
Mas, na prática, o que aconteceu foi que vivemos um ano de grandes inseguranças e instabilidades nas empresas. Muitas organizações estão tendo dificuldades para fechar o ano entregando resultados suficientes para gatilhar os planos de bônus. A batalha para o controle do turnover não parece estar nem perto do fim, mesmo com as ações do RH para a modernização de seus programas e políticas. O investimento em ferramentas tecnológicas não se mostrou tão simples quanto parecia, uma vez que os processos e sistemas legados não tombam facilmente para novas plataformas, que também demandam alto investimento e concorrem com outras frentes de transformação digital do negócio.
Diferentemente do que prevíamos, e enquanto essa realidade nada animadora foi tomando conta do calendário, os temas que acabaram se tornando pauta das publicações por aqui nos últimos meses foram:
EVP (Employee Value Proposition)
Só o salário não é capaz de assegurar a performance da equipe. São necessárias muitas outras iniciativas dentro da oferta de valor trabalhada pelas áreas de RH para que uma empresa seja capaz de atrair, motivar, engajar e reter talentos adequados e alinhados aos valores corporativos.
Performance corporativa vs Remuneração
O rigor na fundamentação técnica dos programas de incentivos é fundamental para que eles cumpram seu papel de passar mensagens e alinhar esforços coletivos. Mas o frenesi midiático a partir de interpretações equivocadas dos programas não tem ajudado em nada na percepção do mercado quando o assunto são os resultados das empresas de capital aberto.
Síndrome do cargo fictício
O sucesso de um profissional tem sido medido pela sua velocidade de progressão entre cargos. Mas para dar vazão às expectativas de encarreiramento do time, empresas passaram a conceder o título do cargo sem que necessariamente houvesse um reflexo nas reais atribuições do profissional, em seu nível de autonomia ou impacto no negócio. Neste movimento, o cargo passa a existir no papel, mas não na prática, e a remuneração tende a não acompanhar valores típicos de mercado.
Exposição da remuneração executiva
A XP publicou, e em seguida tirou do ar (não sem antes causar grande furor), um relatório no qual havia divulgado a remuneração de grandes executivos do mercado, a partir de dados extraídos dos Formulários de Referência da CVM. De fato, esse relatório deveria ser uma fonte confiável de dados para apoiar a tomada de decisão dos acionistas. Entretanto, mesmo para profissionais de remuneração, esses dados são bastante nebulosos. Não é raro encontrar inconsistências entre as informações utilizadas internamente para a gestão dos executivos e os números divulgados.
Pejotização dos contratos de trabalho
A legislação prevê a possibilidade de contratação de profissionais para a prestação de serviços no modelo PJ, ainda que haja habitualidade e pessoalidade, e mesmo que para atuação em áreas fim do negócio. O que define a existência de vínculo empregatício é a subordinação. Mas existem cuidados a serem tomados para evitar riscos jurídicos na migração do modelo CLT para o modelo PJ, tais como a aplicação da linha de corte de hipersuficiência, a distinção de nomenclaturas dos cargos, além de práticas distintas de gestão de pessoas.
Riscos e vieses da gestão financeira
Quando uma empresa desenha sua estratégia de remuneração, cada escolha carrega mensagens poderosas. O mercado de comparação, o nível de competitividade, o equilíbrio entre salário fixo e variável, os mecanismos de premiação – tudo isso influencia comportamentos, expectativas e, principalmente, decisões. Os programas de remuneração variável são ferramentas valiosas para alinhar interesses, engajar talentos e impulsionar resultados. Mas precisamos ir além do discurso. É urgente investir em letramento financeiro para executivos, criar espaços de diálogo sobre riscos e preparar as pessoas para lidar com as incertezas do mercado.
Mais segurança jurídica para os planos de Stock Options
O STJ reconheceu oficialmente a natureza mercantil desses programas, tornando a premiação muito mais atrativa em razão da eficiência tributária. Antes disso, parte da Fazenda Nacional e da Receita Federal defendia que os lucros “embutidos” na diferença entre o preço de mercado e o preço de exercício configurariam remuneração disfarçada, tributável como renda do trabalho — e não como ganho de capital.
O futuro da remuneração está na tecnologia
A transformação digital e as novas expectativas das gerações Y e Z vêm demandando evoluções nos processos do RH, incluindo na gestão salarial. Não se pode mais pautar as decisões sobre a carreira das pessoas no caso a caso e na base da discricionariedade. Ferramentas que garantam credibilidade, agilidade e transparência são essenciais para sustentar esse novo paradigma de gestão da remuneração.
Das questões que se mostravam urgentes no início do ano, poucas permaneceram em destaque sem serem atropeladas pelos desafios de negócio e pelos incêndios a serem apagados. E enquanto vemos proliferar eventos sem fim para discutir as “tendências” de gestão de RH e de remuneração, a realidade de cada empresa se impõe e exige de seus líderes cada vez mais soluções personalizadas e individualizadas. Nesse jogo, ganha quem tem visão de negócio, consistência técnica, flexibilidade e muita resiliência.
*Fernanda Abilel é professora na FGV e sócia-fundadora da How2Pay, consultoria focada no desenho de estratégias de remuneração.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
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