Saúde
Implante cerebral vai ajudar pessoas com limitação de fala a se comunicar
Não é só a Neuralink de Elon Musk que está testando o potencial dos chips cerebrais. Um novo implante cerebral testado por bioengenheiros do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) mostrou ser o melhor até agora em traduzir sinais cerebrais gerados a partir da “fala interna”. A esperança é usá-lo para ajudar pessoas com limitações de fala a se comunicar apenas com o pensamento.
Desafios do implante cerebral
Assim como o chip da Neuralink, o implante cerebral se baseia em interface cérebro-máquina (IMC), que liga os sinais elétricos do cérebro a saída responsável por substituir ou restaurar função perdida pelo corpo.
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No caso da empresa de Musk, os chips cerebrais vão ajudar pacientes com paralisia a mover máquinas, como controlar um computador, “telepaticamente”.
Outro caso de uso comum é auxiliar na comunicação, servindo como apoio para pessoas que perderam a capacidade de fala devido a alguma doença neurológica ou lesão cerebral.
Só que essa tecnologia tem algumas limitações. De acordo com o IFLScience, uma delas é capturar o ritmo natural de fala do indivíduo, algo que já está sendo estudado. Outra é exigir que os pacientes tentem falar as palavras em voz alta, algo que pode ser limitação para algumas pessoas.
Dispositivo da Caltech
É aí que entra o implante cerebral testado pela Caltech. O sistema permite que a fala seja decodificada sem que o indivíduo precise tentar pronunciar a palavra em voz alta, mas apenas imagine ela, algo que chamaram de “fala interna”.
Por enquanto, o teste foi realizado em apenas dois indivíduos, mas o implante cerebral já mostrou grau de precisão mais alto do que qualquer outro experimento nesse sentido. Veja como ele foi feito:
- Foram dois pacientes do sexo masculino com tetraplegia (paralisia dos quatro metros) a receber o implante cerebral. Um tinha 33 e, o outro, 39 anos;
- Os alvos dos implantes foram o córtex somatossensorial primário e o giro supramarginal (SMG), região nova nos estudos de IMC relacionados à fala;
- O sistema foi treinado com seis palavras reais (“cowboy”, “píton”, “campo de batalha”, “natação”, “colher” e “telefone”) e duas palavras inventadas (“nifzig” e “bindip”). A intenção era entender se a interface só responderia a palavras associadas a significados;
- Então, cada palavra foi mostrada aos participantes em uma tela ou dita a eles;
- Eles foram solicitados a pensar em cada uma delas por 1,5 segundos e, depois, dizer a palavra em voz alta.
Resultados do implante cerebral
No primeiro caso, a precisão da interface foi de 23%, valor muito baixo para ser considerado promissor. Foi no segundo caso que os pesquisadores se impressionaram: a precisão foi de 79%.
Nele, foi possível associar a atividade cerebral do SMG às palavras enquanto elas eram pensadas pelos participantes. Segundo coautores do estudo, isso foi apenas um pouco menos do que a fala vocalizada no momento seguinte.
O implante cerebral e o sistema cérebro-máquina da Caltech ainda precisam ser refinadas, mas mostram que a região cerebral estudada é promissora e pode ajudar pessoas com limitações de fala a se comunicar.
O estudo foi publicado na Nature Human Behaviour.
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Saúde
Dezenas de vírus desconhecidos são encontrados em animais na China
Pesquisadores identificaram dezenas de vírus em criadouros de animais destinados à venda de pele na China. Segundo eles, alguns destes organismos são totalmente desconhecidos da ciência e têm o potencial de infectar também os seres humanos.
Mais de 100 vírus foram identificados nas análises
- A equipe de cientistas sequenciou o material genético de amostras de pulmões e intestinos de 461 animais destinados à venda de pele em território chinês.
- Entres os animais analisados estavam visons, coelhos, raposas e cães-guaxinim.
- Todos eles morreram em função de doenças no país no período entre os anos de 2021 e 2024.
- A maioria fazia parte de criadouros, mas cerca de 50 destes animais analisados eram selvagens.
- Segundo os pesquisadores, o resultado foi a identificação de 125 vírus, dos quais 36 desconhecidos até então.
- As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Nature.
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Alguns organismos são variantes da gripe aviária e até do coronavírus
Ainda de acordo com os pesquisadores, 39 vírus, sendo 13 deles inéditos, apresentam um “alto risco” de transmissão de uma espécie para outra. Este potencial de infecção também inclui os seres humanos.
Também foram detectados variantes de gripe aviária em visons e ratos-almiscarados. Além disso, foram identificados sete tipos de coronavírus, mas nenhum estreitamente relacionado ao Sars-CoV-2, que desencadeou a pandemia de Covid-19 em 2020.
Um dos que mais preocupa é o HKU5, que já havia sido detectado em morcegos, mas que dessa vez foi encontrado nos pulmões de dois visons de criadouro. Trata-se de um parente do coronavírus causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), uma doença considerada potencialmente letal para humanos.
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Saúde
Tintas para tatuagem contaminadas são retiradas de circulação nos EUA
A Food and Drug Administration (FDA), agência de controle sanitário dos Estados Unidos, determinou a retirada de circulação de três tintas para tatuagem da linha Bloodline da Sierra Stain. Os produtos apresentaram níveis de bactérias que poderiam causar problemas de saúde nos consumidores.
A empresa recolheu seu estoque e a FDA aconselha que tatuadores e varejistas não usem nem comercializem as tintas adquiridas.
Tintas para tatuagem retiradas de circulação
- A FDA determinou a retirada de circulação de três tintas específicas da linha Bloodline: Carolina Blue, All Purpose Black e UV China Pink.
- Uma análise feita pela agência encontrou bactérias danosas à saúde em níveis preocupantes nos produtos da Sierra Stain.
- Nenhuma doença causada pelas tintas foi relatada, mas, segundo a FDA, os sintomas de infecção podem ser difíceis de atribuir a uma única causa.
- Os consumidores que suspeitarem que erupções cutâneas ou lesões estejam ligadas ao uso das tintas podem relatar o caso ao programa MedWatch da FDA.
- Todas as três tintas não são mais fabricadas e a empresa responsável reconheceu os produtos restantes. Aqueles que adquiriram as tintas devem evitar usá-las ou comercializá-las.
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Bactérias encontradas nas tintas
Uma série de testes conduzidos pela FDA identificou “altas concentrações de microrganismos” que podem causar problemas de saúde nos consumidores nas tintas. A Carolina Blue apresentou seis tipos: Citrobacter braakii, Citrobacter farmeri, Pseudomonas fluorescens, Achromobacter xylosoxidans, Ochrobactrum anthropi e Cupriavidus pauculus. Todas podem causar infecção generalizada ou pneumonia em humanos.
A tinta preta (All Purpose Black) continha uma taxa elevada de Acetobacter senegalensis, uma espécie encontrada em mangás no Senegal e usada industrialmente na produção de vinagre. Na última das três cores (UV China Pink), foram encontrados dois tipos de bactérias do gênero Curtobacterium, originadas no solo. As consequências para a saúde dessas bactérias ainda não estão claras.
Histórico de tintas contaminadas nos Estados Unidos
Esta não é a primeira vez que contaminantes são encontrados em tintas para tatuagem. No início do ano, um estudo revelou que 45 das 54 tintas de tatuagem de nove marcas que circulam nos Estados Unidos continham substâncias não listadas nos rótulos. A descoberta levou a preocupações sobre possíveis riscos à saúde desconhecidos.
Meses após a divulgação da pesquisa ocorrida em fevereiro, outros cientistas descobriram que cerca de um terço das tintas de tatuagem vendidas no país continham bactérias. Mesmo que não haja provas de que todas causem infecções, o risco à saúde é evidente e deve ser mais investigado no futuro.
A FDA recomenda atenção em seu aviso. Ambientes seguros e profissionais para aplicação de tatuagens são fundamentais para evitar problemas de saúde, e os clientes devem considerar isso ao escolher um artista.
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Saúde
Celulares causam câncer no cérebro? A ciência tem uma resposta definitiva
A conexão entre o uso de telefones celulares e o risco de câncer cerebral tem sido debatida há décadas. Contudo, um estudo recém-publicado pode finalmente encerrar esse debate.
O debate começou em 1993, quando David Reynard, da Flórida, processou a NEC America alegando que a radiação do celular contribuiu para o câncer cerebral de sua esposa. Apesar de o processo ter sido rejeitado, o caso popularizou a ideia de que os celulares poderiam causar câncer.
Em 2011, a Organização Mundial da Saúde (OMS), através da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), classificou a radiação de celulares como um possível carcinógeno.
A preocupação aumentou com um estudo de 2016 que sugeriu que a radiação de celulares causava câncer em roedores. No entanto, a relação entre radiação de celulares e câncer sempre foi questionada.
Descobertas do novo estudo
- O estudo atual, da OMS, liderado pela Agência Australiana de Proteção contra Radiação e Segurança Nuclear (ARPANSA), analisa mais de 5 mil pesquisas e inclui 63 estudos relevantes realizados entre 1994 e 2022.
- A pesquisa concluiu que, apesar do aumento no uso de celulares, não houve aumento nos casos de câncer cerebral ou cânceres de cabeça e pescoço, mesmo entre usuários intensivos com mais de 10 anos de uso.
- O estudo também avaliou a exposição à radiação de torres de telefonia e ocupações com alta exposição, sem encontrar ligação com câncer.
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Mark Elwood, professor honorário de Epidemiologia do Câncer na Universidade de Auckland e coautor do estudo, explica que a radiação de rádio usada em celulares é de baixa frequência e energia, semelhante à usada em rádio, TV e Wi-Fi, e não mostrou aumento de câncer.
Os dados indicam que, com o uso extensivo de celulares globalmente, um aumento significativo nos casos de câncer cerebral seria esperado se a radiação fosse realmente carcinogênica. No entanto, as taxas de câncer cerebral permanecem estáveis desde 1982.
Ken Karipidis, da ARPANSA, destaca que a revisão atual, com um conjunto de dados muito maior do que o analisado pelo IARC em 2011, confirma que a exposição a ondas de rádio da tecnologia sem fio não representa um risco significativo para a saúde humana.
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