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O papel dos dados na luta contra as mudanças climáticas    

Redação Informe 360

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Em um mundo cada vez mais consciente dos desafios ambientais, o uso de dados emerge como uma ferramenta crucial na busca por soluções eficazes para monitorar e mitigar os impactos ambientais e as mudanças climáticas. Organizações como a Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacam a importância do investimento em monitoramento climático e sistemas de alerta precoce para mitigar os impactos humanitários do clima extremo. Além disso, relatórios da OMM apontam que tecnologias avançadas estão tornando a transição para a energia renovável mais acessível e econômica. 

Um estudo realizado pela consultoria PwC, a pedido da Microsoft, fornece uma visão abrangente do papel da inteligência artificial (IA) na luta contra as mudanças climáticas. Segundo as conclusões do estudo, até 2030, a IA tem o potencial de reduzir as emissões globais de gases do efeito estufa em 4%.  

Além disso, o mercado de aplicações ambientais que utilizam IA está previsto para alcançar um valor de até 5,2 trilhões de dólares, gerando mais de 38 milhões de empregos em todo o mundo. Um ponto de destaque é a estimativa de que essas iniciativas poderiam preservar até 32 milhões de hectares de florestas e contribuir para uma redução de até 2,4 bilhões de toneladas de CO2. Contudo, para alcançar esses resultados ambiciosos, o estudo enfatiza a necessidade de investimentos em ações coordenadas em grande escala. 

Os dados, nesse contexto, se revelam como verdadeiros aliados. Ao analisar e interpretar dados provenientes de diversas fontes, os cientistas, pesquisadores e tomadores de decisão podem adquirir insights valiosos que ajudam a compreender melhor os padrões climáticos, identificar áreas de risco e desenvolver estratégias de adaptação e mitigação. Sensores remotos, dispositivos de monitoramento e sistemas de satélite fornecem dados precisos sobre variáveis ambientais como temperatura, umidade, níveis de poluição e desmatamento, permitindo uma resposta rápida a eventos climáticos extremos, como secas, inundações e incêndios florestais. 

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Leia mais:

  • IA: amiga ou inimiga do meio ambiente?
  • A importância do ESG na era da tecnologia
  • Netflix: 10 documentários sobre natureza e meio ambiente 

Adicionalmente, o uso de dados é fundamental para modelar e prever os impactos das mudanças climáticas em diferentes ecossistemas e regiões do mundo. Modelos computacionais avançados podem simular cenários futuros com base em diferentes emissões de gases de efeito estufa, padrões de uso da terra e outras variáveis relevantes. Essas projeções auxiliam os formuladores de políticas e os planejadores urbanos a desenvolver estratégias de adaptação e mitigação que reduzam a vulnerabilidade das comunidades e protejam os recursos naturais. 

O exemplo concreto do monitoramento do desmatamento da Amazônia ilustra o impacto positivo do uso de dados na mitigação dos impactos ambientais. Através de imagens de satélite e algoritmos de análise de dados, os pesquisadores conseguem rastrear o desmatamento em tempo real e identificar áreas de alta atividade ilegal, permitindo ações de fiscalização e aplicação da lei. 

Embora o uso de dados apresente inúmeras vantagens, é importante reconhecer os desafios associados. Questões como privacidade dos dados, segurança cibernética e acesso equitativo à informação devem ser cuidadosamente consideradas para garantir que o uso de dados seja ético e inclusivo.  

Além disso, é fundamental promover a colaboração entre governos, empresas, organizações não governamentais e a sociedade civil para garantir que os dados sejam compartilhados de forma transparente e que as soluções desenvolvidas sejam socialmente justas e economicamente viáveis. Em resumo, o uso inteligente de dados oferece um caminho promissor para enfrentar os desafios ambientais e climáticos globais, proporcionando uma base sólida para ações eficazes e sustentáveis. 

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James Webb descobre a galáxia espiral mais distante já registrada

Redação Informe 360

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O Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês) fez nova descoberta que desafia nossa compreensão sobre a formação das galáxias no Universo primitivo. A galáxia espiral apelidada de Zhúlóng (que significa “Dragão da Tocha”) é a mais distante já identificada, existindo apenas 1,13 bilhão de anos após o Big Bang.

Características da galáxia espiral Zhúlóng

  • Zhúlóng apresenta estrutura notavelmente madura, similar às galáxias espirais modernas, como a Via Láctea;
  • Ela exibe divisão clara entre seu bojo – a concentração central de estrelas mais antigas – e seu disco, onde estão localizados os braços espirais;
  • Essas características, raramente vistas em galáxias tão jovens, fazem dela um marco na astronomia moderna;
  • Pesando cerca de 100 bilhões de vezes a massa do Sol, Zhúlóng possui tamanho comparável ao da Via Láctea atual, mesmo existindo há mais de 13 bilhões de anos;
  • Além disso, sua taxa de formação estelar é elevada, embora seja considerada tranquila em comparação com outras galáxias massivas da mesma época.
Galáxia espiral
Galáxia distante tem toda a estrutura de uma galáxia espiral moderna (o objeto próximo a ela é outra galáxia em primeiro plano (Imagem: Xiao et al., arXiv 2024 [CC BY 4.0])

Segundo o IFLScience, a descoberta de Zhúlóng sugere que galáxias espirais podem se formar e atingir maturidade estrutural em menos de um bilhão de anos. Esse tempo é significativamente menor do que o estimado para muitas outras galáxias que levaram bilhões de anos para alcançar morfologia semelhante.

Diferentemente de muitas galáxias da era inicial do Universo, Zhúlóng não parece estar envolvida em fusões com outras galáxias, processo que era mais comum na época devido à maior densidade do Universo jovem. Caso houvesse fusões, elas teriam sido incrivelmente rápidas e eficientes.

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  • Como é viver na Estação Espacial Internacional?
  • Qual é a origem dos nomes dos planetas do Sistema Solar?
  • James Webb vê “Vaga-lume Cintilante” nos primórdios do Universo

Implicações para a ciência

A descoberta de Zhúlóng representa desafio aos modelos atuais de formação galáctica. Segundo os autores do estudo, “como uma galáxia morfologicamente madura, que se assemelha a espirais massivas próximas, pode se formar neste ambiente, permanece uma questão em aberto“.

A existência dessa galáxia em espiral sugere que pode haver mais de um caminho para a construção de galáxias espirais massivas. Isso reforça a necessidade de explorar novas teorias sobre como as galáxias nascem e evoluem.

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Próximos passos

A equipe de pesquisadores planeja continuar os estudos sobre Zhúlóng com o auxílio do Webb e do Atacama Large Millimeter Array (ALMA). O objetivo é aprofundar a compreensão de sua estrutura e origem, além de buscar mais exemplos de galáxias com morfologias semelhantes em distâncias extremas.

Instalações do Atacama Large Millimeter Array (ALMA)
Equipe de pesquisadores planeja continuar os estudos sobre Zhúlóng com o auxílio do Webb e do Atacama Large Millimeter Array (ALMA) (Imagem: Jose Luis Stephens/Shutterstock)

O estudo foi publicado no servidor de pré-impressão arXiv e ainda aguarda revisão por pares. Ele marca avanço significativo no entendimento das condições do Universo primitivo e da evolução das galáxias.

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Problema técnico ou fantasma? Entenda por que a geladeira estala e produz barulhos estranhos

Redação Informe 360

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Você já acordou no meio da noite com um som estranho vindo da cozinha? Uma sequência de estalos ou ruídos metálicos pode causar espanto, mas, antes de imaginar um ataque fantasma, saiba que esses sons são comuns em geladeiras. Quando a geladeira estala, o motivo geralmente é técnico, mas pode levantar dúvidas em quem não está familiarizado com o funcionamento do eletrodoméstico.

O barulho frequente de estalos ou outros sons, como roncos e estalidos, tende a ser mais perceptível durante a madrugada, já que o ambiente está mais silencioso. Embora possam parecer sinais de problema, esses ruídos têm explicações práticas, muitas vezes relacionadas à dilatação de materiais ou ao funcionamento do compressor.

Mas será que esses sons são normais? Como identificar quando a geladeira precisa de manutenção ou, ao contrário, se é algo inofensivo?

Imagem: shurkin_son/ShutterstocK

Por que a geladeira estala e faz barulhos estranhos?

Se a geladeira estala, o fenômeno está ligado principalmente à sua operação normal e às reações físicas dos materiais internos. Aqui estão os motivos mais comuns.

Dilatação e contração de materiais

As geladeiras operam com ciclos de resfriamento que envolvem variações de temperatura. Durante esses ciclos, partes internas, como painéis metálicos, evaporadores e serpentinas, podem se expandir ou contrair. Isso gera estalos, especialmente perceptíveis em períodos mais silenciosos, como à noite.

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Funcionamento do compressor

O compressor é responsável por bombear o gás refrigerante pelo sistema, e durante sua ativação ou desativação, podem ocorrer sons como cliques ou estalos na geladeira. Esses sons são normais e indicam que o motor está funcionando corretamente.

Descongelamento automático

Em modelos frost free, o sistema de descongelamento automático utiliza resistências para derreter o gelo acumulado. Esse processo pode causar pequenos estalos, resultado do aquecimento e resfriamento dos materiais envolvidos.

Leia também:

  • Como funcionam as geladeiras e freezers?
  • Geladeiras com tecnologia IA: para que servem?
  • Qual geladeira escolher: branca, inox, evox ou colorida?

Por que os sons são mais comuns à noite?

À noite, o ambiente é mais silencioso, o que faz com que ruídos sutis fiquem mais evidentes. Durante o dia, o som da televisão, conversas ou trânsito tende a mascarar esses sons, tornando-os menos perceptíveis.

Além disso, o ciclo de resfriamento da geladeira costuma ser mais frequente à noite devido à menor abertura da porta, o que intensifica o resfriamento interno, deixando ainda mais evidente os estalos.

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Imagem: antoniodiaz / Shutterstock

Como silenciar ou prevenir os estalos?

Embora os estalos normais não possam ser eliminados completamente, algumas ações ajudam a reduzir o incômodo:

  • Nivelamento adequado: verifique se a geladeira está nivelada. Um aparelho desalinhado pode amplificar vibrações e ruídos.
  • Espaço adequado: deixe um espaço entre a geladeira e a parede para evitar contato direto com superfícies que ampliam os sons.
  • Manutenção preventiva: limpe as serpentinas traseiras e o ventilador interno regularmente para garantir que tudo está funcionando de forma eficiente.
  • Evite sobrecarga: não sobrecarregue as prateleiras ou gavetas, pois isso pode afetar o funcionamento interno.

Quando levar a geladeira para conserto?

Se os sons forem constantes, intensos ou acompanhados de mau funcionamento, é recomendável buscar assistência técnica. Os problemas mais comuns que exigem reparo incluem:

  • Compressor com defeito: sons metálicos ou repetitivos podem ser sinal de desgaste.
  • Ventilador travado ou danificado: ruídos contínuos podem indicar que algo está impedindo o giro do ventilador.
  • Fuga no gás refrigerante: esse problema pode gerar estalos acompanhados de falhas no resfriamento.

Quando a geladeira estala, não há razão para alarme imediato. Em muitos casos, os sons fazem parte do funcionamento normal do aparelho. No entanto, ao perceber barulhos intensos, constantes ou acompanhados por outros problemas, é prudente buscar ajuda técnica.

Com cuidados básicos, como nivelamento e manutenção regular, você pode minimizar esses ruídos e garantir que sua geladeira funcione perfeitamente. Assim, da próxima vez que ouvir um estalo à noite, lembre-se: provavelmente é a ciência, e não um fantasma em ação!

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2025 marca o ‘nascimento’ de uma nova geração: os bebês beta

Redação Informe 360

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Você já deve ter ouvido falar em Geração Z, millenials e boomers. Esses nomes são definidos por demógrafos e analistas que estudam a formação e a estruturação da nossa sociedade. Em 2025, essa lista vai aumentar.

Um dos principais especialistas da área, o doutor Mark McCrindle, acaba de anunciar que estamos prestes a presenciar o surgimento de uma nova geração: os Betas. Todos os bebês que nascerem a partir de primeiro de janeiro farão parte desse grupo.

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De acordo com McCrindle, até 2035, a Geração Beta deverá representar 16% da população mundial e será responsável por 19% da força de trabalho global.

Eles também serão a primeira geração a entrar no século 22, ou seja, que chegarão vivos além do ano de 2100. E eles viverão em um mundo completamente diferente do nosso.

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A tendência é que as crianças dessa nova geração tenham menos tempo de tela em relação aos jovens de hoje – Imagem: BearFotos/Shutterstock

A geração da IA e da sustentabilidade

  • A geração Beta vai se estender de 2025 a 2039.
  • Eles sucedem a geração Alfa, que nasceu entre 2010 e 2024, e a geração Z, que nasceu entre 1996 e 2009.
  • Segundo McCrindle, os Betas viverão em uma realidade onde o físico e o digital estarão completamente integrados.
  • Para eles, coisas como Inteligência Artificial e automação farão parte do dia a dia.
  • Essa nova geração também deve enfrentar desafios importantes relacionados às mudanças climáticas e a urbanização acelerada.
  • A sustentabilidade não será uma opção para eles, mas uma obrigação.
  • E a vantagem, segundo o especialista, é que essa geração saberá lidar bem com isso.
  • Filhos de millenials e de pessoas mais velhas da Geração Z, os Betas devem ter uma educação mais engajada nas questões ambientais.
  • McCrindle acredita que a nova geração será mais globalizada, colaborativa e focada em comunidade do que nunca.
  • Outra previsão do pesquisador social é que os pais da Geração Beta podem adotar uma abordagem diferente em relação ao uso das mídias sociais.
  • Enquanto os pais das gerações anteriores costumam utilizar as redes sociais para documentar a vida de seus filhos, os pais dessa devem evitar exposição e diminuir o tempo de tela.
As mudanças climáticas devem se tornar uma preocupação ainda maior e mais urgente para a Geração Beta – Imagem: Piyaset – Shutterstock

Por que Geração Beta?

Vale destacar que essas características não são uma regra. Podemos encontrar jovens da Geração Z que são viciados em trabalho. Ou boomers que são mais tranquilos e que acham as questões ambientais importantes.

O que os demógrafos fazem é a leitura de uma época. É tentar entender a formação de valores e comportamentos a partir do mundo ao redor. E do tipo de criação. Dos desafios. E de vários outros fatores.

Uma questão interessante trazida por McCrindle é que já sabemos o nosso da próxima geração, além dos Betas. Eles serão os Gamas.

Os bebês da Geração Beta serão filhos de adultos Millenials e da Geração Z – Imagem: Shutterstock/oatawa

A escolha por esse nome é simples: desde 2010, as gerações seguem a ordem alfabética do alfabeto grego.

“Nós os chamamos de geração Alpha e Beta para significar não apenas novas gerações, mas as primeiras gerações que serão moldadas por um mundo totalmente diferente. É por isso que mudamos para o alfabeto grego, para significar como essas diferentes gerações serão criadas em um novo mundo de integração tecnológica”, explicou o analista.

Os Gamas vão nascer entre os anos de 2040 e 2054.

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As informações são da revista People.

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