Tecnologia
Nova era: EUA começam a produzir baterias de sódio sem lítio

Após dois anos de trabalho e testes, a estadunidense Natron Energy, especialista em baterias de íon de sódio, começou a produzir, em massa, suas novas baterias de sódio sem lítio de longa duração.
A ideia da empresa, segundo o New Atlas, era ter iniciado a produção em 2023, mas houve pequeno atraso.
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Baterias de sódio sem lítio são melhores?
- O sódio é cerca de 500 a mil vezes mais abundante em nosso planeta do que o lítio;
- Além disso, sua obtenção é realizada por método diferente de extração, que não deixa marcas na Terra;
- A Natron diz que suas baterias de íon de sódio são produzidas somente de materiais abundantes no mundo, incluindo alumínio, ferro e manganês;
- Sem contar que os materiais necessários para a química do íon de sódio da Natron são adquiríveis a partir de cadeia de abastecimento doméstica confiável e localizada nos EUA, evitando assim questões geopolíticas, ao contrário de materiais comuns de lítio, como cobalto e níquel.
Os íons de sódio têm atraído grande interesse nos últimos anos por ser meio de armazenamento de energia promissoramente mais confiável e potencialmente mais barato.
Mesmo com sua densidade de energia ficando atrás da do íon de lítio, ele possui algumas vantagens, tais como ciclos mais rápidos, vida útil mais longa e utilização final mais segura e não inflamável. Ele se tornou atrativo para utilizações estacionárias, como centros de dados e armazenamento de backup de carregadores de veículos elétricos (EVs, na sigla em inglês).
Pioneirismo
A Natron tem 11 anos de existência e é uma das pioneiras na pesquisa e implementação de baterias de íons de sódio. A maioria dos projetos dessa tecnologia segue em laboratório, mas a estadunidense iniciou uma das primeiras grandes operações de produção no mundo todo.
Para comemorar, no início desta semana, a companhia realizou cerimônia em sua fábrica, localizada em Holland, Michigan (EUA), chamando-a de primeira produção em escala comercial de baterias de íon de sódio nos EUA.
As baterias de íon de sódio oferecem alternativa única ao íon de lítio, com maior potência, recarga mais rápida, ciclo de vida mais longo e química completamente segura e estável. A eletrificação de nossa economia depende do desenvolvimento e produção de soluções novas e inovadoras de armazenamento de energia. Nós, da Natron, estamos orgulhosos de fornecer tal bateria sem o uso de minerais de conflito ou materiais com impactos ambientais questionáveis.
Colin Wessells, fundador e co-CEO da Natron, em fala durante o evento de comemoração
Segundo a empresa, suas baterias carregam e descarregam a taxas dez vezes mais rápidas que as de íon de lítio. Tal nível as torna, de acordo com o New Atlas, importantes candidatas aos altos e baixos do armazenamento de energia de backup. Elas também têm vida útil estimada de 50 mil ciclos.

Não há nível de densidade de energia baseado no peso divulgado pela Natron, mas um artigo da Chemical & Engineering News, de 2022, colocou as baterias de íon de sódio em 70 Wh/kg na parte inferior da escala de densidade de energia das de íons e sódio.
Este resultado está em linha com o plano de negócios inicial da empresa, pois as baterias de íons de sódio com demanda para uso potencial em mobilidade têm mais que o dobro desta densidade.
Em 2021, a CATL apresentou bateria de íon de sódio de 160 Wh/kg e pretende ampliar a densidade para mais de 200 Wh/kg, visando melhor desempenho em carros elétricos.
A Natron prevê que suas instalações em Holland aumentem sua produção para até 600 megawatts e a deixem funcionando em 100% de sua capacidade, sendo modelo futuro para instalações em escala de gigawatts.
É natural que, atualmente, o foco da empresa para distribuir seu novo produto sejam as instalações de armazenamento de dados de inteligência artificial (IA), visto que, de dois anos para cá, a IA passou a exigir mais e mais consumo de energia.
Nas centrais de armazenamento de dados de IA, as baterias de ciclo rápido, como as novas de íon de sódio, podem se tornar ferramente essencial de gerenciamento de energia. Espera-se que as primeiras entregas sejam realizadas já em junho deste ano.
A empresa estadunidense pretende, também, expandir o foco para outros mercados de energia industrial a longo prazo, incluindo o carregamento rápido de EVs e telecomunicações.
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Tecnologia
Por que o som muda quando você acelera um vídeo?

Quando você acelera um vídeo, o áudio que acompanha também é reproduzido mais rapidamente do que foi originalmente gravado. Além disso, há uma mudança no som que existe no conteúdo audiovisual. A seguir, veja o motivo para que isso aconteça.
Por que a altura ou tom muda ao acelerar o vídeo?
O que ouvimos como “altura” ou “tom” do som depende de uma propriedade física da onda sonora chamada frequência, que é o número de vibrações por segundo (medido em Hertz). Sons com frequências maiores são percebidos como mais agudos, enquanto frequências menores produzem sons mais graves. Essa relação entre frequência e tom é um princípio básico da física do som.
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De acordo com a revista BBC Science Focus, o som é formado por ondas mecânicas que se propagam pelo ar como variações de pressão. Quando você reproduz esse som mais rápido, sem aplicar nenhuma correção, os ciclos dessas ondas ocorrem em um espaço de tempo mais curto. Isso significa que mais ciclos por segundo chegam ao ouvido do que aconteceria na velocidade normal, o que eleva a frequência das ondas e faz com que o som pareça mais agudo.

Esse efeito não é um artefato exclusivo do mundo digital: em equipamentos analógicos, como fitas magnéticas ou discos de vinil, o mesmo princípio se aplicava. Ao girar uma fita ou disco mais rápido, os sons eram comprimidos no tempo e a frequência de todas as notas aumentava de forma proporcional, alterando o tom.

A revista também dá o exemplo de trompetistas, que gravam em metade da velocidade para que, ao reproduzir na velocidade certa, fique como se as notas estivessem mais agudas.
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Tecnologia
Por que Lima é a capital onde “nunca chove”?

Pode parecer estranho, já que Lima está relativamente próxima da Amazônia e localizada em uma região tropical, mas a capital do Peru praticamente não registra chuvas. Essa curiosidade climática chama atenção e, embora a afirmação de que “nunca chove” seja exagerada, ela tem fundamento em um fenômeno real.
Lima está entre as capitais mais secas do planeta e apresenta um padrão meteorológico único, resultado de fatores geográficos e oceânicos que moldam seu clima há séculos. Neste artigo, vamos explicar os motivos por trás desse fenômeno.

Sabia que em Lima (quase) não chove? Saiba o motivo
Lima se localiza em uma estreita faixa desértica ao longo da costa do Oceano Pacífico, entre o mar e a Cordilheira dos Andes. Essa posição geográfica singular define quase tudo sobre o clima da cidade.
Ao contrário do que se espera de uma capital próxima ao mar, Lima recebe pouquíssima chuva ao longo do ano. Em média, a precipitação anual varia entre 6 e 12 milímetros, um índice inferior ao de muitas regiões desérticas do mundo.

A influência da Cordilheira dos Andes
A Cordilheira dos Andes exerce um papel decisivo na escassez de chuvas. As massas de ar úmidas que vêm da Amazônia avançam do leste para o oeste, mas encontram nos Andes uma barreira natural. Ao subir pelas montanhas, o ar se resfria e perde umidade na forma de chuva e neve no lado oriental da cordilheira.

Quando esse ar chega ao litoral peruano, já está seco. Esse fenômeno é conhecido como sombra de chuva e explica por que a costa oeste do Peru permanece árida, enquanto o interior amazônico é extremamente úmido.
A corrente fria de Humboldt
Outro fator essencial é a Corrente de Humboldt, também chamada de Corrente do Peru. Trata-se de uma corrente oceânica fria que sobe da Antártida ao longo da costa do Pacífico sul-americano.

Águas frias evaporam menos, o que dificulta a formação de nuvens carregadas de chuva. Em vez de nuvens altas e tempestades, formam-se nuvens baixas, densas e pouco ativas, incapazes de gerar precipitações intensas.
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Chove ou não chove em Lima?
A ideia de que “nunca chove” em Lima nasce da experiência cotidiana de seus moradores. A cidade praticamente não registra chuvas no sentido tradicional, com gotas grandes, temporais ou acúmulo de água no solo.
A presença constante da garúa

O fenômeno mais comum é a garúa, uma garoa extremamente fina e persistente. Ela se parece mais com uma névoa úmida do que com chuva propriamente dita. A garúa molha superfícies, deixa o ar frio e úmido, mas quase nunca gera poças ou infiltração no solo. Para muitos limenhos, isso nem chega a ser considerado chuva.
Durante os meses de inverno, entre maio e setembro, a garúa se intensifica e vem acompanhada de céu encoberto por longos períodos. Esse cenário ganhou o apelido local de “céu de bruxas”, devido ao aspecto cinzento e fechado que pode durar semanas.
Umidade alta, apesar da aridez

Mesmo com chuva quase inexistente, Lima apresenta índices elevados de umidade relativa do ar, que frequentemente ultrapassam 80%. Essa combinação causa uma sensação constante de frio úmido, favorece o aparecimento de mofo em paredes e roupas e surpreende visitantes que associam desertos a climas secos e quentes.
O impacto do El Niño
Embora a chuva seja rara, ela não é impossível. Em ocasiões excepcionais, Lima já registrou precipitações mais intensas, geralmente associadas ao fenômeno climático El Niño.
Durante episódios de El Niño, as águas do Pacífico se aquecem de forma anormal, alterando o regime atmosférico da região. Com mais evaporação, aumentam as chances de chuvas fora do padrão.

Em 1970, a cidade enfrentou dois dias de chuva intensa que causaram alagamentos, danos estruturais e levaram as autoridades a decretar estado de emergência. Mais recentemente, em 2017 e 2019, também houve registros de precipitações acima do normal, ainda que menos severas.
Uma cidade pouco preparada para a chuva
Como esses eventos são raros, Lima não desenvolveu um sistema de drenagem urbana semelhante ao de cidades tropicais. Quando chove além do habitual, mesmo volumes baixos podem provocar alagamentos, deslizamentos de terra e os chamados huaicos, enxurradas de lama que descem das encostas andinas em direção às áreas urbanas.
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Tecnologia
Como sensores inteligentes ajudam a cuidar das plantas em apartamentos

Manter plantas saudáveis em apartamentos compactos pode ser um desafio, especialmente com a falta de tempo e as variações de luz natural. Felizmente, a tecnologia chegou para transformar essa experiência, permitindo que qualquer pessoa cultive seu próprio jardim urbano com precisão e facilidade.
Como a tecnologia monitora a saúde das plantas
Os sensores inteligentes funcionam como um “check-up” contínuo para suas plantas, medindo parâmetros vitais que muitas vezes passam despercebidos a olho nu. Essa tecnologia, antes restrita a grandes produtores, agora cabe no vaso da sua sala. Um artigo do Jornal da USP destaca como o uso de sensores de umidade e solo, aliados à conectividade, permite tomadas de decisão precisas na agricultura, conceito que foi adaptado para dispositivos domésticos de marcas como Xiaomi e Gardena.
Esses dispositivos coletam dados em tempo real e os enviam para o seu smartphone, alertando exatamente quando a planta precisa de atenção. As principais métricas analisadas incluem:
- 💧
Umidade do solo
Evita que você regue demais (causando apodrecimento) ou de menos.
- 🌱
Fertilidade
Sensores de condutividade elétrica medem os nutrientes disponíveis no substrato.
- ☀️
Luminosidade
Indica se a planta está recebendo a quantidade de luz ideal para sua espécie.
- 🌡️
Temperatura
Monitora se o ambiente está muito quente ou frio para o desenvolvimento da folhagem.
Facilitando a jardinagem em espaços pequenos
Para quem mora em apartamentos com metragem reduzida, cada centímetro quadrado conta, e errar no cuidado pode significar perder uma planta que purifica o ar e decora o ambiente. O uso de gadgets de monitoramento elimina a “adivinhação” da jardinagem. Ao invés de seguir regras genéricas como “regar duas vezes por semana”, você passa a atender à necessidade real da planta naquele microclima específico do seu apartamento.
Além disso, a integração desses sistemas com aplicativos cria um diário digital do seu jardim. O app geralmente possui um banco de dados com milhares de espécies, ajustando os parâmetros de alerta conforme a planta que você está cultivando. Isso é essencial para quem tem uma rotina corrida e não consegue verificar manualmente a terra todos os dias, garantindo que o verde sobreviva mesmo em semanas mais agitadas.

inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
Comparativo de soluções no mercado
Existem diferentes níveis de tecnologia disponíveis, desde sensores analógicos simples até dispositivos totalmente conectados via Bluetooth ou Wi-Fi. A escolha depende do quanto você deseja automatizar o processo e do seu orçamento disponível para investir em uma casa inteligente voltada para o verde.
O futuro do verde conectado
A tendência é que esses sensores se tornem cada vez mais invisíveis e integrados ao ecossistema da internet das coisas. Já existem vasos autoirrigáveis que conversam com assistentes virtuais, permitindo que você pergunte “Alexa, como está a minha samambaia?” e receba um relatório completo.
Essa fusão entre natureza e tecnologia não apenas simplifica a manutenção, mas também reconecta os moradores urbanos com o ciclo de vida das plantas. Ao entender melhor as necessidades fisiológicas através de dados, criamos ambientes mais saudáveis e sustentáveis dentro de casa, provando que tecnologia e biologia podem florescer juntas.
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