Saúde
Revolução digital na saúde: como a IA Generativa já está transformando o setor

*Por Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da NVIDIA para América Latina
A integração de microsserviços de Inteligência Artificial (IA) generativa está revolucionando o campo da pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, tecnologia médica e saúde digital. Essa convergência tecnológica está impulsionando a inovação no setor da saúde, facilitando a descoberta de novos medicamentos, melhorando a eficiência dos tratamentos médicos e promovendo a personalização dos cuidados de saúde.
A IA generativa, capaz de criar novos conteúdos e soluções a partir de vastos conjuntos de dados, está abrindo novas possibilidades para o desenvolvimento e aplicação de tecnologias médicas avançadas.
Recentemente, um estudo encomendado pela Microsoft revelou que a maioria das instituições de saúde já adotaram a IA e estão lucrando com isso. A pesquisa mostrou que 79% das organizações de saúde utilizam essa tecnologia e, apesar dos investimentos iniciais elevados, obtêm um retorno médio de US$ 3,20 para cada US$ 1 investido dentro de 14 meses. Isso demonstra que a tendência da IA no setor da saúde é uma realidade crescente.

Uma das áreas mais impactadas pela IA generativa é a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos. Tradicionalmente, a descoberta de novos fármacos é um processo demorado e dispendioso, envolvendo testes laboratoriais extensivos e ensaios clínicos. No entanto, a IA generativa pode acelerar significativamente esse processo ao identificar compostos químicos promissores, prever suas interações e simular seus efeitos em modelos virtuais. Isso não apenas reduz o tempo e os custos associados ao desenvolvimento de novos medicamentos, mas também aumenta a precisão na identificação de tratamentos eficazes.
Além disso, os microsserviços de IA generativa estão melhorando a eficiência dos tratamentos médicos. Sistemas de IA podem analisar grandes volumes de dados clínicos para identificar padrões e prever resultados de tratamentos, permitindo que os médicos façam escolhas mais informadas sobre os cuidados a serem administrados.
Por exemplo, a IA pode ajudar a determinar quais pacientes responderão melhor a determinados tratamentos, otimizando o uso de recursos e aumentando as taxas de sucesso terapêutico. A capacidade de personalizar tratamentos com base em dados individuais também está transformando a abordagem aos cuidados de saúde, movendo-se de um modelo de “tamanho único” para um que é adaptado às necessidades específicas de cada paciente.

A personalização dos cuidados de saúde é outra área onde a IA generativa está fazendo grandes avanços. Com a capacidade de analisar dados genômicos e outras informações biomédicas, a IA pode desenvolver planos de tratamento personalizados que consideram as características únicas de cada paciente.
Isso inclui a identificação de predisposições genéticas para certas doenças e a recomendação de intervenções preventivas ou tratamentos personalizados. A personalização não só melhora os resultados dos pacientes, mas também promove uma abordagem mais holística e centrada no indivíduo.
Para citar exemplos de sucesso, destaco a empresa Abridge, que está construindo uma plataforma de conversa clínica alimentada por IA que gera rascunhos de anotações, economizando até três horas por dia para os médicos. A tecnologia envolve a identificação de idioma, das vozes, a transcrição e o alinhamento das conversas em segundos, estruturando as informações médicas para criar resumos. O sistema transforma conversas clínicas em documentação pós-consulta de alta qualidade em tempo real.
Outro exemplo é a Flywheel, que cria modelos transformados em microsserviços. Sua plataforma centralizada e baseada em nuvem capacita biofarmacêuticas, organizações de ciências biológicas, prestadores de serviços de saúde e centros médicos acadêmicos, ajudando-os a treinar dados de imagens médicas para acelerar a obtenção de insights.

Os benefícios da integração de microsserviços de IA generativa no setor da saúde são vastos, mas sua implementação também apresenta desafios. Questões relacionadas à privacidade e segurança dos dados são cruciais, especialmente quando se trata de informações de saúde sensíveis.
As empresas e instituições de saúde devem garantir que os dados dos pacientes sejam protegidos e que as soluções de IA sejam transparentes e éticas. Além disso, a adoção dessas tecnologias requer investimentos significativos em infraestrutura tecnológica e na capacitação de profissionais de saúde para trabalhar com sistemas de IA.
Apesar dessas adversidades, o potencial da IA generativa para transformar o setor da saúde é inegável. À medida que a tecnologia continua a evoluir, podemos esperar avanços ainda mais significativos na forma como os cuidados de saúde são fornecidos e gerenciados. A colaboração entre desenvolvedores de tecnologia, profissionais de saúde e pesquisadores é essencial para maximizar os benefícios dessa revolução tecnológica e garantir que ela seja usada de maneira responsável e eficaz.
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Saúde
O que acontece no cérebro quando você se apaixona?

Muitas pessoas acreditam que a vida fica mais bonita quando a gente se apaixona. É normal sentir uma certa euforia, melhorar o humor e até ter mais disposição. Mas o que acontece no cérebro quando nos interessamos por alguém?
Entre outros sintomas presentes, estão a aceleração dos batimentos cardíacos, o frio na barriga, ou a sensação de borboletas no estômago. Falta de sono e apetite, e outras mudanças fisiológicas como sudorese nas mãos e pensamentos obsessivos em relação ao parceiro, agora objeto de desejo, também marcam território.
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O que acontece no cérebro quando você se apaixona?

Esse tema também intrigou por muito tempo a antropóloga americana Helen Fischer, que virou uma referência neste assunto. Ela e sua equipe realizaram um estudo na State University of New York a fim de determinar o que acontecia no cérebro dos apaixonados.
Entre os requisitos, além de estar morrendo de amor, era importante que os participantes não estivessem deprimidos. A metodologia focou em mostrar aos voluntários duas imagens, uma contendo a foto da pessoa amada, e a outra era a de um conhecido qualquer.
Enquanto isso, eles eram submetidos a um exame de ressonância magnética que mostrava um aumento no fluxo sanguíneo em determinadas regiões cerebrais a depender do estímulo.
Três substâncias foram consideradas as principais causadoras pelas sensações experimentadas durante um amor romântico, são elas: dopamina, norepinefrina e serotonina. A dopamina é o principal hormônio responsável pela paixão, causando falta de sono, aceleração dos batimentos cardíacos, sensação de êxtase, bem como a obsessão em relação ao outro.
“Elevados níveis de dopamina produzem uma atenção concentrada num objeto, bem como uma motivação e comportamento direcionado a um fim. Essa é exatamente uma característica dos apaixonados: sua atenção é focada no objeto amoroso, com a exclusão de todos à sua volta”, afirma Maria Borges, professora da UFSC, que também estuda o tema.

Além do hiperfoco, o hormônio é responsável por outra mudança. Que o amor é cego, todos sabemos, mas tem um fundo científico por trás disso. Altos níveis de dopamina também diminuem a atividade do córtex pré-frontal, parte do cérebro responsável pelo raciocínio lógico e tomada de decisões.
Do ponto de vista científico, enxergar as falhas do outro é uma raridade nessa fase, portanto, não se culpe.
A liberação de norepinefrina, por sua vez, é a responsável pelo aumento da energia e vitalidade. Mesmo trabalhando em um lugar que você não gosta, por exemplo, é capaz que você comece a se arrumar pela manhã como se estivesse indo para o melhor emprego do mundo se estiver apaixonado.
A serotonina também faz parte do circuito fisiológico do amor, mas ao contrário dos outros hormônios, sofre uma queda e essa diminuição também traz mudanças importantes no comportamento do apaixonado, como a dificuldade de levar um fora ou mesmo de aceitar o término de uma relação.
“A diminuição da serotonina faz com que a paixão se assemelhe aos transtornos obsessivos compulsivos. Na ausência do objeto ou na suspeita da rejeição, o apaixonado fica obsessivo ao invés de aceitar a perda”, aponta a pesquisadora.
Ou seja, se apaixonar pode ser um deleite, principalmente se correspondido, mas não dá para negar que gera uma bagunça fisiológica que gera mudanças de comportamentos físicos e mentais. E há até quem diga que se sinta tal qual um drogado nessa fase – e isto também tem uma fundamentação científica. É o que aponta um artigo divulgado na Frontiers in Psycology.

“Indivíduos no estágio inicial de um amor romântico intenso apresentam muitos sintomas de vícios em substâncias e outros tipos de dependência, incluindo euforia, fissura, tolerância, dependência emocional e física, abstinência e recaída”, afirma o estudo.
Apesar de os sintomas serem muitos semelhantes ao de um dependente químico, o amor romântico é considerado pelos pesquisadores como um vício natural e frequentemente positivo. Além disso, também é tido pela história da humanidade como uma estratégia de sobrevivência.
O amor romântico evoluiu ao longo de 4 milhões de anos a partir de diversas espécies de ancestrais como um mecanismo de perpetuar a espécie, incentivando a formação de pares e por conseguinte a reprodução. Comportamento observado em diversas culturas até hoje, chegando a nós, Homo sapiens.
Mesmo quem goste de estar no controle e manter a racionalidade, pode não estar livre das garras do amor, já que é um acontecimento que não se escolhe. Talvez a medida importante a tomar é investir no autoconhecimento e inteligência emocional para que, quando a paixão chegar, seja possível manter pelo menos um dos pés no chão.
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Saúde
Mapas cerebrais podem transformar a compreensão do autismo

O desenvolvimento do cérebro pode se estender muito além do nascimento, segundo um conjunto inédito de estudos liderados pelo Instituto Allen e pela rede internacional BRAIN Initiative Cell Atlas Network (BICAN). A descoberta, publicada em 12 artigos científicos na Nature, apresenta os mapas mais detalhados já criados sobre como as células cerebrais se formam, amadurecem e se organizam desde o período embrionário até a vida adulta.
Cérebro continua a se desenvolver até a juventude
Os novos mapas indicam que o cérebro humano passa por transformações muito mais prolongadas do que se imaginava. A pesquisa analisou mais de 1,2 milhão de células cerebrais de várias espécies — incluindo humanos e camundongos — e revelou que novos tipos de neurônios continuam surgindo após o nascimento, especialmente em fases críticas como o início da visão e o processamento de informações sensoriais.
Essas descobertas desafiam a ideia anterior de que o desenvolvimento cerebral terminava ainda na gestação. De acordo com os cientistas, há evidências de que neurônios em áreas relacionadas à aprendizagem, emoções e tomada de decisão continuam a amadurecer por anos, abrindo novas possibilidades para tratamentos de distúrbios neurológicos.
Entre os principais pontos destacados pelos pesquisadores estão:
- Novos tipos celulares continuam se formando após o nascimento;
- Regiões ligadas à emoção e ao aprendizado permanecem em desenvolvimento por mais tempo;
- Há períodos críticos em que o cérebro é mais sensível a estímulos e intervenções;
- Fatores ambientais e experiências sensoriais moldam a estrutura cerebral.
Implicações para autismo e TDAH
Os cientistas afirmam que as descobertas podem transformar a compreensão e o tratamento de transtornos do neurodesenvolvimento, como autismo e TDAH, que afetam cerca de 15% de crianças e adolescentes em todo o mundo. O estudo identificou subtipos de neurônios inibitórios GABAérgicos — células responsáveis por equilibrar a atividade cerebral — e mapeou como essas células se formam e se movem ao longo do desenvolvimento.
De acordo com os pesquisadores, esses mapas detalhados podem ajudar a identificar janelas de tempo em que intervenções terapêuticas são mais eficazes. Além disso, a pesquisa reforça que experiências sensoriais e sociais, como a visão, a audição e a interação humana, influenciam profundamente o desenvolvimento cerebral.
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As conclusões indicam que o cérebro humano é mais plástico e adaptável do que se acreditava, o que pode oferecer novas oportunidades de tratamento mesmo após o nascimento.
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Saúde
Macaé: divulgado edital de processo seletivo 2026 para Residência Médica

A Secretaria Municipal de Saúde, através da Comissão de Residência Médica (COREME) e a Secretaria Municipal Adjunta de Ensino Superior divulgaram, nesta sexta-feira (7), o edital (1/2025) para o Processo Seletivo Simplificado de Residência Médica 2026. As inscrições poderão ser feitas de 10 a 21 de novembro de 2025, exclusivamente pelo portal.
Ao todo, estão sendo oferecidas 29 vagas em sete especialidades: Clínica Médica (8), Pediatria (5), Cirurgia Geral (4), Ginecologia e Obstetrícia (3), Medicina de Família e Comunidade (4), Ortopedia e Traumatologia (2) e Anestesiologia (3).
O valor da inscrição é de R$ 400,00, com prazo para pagamento até o dia 24 de novembro. Candidatos inscritos no CadÚnico e de baixa renda poderão solicitar isenção da taxa no dia 11 de novembro, das 8h às 12h, na Secretaria Executiva de Ensino Superior, na Cidade Universitária (Avenida Aloísio da Silva Gomes, 50 – Granja dos Cavaleiros).
A prova objetiva será aplicada no dia 7 de dezembro, das 8h às 12h, na Cidade Universitária. O resultado final está previsto para 22 de dezembro, e as matrículas para os dias 2 e 3 de fevereiro de 2026.
As atividades terão início em 1º de março de 2026, com duração que varia de acordo com a especialidade, entre 24 a 36 meses. A atuação dos profissionais será direcionada aos hospitais HPM e São João Batista, também conforme a especialidade.
O edital completo, com todos os critérios de participação e cronograma, está disponível no portal da Prefeitura de Macaé.
Fonte: Secom-PMC Jornalista: Juliana Carvalho

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