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Saúde

Por que sentimos dor e por que ela é importante?

Redação Informe 360

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A sensação de dor é uma experiência universal e inerente à condição humana. Ela desempenha um papel crucial em nossa sobrevivência e nossa saúde, alertando-nos sobre ameaças potenciais e indicando que algo está errado em nosso corpo. No entanto, a dor é um fenômeno complexo que vai além da simples resposta a estímulos nocivos. Vamos entender as razões fundamentais pelas quais sentimos dor, sua importância para nossa existência e os perigos associados ao uso excessivo de analgésicos e produtos anestésicos.

Por que sentimos dor

A sensação de dor é um fenômeno complexo e essencial na experiência humana, com raízes profundas em nossa evolução. Ao longo de milênios, a dor evoluiu como uma resposta protetora, desempenhando um papel crítico na preservação dos organismos contra possíveis danos. Ela atua como um sistema de alerta fundamental, indicando a presença de ameaças ao corpo, seja uma queimadura, um corte ou uma inflamação.

No nível neurológico, a dor envolve processos bioquímicos e elétricos. Os nociceptores, que são receptores dedicados à detecção de estímulos nocivos, entram em ação quando confrontados com uma potencial ameaça. Esses sinais são então transmitidos ao longo do sistema nervoso central, chegando ao cérebro, onde a sensação de dor é conscientemente percebida. Compreender esses complexos processos é crucial para desenvolver estratégias eficazes no manejo da dor.

A importância de sentir dor para a sobrevivência

A capacidade de sentir dor é um elemento vital para a sobrevivência humana, desempenhando um papel intrincado na preservação da vida. Quando confrontados com perigos iminentes, como temperaturas extremas, objetos pontiagudos ou pressões intensas, a resposta dolorosa entra em ação, desencadeando reações rápidas que visam minimizar o dano. Esta função protetora é essencial para evitar lesões graves e assegurar nossa sobrevivência no mundo.

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(Imagem: Freepik)

Além de sua função protetora imediata, o fato de sentirmos dor assume um papel adicional como indicador de problemas de saúde subjacentes. As dores persistentes ou recorrentes servem como alertas, sugerindo a possibilidade de condições médicas mais sérias, como inflamações crônicas, lesões internas ou doenças autoimunes. Ignorar a dor prolongada pode resultar em complicações significativas, sublinhando a importância de não apenas aliviar sintomas, mas também abordar as causas fundamentais para garantir uma saúde integral e duradoura.

Os perigos do uso excessivo de analgésicos e anestésicos

Os analgésicos, apesar de seu papel crucial no alívio da dor, apresentam uma faceta perigosa quando utilizados em excesso. Muitas pessoas, em busca de soluções rápidas para dores comuns, recorrem a esses medicamentos sem receita médica, desencadeando possíveis complicações de saúde a longo prazo. A prática da automedicação, mesmo com analgésicos considerados seguros, demanda uma abordagem cautelosa.

O uso indiscriminado desses medicamentos pode ir além da simples busca por alívio imediato. Ele também pode ter um impacto significativo na detecção de problemas de saúde subjacentes.

Por exemplo, ao aplicar anestésicos tópicos, como a xilocaína, para aliviar quando sentimos dor em torno de um ferimento, existe o risco real de mascarar sintomas cruciais que indicariam inflamações ou infecções. Essa prática, muitas vezes inadvertida, pode resultar em atrasos diagnósticos prejudiciais, comprometendo o tratamento adequado e colocando a saúde do indivíduo em risco.

Os anestésicos locais, como a mencionada xilocaína, são amplamente utilizados em procedimentos médicos e odontológicos. Embora essas substâncias sejam fundamentais para minimizar a dor associada a intervenções clínicas, seu uso inadequado ou excessivo acarreta uma série de riscos.

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Reações alérgicas, toxicidade sistêmica e complicações cardiovasculares são exemplos de efeitos colaterais sérios que podem surgir quando esses anestésicos são administrados de maneira imprudente. Portanto, a administração desses produtos deve ser estritamente supervisionada por profissionais de saúde qualificados, limitando-se a situações em que é absolutamente necessário.

(Imagem: kravaivan11/Pixabay)

O mesmo vale para remédios que são ingeridos como forma de amenizar a dor. Muitas vezes esses remédios podem mascarar situações mais graves, como, por exemplo, o fato de que algum órgão possa estar com algum problema.

O alerta é claro: embora esses medicamentos ofereçam alívio momentâneo, seu uso descontrolado representa uma ameaça à saúde a longo prazo. A conscientização sobre os riscos associados ao uso excessivo de analgésicos e anestésicos é crucial, destacando a importância de abordagens mais equilibradas no tratamento da dor, considerando terapias alternativas e estratégias multidisciplinares para preservar a saúde integral do indivíduo.

Em resumo, sentir dor é uma parte intrínseca da experiência humana, desempenhando papéis essenciais na proteção e preservação da vida. No entanto, é crucial reconhecer os perigos associados ao uso excessivo de analgésicos e anestésicos, pois eles podem mascarar sintomas importantes e levar a complicações de saúde a longo prazo. Uma abordagem equilibrada, envolvendo o entendimento da dor, seu propósito evolutivo e alternativas ao tratamento convencional, é fundamental para promover a saúde a longo prazo e garantir que a dor seja gerenciada de maneira eficaz e responsável.

Por: Olhar Digital.

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Saúde

O que é o bicho geográfico? Entenda a condição de saúde, causas e tratamento

Redação Informe 360

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Quando chega o verão, também chega a temporada de férias na praia. A sensação da areia nos pés é revigorante, mas, às vezes, um parasita indesejado pode voltar para casa com você. Estamos falando da Larva migrans cutânea, popularmente conhecida no Brasil como “bicho geográfico”.

Embora o nome possa soar quase inofensivo ou curioso, quem já teve a infecção sabe que o desconforto é real. A condição, muito comum em países tropicais, não escolhe idade e está diretamente ligada aos locais onde nossos animais de estimação circulam. Mas o que exatamente acontece sob a pele e como se livrar desse hóspede indesejado?

O que causa o bicho geográfico e como tratar?

Para entender a doença, primeiro precisamos apresentar o culpado. O bicho geográfico é causado, na maioria das vezes, por larvas de parasitas intestinais de cães e gatos, sendo o Ancylostoma braziliense o mais comum.

O ciclo de vida desses parasitas começa no intestino dos animais. Os ovos do verme são eliminados nas fezes de cães e gatos infectados. Quando essas fezes entram em contato com solos quentes, úmidos e arenosos (como praias ou tanques de areia em parquinhos), os ovos eclodem e liberam as larvas.

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Parasita intestinal de cães e gatos Ancylostoma braziliense
Parasita intestinal de cães e gatos Ancylostoma braziliense (Imagem: Reprodução/wikidoc)

É aqui que entra o ser humano, funcionando como um hospedeiro acidental. Ao pisarmos descalços ou sentarmos nessa areia contaminada, a larva penetra diretamente na pele humana, iniciando a infecção.

Por que “bicho geográfico”?

O nome popular é uma descrição visual perfeita do sintoma. Como o ser humano não é o hospedeiro natural do parasita, a larva não consegue perfurar as camadas mais profundas da pele para atingir a corrente sanguínea (como faria no cão).

O resultado? Ela fica presa na epiderme, vagando sem rumo. Enquanto se desloca, ela escava túneis visíveis, criando lesões lineares e sinuosas que se assemelham ao desenho de um mapa, daí o nome “geográfico”.

Bicho geográfico, larva migrans cutânea
Bicho geográfico, larva migrans cutânea (Imagem: Reprodução/Portal Drauzio Varella)

Sintomas e diagnóstico

O principal sintoma, além da marca visual avermelhada que cresce dia após dia (a larva pode avançar alguns milímetros ou centímetros diariamente), é uma coceira intensa. O prurido costuma piorar durante a noite.

O diagnóstico é essencialmente clínico. Ou seja, não são necessários exames de sangue ou biópsias complexas. Um clínico geral ou dermatologista identifica a infecção apenas observando o aspecto característico das lesões na pele e ouvindo o relato do paciente sobre onde ele esteve recentemente.

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Do que a larva se alimenta?

Uma dúvida comum e um tanto agoniante, é sobre a alimentação do parasita dentro do corpo humano. Diferente do que ocorre no intestino do animal, onde o verme adulto se alimenta de sangue, na pele humana a larva se nutre basicamente de fluidos teciduais e detritos celulares da epiderme enquanto tenta sobreviver. Sem tratamento, ela acaba morrendo após algumas semanas ou meses, pois não consegue completar seu ciclo evolutivo em humanos.

Tratamento

Apesar de a infecção ser autolimitada (o parasita morre eventualmente), ninguém quer (ou deve) aguentar a coceira e a inflamação por tanto tempo. O tratamento visa matar a larva rapidamente e aliviar os sintomas.

Conforme a lembrança correta mencionada anteriormente, a abordagem médica geralmente envolve o uso de anti-helmínticos (vermífugos):

  • Via tópica: Para casos leves, pomadas contendo tiabendazol podem ser aplicadas diretamente na lesão.
  • Via oral: Em casos mais extensos ou com múltiplas lesões, médicos prescrevem antiparasitários orais, como albendazol ou ivermectina.

É importante ressaltar que métodos caseiros, como aplicar gelo ou tentar furar a pele para retirar a larva, não são recomendados e podem causar infecções bacterianas secundárias. Ao notar qualquer linha vermelha que “anda” pela pele, a melhor rota é sempre o consultório médico.

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Saúde

Obesidade abdominal e perda muscular aumentam risco de morte após os 50

Redação Informe 360

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Um estudo brasileiro, em parceria com o Reino Unido, revela que a combinação de obesidade abdominal e perda de massa muscular aumenta o risco de morte em 83% após os 50 anos. Pesquisadores da UFSCar e da University College London alertam para a importância do diagnóstico precoce da obesidade sarcopênica, condição que compromete a autonomia e a qualidade de vida.

A pesquisa mostra que métodos simples, como medir a circunferência abdominal e estimar a massa muscular, podem identificar indivíduos em risco, evitando exames complexos e dispendiosos. Intervenções precoces, incluindo acompanhamento nutricional e exercícios, podem melhorar a saúde e prolongar a vida, afirma o MedicalXpress.

Obesidade abdominal e perda de músculo aumentam risco de morte, mas ações simples como exercícios e nutrição podem proteger a saúde.
Obesidade abdominal e perda de músculo aumentam risco de morte, mas ações simples como exercícios e nutrição podem proteger a saúde. Imagem: grinvalds/iStock

Entenda por que a obesidade sarcopênica é preocupante

A obesidade sarcopênica, também chamada de síndrome da fragilidade, combina perda de massa muscular com aumento da gordura corporal. Essa condição está associada a quedas, comorbidades e à redução da capacidade funcional dos idosos.

Além de avaliar o risco de morte associado à obesidade abdominal e à baixa massa muscular, conseguimos comprovar que métodos simples podem ser utilizados para detectar a obesidade sarcopênica.

Tiago da Silva Alexandre, professor da UFSCar e um dos autores do estudo, em nota.

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A detecção precoce permite intervenções mais eficazes e melhora a qualidade de vida de pessoas com 50 anos ou mais.

Perda muscular e gordura em excesso prejudicam idosos. Diagnóstico simples ajuda a identificar e tratar a obesidade sarcopênica precocemente.
Perda muscular e gordura em excesso prejudicam idosos. Diagnóstico simples ajuda a identificar e tratar a obesidade sarcopênica precocemente. Imagem: rasamma/Shutterstock

Métodos acessíveis tornam o diagnóstico mais simples

Tradicionalmente, a obesidade sarcopênica é identificada por exames complexos, como ressonância magnética, tomografia, bioimpedância ou densitometria. Apesar da precisão, esses métodos são caros e pouco acessíveis.

O estudo demonstrou que métodos simples podem ser eficazes na detecção precoce:

  • Medição da circunferência abdominal
  • Estimativa da massa magra com equações clínicas que consideram idade, sexo, peso, altura e raça
  • Avaliação periódica para rastrear alterações ao longo do tempo

“Pela primeira vez, mostramos que é possível rastrear esses indivíduos precocemente usando ferramentas simples”, reforça Alexandre.

Massa muscular adequada pode proteger mesmo com obesidade abdominal; a combinação das duas condições é que representa maior risco.
Massa muscular adequada pode proteger mesmo com obesidade abdominal; a combinação das duas condições é que representa maior risco. Imagem: kwanchai.c/Shutterstock

Impacto da gordura e da perda muscular no metabolismo

O estudo acompanhou 5.440 participantes do Estudo Longitudinal Inglês sobre Envelhecimento (ELSA) por 12 anos. A combinação de obesidade abdominal e baixa massa muscular elevou o risco de morte em 83%, enquanto a baixa massa muscular isolada reduziu o risco em 40%.

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Valdete Regina Guandalini, professora da UFES e pesquisadora do estudo, explica: “O excesso de gordura intensifica processos inflamatórios que comprometem diretamente o tecido muscular, prejudicando suas funções metabólicas, endócrinas, imunológicas e funcionais.”

Curiosamente, indivíduos com obesidade abdominal, mas massa muscular adequada, não apresentaram risco maior de morte, reforçando que a combinação das condições é o maior problema.

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Critérios usados no estudo

Para padronizar a definição de obesidade sarcopênica, os pesquisadores utilizaram os seguintes critérios:

  • Obesidade abdominal: circunferência >102 cm para homens e >88 cm para mulheres
  • Baixa massa muscular: índice de massa muscular esquelética <9,36 kg/m² para homens e <6,73 kg/m² para mulheres

Essas medidas simples podem ajudar médicos e idosos a identificar riscos e agir antes que complicações graves ocorram.

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Saúde

FDA aprova implante auditivo para bebês a partir de 7 meses nos Estados Unidos

Redação Informe 360

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A FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou o uso do implante coclear da MED-EL para crianças a partir de 7 meses com perda auditiva sensorioneural bilateral. A decisão amplia significativamente o acesso à tecnologia, permitindo que bebês tenham contato mais cedo com estímulos sonoros essenciais para o desenvolvimento da fala. As informações são da Medical Express.

Implante coclear chega a mais crianças

Com a aprovação, o sistema da MED-EL se torna o único implante coclear autorizado nos EUA para crianças tão jovens. A medida também expande os critérios audiológicos e de fala para crianças a partir de 12 meses, ampliando o grupo elegível para receber o dispositivo.

Com a aprovação, o sistema da MED-EL se torna o único implante coclear autorizado nos EUA para crianças tão jovens
O sistema da MED-EL se torna o único implante coclear autorizado nos EUA para crianças tão jovens (Imagem: Tutye / iStock)

Segundo a empresa, oferecer acesso ao som o mais cedo possível pode gerar impactos positivos para toda a vida da criança, especialmente na fase crítica de desenvolvimento da linguagem.

Estudos indicam alta taxa de sucesso

A decisão da FDA se baseou em um estudo com 123 crianças, entre 7 e 71 meses. Os resultados mostraram taxas de sucesso clínico entre 81% e 88% no primeiro ano de uso do implante coclear, com baixa incidência de complicações — todas já conhecidas e esperadas para esse tipo de procedimento.

Leia mais:

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Lista dos principais destaques do estudo:

  • 81% a 88% de sucesso clínico no primeiro ano;
  • Baixa taxa de complicações, semelhante entre bebês e crianças mais velhas;
  • Todos os eventos adversos dentro do escopo conhecido para implante coclear.
Menino recém-nascido dormindo
Decisão da FDA se baseou em um estudo com 123 crianças, entre 7 e 71 meses (Imagem: NataliaDeriabina / iStock)

A FDA também prevê um estudo pós-aprovação para acompanhar crianças que se enquadram nos novos critérios, garantindo monitoramento contínuo da segurança e eficácia.

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