Saúde
Por que a fumaça de incêndios florestais urbanos é tão perigosa?

Os incêndios florestais urbanos têm se tornado cada vez mais comuns devido ao crescimento desordenado das cidades, às mudanças climáticas e ao aumento de eventos extremos, como secas prolongadas e ondas de calor.
Embora o fogo em si represente um perigo imediato, a perigosa fumaça gerada em um incêndio florestal urbanos pode ser ainda mais prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente. Diferente da fumaça de incêndios em áreas naturais isoladas, a fumaça de incêndios florestais urbanos contém uma combinação ainda mais tóxica de partículas finas, metais pesados e compostos químicos nocivos.
O que são incêndios florestais urbanos?
Os incêndios florestais urbanos ocorrem em áreas onde há uma sobreposição entre vegetação natural e estruturas urbanas, como casas, edifícios e indústrias. Diferente dos incêndios em florestas remotas, esses incêndios apresentam um risco ampliado porque além da vegetação seca, o fogo consome materiais de construção, plásticos, produtos químicos industriais e outros resíduos urbanos.
Isso resulta em uma combustão mais complexa e em uma fumaça altamente tóxica, que pode afetar não apenas os moradores locais, mas também cidades vizinhas, dependendo da direção dos ventos.
Esses incêndios são particularmente difíceis de combater, pois a proximidade com áreas habitadas aumenta os riscos para bombeiros e moradores, além de dificultar a contenção das chamas. O crescimento urbano próximo a florestas e a falta de planejamento adequado tornam essas regiões altamente vulneráveis a incêndios catastróficos.
Por que a fumaça de incêndios florestais urbanos é tão perigosa?
Qualquer bombeiro vai responder para você que em um incêndio o que mata, muitas vezes não é nem o fogo e nem as altas temperaturas. O maior inimigo da vida em um incêndio é a fumaça. O fogo é definido como o decaimento rápido de um combustível que gera calor e luz, o que sobra, a fuligem é então projetada pelo ar quente e se espalha pelos ambientes.
Essas partículas de fuligem em contato com a mucosa das vias respiratórias do corpo humano vão causar uma série de problemas já que não absorvidas pelo corpo. Asfixia, queimaduras graves, intoxicação e envenenamento são apenas alguns dos problemas causados pela inalação de fumaça.

A perigosa fumaça de um incêndio florestal urbano contém uma mistura de partículas finas (PM2.5 e PM10), gases tóxicos e produtos químicos perigosos, tornando-a extremamente prejudicial para a saúde humana.
Diferente da fumaça de incêndios em áreas exclusivamente florestais, a queima de materiais urbanos adiciona componentes altamente nocivos ao ar, como metais pesados, dioxinas e compostos orgânicos voláteis (COVs).
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A combustão de materiais urbanos libera gases tóxicos, como monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e dióxido de enxofre (SO₂).
O monóxido de carbono reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio, levando a sintomas como tontura, fadiga e, em casos graves, morte por asfixia. Já os óxidos de nitrogênio podem provocar inflamações pulmonares e aumentar o risco de infecções respiratórias.
Quando plásticos, tintas e produtos industriais pegam fogo, liberam substâncias tóxicas, incluindo metais pesados como chumbo, cádmio e mercúrio, além de compostos orgânicos voláteis e dioxinas. Esses elementos são altamente tóxicos e podem causar danos ao sistema nervoso, além de estarem associados a um maior risco de câncer.
Danos para a saúde e o meio ambiente

Estudos mostram que a exposição contínua à fumaça de incêndios urbanos aumenta o risco de ataques cardíacos, arritmias e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Isso ocorre porque a inflamação causada pelas partículas finas e pelos gases tóxicos afeta a circulação sanguínea e pode levar à formação de coágulos.
Além disso, a exposição prolongada pode comprometer o sistema imunológico, tornando o organismo mais suscetível a infecções e doenças crônicas.
Além disso, essa fumaça contém substâncias que contribuem para o agravamento do efeito estufa e podem impactar ecossistemas inteiros, prejudicando a qualidade do solo e da água. Isso acontece porque partículas tóxicas podem se depositar em rios e lagos, contaminando a água utilizada para consumo e irrigação.
Diante desses riscos, especialistas recomendam medidas preventivas, como evacuações rápidas, uso de máscaras adequadas (como N95), filtros de ar em ambientes fechados e monitoramento constante da qualidade do ar.
Além disso, políticas públicas voltadas para o manejo responsável das áreas de interface entre florestas e cidades podem ajudar a reduzir a incidência desses incêndios e seus impactos devastadores.
Com informações de EPA (Environmental Protection Agency).
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Saúde
Novo estudo sobre transtornos mentais pode ajudar a combater estigma

Um novo artigo acadêmico propõe uma mudança profunda na forma como a sociedade e a própria psicologia clínica enxergam os transtornos mentais.
Em vez de focar exclusivamente nos danos e limitações, pesquisadores sugerem incluir também atributos positivos frequentemente presentes nessas condições — uma abordagem que, segundo eles, pode reduzir o estigma, melhorar o cuidado e oferecer esperança a pacientes e famílias.
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Criatividade, empatia e redes sociais mais fortes
- No estudo “Aspectos Positivos nos Transtornos Psicológicos: Uma Agenda para Pesquisa e Mudança Social”, June Gruber, professora da Universidade do Colorado em Boulder, e colegas da Universidade Cornell reúnem décadas de evidências que relacionam doenças mentais a características como criatividade, empatia, sensibilidade emocional e resiliência.
- Pesquisas citadas no artigo mostram que pessoas com esquizofrenia leve, hipomania ou transtorno bipolar tendem a apresentar níveis mais altos de criatividade e a buscar carreiras criativas.
- Indivíduos com histórico de depressão, por sua vez, demonstram maior disposição para cooperar.
Em um estudo com quase 2.000 universitários, jovens no espectro bipolar relataram redes sociais mais amplas e maior sensação de apoio, apesar dos conflitos decorrentes da condição.
Outro trabalho revelou que pessoas com risco elevado de mania são mais capazes de detectar mudanças sutis nas emoções alheias.
O estudo foi publicado na revista Current Directions in Psychological Science.

Uma visão mais ampla e esperançosa da saúde mental
O artigo também destaca relatos de pacientes que enxergam momentos difíceis como gatilhos para construção de autoconhecimento e resiliência.
Em um estudo conduzido por Jonathan Rottenberg, da Universidade Cornell, 10% dos participantes diagnosticados com depressão clínica estavam “prosperando” uma década depois — com níveis de bem-estar superiores aos de adultos sem histórico depressivo.
Os autores ressaltam, contudo, que reconhecer aspectos positivos não significa minimizar o sofrimento ou abandonar tratamentos como medicamentos e psicoterapia. A proposta é ampliar o olhar, preservando pontos fortes individuais enquanto se controla os sintomas prejudiciais.
“Compreender a pessoa de forma holística permite apoiá-la melhor”, afirma Gruber.

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Saúde
O que é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático? Veja sintomas e tratamento

Muitas vezes, usamos a palavra “trauma” de forma casual para descrever uma situação muito constrangedora ou um forte susto. No entanto, quando a medicina e a psicologia olham para esse termo, a conversa é muito mais profunda. O trauma real é uma marca deixada por eventos que ameaçam a vida ou a integridade física, e, para algumas pessoas, o cérebro não consegue “virar a página”.
É aqui que entra o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Não se trata de fraqueza ou incapacidade de superar o passado, mas sim de uma condição clínica onde o sistema de alarme do corpo permanece ligado muito tempo depois que o perigo já passou. Vamos entender como isso funciona dentro da nossa mente.
TEPT: veja tudo o que você precisa saber sobre o transtorno psiquiátrico
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático é definido como um distúrbio que se desenvolve após a exposição a um ou mais eventos traumáticos. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), para ser considerado TEPT, a pessoa deve ter sido exposta à morte real ou ameaça de morte, ferimento grave ou violência sexual.

Como e por que o TEPT se manifesta?
O TEPT é o resultado de uma colisão entre um fator ambiental (o evento traumático) e um desequilíbrio neurobiológico.
Durante o trauma, o cérebro é inundado por hormônios de estresse (cortisol e adrenalina). Em um funcionamento típico, esses níveis baixam após o perigo. No TEPT, ocorre uma falha nesse processamento.
Estudos de neuroimagem mostram que a amígdala (o centro do medo no cérebro) torna-se hiperativa, enquanto o hipocampo (responsável pela memória) e o córtex pré-frontal (responsável pelo raciocínio lógico e regulação emocional) têm sua função prejudicada.
Isso explica por que a pessoa reage a um barulho alto (como um escapamento de moto) como se fosse um tiro de guerra. Assim, o cérebro emocional reage antes que o cérebro lógico possa dizer “está tudo bem”.
Sintomas e diagnóstico

O diagnóstico é clínico, feito exclusivamente por psiquiatras ou psicólogos, baseando-se nos critérios rigorosos do DSM-5. Os sintomas geralmente começam dentro de três meses após o evento, mas podem surgir anos depois, e devem durar mais de um mês para configurar o transtorno. Eles são divididos em quatro grupos principais:
- Sintomas intrusivos: Memórias recorrentes, involuntárias e angustiantes; pesadelos e flashbacks (sentir como se o evento estivesse acontecendo novamente agora).
- Evitação: Esforço para evitar pensar no trauma ou fugir de lugares, pessoas e objetos que lembrem o evento.
- Alterações negativas na cognição e no humor: Crenças negativas persistentes (“o mundo é perigoso”, “eu sou culpado”), incapacidade de sentir emoções positivas e distanciamento de entes queridos.
- Excitabilidade e reatividade alteradas: Irritabilidade, surtos de raiva, hipervigilância (estar sempre em alerta), dificuldade de concentração e problemas para dormir.
Embora qualquer pessoa possa desenvolver TEPT, certos grupos estão em maior risco devido à maior exposição a eventos traumáticos. Isso inclui militares em combate, policiais, bombeiros e profissionais de emergência.
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No entanto, estatísticas apontam que mulheres têm duas a três vezes mais chances de desenvolver TEPT do que homens. Isso ocorre, infelizmente, devido à maior prevalência de traumas de alto impacto interpessoal, como violência sexual e doméstica, que tendem a ser mais “tóxicos” para a psique do que desastres naturais.
Tratamento e perspectivas
A boa notícia é que há luz no fim do túnel. O tratamento padrão envolve uma combinação de psicoterapia e medicação.
- Psicoterapia: A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) focada no trauma e a terapia de Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares (EMDR) são as mais eficazes, ajudando o cérebro a “descongelar” e processar a memória traumática.
- Medicamentos: Antidepressivos (como inibidores seletivos de recaptação de serotonina) ajudam a equilibrar a química cerebral, reduzindo a ansiedade e a depressão associadas.
Com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes experimenta uma redução significativa dos sintomas, recuperando sua qualidade de vida.
Na psiquiatria, se fala mais em remissão do que em “cura” definitiva. Contudo, com tratamento adequado, os sintomas podem desaparecer totalmente ou tornar-se residuais, permitindo que a pessoa leve uma vida normal e produtiva.
Sim. O DSM-5 possui critérios específicos para crianças menores de 6 anos, onde os sintomas podem se manifestar através de recriação do trauma em brincadeiras, pesadelos sem conteúdo reconhecível e comportamento socialmente retraído.
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O que é a bronquiolite? Veja sintomas e tratamento

A bronquiolite é uma infecção respiratória que costuma preocupar pais e profissionais de saúde, principalmente durante os períodos de maior circulação de vírus. A doença é mais comum em bebês e crianças pequenas, e muita gente ainda tem dúvidas sobre como ela surge, quais são os sinais de alerta e quando procurar atendimento. O tema voltou ao debate por causa do aumento de casos e da atenção reforçada do Ministério da Saúde.
A doença atinge as vias aéreas mais finas, chamadas bronquíolos, e pode causar dificuldade para respirar, chiado no peito e muito desconforto. Como os sintomas lembram outras condições respiratórias, identificar a bronquiolite logo no início pode evitar complicações e acelerar o tratamento. Por isso, entender suas causas e formas de prevenção é essencial.
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Com novas vacinas disponíveis e mais estudos voltados para o vírus sincicial respiratório (VSR), que é o principal responsável pela condição, a discussão ganhou ainda mais destaque. A seguir, você confere como a bronquiolite começa, quem corre mais risco, quais são os sintomas e como tratá-la de forma segura e eficaz.

O que é a bronquiolite?
A bronquiolite é a inflamação e obstrução dos bronquíolos causada quase sempre por infecção viral. O processo típico começa com uma infecção das vias aéreas superiores, coriza e tosse, progredindo em alguns pacientes para pequena inflamação e produção de muco nas vias aéreas inferiores. Quando os bronquíolos inflamam, acumulam secreções e o diâmetro interno diminui; em lactentes, esse estreitamento tem impacto grande porque suas vias aéreas já são estreitas por natureza, causando sibilos, esforço respiratório e risco de falência ventilatória em casos graves.
O agente mais frequentemente implicado é o vírus sincicial respiratório (VSR). Estudos epidemiológicos indicam que o VSR responde por cerca de 50% a 80% dos casos de bronquiolite, dependendo da região e da temporada, e é a principal causa de internações por bronquiolite. Outros vírus também podem causar o quadro, mas o VSR é o grande protagonista por sua capacidade de afetar recém-nascidos com maior severidade. Essas informações constam em revisões clínicas e em páginas técnicas de autoridades como CDC, ECDC e sociedades pediátricas.
O risco de evolução para bronquiolite sintomática e grave está ligado à via de exposição (gotículas, contato), carga viral e vulnerabilidades do hospedeiro. A transmissão ocorre por contato direto com secreções respiratórias, como mãos contaminadas, gotículas e superfícies; o período de incubação costuma variar entre 2 e 8 dias.
Ambientes com grande circulação de crianças e contato próximo, como maternidades, creches e hospitais, favorecem surtos. As orientações de controle de infecção enfatizam higiene das mãos, mascaramento na época de surtos e isolamento de casos sintomáticos como medidas básicas de prevenção comunitária.
Transmissão e grupos de risco
A bronquiolite é muito comum e potencialmente grave em bebês menores de seis meses, prematuros e crianças com doenças cardíacas congênitas ou imuno-comprometimento. Lactentes têm vias aéreas pequenas, resposta imune imatura e maior chance de desidratação, fatores que explicam por que internamentos e necessidade de suporte (oxigênio, hidratação venosa) são mais frequentes nessa faixa etária.
Dados de vigilância no Brasil mostraram, em 2025, alta carga de Síndrome Respiratória Aguda Grave por VSR em crianças menores de dois anos, o que motivou a incorporação de estratégias vacinais no SUS. A literatura pediátrica, incluindo documentos do AAP e da AAFP, descreve essas populações como prioritárias para profilaxia e vigilância.
Profissionais que tratam a doença enfatizam que o risco aumenta ainda mais se a criança nasceu prematura (principalmente menos que 29–32 semanas), se tem cardiopatia congênita hemodinamicamente significativa ou doenças pulmonares crônicas, como displasia broncopulmonar. Nesses grupos, a bronquiolite pode evoluir com insuficiência respiratória mais rapidamente e demandar internação em UTI pediátrica. Por isso, protocolos clínicos e documentos de sociedades médicas recomendam vigilância contínua e, quando elegíveis, medidas de proteção específicas para reduzir a chance de hospitalização.
Além dos pacientes de alto risco, praticamente todas as crianças vão apresentar pelo menos uma infecção por VSR nos primeiros dois anos de vida; a diferença está na gravidade. Assim, as políticas públicas recentes que incluem vacinação de gestantes ou oferta de anticorpos monoclonais para recém-nascidos visam proteger a janela de maior vulnerabilidade, quando a enfermidade tem maior chance de causar complicações.

Tipos, sintomas típicos e sinais de gravidade
Clinicamente, a bronquiolite costuma começar como um resfriado comum, com coriza, irritabilidade, perda de apetite e febre baixa. Após alguns dias, pode evoluir para tosse persistente, chiado, respiração acelerada, batimentos de asa nasal, gemência ao inspirar e dificuldade para alimentar-se.
Profissionais de emergência pediátrica usam critérios objetivos, como frequência respiratória por idade, uso de musculatura acessória e saturação de oxigênio, para decidir internação. Guias como os do CDC e da Mayo Clinic destacam que alimentação reduzida e sinais de desidratação também são motivos para avaliação urgente.
Sinais de gravidade que exigem busca imediata por atendimento médico incluem saturação de oxigênio persistentemente baixa, taquidispneia marcada, apneia, cianose (lábios ou pele arroxeados) e sonolência extrema ou irritabilidade que não melhora. Em unidades hospitalares, monitorização com oximetria, suporte de oxigênio, posicionamento e hidratação são as primeiras medidas; em casos mais graves pode ser necessário suporte ventilatório não invasivo ou ventilação mecânica. Essas recomendações aparecem em protocolos hospitalares e revisões clínicas que pautam a prática pediátrica.
O diagnóstico costuma ser clínico, apoiado por exame físico; testes virológicos (como PCR para VSR) podem ser úteis em contextos epidemiológicos ou para manejo em unidades de saúde, mas nem sempre são exigidos para decidir tratamento. Radiografia de tórax não é rotineira e geralmente reservada a casos que sugerem complicação ou diagnóstico alternativo. Essas nuances de diagnóstico e manejo constam em documentos técnicos de hospitais de referência e em guidelines internacionais.
Qual o tratamento e prevenção?
O tratamento da bronquiolite é, em grande parte, suporte. A maioria das crianças se recupera com medidas como manter a via aérea pérvia, hidratação adequada, controle da febre e monitorização da oxigenação. A American Academy of Pediatrics e revisões como a da AAFP enfatizam que broncodilatadores (como albuterol) não têm efeito consistente na melhora clínica e não são recomendados com frequência; o uso de corticosteróides e antibióticos também não é indicado exceto em situações específicas.
Para crianças de alto risco, há opções de profilaxia passiva já bem estabelecidas: o anticorpo monoclonal palivizumabe (Synagis) reduziu hospitalizações em grupos selecionados, em prematuros e cardiopatas, e é recomendado por sociedades pediátricas para indicações específicas. Mais recentemente, anticorpos monoclonais de ação prolongada e vacinas direcionadas ao VSR mostraram eficácia em reduzir casos graves e internações em estudos clínicos. A incorporação dessas intervenções em programas públicos exige análise de custo-efetividade e decisão regulatória.
A bronquiolite não costuma deixar sequelas respiratórias permanentes na maior parte das crianças, e a maioria dos casos tem resolução completa com suporte. Contudo, episódios graves na infância, ainda mais em bebês que necessitaram de ventilação mecânica ou internação prolongada, podem estar associados a maior risco de sibilância recorrente e, em alguns estudos, a aumento do risco de asma na infância posterior.

Sim, a bronquiolite pode ser fatal, principalmente em bebês com menos de dois anos, prematuros ou que já tenham outras condições de saúde.
Sim, mas a bronquiolite geralmente não tem cura medicamentosa específica, pois é causada por infecções virais que o corpo combate naturalmente.
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