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Saúde

Paciente vivo recebe primeiro transplante de rim de porco geneticamente modificado

Redação Informe 360

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Foi anunciado nesta quinta-feira (21) pelo Massachusetts General Hospital (MGH) um marco histórico para a medicina. Cirurgiões conseguiram pela primeira vez transplantar com sucesso um rim de porco geneticamente modificado em um paciente vivo.

O procedimento realizada no último sábado (16) foi comandado pelo médico brasileiro Leonardo Riella em Boston, nos Estados Unidos. Segundo comunicado divulgado pelo hospital, o paciente, Richard Slayman, de 62 anos, está se recuperando bem.

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O homem disse à AFP que foi informado dos riscos do procedimento, mas ainda assim preferiu prosseguir para “dar esperança a milhares de pessoas que precisam de um transplante para sobreviver”.

O rim foi fornecido pela eGenesis, uma empresa americana que desenvolve órgãos geneticamente modificados e compatíveis com humanos para transplante.

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Transplante de órgãos de animais em humanos

  • Vale destacar que a área de transplante de órgãos de animais em humanos (xenoenxertos) avançou muito nos últimos anos.
  • Outros pacientes também receberam órgãos geneticamente modificados, procedimento realizado para tentar diminuir o risco de rejeição, explicam especialistas.
  • Um deles chegou a receber um coração de porco, mas começou a mostrar sinais de rejeição seis semanas após a realização do transplante e morreu.
  • O transplante de rim de porco também foi realizado em setembro de 2021 por cirurgiões do Hospital Langone, em Nova York, mas em uma pessoa com morte cerebral.
Transplante de coração de porco. (Imagem: Deborah Kotz/Universidade de Medicina de Maryland)

No Brasil, segundo os dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de janeiro de 2024, mais de 41 mil pessoas aguardam na fila de transplante de órgãos no Brasil (24.393 homens e 17.165 mulheres). O rim inclusive é o órgão mais transplantado no país, seguido pelo fígado e coração.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, 2023 viu um importante aumento no número de doação de órgãos no Brasil, tornando-se o melhor ano em uma década no setor de transplantes do país. Conforme divulgou o G1, foram 3.060 doações de janeiro a setembro, um salto de 17% em comparação com o mesmo período de 2022. 

Quem é o médico brasileiro que comandou a cirurgia?

Imagem: Reprodução/Massachusetts General Hospital/X

Leonardo V. Riella é formado pela Universidade Federal do Paraná e atualmente é presidente do Harold and Ellen Danser e professor de Medicina e Cirurgia na Harvard Medical School. Riella também é diretor de transplante renal do Massachusetts General Hospital, pesquisador sênior do Center for Transplantation Science, membro associado do Broad Institute de Harvard, do MIT e editor associado do American Journal of Transplantation.

Com mais de 160 publicações científicas, o médico brasileiro já participou de diversas pesquisas envolvendo o desenvolvimento de terapias para melhorar a tolerância dos órgãos transplantados (Via: LinkedIn).

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Saúde

Dieta do tipo sanguíneo ou Wegovy para emagrecimento? Veja o que diz a medicina

Redação Informe 360

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As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

A busca por métodos eficazes de emagrecimento nunca sai de moda. Entre promessas antigas e soluções modernas, dois nomes têm ganhado atenção: a dieta do tipo sanguíneo e o uso de medicamentos como Wegovy (similar ao Ozempic, que é usado para tratar diabetes tipo 2). Mas o que realmente funciona? E o que a ciência tem a dizer sobre isso?

A dieta do tipo sanguíneo: popular, mas sem comprovação

Mulher feliz com diferentes produtos alimentícios na cozinha. Dieta saudável - imunidade forte.
A dieta do tipo sanguíneo propõe que cada grupo sanguíneo reage de forma única aos alimentos/Shutterstock New Africa

Criada pelo médico norte-americano Peter D’Adamo, a dieta do tipo sanguíneo propõe que pessoas com diferentes tipos de sangue (A, B, AB e O) devem seguir padrões alimentares específicos para melhorar a digestão, a imunidade e, claro, emagrecer. Essa dieta, sobretudo, passa a ideia de que nosso sangue carrega traços evolutivos que determinam como reagimos a certos alimentos.

No entanto, apesar de parecer personalizada, a dieta não possui respaldo científico sólido e já foi amplamente questionada pela ciência. Um estudo publicado na revista científica PLoS ONE em 15 de janeiro de 2014, conduzido por pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, analisou dados de 1.455 participantes para verificar se havia alguma relação entre os padrões alimentares recomendados pela chamada “dieta do tipo sanguíneo” e marcadores de risco cardiometabólico.

Os resultados foram claros: não houve nenhuma associação entre o tipo sanguíneo e os efeitos das dietas propostas, invalidando a premissa central dessa abordagem alimentar. Segundo os autores, os benefícios observados em alguns grupos estavam relacionados à qualidade geral da dieta, e não ao tipo sanguíneo em si.

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Emagrecimento com base científica: o que funciona

Imagem mostra uma mulher com uma fita métrica ao redor da barriga.
Consultar um médico antes de iniciar qualquer dieta garante que ela seja segura, eficaz e adequada às suas necessidades individuais. (Imagem: Lee Charlie / Shutterstock.com)

Enquanto dietas como a do tipo sanguíneo ganham espaço nas redes sociais, a medicina segue focada em abordagens com comprovação científica, como os efeitos de medicamentos como o Wegovy, por exemplo. A partir disso, o emagrecimento pode ser ter caminhos mais amplos, como emagrecimento personalizado combinando exercícios e alimentação e medicamentos de ajudam a controlar o apetite.

Emagrecimento natural e personalizado

A combinação de alimentação equilibrada, guiada por um nutricionista com exercícios físicos adaptados ao perfil da pessoa continua sendo o método mais seguro e eficaz. Isso inclui:

  • Dietas com déficit calórico, mas sem restrições extremas.
  • Treinos ajustados à condição física, tempo disponível e objetivos individuais.
  • Acompanhamento profissional para evitar deficiências nutricionais ou lesões.

Sobretudo, esse tipo de abordagem respeita o corpo e promove resultados sustentáveis. Além disso, as mudanças consistentes no estilo de vida têm impacto direto na perda de peso e na saúde metabólica.

Emagrecimento com medicamentos: Wegovy e Mounjaro

Caneta de Ozempic sendo injetada em uma pessoa
Medicação virou queridinha de quem quer emagrecer (Imagem: myskin/Shutterstock)

A partir de 2024, medicamentos como Wegogy (semaglutida) e Mounjaro (tizerpatida) ganharam destaque na mídia por seus efeitos na perda de peso. Esses remédios atuam na regulação do apetite e no controle da glicemia. E o melhor, todos são cientificamente comprovados.

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine, mostrou que pacientes que usaram semaglutida perderam em média 15% do peso corporal em 68 semanas, com acompanhamento médico.

Vale lembrar que esses medicamentos não são indicados para todos e devem ser prescritos por médicos após avaliação criteriosa. Além disso, eles podem causar efeitos colaterais e não substituem hábitos saudáveis. Por isso, é fundamental compreender que, apesar dos avanços farmacológicos, o caminho para uma perda de peso segura e duradoura continua baseado em escolhas conscientes e sustentáveis.

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Diante de tantas promessas fáceis e soluções instantâneas, é essencial reforçar que emagrecer com saúde vai muito além de seguir modismos, envolve ciência, acompanhamento especializado e respeito às necessidades únicas de cada corpo.

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Saúde

Avanço histórico: fármaco brasileiro regenera medula e pode reverter paralisia

Redação Informe 360

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Um medicamento desenvolvido a partir de uma proteína extraída da placenta humana foi apresentado nesta terça-feira (9) em São Paulo (SP) e pode representar avanço histórico no tratamento de lesões medulares. Batizado de polilaminina, o fármaco é fruto de 25 anos de pesquisas lideradas pela bióloga Tatiana Coelho de Sampaio, professora da (UFRJ) Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Segundo os pesquisadores, a polilaminina tem a capacidade de estimular neurônios maduros a rejuvenescem e criarem novos axônios, estruturas responsáveis por transportar impulsos elétricos no corpo. Essa ação abre caminho para a regeneração da medula espinhal, algo até então considerado impossível pela ciência.

Mulher em cadeira de rodas pegando um prato
Descoberta pode dar esperança a paraplégicos (Imagem: April Bowlby/Shutterstock)

Pesquisa sobre o fármaco que pode regenerar a medula

  • O medicamento, desenvolvido em parceria com o laboratório brasileiro Cristália, foi aplicado experimentalmente em pacientes e apresentou resultados promissores;
  • Entre os oito voluntários que participaram dos estudos clínicos acadêmicos, dois estiveram presentes na apresentação. Um deles é o bancário Bruno Drummond de Freitas, 31 anos, que ficou tetraplégico após um acidente de trânsito. Ele recebeu a polilaminina 24 horas depois do trauma;
  • “Em cinco meses, mais ou menos, eu já estava completamente recuperado. Tenho uma rotina normal, faço esportes e não passo mais por nenhum tipo de tratamento”, relatou Bruno à Folha de S.Paulo;
  • Ele contou que os primeiros sinais de recuperação vieram com pequenos movimentos no dedo do pé, que evoluíram para a retomada total de mobilidade: “Hoje em dia, consigo me movimentar inteiro, claro que com certas limitações… consigo levantar, andar, dançar, voar. Isso me garantiu minha independência”, disse ao g1;
  • Outro caso é o da atleta paralímpica de rugby Hawanna Cruz Ribeiro, 27 anos, que ficou tetraplégica em 2017 após sofrer queda de dez metros; Três anos depois, recebeu a aplicação experimental. “Recuperei entre 60% e 70% do controle do meu tronco. Sinto que a sensibilidade na minha bexiga voltou, mas ainda não sou independente nessa questão. Não tenho nenhuma dúvida da minha melhora”, disse.

O neurocirurgião Marco Aurélio Brás de Lima, que participou dos estudos, destacou a inovação: “Isso é uma coisa inédita. Porque nenhum estudo tinha demonstrado isso até o momento. No mundo.”

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Bruno Drummond deitado em uma cama de hospital
Bruno Drummond de Freitas ficou tetraplégico após acidente de trânsito (Imagem: Arquivo pessoal)

Testes em animais

Os testes também foram realizados em animais. Em cães com lesões não provocadas, houve retomada total da marcha, e em ratos, os efeitos apareceram em apenas 24 horas. Em 2021, seis cães com lesões antigas foram tratados e quatro recuperaram movimentos. O resultado foi publicado em revista científica internacional.

O medicamento já está sendo produzido pela planta de biotecnologia do Cristália, utilizando placentas doadas por mulheres saudáveis acompanhadas durante a gravidez. “Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Estamos vivendo um dia histórico para o mundo”, afirmou, emocionado, Ogari Pacheco, fundador e presidente do conselho do laboratório.

Apesar do entusiasmo, especialistas ressaltam a necessidade de cautela. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda precisa autorizar a realização de estudos clínicos ampliados em humanos para garantir a segurança da aplicação.

“Como foram testes acadêmicos, o que a empresa está fazendo são testes complementares para atender os requisitos regulatórios, especialmente de segurança”, explicou Claudiosvan Martins, coordenador de pesquisa clínica da Anvisa.

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Representação de um cérebro humano e nervos saindo dele e descendo
Polilaminina tem capacidade de estimular neurônios maduros a rejuvenescem e criarem novos axônios (Imagem: Rebel Red Runner
/Shutterstock)

O procedimento inicial, caso aprovado, será oferecido apenas a pacientes com diagnóstico de lesão medular recente — até três meses após o trauma. Hospitais de São Paulo (SP), como o Hospital das Clínicas e a Santa Casa, já estão preparados para realizar as aplicações quando houver liberação.

A pesquisadora Tatiana Sampaio reconhece que ainda há dúvidas, mas afirma estar confiante. “O que me dá segurança é o retorno e a interação com quem está à minha volta e os resultados que estamos vendo. Tento fazer o meu melhor. Sou honesta em mostrar o que está acontecendo.”

Embora os resultados não sejam iguais para todos, os cientistas afirmam que a aplicação precoce aumenta as chances de recuperação. “Não vendemos ilusões, trazemos evidências… Experimentalmente, temos resultados promissores”, reforçou Ogari Pacheco.

O processo de patente da polilaminina já foi iniciado, mas pode levar anos para ser concluído. Ainda assim, pesquisadores acreditam que o tratamento pode se tornar uma das descobertas mais importantes para a medicina e para a humanidade.

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Saúde

Poluição do ar pode aumentar o risco de você ter demência no futuro, diz estudo

Redação Informe 360

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A poluição atmosférica pode estar mais ligada à saúde do cérebro do que imaginávamos. Um estudo massivo, que analisou dados de mais de 56 milhões de pessoas nos EUA, revelou que a exposição prolongada a partículas finas de poluição do ar, conhecidas como PM2.5, está associada a um risco maior de desenvolver demência por corpos de Lewy e demência relacionada ao Parkinson. A pesquisa foi publicada recentemente na Science.org.

Essas partículas, com diâmetro menor que 2,5 micrômetros, são capazes de penetrar profundamente nos pulmões e até alcançar o cérebro. A pesquisa mostra que viver em áreas com altos níveis de poluição está relacionado a um risco 12% maior de hospitalização por essas formas graves de demência.

Cérebro se desfazendo devido à demência
Viver em áreas com altos níveis de poluição traz maiores riscos ao cérebro (Reprodução: Naeblys/Shutterstock)

Como a poluição pode impactar o cérebro

A demência por corpos de Lewy e a demência ligada ao Parkinson são causadas pelo acúmulo tóxico da proteína α-sinucleína, que prejudica a comunicação entre os neurônios e leva à morte celular. O estudo sugere que, embora a poluição não cause a doença diretamente, ela pode acelerar a progressão em indivíduos geneticamente predispostos.

Em experimentos com camundongos, pesquisadores expuseram os animais a partículas de PM2.5 pelas narinas. Os resultados mostraram:

  • Problemas de memória e cognição, identificados em testes de labirinto e reconhecimento de objetos;
  • Encolhimento do lobo temporal medial, região do cérebro ligada à memória;
  • Acúmulo de proteínas α-sinucleína no cérebro, pulmões e intestinos;
  • Alterações genéticas semelhantes às encontradas em pacientes humanos com demência por corpos de Lewy.

Essas evidências reforçam que a poluição do ar pode atuar como um gatilho ambiental poderoso para doenças neurodegenerativas.

poluição
Poluição atmosférica é poderosa contra a saúde cerebral (Imagem: Keyframe’s/ Shutterstock)

O que os especialistas dizem

Em entrevista à Nature, Hui Chen, neurocientista da University of Technology Sydney, disse que “os resultados em camundongos refletem o que ocorre em humanos”. A especialista destaca que, embora os mecanismos de acúmulo de proteínas e inflamação cerebral já fossem conhecidos, a associação com a poluição amplia a compreensão de fatores ambientais que influenciam a demência.

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Os autores do estudo ressaltam que ainda existem limitações, como a diferença entre a exposição concentrada usada em camundongos e a exposição contínua e em baixas doses sofrida por humanos. Novas pesquisas já estão em andamento para entender melhor como diferentes tipos de partículas PM2.5 impactam o cérebro e se algumas moléculas específicas são as principais responsáveis pelo risco aumentado de demência.

Embora a poluição não cause a doença diretamente, ela pode acelerar a progressão em indivíduos geneticamente predispostos (Imagem: LightField Studios/Shutterstock)

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