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Saúde

O que explica o aumento nos casos de dengue na Europa?

Redação Informe 360

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A dengue é uma doença tropical e subtropical presente principalmente em regiões da Ásia, África e América do Sul. O Brasil, por exemplo, lidera o número de casos da doença, com 2,9 milhões das 5 milhões de infecções registradas em todo o planeta em 2023, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, tem sido observado um aumento significativo em áreas mais temperadas, como a Europa.

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Avanço da dengue em outros continentes

  • O aumento dos casos de dengue ocorre principalmente no sul do continente europeu.
  • A doença está presente na região desde a década de 1970, mas foi só agora que novos casos autóctones (não importados) foram confirmados na Itália e França.
  • Além disso, foi constatado o surgimento das primeiras infecções em anos na Espanha.
  • Segundo dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, foram notificados 71 casos de dengue adquirida localmente em 2022 na parte continental da União Europeia.
  • Isso representa um aumento de 20% em relação a 2021.
  • Na semana passada, a OMS chamou a atenção para o fato de que a dengue tem se espalhado para países onde historicamente não circulava.
  • As informações são da Folha de São Paulo.
Mosquito da dengue sobre a pele
Mosquito da dengue (Imagem: Shutterstock)

Europa em alerta

Segundo especialistas, as mudanças climáticas podem explicar esse aumento dos casos de dengue na Europa. A elevação das temperaturas e a duração da temporada de mosquitos (devido aos verões mais quentes e longos) podem favorecer a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da doença.

Esses mosquitos são capazes de sobreviver em temperaturas acima de 10ºC e, com o aquecimento global, podem expandir seu alcance para áreas mais temperadas. Ao provocar alterações nos padrões de chuvas, as mudanças climáticas também aumentam o volume de água parada, habitat ideal para a sua reprodução.

Além disso, o aumento das viagens e do comércio internacional, com mais pessoas circulando em zonas onde a dengue está fortemente presente, cria condições favoráveis para o aumento das infecções em várias partes do mundo.

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O crescimento das cidades também é um fator que potencializa a reprodução dos mosquitos, que também podem transmitir outras doenças: zika e chikungunya.

Nesse cenário, existe uma grande possibilidade de a dengue se tornar uma doença endêmica na Europa, o que traria um impacto significativo na saúde pública do continente. Por isso, autoridades de saúde europeias já estão trabalhando para prevenir a propagação da doença com medidas como a vigilância de casos, a educação sobre como prevenir picadas de mosquitos e a aplicação de medidas de controle na população de mosquitos a partir do momento em que sua presença é detectada.

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Saúde

O que acontece no cérebro durante a gravidez?

Redação Informe 360

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Durante a gestação, as transformações físicas são evidentes: a barriga cresce, os seios se modificam, a pele pode apresentar mudanças e o inchaço pode ser intenso. Mas o que acontece no cérebro durante a gravidez? Apesar de pouco discutido, ele também passa por adaptações surpreendentes que influenciam emoções, memória e comportamento.

Na gravidez, muitas mulheres vivenciam lapsos de memória, dificuldade de concentração e névoa mental, fenômeno conhecido como “baby brain”.

Com o objetivo de desvendar esses e outros aspectos, pesquisadores analisaram o cérebro antes, durante e depois da gestação, revelando descobertas importantes sobre suas transformações. Confira!

O que ocorre no cérebro humano durante uma gestação?

Um estudo, realizado pela Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (nos EUA) e publicado na revista Nature Neuroscience, acompanhou as alterações neuroanatômicas observadas ao longo da gestação. Em outras palavras, os neurocientistas investigaram o que acontece no cérebro durante a gravidez.

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Mulher grávida com barriga em uma sala de clínica enquanto o médico se senta com um comprimido fornecendo consulta médica
Mulheres grávidas são mais vulneráveis a deficiência de ferro e devem ter maior cuidado/Shutterstock_Krakenimages.com

Emily Jacobs, autora do estudo, destacou que essa pesquisa representa o primeiro mapa detalhado do cérebro humano durante a gestação, trazendo novas perspectivas sobre as transformações cerebrais nesse período. O mais interessante é que esse acompanhamento aconteceu em tempo real, mais precisamente no cérebro da cientista Elizabeth Chrastil (38 anos).

Como a gravidez altera a estrutura do cérebro?

Durante o estudo, os pesquisadores analisaram 26 exames de imagem do cérebro de Elizabeth. A partir daí descobriram alterações significativas em áreas responsáveis pela socialização e pelo processamento das emoções.

ilustração digital mostra o aumenta da substância branca no cérebro de uma mulher grávida
A substância branca aumentou em “integridade estrutural” nos dois primeiros trimestres de gravidez, mas retornou ao normal antes do nascimento – Imagem: Daniela Cossio

Essas mudanças foram tão marcantes que ainda eram perceptíveis dois anos após o parto, indicando que a gravidez pode ter efeitos duradouros na estrutura cerebral.

Essas descobertas não apenas trazem dados inéditos sobre as mudanças cerebrais na gravidez, mas também podem contribuir para uma melhor compreensão dos primeiros indícios de condições como depressão pós-parto e pré-eclâmpsia.

Ao aprofundar o conhecimento sobre essas alterações, os cientistas esperam melhorar a identificação precoce e o tratamento dessas questões de saúde que afetam muitas mães no período gestacional e pós-parto.

Durante a gravidez, o cérebro passa por adaptações significativas. No estudo, constatou-se que aproximadamente 80% das regiões cerebrais da participante apresentaram uma redução de cerca de 4% no volume de massa cinzenta, estrutura essencial para funções como movimento, emoções e memória.

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Essa diminuição teve apenas uma leve recuperação após o parto, sugerindo que algumas alterações podem ser duradouras.

Por outro lado, a integridade da massa branca, responsável por garantir conexões eficientes entre diferentes áreas do cérebro, aumentou nos primeiros meses da gestação, indicando um possível fortalecimento da comunicação neural nesse período.

No entanto, essa melhora foi temporária, retornando aos níveis normais logo após o nascimento do bebê.

Esses achados reforçam a complexidade das mudanças cerebrais na gravidez e ajudam a compreender melhor seus impactos na cognição e na saúde mental materna.

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Durante a gestação, a participante não percebeu sinais do chamado “cérebro de grávida”, como lapsos de memória ou dificuldade de concentração. No entanto, no terceiro trimestre, ela sentiu um aumento no cansaço e notou-se mais emotiva.

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Por que saber o que ocorre no cérebro durante a gravidez é importante?

Outra neurocientista que fez parte do estudo, Laura Pritschet, também reforçou as informações reveladas na pesquisa no podcast “Chasing Life”.

ilustração digital mostra a massa cinzenta do cérebro de um grávida e as regiões impactadas pela gestação
Mapeamento das mudanças da substância cinzenta no córtex cerebral. As cores mais escuras indicam as partes que foram mais afetadas. – Imagem: Laura Pritschet

Ela apontou que as mudanças neuroanatômicas ocorridas durante a gravidez podem ter impactos significativos na compreensão da vulnerabilidade a transtornos de saúde mental, assim como nas variações individuais do comportamento parental.

Em outras palavras, o estudo pode ajudar a mapear e compreender problemas como depressão pós-parto, dores de cabeça, enxaquecas, epilepsia, derrame e comportamento.

Contudo, Pritschet enfatiza que essa é uma área que ainda exige muitas pesquisas e um aprofundamento significativo no contexto, destacando a importância de uma compreensão mais ampla sobre as mudanças cerebrais na gravidez.

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Saúde

Dieta vegana pode prevenir diabetes, sugere estudo

Redação Informe 360

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Os alimentos que você consome impactam diretamente na sua saúde. Isso não é uma novidade, mas novos estudos vêm descobrindo novas informações importantes sobre a relação entre a dieta e o combate a algumas doenças.

Este é o caso de um novo trabalho publicado na revista Frontiers in Nutrition. Nele, pesquisadores do Comitê de Médicos para Medicina Responsável identificaram que os alimentos presentes na dieta vegana podem auxiliar na prevenção do diabetes.

Efeitos da dieta vegana na saúde foram analisados no estudo (Imagem: RONEDYA/Shutterstock)

Consumo de alimentos veganos diminui a carga ácida do corpo

  • De acordo com a equipe responsável pela pesquisa, o veganismo é capaz de diminuir significativamente a carga ácida do corpo em comparação com a dieta mediterrânea.
  • Os pesquisadores explicam que este efeito é causado pela ingestão de produtos como carne, ovos e laticínios.
  • Isso pode causar uma inflamação crônica que interrompe o metabolismo e pode levar ao aumento do peso corporal.
  • No entanto, ao substituir alimentos de origem animal por produtos à base de plantas, como frutas e legumes, é possível promover o emagrecimento e criar um microbioma intestinal saudável.
  • Ao mesmo tempo, a adoção desta dieta pode reduzir as chances de desenvolvimento de diabetes, uma vez que a carga ácida é um fator de risco para a doença.

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A carga ácida é um fator de risco para o diabetes (Imagem: Syda Productions/Shutterstock)

Dieta vegana também pode auxiliar na perda de peso

No novo estudo, os cientistas analisaram 62 pacientes adultos com sobrepeso. Eles foram divididos em dois grupos. O primeiro adotou uma dieta mediterrânea, enquanto o segundo consumiu apenas alimentos veganos com baixo teor de gordura.

O tempo total de experimento foi de 36 semanas. Ao final deste período, os pesquisadores calcularam a carga ácida de cada participante. Este trabalho é feito a partir da análise da Carga Ácida Renal Potencial (PRAL) e da Produção Líquida de Ácido Endógeno (NEAP). Uma pontuação maior nestes indicadores sugere uma carga ácida dietética mais alta.

obesidade
Dieta vegana também pode ajudar na perda de peso (Imagem: VGstockstudio/Shutterstock)

A equipe observou que as duas pontuações diminuíram significativamente na dieta vegana, mas não apresentaram mudanças significativa na dieta mediterrânea. A redução da carga ácida ainda promoveu uma perda de peso média de quase seis quilos nos participantes que adotaram o veganismo.

Os principais alimentos utilizados na dieta vegana analisada foram vegetais (principalmente folhas verdes, brócolis, beterraba, aspargos, alho, cenoura e repolho), frutas (como maçãs, cerejas, damascos ou melão), leguminosas (por exemplo, lentilhas, grão de bico, ervilha, feijão ou soja) e grãos (quinoa ou painço).

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Saúde

Colgate descontinua linha de creme dental com reações adversas

Redação Informe 360

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Nesta sexta-feira (27), a Colgate-Palmolive Brasil informou que descontinuará o creme dental Colgate Total Prevenção Ativa Clean Mint após interdição cautelar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por relatos de efeitos adversos.

Em nota, a companhia comunicou que o produto — barrado desde o fim de marçonão possui problemas de qualidade, mesmo com a decisão de descontinuidade. “A decisão é incentivada pela investigação conduzida em atenção aos consumidores brasileiros e à Anvisa, tendo por objeto os níveis de aromatizante do produto“, explicou.

Logo da Colgate-Palmolive ao fundo, desfocado e, à frente, o logo da empresa em um smartphone
Empresa resolveu descontinuar o creme dental (Imagem: viewimage/Shutterstock)

Por que o creme dental da Colgate foi interditado pela Anvisa?

À época da suspensão do creme dental, a Anvisa disse, em resolução, que uma das possibilidades para as reações adversas era a presença de fluoreto de estanho na fórmula. Entre tais reações, estão:

  • Lesões bucais;
  • Sensações dolorosas;
  • Sensação de queimação/ardência;
  • Inflamação gengival;
  • Edema labial;
  • Inchaço em tecido amigdaliano, labial e mucoso da cavidade oral;
  • Queimação;
  • Anestesia labial e da região interna da boca;
  • Secura da mucosa;
  • Áreas de rubor.

Em comunicado, a Colgate-Palmolive pede que, caso os consumidores percebam “qualquer tipo de desconforto, irritação ou alteração incomum ao utilizar o produto, suspenda o uso imediatamente e entre em contato com o seu dentista” e avise-a pelos seguintes canais de atendimento:

Leia mais:

Fachada da Anvisa
Anvisa solicitou a interdição do produto em março (rafastockbr/Shutterstock)

Relembre o caso

Em 27 de março, a Anvisa impôs medida cautelar contra o Colgate Clean Mint em todo o país após relatos que indicam efeitos colaterais após a utilização do produto. A agência compilou oito ocorrências, sendo 13 episódios de manifestações nocivas acerca da higiene bucal.

O produto em questão é reinvenção de um dos cremes dentais mais difundidos da marca, o Colgate Total 12. A fabricante implementou modificações na composição e rotulagem do produto em julho de 2024, usando o fluoreto de estanho no lugar do fluoreto de sódio.

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O Procon-SP também acionou a Colgate, demandando esclarecimentos sobre as medidas que estavam sendo tomadas diante dos relatos de reações adversas associadas ao uso do produto.

No mesmo dia, a Colgate obteve vitória em recurso para retomar a venda do creme dental. Contudo, admitiu, no dia seguinte, que afirmou que algumas pessoas podem apresentar “sensibilidade a certos ingredientes” do produto (como fluoreto de estanho, corantes ou sabores, que estão presentes na Clean Mint), mas que ele não oferece riscos à saúde.

Ainda no dia 28, a Anvisa emitiu alerta sobre possíveis reações adversas associadas ao uso de cremes dentais que contenham fluoreto de estanho, composto reconhecido por suas propriedades anticáries e antimicrobianas, mas que pode provocar irritações em alguns casos.

A agência reforçou a importância de que consumidores reportem qualquer efeito indesejado por meio do sistema e-Notivisa, contribuindo para investigações e ações de vigilância.

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Logo da Fundação Procon-SP na tela de um celular
Procon-SP também acionou a empresa na época (Imagem: rafapress/Shutterstock)

Segundo a Anvisa, consumidores devem ficar atentos a sinais de irritação e, caso notem qualquer desconforto, interromper o uso do produto. Se os sintomas persistirem, é aconselhável buscar orientação de profissional de saúde.

Já os profissionais devem acompanhar possíveis alterações na saúde bucal dos pacientes, alertá-los sobre os riscos e indicar alternativas para pessoas com sensibilidade.

Os fabricantes precisam assegurar que a rotulagem de seus produtos contenha informações claras sobre as possíveis reações adversas, além de orientações precisas sobre o uso adequado do creme dental.

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