Saúde
Namorar uma IA faz bem à saúde? Veja o que diz a medicina

Hoje, com a popularização das inteligências artificiais por meio de chats, muitas pessoas usam esses serviços para mais do que apenas pedir informações ou ajuda para resumir textos. Temos visto diversos internautas que relatam conversar com IAs para desabafar, pedir conselhos ou até mesmo como se fosse um amigo virtual.
No entanto, alguns vão além da amizade e desenvolvem um relacionamento romântico com o sistema. Mas será que essa prática é saudável ou pode causar algum problema? Veja mais sobre isso a seguir.
Namorar uma IA faz bem à saúde?
Como funciona uma IA romântica?

IAs românticas são sistemas projetados para simular interações afetivas com os usuários. Elas usam tecnologias como processamento de linguagem natural, aprendizado de máquina, reconhecimento de voz e, em alguns casos, avatares gráficos ou robôs físicos.
Plataformas como Replika, Luna, Candy.ai e SoulGen são exemplos de bots que aprendem com cada conversa, memorizam preferências e adaptam o tom de voz e linguagem ao humor do usuário. Essas IAs podem:
- Demonstrar empatia, carinho e até “paixão”;
- Escrever mensagens e cartas de amor personalizadas;
- Adaptar as interações para parecerem cada vez mais realistas;
- “Treinar” habilidades sociais com base no diálogo;
- Ser integradas a experiências imersivas em realidade aumentada ou virtual.

Com o tempo, o cérebro humano pode reagir a essas interações de forma semelhante ao que acontece em relações reais, ativando regiões ligadas ao afeto e ao apego.
Como é possível namorar uma IA?
Primeiro, podemos questionar se é possível uma pessoa amar uma IA. Do ponto de vista emocional e psicológico, sim. O afeto, segundo a psicologia, é resultado de comportamentos e interações que satisfazem desejos ou necessidades emocionais. Uma IA pode simular esses comportamentos com tanta perfeição que o usuário atribui sentimentos reais à relação.
Estudos em psicologia comportamental mostram que é possível desenvolver amor por qualquer coisa com a qual interagimos intensamente, seja um pet virtual como o Tamagotchi, seja uma IA programada para dizer “eu te amo”.

Esses “namoros” acontecem principalmente via aplicativos ou chats com avatares digitais. O usuário escolhe um parceiro virtual, define aparência, traços de personalidade e inicia um relacionamento fictício. Com interações diárias, a IA aprende a responder com base nas emoções e desejos do usuário, criando uma sensação de intimidade e compreensão.
Muitas pessoas buscam esse tipo de relação por curiosidade, solidão, ansiedade social ou traumas afetivos. Para alguns, a IA representa um espaço seguro para se expressar sem medo de julgamento.
O filme “Ela” já imaginava isso
O filme Ela (Her, 2013), dirigido por Spike Jonze, já antecipava esse cenário. Nele, Theodore (Joaquin Phoenix), um homem solitário, se apaixona por sua assistente virtual, Samantha (voz de Scarlett Johansson), que passa a desenvolver uma personalidade própria.

Na época, o enredo parecia pura ficção. Hoje, com o avanço da IA e sua presença no cotidiano, relações parecidas com a do filme já acontecem na vida real e de forma cada vez mais comum.
Riscos e preocupações para a saúde
Apesar de parecer inofensivo à primeira vista, especialistas alertam para diversos riscos:
- Crescimento emocional prejudicado: a dependência de uma IA pode impedir que a pessoa desenvolva resiliência emocional e habilidades sociais reais.
- Isolamento social: o excesso de vínculo com a IA pode afastar o indivíduo de conexões humanas.
- Expectativas irreais: como a IA está sempre disponível e é programada para agradar, pode gerar frustração nas relações humanas, que são naturalmente imperfeitas.
- Falsa intimidade: a ilusão de estar em um relacionamento pode levar a sofrimento real quando há falhas no sistema ou por interrupção do serviço
- Privacidade e manipulação: ao se abrir emocionalmente com um sistema digital, o usuário pode expor dados sensíveis e ficar vulnerável a manipulação emocional por algoritmos de engajamento.
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O que diz a medicina e a psicologia?
A comunidade médica ainda debate os efeitos dos vínculos emocionais com inteligências artificiais. Embora algumas pesquisas indiquem que essas interações podem aliviar a solidão e até auxiliar em terapias, especialistas alertam que, em pessoas mais vulneráveis, os chatbots podem agravar quadros de depressão, ansiedade e isolamento social.

A psiquiatra Juliana Belo Diniz, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, destaca que a busca por interações “perfeitas” com máquinas pode dificultar a convivência com pessoas reais. Em entrevista para o jornal Folha de São Paulo ela alerta que “quem vive preso a um ideal se frustra constantemente e acaba se fechando para a realidade”.
A psicóloga Anna Paula Zanoni Steinke, mestre em psicologia da educação e do desenvolvimento humano pela USP, reforça que os riscos aumentam quando vínculos reais são substituídos por relações artificiais. Segundo ela, em entrevista para a Folha de São Paulo, esse comportamento alimenta bolhas de afinidade e reduz a tolerância à diversidade, um elemento essencial para a convivência em sociedade.
Estudos de caso e experiências reais

A pesquisadora Linnea Laestadius, da Universidade de Wisconsin–Milwaukee, analisou quase 600 postagens no Reddit entre 2017 e 2021 sobre o uso do app Replika, um chatbot com foco em relacionamentos afetivos.
O estudo identificou que muitos usuários relataram benefícios, como alívio da solidão e sensação de apoio emocional. Alguns chegaram a afirmar que o aplicativo era “melhor que amigos reais”, por ser mais compreensivo e não julgar.
No entanto, Laestadius também apontou riscos sérios, como a dependência emocional e casos em que o chatbot respondeu de maneira inadequada a temas sensíveis. Em situações extremas, o Replika chegou a incentivar a automutilação e o suicídio em mensagens privadas.
Em resposta, a empresa afirma que, desde 2023, vem aprimorando seus modelos de linguagem para lidar melhor com essas situações, incluindo um botão de ajuda externa e ajustes de segurança para interações sobre temas delicados.

O doutorando em Psicologia pela USP, Luiz Joaquim Nunes, estuda as relações entre humanos e inteligências artificiais e explica que é possível desenvolver afeto por qualquer coisa com a qual se interage frequentemente. No caso do ChatGPT, o fácil acesso, a disponibilidade constante e a ausência de julgamentos tornam a experiência especialmente cativante para muitos usuários.
Durante testes, o ChatGPT se mostrou acolhedor e disposto a conversar sobre diversos temas, de desabafos a piadas, e até simular interações românticas de forma respeitosa. Ele reforça que não sente emoções humanas nem pode oferecer um relacionamento real, mas se propõe a ser uma presença constante.
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Saúde
8 microrganismos que moram no seu corpo e você não faz ideia

O corpo humano é o lar de uma verdadeira multidão invisível. Milhares de espécies de microrganismos vivem sobre a pele, nas mucosas, na boca e até no intestino. Essa comunidade, chamada de microbiota humana (ou microbioma humano), é formada por bactérias, fungos, vírus e até pequenos ácaros.
Embora muitas pessoas associem microrganismos a doenças, a maior parte deles é essencial para a saúde e participa de funções vitais do nosso corpo.
A seguir, listamos 8 microrganismos que vivem dentro do corpo humano e que você talvez não conheça.
8 microrganismos que moram no seu corpo e você não faz ideia
Demodex

Pequenos ácaros chamados Demodex vivem nos folículos dos pelos e nas glândulas sebáceas de mamíferos. Eles se alimentam de células mortas da pele e do óleo natural.
Em humanos, existem duas espécies. Uma delas é o Demodex folliculorum, que fica principalmente nos pelos do rosto, como cílios e sobrancelhas. Há também o Demodex brevis, que prefere glândulas sebáceas mais profundas.
Em resumo, eles ficam onde há pelos e glândulas de óleo, preferindo o rosto, mas podem aparecer em outras partes do corpo. Na maioria das pessoas, eles não causam problemas, mas em excesso podem provocar coceira, vermelhidão, irritação ou contribuir para doenças como rosácea e blefarite.
Staphylococcus epidermidis

Essa bactéria é uma moradora comum da pele humana e de algumas mucosas, como boca, nariz e trato geniturinário. O Staphylococcus epidermidis atua como uma barreira natural contra microrganismos invasores e ajuda a manter o equilíbrio do sistema imunológico local.
Ele é mais abundante em áreas expostas, como mãos, rosto e braços. Na maior parte do tempo, essa bactéria é benéfica, mas pode se tornar perigosa se penetrar em feridas abertas ou alcançar regiões internas do corpo.
Streptococcus salivarius

Poucas horas depois do nascimento, nós, bebês humanos, entramos em contato com microrganismos da mãe e do ambiente. É nesse momento que o Streptococcus salivarius começa a se estabelecer em nossa boca, tornando-se uma das primeiras bactérias benéficas do nosso corpo.
Essa bactéria vive principalmente na boca e no trato respiratório superior, especialmente na língua, nas bochechas e na garganta. Ela ajuda a controlar outras bactérias, mantendo a boca saudável e evitando mau hálito e cáries.
Helicobacter pylori

Essa bactéria é uma das poucas capazes de sobreviver no ambiente extremamente ácido do estômago. Ela se instala na mucosa gástrica e pode permanecer ali por toda a vida.
Em muitas pessoas, a infecção é assintomática, mas algumas cepas (variedades genéticas da bactéria) podem causar gastrite, úlceras e até aumentar o risco de câncer gástrico.
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Lactobacillus

Você provavelmente conhece essa bactéria por causa do Yakult, mas o que muita gente não imagina é que o Lactobacillus também vive dentro do seu próprio corpo. Essas bactérias habitam o intestino e as regiões genitais, ajudando a manter essas áreas equilibradas e protegidas.
Elas produzem ácido lático, que dificulta o crescimento de microrganismos prejudiciais, participam da digestão, auxiliam na absorção de nutrientes e contribuem para a produção de vitaminas do complexo B.
Bebidas probióticas como o Yakult são feitas a partir de cepas cultivadas em laboratório dessas bactérias, com a ideia de ajudar na manutenção do equilíbrio da microbiota intestinal.
Bacteroides fragilis

A bactéria Bacteroides fragilis vive no intestino grosso humano. Ela ajuda o corpo a aproveitar melhor os nutrientes dos alimentos e mantém o equilíbrio do sistema imunológico, protegendo contra microrganismos prejudiciais. Na maior parte do tempo, convive de forma saudável com o organismo.
No entanto, em situações especiais, a bactéria pode sair do intestino e causar infecções. Isso acontece quando há uma barreira natural rompida, como durante cirurgias abdominais, ferimentos, traumas ou doenças que enfraquecem o intestino.
Escherichia coli

Dentro do intestino humano, existe uma bactéria muito comum chamada Escherichia coli. Ela auxilia na produção de vitamina K, importante para a coagulação do sangue, e protege o intestino, dificultando que microrganismos prejudiciais se instalem.
A maioria das Escherichia coli é inofensiva, mas algumas variantes podem ser patogênicas.
Candida albicans

O fungo Candida albicans faz parte da microbiota natural da boca, do intestino e do trato genital. Em pequenas quantidades, vive em harmonia com o corpo humano.
O problema surge quando há queda de imunidade ou alterações na microbiota, como após o uso prolongado de antibióticos, permitindo que ele se multiplique e cause infecções, chamadas de candidíase.
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O que é Zolpidem? Conheça para que serve e quais são os riscos do remédio para dormir

É possível que, nos últimos anos, você já tenha escutado o nome Zolpidem, provavelmente nas redes sociais, com jovens afirmando ter tomado o medicamento e passado por alguns efeitos colaterais intrigantes.
Na sequência deste conteúdo, o Olhar Digital traz diversas informações importantes relacionadas ao fármaco. Continue a leitura e confira todos os detalhes sobre o Zolpidem.
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O que é Zolpidem e para que serve?

O Zolpidem é um hipnótico não-benzodiazepínico do grupo das imidazopiridinas. Ele tem como objetivo auxiliar quem tem dificuldades para dormir ou manter o sono durante o período necessário.
O medicamento foi desenvolvido para agir no SNC (Sistema Nervoso Central) e conta com propriedades relaxantes, sedativas e ansiolíticas.
O fármaco serve para o tratamento da insônia, quando a pessoa apresenta dificuldade transitória (de 2 a 3 semanas) ou ocasional (de 2 a 5 dias) para dormir. Um ponto muito importante é que ele só deve ser utilizado durante um curto período, com o prazo máximo de quatro semanas.
Quem pode tomar o medicamento?

Ele é indicado para pacientes que estejam lidando com uma situação estressante, como a perda de um emprego ou de um ente querido, e assim sofram com dificuldades para dormir.
Após o período de quatro semanas, se a pessoa ainda não conseguir pegar no sono, os médicos buscam outras soluções, como outros remédios, terapias psicológicas e mudanças de hábitos.
Também é importante salientar que pode ser usado, com cautela e orientação médica, por quem tiver síndrome da apneia do sono (um transtorno que causa a interrupção da respiração durante o sono) e miastenia gravis, uma condição que prejudica os nervos e os músculos, gerando cansaço.
Como funciona o medicamento?

Depois de ingerido, o Zolpidem é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal, distribuído pelos tecidos e conduzido até seu alvo de ação. Ali, começa a induzir o sono. Em seguida, passa por um processo de metabolização (quando é transformado em substâncias que o corpo consegue eliminar) e, por fim, é excretado principalmente pelos rins.
No campo da farmacodinâmica, o Zolpidem pertence à classe dos não-benzodiazepínicos, substâncias capazes de se ligar aos receptores GABAA, localizados nos neurônios do sistema nervoso central. Essa ligação reduz a atividade dos impulsos nervosos, o que facilita o início do sono.
O efeito surge rapidamente: cerca de 30 minutos após a ingestão, o medicamento já começa a agir, diminuindo o tempo necessário para adormecer.
É seguro tomar o Zolpidem?
O medicamento é conhecido desde 1988 na Europa, mas chegou às Américas apenas na década de 1990. Ele sempre foi considerado seguro e pode beneficiar os pacientes que estejam passando por um momento de estresse e durante um pequeno intervalo de tempo.
O medicamento é contraindicado para:
- Pessoas que possuem hipersensibilidade (alergia ou intolerância) ao Zolpidem ou a qualquer outro componente da fórmula;
- Quem tiver o quadro de insuficiência respiratória severa e/ou aguda;
- Pacientes com insuficiência hepática severa (redução da função do fígado);
- Indivíduos acometidos com o comportamento de complexo de sono após tomar este medicamento;
- Público na faixa etária pediátrica;
- Mulheres grávidas sem orientação médica.
Possíveis efeitos colaterais
O uso indiscriminado de Zolpidem por um longo período é preocupante, pois pode causar dependência e tolerância. Após algum tempo, a dose inicial já não costuma fazer o efeito necessário. Também existem casos de pessoas que passam a acreditar que só vão dormir se tomarem o medicamento.
Os riscos não param por aí, pois aproximadamente 5% dos indivíduos que usam o fármaco podem ter um quadro de sonambulismo e amnésia. A incidência desse efeito é ainda maior se a pessoa não seguir a recomendação médica de tomar o comprimido e deitar logo após.
Isso pode ser grave, já que o paciente corre o risco de realizar alguma ação sem estar em sua plena consciência. Um caso famoso que serve como exemplo é o de Pedro Pereira, que tomou o medicamento, fez duas compras de pacotes de viagem e no outro dia não se lembrava disso.
Ademais, o uso excessivo do Zolpidem pode trazer problemas para a memória, atenção e raciocínio do indivíduo. Então, sempre consulte um médico e utilize o remédio conforme a prescrição do especialista, por pouco tempo.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
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Saúde
É possível estar desidratado e não sentir sede?

A sede é o principal sinal de que o corpo precisa de água, mas nem sempre ela aparece quando o organismo está desidratado. Em algumas situações, especialmente durante episódios depressivos ou em condições que afetam o controle da hidratação, é possível que a desidratação ocorra sem que a pessoa perceba.
Neste artigo, vamos entender esse fenômeno e explicar como a falta de hidratação pode afetar tanto a saúde física quanto a mental.
A importância da sede no equilíbrio do corpo

A sede é uma sensação interna provocada por estímulos fisiológicos que indicam a necessidade de repor água e sais minerais. Esse mecanismo é regulado por áreas específicas do cérebro, principalmente o hipotálamo, que detectam mudanças na concentração de sais no sangue e na quantidade de líquidos corporais.
Quando há uma perda de cerca de 0,5% do peso corporal em água, o corpo aciona o “limiar da sede”, levando à vontade de beber líquidos. Essa necessidade pode ser:
- Sede verdadeira: persiste até que o corpo seja reidratado.
- Sede falsa: desaparece apenas com o ato de umedecer a boca, sem que haja real necessidade fisiológica.
Entretanto, em alguns casos, o organismo não emite sinais claros, e a pessoa pode não sentir sede mesmo diante de um quadro de desidratação leve ou moderada.
Como o cérebro controla a sede

Diversas regiões cerebrais trabalham juntas para regular o impulso de beber água. O hipotálamo, o órgão subfornical e o núcleo pré-óptico mediano são os principais responsáveis por monitorar o equilíbrio hídrico.
Quando há redução do volume sanguíneo ou aumento da concentração de sais, essas áreas enviam sinais para liberar vasopressina, um hormônio que ajuda a conservar água nos rins.
Esse sistema é altamente eficiente, mas pode ser alterado por distúrbios neurológicos, metabólicos ou psicológicos, como ocorre em pessoas com depressão ou apatia.
Desidratação e depressão: uma relação silenciosa

Sim, é possível estar desidratado e não sentir sede. Pessoas que atravessam episódios depressivos frequentemente apresentam baixa motivação para atividades básicas, como comer e beber água.
Com o tempo, isso pode levar à desidratação e subnutrição, mesmo sem a percepção de sede. O corpo deixa de enviar sinais claros, e a falta de ingestão hídrica agrava o quadro emocional.
Estudos mostram que a desidratação interfere diretamente na produção de neurotransmissores como a serotonina, essencial para o controle do humor. Assim, o problema pode se tornar um ciclo: a depressão causa desidratação, e a desidratação intensifica sintomas depressivos como fadiga, irritabilidade e lentidão cognitiva.
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A conexão entre hidratação e saúde mental

A água é vital para o funcionamento do corpo e do cérebro. Além de regular a temperatura e transportar nutrientes, ela influencia diretamente a função cognitiva e emocional. A hidratação também está relacionada a condições como ansiedade, déficit de atenção, memória e depressão.
Um estudo com mais de 3.000 adultos iranianos observou que pessoas que bebiam menos de dois copos de água por dia tinham risco significativamente maior de desenvolver sintomas depressivos do que aquelas que consumiam cinco copos ou mais.
Até mesmo pequenos níveis de desidratação podem causar queda de energia, dificuldade de foco e alterações de humor, sintomas frequentemente confundidos com cansaço ou estresse.
Benefícios da hidratação adequada para o cérebro

A hidratação correta promove equilíbrio eletrolítico, melhora a circulação cerebral e auxilia na transmissão de impulsos nervosos. Quando o corpo está bem hidratado, há melhor oxigenação do cérebro, o que se reflete em:
- Maior clareza mental e atenção.
- Melhora no humor e redução da ansiedade.
- Aumento da memória de curto prazo e do tempo de reação.
- Redução da sensação de fadiga e apatia.
Em contrapartida, a falta de água pode levar a confusão mental, cefaleias (dores de cabeça) e até sintomas físicos como tontura e palpitações.
Dicas para manter-se hidratado

Mesmo que a sede não seja perceptível, é importante criar hábitos que garantam uma ingestão constante de líquidos. Segundo nutricionistas, o ideal é beber pequenas quantidades de água ao longo do dia, sem esperar sentir sede.
Algumas estratégias simples de hidratação incluem:
- Combine as refeições com água em vez de refrigerantes ou sucos industrializados.
- Tenha sempre uma garrafa de água por perto e reabasteça com frequência.
- Consuma frutas e vegetais ricos em água, como melancia, pepino, laranja, abobrinha e alface.
Vale lembrar que metade da água ingerida diariamente pode vir dos alimentos, especialmente dos in natura ou minimamente processados. Pratos tradicionais como feijão com arroz têm cerca de dois terços de seu peso em água, contribuindo para a hidratação.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
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