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Saúde

Moderna vai desenvolver vacina contra a gripe aviária

Redação Informe 360

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O avanço da gripe aviária pelo mundo preocupa especialistas em saúde. A maior preocupação está relacionada com possíveis mutações que tornem o vírus mais transmissível para humanos. Em meio a este cenário, o governo dos Estados Unidos fechou uma parceria com a Moderna para o desenvolvimento de uma vacina.

Vacina usará tecnologia de RNA mensageiro

A farmacêutica irá receber US$ 176 milhões (mais de R$ 960 milhões) para produzir a fórmula. A expectativa é que os resultados de fase 1 dos trabalhos sejam divulgados nas próximas semanas. Os testes de estágio avançado, por sua vez, só devem começar em 2025. Não foi informada uma previsão de data para que o imunizante esteja disponível para a população.

A parceria ainda prevê a possibilidade de acelerar o cronograma de desenvolvimento da vacina. Este mecanismo é acionado caso haja um aumento expressivo de infeções em humanos ou na gravidade delas.

Vacina será desenvolvida pela farmacêutica Moderna (Imagem: Lutsenko_Oleksandr/Shutterstock)

A nova vacina vai utilizar a tecnologia de RNA mensageiro, a mesma adotada nos imunizantes contra a Covid-19. O processo usa uma cópia sintética de um segmento do material genético do vírus para induzir uma resposta imunológica no corpo humano. 

A tecnologia da vacina de mRNA oferece vantagens em eficácia, velocidade de desenvolvimento e produção e confiabilidade no tratamento de surtos de doenças infecciosas, conforme demonstrado durante a pandemia de Covid-19.

Stephane Bancel, CEO da Moderna

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Os Estados Unidos ainda contam com uma parceria com a empresa CSL Seqirus para o desenvolvimento de outra vacina contra a gripe aviária. Neste caso, as autoridades norte-americanas esperam que as primeiras doses estejam disponíveis já nas próximas semanas. Elas serão específicas para trabalhadores rurais e outras pessoas que têm maior exposição ao vírus.

Nos EUA, dois casos da doença em humanos já foram confirmados. As informações são da Reuters.

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gripe aviária
Avanço da gripe aviária é monitorado no mundo todo (Imagem: Pordee_Aomboon/Shutterstock)

Risco de uma nova pandemia?

  • Nos últimos meses, cientistas detectaram a gripe aviária em aves de Nova York, amostras de leite cru e em vacas leiteiras pela primeira vez na história.
  • A doença também já causou a morte de diversos animais que não costumavam ser infectados.
  • É o caso do urso polar, gatos e até pinguins da Antártica.
  • Segundo especialistas, isso comprova que o vírus está se espalhando até em áreas remotas do planeta.
  • Em meio ao cenário, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o risco do avanço dos casos de gripe aviária em aves e mamíferos.
  • Isso pode fazer com que o vírus passe por mutações e consiga infectar humanos de uma forma mais grave e rápida, o que representaria uma grave crise de saúde pública mundial.

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Saúde

Vício em doces é real — e agora a Ciência consegue medi-lo

Redação Informe 360

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Por que é tão difícil parar no primeiro biscoito ou chocolate? Para muitas pessoas, doces não são apenas prazerosos — despertam desejo, culpa e sofrimento emocional.

Um novo estudo da Fundação FitMIND propõe a primeira escala validada voltada especificamente para identificar comportamentos semelhantes ao vício em açúcar: a FFSAS (Escala de Dependência de Doces da FitMIND).

Publicada na Nutrients, a pesquisa envolveu 344 adultos na Polônia e revelou que mais de 60% dos participantes se identificaram como “viciados em doces”, com muitos relatando consumo diário, tentativas frustradas de redução e sentimentos de culpa.

Chocolate
Nova ferramenta identifica padrões emocionais e comportamentais ligados ao consumo excessivo de açúcar – Imagem: Nik Merkulov/Shutterstock

Como a escala deve funcionar

  • Diferente das escalas alimentares tradicionais, a FFSAS se concentra apenas em doces e avalia não só a frequência do consumo, mas também o impacto emocional e cognitivo do comportamento.
  • A escala foi inspirada na YFAS 2.0, usada para dependência alimentar em geral, e adaptada para mapear sintomas com base nos critérios de vício do DSM-5.
  • Os pesquisadores encontraram forte consistência interna e destacaram que emoções negativas, como remorso e vergonha, foram indicadores mais relevantes do que a quantidade consumida.

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Escala inédita pretende medir e compreender porque algumas pessoas consomem tantos doces – Imagem: Enez Selvi/Shutterstock

Encontrando respostas sobre a dependência do açúcar

Embora o estudo seja piloto, ele destaca a necessidade de compreender a dimensão emocional do consumo de açúcar, muitas vezes ignorada em avaliações nutricionais. A equipe agora trabalha em validações mais amplas e em versões resumidas da ferramenta para uso clínico e educacional.

A mensagem é clara: o vício em doces vai além da falta de disciplina — envolve padrões psicológicos reais. Reconhecê-los pode ser o primeiro passo para estratégias de alimentação mais saudáveis e sustentáveis, com apoio emocional adequado.

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Doces podem ativar padrões semelhantes ao vício em substâncias, incluindo culpa e compulsão (Imagem: Flotsam/Shutterstock)

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Saúde

O que acontece no cérebro durante a gravidez?

Redação Informe 360

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Durante a gestação, as transformações físicas são evidentes: a barriga cresce, os seios se modificam, a pele pode apresentar mudanças e o inchaço pode ser intenso. Mas o que acontece no cérebro durante a gravidez? Apesar de pouco discutido, ele também passa por adaptações surpreendentes que influenciam emoções, memória e comportamento.

Na gravidez, muitas mulheres vivenciam lapsos de memória, dificuldade de concentração e névoa mental, fenômeno conhecido como “baby brain”.

Com o objetivo de desvendar esses e outros aspectos, pesquisadores analisaram o cérebro antes, durante e depois da gestação, revelando descobertas importantes sobre suas transformações. Confira!

O que ocorre no cérebro humano durante uma gestação?

Um estudo, realizado pela Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (nos EUA) e publicado na revista Nature Neuroscience, acompanhou as alterações neuroanatômicas observadas ao longo da gestação. Em outras palavras, os neurocientistas investigaram o que acontece no cérebro durante a gravidez.

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Mulher grávida com barriga em uma sala de clínica enquanto o médico se senta com um comprimido fornecendo consulta médica
Mulheres grávidas são mais vulneráveis a deficiência de ferro e devem ter maior cuidado/Shutterstock_Krakenimages.com

Emily Jacobs, autora do estudo, destacou que essa pesquisa representa o primeiro mapa detalhado do cérebro humano durante a gestação, trazendo novas perspectivas sobre as transformações cerebrais nesse período. O mais interessante é que esse acompanhamento aconteceu em tempo real, mais precisamente no cérebro da cientista Elizabeth Chrastil (38 anos).

Como a gravidez altera a estrutura do cérebro?

Durante o estudo, os pesquisadores analisaram 26 exames de imagem do cérebro de Elizabeth. A partir daí descobriram alterações significativas em áreas responsáveis pela socialização e pelo processamento das emoções.

ilustração digital mostra o aumenta da substância branca no cérebro de uma mulher grávida
A substância branca aumentou em “integridade estrutural” nos dois primeiros trimestres de gravidez, mas retornou ao normal antes do nascimento – Imagem: Daniela Cossio

Essas mudanças foram tão marcantes que ainda eram perceptíveis dois anos após o parto, indicando que a gravidez pode ter efeitos duradouros na estrutura cerebral.

Essas descobertas não apenas trazem dados inéditos sobre as mudanças cerebrais na gravidez, mas também podem contribuir para uma melhor compreensão dos primeiros indícios de condições como depressão pós-parto e pré-eclâmpsia.

Ao aprofundar o conhecimento sobre essas alterações, os cientistas esperam melhorar a identificação precoce e o tratamento dessas questões de saúde que afetam muitas mães no período gestacional e pós-parto.

Durante a gravidez, o cérebro passa por adaptações significativas. No estudo, constatou-se que aproximadamente 80% das regiões cerebrais da participante apresentaram uma redução de cerca de 4% no volume de massa cinzenta, estrutura essencial para funções como movimento, emoções e memória.

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Essa diminuição teve apenas uma leve recuperação após o parto, sugerindo que algumas alterações podem ser duradouras.

Por outro lado, a integridade da massa branca, responsável por garantir conexões eficientes entre diferentes áreas do cérebro, aumentou nos primeiros meses da gestação, indicando um possível fortalecimento da comunicação neural nesse período.

No entanto, essa melhora foi temporária, retornando aos níveis normais logo após o nascimento do bebê.

Esses achados reforçam a complexidade das mudanças cerebrais na gravidez e ajudam a compreender melhor seus impactos na cognição e na saúde mental materna.

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Durante a gestação, a participante não percebeu sinais do chamado “cérebro de grávida”, como lapsos de memória ou dificuldade de concentração. No entanto, no terceiro trimestre, ela sentiu um aumento no cansaço e notou-se mais emotiva.

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Por que saber o que ocorre no cérebro durante a gravidez é importante?

Outra neurocientista que fez parte do estudo, Laura Pritschet, também reforçou as informações reveladas na pesquisa no podcast “Chasing Life”.

ilustração digital mostra a massa cinzenta do cérebro de um grávida e as regiões impactadas pela gestação
Mapeamento das mudanças da substância cinzenta no córtex cerebral. As cores mais escuras indicam as partes que foram mais afetadas. – Imagem: Laura Pritschet

Ela apontou que as mudanças neuroanatômicas ocorridas durante a gravidez podem ter impactos significativos na compreensão da vulnerabilidade a transtornos de saúde mental, assim como nas variações individuais do comportamento parental.

Em outras palavras, o estudo pode ajudar a mapear e compreender problemas como depressão pós-parto, dores de cabeça, enxaquecas, epilepsia, derrame e comportamento.

Contudo, Pritschet enfatiza que essa é uma área que ainda exige muitas pesquisas e um aprofundamento significativo no contexto, destacando a importância de uma compreensão mais ampla sobre as mudanças cerebrais na gravidez.

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Saúde

Dieta vegana pode prevenir diabetes, sugere estudo

Redação Informe 360

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Os alimentos que você consome impactam diretamente na sua saúde. Isso não é uma novidade, mas novos estudos vêm descobrindo novas informações importantes sobre a relação entre a dieta e o combate a algumas doenças.

Este é o caso de um novo trabalho publicado na revista Frontiers in Nutrition. Nele, pesquisadores do Comitê de Médicos para Medicina Responsável identificaram que os alimentos presentes na dieta vegana podem auxiliar na prevenção do diabetes.

Efeitos da dieta vegana na saúde foram analisados no estudo (Imagem: RONEDYA/Shutterstock)

Consumo de alimentos veganos diminui a carga ácida do corpo

  • De acordo com a equipe responsável pela pesquisa, o veganismo é capaz de diminuir significativamente a carga ácida do corpo em comparação com a dieta mediterrânea.
  • Os pesquisadores explicam que este efeito é causado pela ingestão de produtos como carne, ovos e laticínios.
  • Isso pode causar uma inflamação crônica que interrompe o metabolismo e pode levar ao aumento do peso corporal.
  • No entanto, ao substituir alimentos de origem animal por produtos à base de plantas, como frutas e legumes, é possível promover o emagrecimento e criar um microbioma intestinal saudável.
  • Ao mesmo tempo, a adoção desta dieta pode reduzir as chances de desenvolvimento de diabetes, uma vez que a carga ácida é um fator de risco para a doença.

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A carga ácida é um fator de risco para o diabetes (Imagem: Syda Productions/Shutterstock)

Dieta vegana também pode auxiliar na perda de peso

No novo estudo, os cientistas analisaram 62 pacientes adultos com sobrepeso. Eles foram divididos em dois grupos. O primeiro adotou uma dieta mediterrânea, enquanto o segundo consumiu apenas alimentos veganos com baixo teor de gordura.

O tempo total de experimento foi de 36 semanas. Ao final deste período, os pesquisadores calcularam a carga ácida de cada participante. Este trabalho é feito a partir da análise da Carga Ácida Renal Potencial (PRAL) e da Produção Líquida de Ácido Endógeno (NEAP). Uma pontuação maior nestes indicadores sugere uma carga ácida dietética mais alta.

obesidade
Dieta vegana também pode ajudar na perda de peso (Imagem: VGstockstudio/Shutterstock)

A equipe observou que as duas pontuações diminuíram significativamente na dieta vegana, mas não apresentaram mudanças significativa na dieta mediterrânea. A redução da carga ácida ainda promoveu uma perda de peso média de quase seis quilos nos participantes que adotaram o veganismo.

Os principais alimentos utilizados na dieta vegana analisada foram vegetais (principalmente folhas verdes, brócolis, beterraba, aspargos, alho, cenoura e repolho), frutas (como maçãs, cerejas, damascos ou melão), leguminosas (por exemplo, lentilhas, grão de bico, ervilha, feijão ou soja) e grãos (quinoa ou painço).

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