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Saúde

Microplásticos podem chegar ao cérebro pelo nariz; saiba mais

Redação Informe 360

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Os microplásticos estão por toda a parte, incluindo em seres humanos. Trabalhos anteriores já mostraram como as partículas podem entrar em nossos corpos por três vias: pela ingestão, respiração ou pela absorção da pele – e, de lá, alcançar outras partes do organismo. Um estudo recente mostrou que os microplásticos também podem chegar até o cérebro. E a porta de entrada pode ser o nariz.

A descoberta refuta a ideia de que o órgão central do sistema nervoso esteja isolado do restante do corpo e que a barreira hematoencefálica seja invencível na proteção de substâncias nocivas.

Pesquisa encontrou microplásticos em oito cérebros de moradores de São Paulo (Imagem: Elif Bayraktar/Shutterstock)

Microplásticos chegaram ao cérebro

O trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade Livre de Berlim (Alemanha) e da Universidade de São Paulo (USP), analisou amostras de tecidos de moradores de São Paulo que haviam morrido e passado por autópsias de rotina. Os médicos legistas responsáveis removeram os bulbos olfativos dos cérebros e os estudaram com uma variedade de técnicas.

Veja as descobertas:

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  • Oito dos 15 bulbos olfativos continham microplásticos;
  • De acordo com artigo do The Conversation, eram apenas 16 partículas no total (entre todos eles), o que pode ser reconfortante;
  • Entre as partículas, estavam esferas, fibras e fragmentos de polipropileno, náilon e outros tipos de plástico;
  • Elas podem ter vindo da lavagem de roupas feitas de fibras sintéticas, fonte significativa de microplásticos no meio ambiente.
Microplásticos
Pesquisas sobre impacto dos microplásticos na saúde estão em andamento (Imagem: Deemerwha studio/Shutterstock)

Porta de entrada dos microplásticos pode ser o nariz

O mistério a ser desvendado, então, é como os microplásticos chegaram até o cérebro. Isso porque acreditou-se por muito tempo que a barreira hematoencefálica, camada especial de células, protege o órgão contra patógenos e outras substâncias intrusivas.

O estudo indica que não é bem assim e que a barreira tem ponto vulnerável pelo qual os microplásticos chegam até o cérebro. Esse ponto de entrada, segundo o trabalho, está no nariz, mais especificamente nos nervos olfativos, que transportam as partículas através do crânio diretamente para o bulbo olfativo.

Leia mais:

Microplásticos fazem mal?

Os resíduos plásticos se decompõem lentamente, liberando partículas minúsculas, os microplásticos. Eles estão no solo onde os alimentos são plantados, na água que ingerimos e no ar que respiramos.

Os estudos sobre o impacto desse material na saúde humana ainda estão em desenvolvimento. Algumas das descobertas iniciais – que ainda têm limitações e exigem mais pesquisas – mostram que os microplásticos têm relação com maior probabilidade de derrames e ataques cardíacos, inflamação e comprometimento de funções imunológicas, mudanças comportamentais e relação com alterações ligadas à doença de Parkinson.

A pesquisa atual sugere possível novo ponto de entrada dessas partículas no organismo e levanta novas questões sobre os impactos na saúde.

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Saúde

Novo medicamento pode mudar tudo no tratamento de Alzheimer; entenda

Redação Informe 360

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Uma equipe internacional de pesquisadores, liderada pela Universidade de Lancaster, na Inglaterra, desenvolveu o RI-AG03, inibidor que atua sobre a proteína Tau. E esse medicamento pode trazer um baita avanço para o tratamento da Doença de Alzheimer.

Em suma, o medicamento é o primeiro a atuar em ambas as regiões críticas (“pontos quentes”) que promovem a agregação da proteína Tau – um dos principais fatores que levam à neurodegeneração na Doença de Alzheimer.

Essa abordagem única pode ajudar a lidar com o crescente impacto da demência na sociedade, proporcionando uma nova opção tão necessária para tratar essas doenças devastadoras.

Anthony Aggidis, autor principal da pesquisa, em comunicado

Testes do medicamento para Alzheimer foram bem-sucedidos em moscas e células humanas

Em experimentos laboratoriais e testes em moscas-das-frutas geneticamente modificadas, o RI-AG03 preveniu a acumulação de proteínas Tau. E isso aumentou a vida útil dos insetos em cerca de duas semanas

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  • Vale destacar: pode parecer pouco, mas duas semanas extras é muito para essa espécie de mosca, cuja expectativa de vida varia entre 10 e 60 dias, em média.
alzheimer
O RI-AG03 preveniu a acumulação de proteínas Tau, um dos fatores por trás da neurodegeneração na Doença de Alzheimer (Imagem: Roman Bodnarchuk/Shuttersotck)

Além dos testes em moscas-das-frutas, o medicamento foi testado em células humanas biossensores, nas quais conseguiu penetrar e reduzir a agregação das proteínas Tau.

Outro ponto importante: o RI-AG03 foi projetado especificamente para inibir a agregação da proteína Tau. Isso o torna menos propenso a interagir com outras proteínas, o que reduz efeitos colaterais comuns em tratamentos da doença.

Leia mais:

Representação de um cérebro humano rodeado por medicamentos
Cientistas planejam testar o novo medicamento para Alzheimer em roedores antes de avançar para ensaios clínicos (Imagem: Nefedova Tanya/Shutterstock)

Um artigo sobre o novo medicamento foi publicado na revista Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association.

  • O projeto envolveu diversas instituições, incluindo as universidades de Southampton, Nottingham Trent, o Instituto Metropolitano de Ciências Médicas de Tóquio e o Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas

E agora? Bom, a equipe planeja testar o RI-AG03 em roedores antes de avançar para ensaios clínicos. A expectativa é que o medicamento tenha um impacto significativo nas pesquisas sobre tratamentos para doenças neurodegenerativas.

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Saúde

Alzheimer: cientistas brasileiros identificam substância que pode restaurar memória

Redação Informe 360

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Um estudo liderado por cientistas brasileiros pode revolucionar a luta contra o Alzheimer. Os pesquisadores desenvolveram uma nova estratégia que pode restaurar a memória dos pacientes acometidos pela doença.

Molécula permite que os neurônios voltem a gravar aprendizados

  • Durante os trabalhos, a equipe descobriu que uma substância derivada da cetamina pode restituir a capacidade de produção das proteínas necessárias para a comunicação entre os neurônios no cérebro.
  • A molécula HNK (hidroxinorketamina) permite que os neurônios voltem a gravar um aprendizado, um processo chamado de consolidação da memória.
  • De acordo com os pesquisadores, se não houver síntese de proteínas, uma pessoa esquece o que aprendeu em até duas horas.
  • E é justamente isso que faz com que pacientes com Alzheimer esqueçam de memórias recentes, enquanto podem se recordar de fatos mais antigos.
  • As informações são de O Globo.
Substância recupera capacidade dos neurônios (Imagem: Corona Borealis Studio/Shutterstock)

Leia mais

Substância não permite a recuperação de lembranças perdidas pelo Alzheimer

A pesquisa foi realizada com animais e os pesquisadores acreditam que testes em humanos poderão ser realizados em breve. A ideia é que uma droga a base da HNK poderia fazer com os pacientes não esquecessem mais coisas básicas.

Os cientistas, no entanto, deixam claro que o fato de recuperar a capacidade de memorizar não significa recuperar as lembranças perdidas. O que foi esquecido por conta do Alzhmeir teria que ser reaprendido pelo paciente.

Imagem em preto e branco de uma árvor que forma uma cabeça humana; suas folhas estão sendo levadas pelo vento
Descoberta pode ajudar pacientes a não esquecerem de informações fundamentais (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

Eles ainda destacam que, diferentemente da cetamina, a HNK não é um anestésico, nem causa dependência ou alucinações. Ela é produzida pelo próprio corpo e age sobre os danos causados pelo Alzheimer e não em suas causas. Já os remédios disponíveis contra a doença atuam sobre as placas de beta-amiloide e podem retardar em até cerca de 30% sua progressão. No entanto, a capacidade de aprender e guardar lembranças não é recuperada.

Além disso, estas drogas só oferecem resultados mais significativos quando a doença é diagnosticada em suas fases iniciais, o que é bastante raro uma vez que o diagnóstico normalmente acontece quando o paciente já está em estágio moderado e com sintomas claros de Alzheimer.

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Saúde

Tratamento com células-tronco demonstra potencial de curar diabetes

Redação Informe 360

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Cientistas da Universidade de Pequim, da Hangzhou Reprogenix Bioscience e do Laboratório Changping desenvolveram um tratamento com células-tronco que pode “curar” a diabetes tipo 1. Como descrito em um artigo na Cell, a terapia conseguiu reverter a dependência de insulina em uma paciente de 25 anos.

Entenda:

  • Cientistas chineses desenvolveram um tratamento com células-tronco que pode acabar com a dependência de insulina em pacientes com diabetes tipo 1;
  • A terapia consiste em transplantar novas ilhotas produtoras de insulina para substituir as células perdidas;
  • Após receber o tratamento, uma paciente de 25 anos apresentou uma redução da necessidade de doses diárias de insulina em duas semanas;
  • 75 dias depois, a necessidade das aplicações de insulina foi totalmente descartada;
  • Os resultados são promissores, mas o tratamento ainda vai passar por mais pesquisas.
Imagem mostra um dedo perfurado, com uma gota de sangue à mostra. Na outra mão, um teste de diabetes
Tratamento “curou” paciente com diabetes em 75 dias. (Imagem: Syda Productions/Shutterstock)

O método consiste em transplantar novas células produtoras de insulina para substituir as que foram perdidas. No teste, as células-tronco do tecido adiposo da paciente foram isoladas e transformadas em células de ilhotas – que geram a insulina no pâncreas. Posteriormente, essas células foram cultivadas e transplantadas novamente nos músculos do abdômen.

Leia mais:

Tratamento com células-tronco ‘curou’ diabetes em 75 dias

Apenas duas semanas após receber o tratamento, a paciente apresentou uma redução da necessidade de doses diárias de insulina. 75 dias depois, ela já estava totalmente independente das aplicações do hormônio, com o organismo capaz de produzi-lo por conta própria.

células-tronco
Tratamento substitui células perdidas por novas ilhotas para a produção de insulina. (Imagem: Elena Pavlovich/Shutterstock)

Ela continuou sendo monitorada durante um ano, e passou mais de 98% desse período com uma faixa glicêmica saudável. Além disso, a equipe ainda destaca que não foi localizada nenhuma anormalidade em decorrência do transplante de células-tronco, mas o fato de o sistema imunológico ainda precisar ser suprimido é uma complicação potencial – já que a substituição das células não elimina a doença.

Mesmo que os resultados sejam promissores, a equipe destaca que ainda são necessários “estudos clínicos adicionais para avaliar o transplante das ilhotas”. Atualmente, outros dois participantes estão inscritos nos testes com a terapia de células-tronco.

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