Saúde
Dieta com frutas e vegetais vai te ajudar a dormir mais, diz estudo

Manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios e dormir pelo menos sete horas são itens essenciais para uma vida saudável. Esses fatores também têm relação entre si: comer bem dá energia para os exercícios físicos, que ajudam a ter uma boa noite de sono.
Um estudo publicado este mês na revista Frontiers in Nutrition resolveu se aprofundar nessa relação e analisou como a ingestão de frutas e vegetais ajuda a ter uma melhor qualidade de sono.
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Qualidade do sono e dieta são temas de diversos estudos – mas esse foi além
Estudos já mostraram que dormir no mínimo sete horas por noite é essencial para manter o corpo funcionando de forma saudável. É durante o sono que as células de DNA se reparam e o corpo se regenera.
Do lado oposto, se o sono não tiver o tempo ou a qualidade suficiente, afeta o desempenho durante o dia, causando falta de atenção e irritabilidade, e podendo até afetar a saúde mental.
A pesquisa deste ano resolveu se aprofundar na relação entre o consumo de frutas e vegetais e a duração do sono – e vice e versa -, bem como na influência de hábitos individuais na hora de dormir e nas escolhas alimentares no resultado.
Adultos não cumprem ingestão mínima de frutas e vegetais
Como lembrou o MedicalXpress, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adultos consumam no mínimo 400 gramas de frutas e vegetais todos os dias. Outros órgãos preveem algo entre 500 e 800 gramas.
Só que adultos nem sempre cumprem essa recomendação – e isso têm impacto no sono deles.
Para analisar essa relação, o estudo examinou dados de 5.043 adultos catalogados no Estudo Nacional FinHealth de 2017:
- Todos eles tinham 18 anos ou mais e tiveram que enviar respostas detalhadas em um questionário de 134 perguntas sobre dieta regular e sono (duração típica e preferências na hora de dormir) nos últimos 12 meses;
- Dessas respostas, foi possível estabelecer três categorias de sono: curto (menos de sete horas, apontado como hábito de 21% dos participantes); normal (sete a nove horas, 76,1% dos participantes); e longo (acima de nove horas, um hábito de apenas 2,9% dos participantes);
- Em relação às preferências na hora de dormir, 22,4% disseram que eram pessoas matutinas; 15,9% eram do tipo noturno e 61,7% intermediários;
- Eles incluíram todas essas variáveis no estudo, algo que ainda não havia sido feito na hora de analisar a relação do sono com a ingestão. Estudos anteriores, porém, já havia correlacionado hábitos noturnos a comportamentos alimentares pouco saudáveis.

Dieta com frutas e vegetais ajuda a dormir melhor
Os pesquisadores observaram que as pessoas com sono normal (entre sete e nove horas) ingeriam mais frutas e vegetais do que as com sono curto ou longo.
No entanto, a ingestão de diferentes tipos de alimentos nesses dois subgrupos também produziu resultados diferentes. Por exemplo, pessoas que comeram folhas verdes tiveram uma duração de sono mais saudável do que aquelas que ingeriram vegetais enlatados. O mesmo aconteceu entre frutas frescas e enlatadas.
Um estudo do ano passado também já havia observado como noites curtas de sono diminuem o nível de ingestão de frutas e vegetais entre adolescentes no dia seguinte.
O atual atualizou esse resultado com as preferências de sono, mostrando como pessoas com duração curta e longa de sono têm uma ingestão menor do que as com sono normal.
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Saúde
O que é febre reumática? Veja sintomas e tratamento

Muitas vezes, ignoramos uma dor de garganta nas crianças, achando que é apenas um incômodo passageiro. No entanto, quando causada por uma bactéria específica e não tratada corretamente, essa infecção simples pode desencadear uma reação em cadeia no sistema imunológico, levando a uma condição séria conhecida como febre reumática.
Embora o nome sugira apenas “febre”, a doença é complexa e pode deixar marcas permanentes, especialmente no coração. Entender os sinais e a importância do tratamento precoce é a melhor forma de proteger quem amamos.
Tudo o que você precisa saber sobre febre reumática
Para compreender a febre reumática, precisamos primeiro entender que ela não é uma infecção direta, mas sim uma resposta exagerada do próprio corpo. Ela é uma doença inflamatória que ocorre como uma sequela tardia de uma infecção na garganta (faringoamigdalite) causada pela bactéria Streptococcus pyogenes (estreptococo do grupo A).
Basicamente, o sistema de defesa tenta combater a bactéria, mas acaba atacando tecidos saudáveis do próprio organismo, como articulações, pele, cérebro e coração. Segundo o Ministério da Saúde, a febre reumática é uma reação autoimune a essa infecção estreptocócica anterior.

Quem é o alvo e como acontece?
A doença tem um público-alvo muito bem definido. Embora possa ocorrer em outras faixas etárias, ela é rara antes dos 3 anos e após os 21 anos. Estatisticamente, a febre reumática atinge principalmente crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos de idade.
A ocorrência não depende apenas da bactéria, mas também de uma predisposição genética do indivíduo e de fatores ambientais, como aglomerações e condições de habitação que facilitam a propagação do estreptococo.
Um ponto curioso e importante é sua relação com outras doenças: a mesma bactéria que causa a febre reumática também é responsável pela escarlatina. Portanto, crianças que desenvolvem escarlatina ou amigdalites de repetição não tratadas estão na rota de risco.
Principais sintomas da Febre Reumática
Os sintomas costumam aparecer cerca de duas a três semanas após a infecção de garganta. O quadro clínico é variado, mas os sinais clássicos incluem:
- Artrite (dor nas juntas): Geralmente migratória (passa de um joelho para o outro, ou para os cotovelos e tornozelos), com inchaço, calor e vermelhidão.
- Cardite (inflamação no coração): O sintoma mais preocupante, podendo causar sopro cardíaco, cansaço e dor no peito.
- Coreia de Sydenham: Movimentos involuntários e bruscos dos braços e pernas, além de fraqueza muscular e instabilidade emocional.
- Problemas de pele: Nódulos subcutâneos (caroços indolores sob a pele) e eritema marginado (manchas vermelhas com bordas nítidas, sem coceira).

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico não é feito por um único exame de sangue “mágico”. Ele é clínico, baseado nos Critérios de Jones, que avaliam a combinação dos sintomas citados acima junto com a comprovação de uma infecção prévia por estreptococo (através de exames como o ASLO ou cultura de orofaringe). O médico (geralmente um pediatra, reumatologista ou cardiologista) é quem fecha esse diagnóstico.
O tratamento tem três pilares:
- Erradicar a bactéria: Uso de antibióticos (geralmente penicilina benzatina) para eliminar qualquer resquício do estreptococo.
- Controlar a inflamação: Uso de anti-inflamatórios (como aspirina) ou corticosteroides em casos mais graves.
- Profilaxia (Prevenção Secundária): O paciente precisará tomar injeções de antibiótico periodicamente (geralmente a cada 21 dias) por anos, para evitar novas infecções que reativem a doença.
É possível evitar a Febre Reumática? Tem cura? Pode matar?
A boa notícia é que a febre reumática é totalmente evitável. A prevenção primária consiste, simplesmente, em tratar corretamente as dores de garganta estreptocócicas com antibióticos prescritos pelo médico. Não interromper o tratamento antes da hora é crucial.
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Sobre a cura: a fase aguda da inflamação é curada. No entanto, se o coração foi afetado, as sequelas nas válvulas cardíacas podem ser permanentes.
E, infelizmente, a febre reumática pode matar. A principal causa de óbito é a insuficiência cardíaca decorrente da cardite grave. Diretrizes médicas apontam que a doença reumática cardíaca continua sendo uma causa significativa de morbidade e mortalidade cardiovascular no Brasil, especialmente quando o diagnóstico é tardio ou a profilaxia não é seguida corretamente.
Portanto, ao menor sinal de dor de garganta intensa e febre em crianças, a consulta médica não deve ser adiada.
Sim. Embora a maioria dos sintomas seja tratável, a doença pode ser fatal se causar danos severos ao coração (cardite). A inflamação nas válvulas cardíacas, se não tratada ou se for muito agressiva, pode levar à insuficiência cardíaca grave e ao óbito.
O alvo principal são crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos. A doença se manifesta em pessoas que já possuem uma predisposição genética e que não trataram adequadamente uma infecção de garganta causada pela bactéria estreptococo.
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Saúde
Novo estudo sobre transtornos mentais pode ajudar a combater estigma

Um novo artigo acadêmico propõe uma mudança profunda na forma como a sociedade e a própria psicologia clínica enxergam os transtornos mentais.
Em vez de focar exclusivamente nos danos e limitações, pesquisadores sugerem incluir também atributos positivos frequentemente presentes nessas condições — uma abordagem que, segundo eles, pode reduzir o estigma, melhorar o cuidado e oferecer esperança a pacientes e famílias.
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Criatividade, empatia e redes sociais mais fortes
- No estudo “Aspectos Positivos nos Transtornos Psicológicos: Uma Agenda para Pesquisa e Mudança Social”, June Gruber, professora da Universidade do Colorado em Boulder, e colegas da Universidade Cornell reúnem décadas de evidências que relacionam doenças mentais a características como criatividade, empatia, sensibilidade emocional e resiliência.
- Pesquisas citadas no artigo mostram que pessoas com esquizofrenia leve, hipomania ou transtorno bipolar tendem a apresentar níveis mais altos de criatividade e a buscar carreiras criativas.
- Indivíduos com histórico de depressão, por sua vez, demonstram maior disposição para cooperar.
Em um estudo com quase 2.000 universitários, jovens no espectro bipolar relataram redes sociais mais amplas e maior sensação de apoio, apesar dos conflitos decorrentes da condição.
Outro trabalho revelou que pessoas com risco elevado de mania são mais capazes de detectar mudanças sutis nas emoções alheias.
O estudo foi publicado na revista Current Directions in Psychological Science.

Uma visão mais ampla e esperançosa da saúde mental
O artigo também destaca relatos de pacientes que enxergam momentos difíceis como gatilhos para construção de autoconhecimento e resiliência.
Em um estudo conduzido por Jonathan Rottenberg, da Universidade Cornell, 10% dos participantes diagnosticados com depressão clínica estavam “prosperando” uma década depois — com níveis de bem-estar superiores aos de adultos sem histórico depressivo.
Os autores ressaltam, contudo, que reconhecer aspectos positivos não significa minimizar o sofrimento ou abandonar tratamentos como medicamentos e psicoterapia. A proposta é ampliar o olhar, preservando pontos fortes individuais enquanto se controla os sintomas prejudiciais.
“Compreender a pessoa de forma holística permite apoiá-la melhor”, afirma Gruber.

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Saúde
O que é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático? Veja sintomas e tratamento

Muitas vezes, usamos a palavra “trauma” de forma casual para descrever uma situação muito constrangedora ou um forte susto. No entanto, quando a medicina e a psicologia olham para esse termo, a conversa é muito mais profunda. O trauma real é uma marca deixada por eventos que ameaçam a vida ou a integridade física, e, para algumas pessoas, o cérebro não consegue “virar a página”.
É aqui que entra o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Não se trata de fraqueza ou incapacidade de superar o passado, mas sim de uma condição clínica onde o sistema de alarme do corpo permanece ligado muito tempo depois que o perigo já passou. Vamos entender como isso funciona dentro da nossa mente.
TEPT: veja tudo o que você precisa saber sobre o transtorno psiquiátrico
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático é definido como um distúrbio que se desenvolve após a exposição a um ou mais eventos traumáticos. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), para ser considerado TEPT, a pessoa deve ter sido exposta à morte real ou ameaça de morte, ferimento grave ou violência sexual.

Como e por que o TEPT se manifesta?
O TEPT é o resultado de uma colisão entre um fator ambiental (o evento traumático) e um desequilíbrio neurobiológico.
Durante o trauma, o cérebro é inundado por hormônios de estresse (cortisol e adrenalina). Em um funcionamento típico, esses níveis baixam após o perigo. No TEPT, ocorre uma falha nesse processamento.
Estudos de neuroimagem mostram que a amígdala (o centro do medo no cérebro) torna-se hiperativa, enquanto o hipocampo (responsável pela memória) e o córtex pré-frontal (responsável pelo raciocínio lógico e regulação emocional) têm sua função prejudicada.
Isso explica por que a pessoa reage a um barulho alto (como um escapamento de moto) como se fosse um tiro de guerra. Assim, o cérebro emocional reage antes que o cérebro lógico possa dizer “está tudo bem”.
Sintomas e diagnóstico

O diagnóstico é clínico, feito exclusivamente por psiquiatras ou psicólogos, baseando-se nos critérios rigorosos do DSM-5. Os sintomas geralmente começam dentro de três meses após o evento, mas podem surgir anos depois, e devem durar mais de um mês para configurar o transtorno. Eles são divididos em quatro grupos principais:
- Sintomas intrusivos: Memórias recorrentes, involuntárias e angustiantes; pesadelos e flashbacks (sentir como se o evento estivesse acontecendo novamente agora).
- Evitação: Esforço para evitar pensar no trauma ou fugir de lugares, pessoas e objetos que lembrem o evento.
- Alterações negativas na cognição e no humor: Crenças negativas persistentes (“o mundo é perigoso”, “eu sou culpado”), incapacidade de sentir emoções positivas e distanciamento de entes queridos.
- Excitabilidade e reatividade alteradas: Irritabilidade, surtos de raiva, hipervigilância (estar sempre em alerta), dificuldade de concentração e problemas para dormir.
Embora qualquer pessoa possa desenvolver TEPT, certos grupos estão em maior risco devido à maior exposição a eventos traumáticos. Isso inclui militares em combate, policiais, bombeiros e profissionais de emergência.
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No entanto, estatísticas apontam que mulheres têm duas a três vezes mais chances de desenvolver TEPT do que homens. Isso ocorre, infelizmente, devido à maior prevalência de traumas de alto impacto interpessoal, como violência sexual e doméstica, que tendem a ser mais “tóxicos” para a psique do que desastres naturais.
Tratamento e perspectivas
A boa notícia é que há luz no fim do túnel. O tratamento padrão envolve uma combinação de psicoterapia e medicação.
- Psicoterapia: A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) focada no trauma e a terapia de Dessensibilização e Reprocessamento por Movimentos Oculares (EMDR) são as mais eficazes, ajudando o cérebro a “descongelar” e processar a memória traumática.
- Medicamentos: Antidepressivos (como inibidores seletivos de recaptação de serotonina) ajudam a equilibrar a química cerebral, reduzindo a ansiedade e a depressão associadas.
Com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes experimenta uma redução significativa dos sintomas, recuperando sua qualidade de vida.
Na psiquiatria, se fala mais em remissão do que em “cura” definitiva. Contudo, com tratamento adequado, os sintomas podem desaparecer totalmente ou tornar-se residuais, permitindo que a pessoa leve uma vida normal e produtiva.
Sim. O DSM-5 possui critérios específicos para crianças menores de 6 anos, onde os sintomas podem se manifestar através de recriação do trauma em brincadeiras, pesadelos sem conteúdo reconhecível e comportamento socialmente retraído.
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