Saúde
Dengue avança no Brasil e situação para 2024 preocupa

Os casos de dengue no Brasil continuam aumentando. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (8), o crescimento foi de 17,5% em 2023 em relação ao ano passado. As ocorrências passaram de 1,3 milhão, em 2022, para 1,6 milhão de casos este ano. Já a taxa de letalidade ficou em 0,07% nos dois anos, totalizando 1.053 mortes confirmadas em 2023 e 999 no ano passado.
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Os estados com maior incidência de dengue são Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás.
Fatores como a variação climática, o aumento das chuvas, o número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento.
Ministério da Saúde, em nota
Dengue preocupa para 2024
De acordo com o Ministério da Saúde, os casos de dengue devem aumentar ainda mais em 2024 em razão da combinação entre calor e chuva intensos, efeitos do El Niño. Outro agravante é o ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus no Brasil.
Com as mudanças climáticas, altas temperaturas e períodos chuvosos, a expectativa é que o número de criadouros aumente. Por esse motivo, é preciso o empenho da sociedade para eliminar os criadouros e evitar água parada. As medidas são simples e podem ser implementadas na rotina. O Ministério da Saúde sugere que a população faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana.
Ministério da Saúde, em nota
A pasta ainda anunciou R$ 256 milhões para o fortalecimento da vigilância das arboviroses. Do valor total do investimento, R$ 111,5 milhões serão investidos até o fim deste ano para fortalecer as ações de vigilância e contenção do Aedes aegypti, sendo R$ 39,5 milhões para estados e o Distrito Federal e R$ 72 milhões para municípios. Além disso, haverá repasse de R$ 144,4 milhões para fomentar ações de vigilância em saúde em todo o país.
Enquanto isso, a Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) analisa neste momento a incorporação da vacina Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS). Nessa quinta-feira (7), o ministério abriu consulta pública sobre o tema. Considerando o cenário epidemiológico, a comissão já recomendou a incorporação do imunizante inicialmente para localidades e públicos prioritários a serem definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). 
Chikungunya e Zika
- Em relação à chikungunya, até dezembro de 2023, foram notificados 145,3 mil casos da doença no país, com taxa de incidência de 71,6 casos por 100 mil habitantes.
- Em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram notificados 264,3 mil casos (123,9 casos por 100 mil habitantes), a redução foi de 42,2%.
- Este ano, foram confirmados ainda 100 óbitos provocados pela doença.
- As maiores incidências estão em Minas Gerais, no Tocantins e Espírito Santo.
- Já os dados de zika foram coletados até o fim de abril de 2023.
- Ao todo, foram notificados 7,2 mil casos da doença, com taxa de incidência de 3,6 casos por 100 mil habitantes.
- Houve aumento de 289% em relação ao mesmo período de 2022, quando 1,6 mil ocorrências da doença foram notificadas.
- Até o momento, há registro de um óbito por zika em investigação.
- As informações são da Agência Brasil.
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Saúde
Apenas 50 pessoas no mundo têm este sangue raro — e a ciência quer fabricá-lo

Pesquisadores de diferentes partes do mundo estão avançando na criação em laboratório do tipo sanguíneo mais raro do planeta: o Rh nulo, conhecido como “sangue dourado”. Apenas cerca de 50 pessoas no mundo possuem esse tipo, encontrado em uma proporção de uma a cada seis milhões de pessoas. Agora, cientistas acreditam que a reprodução desse sangue em laboratório pode ser a chave para salvar vidas e revolucionar as transfusões. As informações são da BBC.
O sangue mais raro do mundo
O sangue Rh nulo é extremamente valioso por não conter nenhum dos 50 antígenos do sistema Rhesus, o que o torna compatível com praticamente todos os tipos sanguíneos dentro desse sistema. Por isso, ele pode ser usado em emergências em que o tipo sanguíneo do paciente é desconhecido, reduzindo o risco de reações alérgicas.
No entanto, quem possui esse sangue enfrenta uma dificuldade única: não pode receber transfusões de nenhum outro tipo. Assim, muitos pacientes são orientados a congelar o próprio sangue para uso futuro.
Esse tipo sanguíneo raro também desperta grande interesse científico, pois pode ajudar na criação de transfusões universais e no desenvolvimento de terapias mais seguras.
O sangue humano é classificado de acordo com a presença ou ausência de antígenos na superfície das hemácias. Quando o sangue do doador possui antígenos diferentes do receptor, o sistema imunológico reconhece essas proteínas como invasoras e reage contra elas. No caso do Rh nulo, a ausência total de antígenos evita esse tipo de reação, o que o torna especialmente útil.
Como o sangue raro se forma
Pesquisas indicam que o Rh nulo é resultado de mutações genéticas que afetam uma proteína essencial das hemácias, chamada glicoproteína associada ao Rhesus (RHAG). Essas mutações alteram a estrutura da proteína e impedem a expressão dos outros antígenos Rh.
Em 2018, cientistas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, conseguiram recriar o sangue Rh nulo em laboratório usando a técnica de edição genética Crispr-Cas9. Eles removeram genes responsáveis pelos principais antígenos que causam incompatibilidades em transfusões, incluindo os sistemas ABO, Rh, Kell, Duffy e GPB. O resultado foi um tipo de sangue compatível com praticamente todos os grupos sanguíneos, inclusive os raros, como o Rh nulo e o fenótipo Bombaim.
Entre as iniciativas em andamento, destacam-se:
- Criação de linhagens celulares raras: empresas como a Scarlet Therapeutics estão coletando sangue de doadores raros para produzir hemácias em laboratório;
- Uso de células-tronco pluripotentes: cientistas dos EUA, Canadá e Espanha utilizam células capazes de se transformar em qualquer tipo celular, editando seus genes para remover antígenos indesejados;
- Ensaios clínicos com sangue artificial: o estudo RESTORE, no Reino Unido, já testa em humanos hemácias cultivadas em laboratório para verificar segurança e eficiência.
Apesar dos avanços, produzir sangue totalmente funcional ainda é um desafio. Os cientistas explicam que é difícil reproduzir no laboratório as condições complexas da medula óssea, onde o corpo naturalmente gera hemácias maduras.
Desafios e futuro das transfusões
A principal limitação para o uso clínico imediato é a eficiência da produção. Mesmo com o uso de técnicas de edição genética, as células muitas vezes não se desenvolvem de forma completa ou se tornam instáveis. Além disso, o processo é caro e requer anos de testes antes de ser aprovado para uso em larga escala.
Ainda assim, especialistas acreditam que o sangue Rh nulo pode abrir caminho para uma nova era nas transfusões. A criação de bancos de sangue raros cultivados em laboratório pode garantir segurança a pacientes que hoje não encontram doadores compatíveis.
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Enquanto isso, os cientistas reforçam a importância das doações tradicionais. “Ainda dependemos de doadores humanos, mas a possibilidade de cultivar sangue raro em laboratório representa um avanço empolgante”, afirma Ash Toye, um dos líderes da pesquisa.
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Saúde
Anvisa manda recolher lotes de furosemida e proíbe propaganda de manipulados

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou duas medidas voltadas à segurança sanitária e ao controle de medicamentos no país.
A primeira envolve o recolhimento de cinco lotes do medicamento Furosemida 10 mg/ml Solução Injetável, fabricados pela Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda.
Já a segunda proíbe a divulgação de preparações magistrais da empresa Exata Comercial Ltda., que vinha anunciando medicamentos manipulados em seu site.
Recolhimento de lotes da Furosemida
A determinação da Anvisa foi publicada na última sexta-feira (7/11) e atinge os lotes 25060692, 25060693, 25060694, 25060695 e 25060696. Segundo o órgão, a Hypofarma iniciou o recolhimento de forma voluntária após identificar fragilidades no vidro das ampolas do medicamento. O objetivo é prevenir qualquer risco aos pacientes e garantir a segurança no uso da furosemida.

A furosemida é um diurético amplamente utilizado no tratamento de edemas decorrentes de doenças cardíacas, renais, pulmonares ou cerebrais, e também pode ser prescrita em casos de hipertensão arterial e intoxicação, quando há necessidade de aumentar a eliminação de líquidos.
Entre as indicações do medicamento estão:
- Tratamento de edemas causados por doenças do coração e rins;
- Controle da pressão arterial em combinação com outros fármacos;
- Indução de urina em casos de intoxicação;
- Redução de inchaços provocados por queimaduras ou acúmulo de líquidos.
Proibição de propaganda de medicamentos manipulados
Além do recolhimento dos lotes, a Anvisa determinou a proibição da divulgação de todas as preparações magistrais produzidas pela Exata Comercial Ltda. A empresa foi autuada por anunciar medicamentos manipulados em seu site, o que infringe o item 5.14 do Anexo da RDC 67/2007, que regula as Boas Práticas de Manipulação em Farmácias.

De acordo com a norma, produtos manipulados não podem ser divulgados para fins de propaganda, publicidade ou promoção, uma vez que cada fórmula é personalizada e elaborada conforme prescrição médica individual.
Leia mais:
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A Anvisa reforçou que a manipulação de medicamentos deve seguir regras rigorosas e que denúncias de irregularidades podem ser encaminhadas aos canais oficiais da agência ou às vigilâncias sanitárias locais.
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Saúde
O que acontece no corpo durante o exercício físico?

A receita de uma vida mais equilibrada e com mais saúde física e mental inevitavelmente inclui o hábito do exercício físico. Sabemos que ele libera hormônios que promovem o bem-estar, ajuda na disposição e também na longevidade. Mas o que acontece no corpo durante o exercício físico?
Antes de tudo, é importante diferenciar atividade física de exercício físico. A atividade física é uma ação que envolve movimentos voluntários do corpo com gasto de energia acima do nível de repouso, e inclui ações do cotidiano como andar até o mercado, limpar a casa e subir as escadas de um prédio.
Já o exercício físico é um tipo de atividade estruturada e planejada com um objetivo, seja ganhar massa magra, ter mais flexibilidade ou emagrecer. Entre eles estão os exercícios cardiovasculares, como caminhar, correr, pular corda, nadar, que aumentam a frequência cardíaca – e os exercícios de força, como a musculação e treinos metabólicos com o peso do corpo.
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- Correr envelhece? A ciência responde
- Exercício físico intenso fortalece o sistema imunológico, revela estudo brasileiro
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Nesse sentido, todo exercício é uma atividade física, mas nem toda atividade física é um exercício. Então, não se engane achando que, ao fazer aquela faxina em casa, o seu treino do dia já está automaticamente pago.
O que acontece no corpo durante o exercício físico?

Ao realizar um exercício físico, o sistema cardiovascular, pulmonar e muscular são postos em ação, e eles são formados pelas células, que são as unidades funcionais que interagem entre si. Embora cada sistema tenha uma função específica, todos atuam juntos para manter a estabilidade das funções vitais dentro de um organismo.
Mesmo se você ficar deitado durante o dia todo, o seu corpo vai gastar calorias para manter as funções básicas como a temperatura corporal, a respiração e os batimentos cardíacos. As células continuam a trabalhar incessantemente mesmo com o corpo em repouso, esse processo é chamado de metabolismo basal.
Quando iniciamos um exercício físico, as células precisam trabalhar muito mais. Mesmo numa caminhada, elas precisam captar mais energia por meio do oxigênio contido no ar que respiramos para dar conta dessa demanda extra de trabalho.
No curto prazo, já existem efeitos imediatos. Vinte minutos de exercício físico já são suficientes para sentir os primeiros efeitos da dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e também do controle motor durante o exercício.
Durante a realização do exercício, o cérebro também produz outros neurotransmissores como a endorfina e a serotonina (os conhecidos hormônios da felicidade), mas é somente após o fim da prática que temos uma descarga destes hormônios no organismo, prolongando a sensação de prazer e relaxamento.

Outro mecanismo importante acontece durante o exercício físico vigoroso. Segundo o GE, uma quantidade significativa de hormônios é secretada pelas glândulas suprarrenais, que ficam logo acima dos rins. Eles permitem que o corpo utilize os ácidos graxos (gordura) e a glicose como combustível durante a prática.
O corpo pode até utilizar como substrato a gordura circulante, mas geralmente prioriza a glicose por ser metabolizada mais rápido. Por isso, uma das indicações para quem está num quadro de pré-diabetes – estágio intermediário entre níveis saudáveis de glicose e a diabetes tipo 2, e reversível com a mudança de hábitos – é a realização de exercícios físicos com consistência.
Além dos hormônios já citados existem outros que também são secretados durante o exercício físico e exercem funções importantes. A irisina é liberada pelo sistema muscular e é fundamental para ativar o gasto energético e o metabolismo de gordura.
Produzido pela hipófise, no cérebro, o hormônio GH é o responsável por promover a criação de novas fibras musculares e também auxilia na queima de gordura. Já a adrenalina faz o cérebro ficar em estado de alerta e também acelera os batimentos cardíacos.
Também é liberado o glucagon, que atua na manutenção dos níveis de glicose no sangue, evitando a hipoglicemia. Por fim, o cortisol tem o papel de controlar o estresse e manter a função muscular.
Benefícios a longo prazo

A prática de exercícios físicos tem consequências essenciais para saúde física e mental. Ela é aliada no tratamento de doenças mentais como ansiedade e depressão, e também tem o potencial de preveni-las. Além disso, auxilia na prevenção da doença coronariana, segundo artigo da Federação Internacional de Medicina Esportiva.
“Ainda, ao melhorar o perfil lipídico do sangue manter a pressão arterial dentro de limites seguros, e controlar o peso corporal, o exercício físico pode modificar outros fatores de risco. O exercício pode também contribuir para o controle do diabetes melito e para a manutenção da densidade óssea no idoso”, afirma o artigo.
Por isso, é essencial tornar a atividade física como parte do cotidiano afim de melhorar quadros de saúde já existentes, bem como evitar o surgimento de outras doenças. Além disso, o exercício físico pode ter grande influência na qualidade do sono.
Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia fez uma revisão sistemática de 34 pesquisas que investigaram a relação exercício-sono. E, dentre esses, 29 estudos concluíram que o exercício físico foi capaz de melhorar a qualidade e a duração do sono.
Segundo o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, é importante que seja praticado pelo menos 150 minutos por semana de algum exercício físico moderado, como a caminhada. E, no mínimo, 75 minutos de exercícios físicos vigorosos que aumentem a frequência cardíaca, mas não é só isso.
“Como parte das suas atividades físicas semanais, em pelo menos 2 dias na semana, inclua atividades de fortalecimento dos músculos e ossos, tais como musculação e exercícios com sobrecarga externa ou do peso do corpo”, informa o Guia.
Mas é claro que numa rotina corrida e recheada de afazeres pode ser difícil manter a risca essas recomendações. O importante é que haja o compromisso de mover-se com constância, respeitando seus limites e colocando o exercício físico como uma prioridade. Uma simples caminhada já é a porta de entrada para deixar para trás o sedentarismo.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
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