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Saúde

Como é possível uma pessoa com Alzheimer não ter sintomas?

Redação Informe 360

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Recentemente, um estudo relatou doze casos assintomáticos de Alzheimer. O Olhar Digital noticiou a descoberta que vem tirando o sono de alguns cientistas. Em busca do porquê alguns cérebros com sinais da doença não apresentam sintomas, pesquisadores investigaram se os genes poderiam ter alguma relação com o fenômeno e encontraram uma evidência interessante.

A pesquisa foi publicada na revista Acta Neuropathologica Communications.

O que está por trás dos casos de Alzheimer assintomático?

  • O Alzheimer se origina do acúmulo de certas proteínas – amiloide e tau – no cérebro, que se tornam tóxicas para os neurônios. Assim eles começam a se deteriorar e morrer, causando os sintomas comuns da doença, como a perda de memória.
  • Em algumas pessoas, existe um nível elevado dessas proteínas no cérebro, mas os sintomas não aparecem.
  • Para descobrir o mistério do Alzheimer assintomático, cientistas analisaram o cérebro de três grupos de pessoas: aquelas que faleceram de Alzheimer, aquelas que faleceram por causas naturais e pessoas que eram assintomáticas.
  • No grupo chamado de “resilientes”, ou seja, sem sintomas, eles detectaram maior atividade de genes que operam no sistema imunológico.
  • Nosso sistema imune também é responsável por eliminar o excesso de proteínas do cérebro. Genes que aumentam sua força de combate provavelmente evitaram um acúmulo muito grande de proteínas.
  • Portanto, a genética pode ser o fator que está impedindo a progressão da condição e o aparecimento dos sintomas do Alzheimer.

Leia mais:

É possível atrasar os sintomas do Alzheimer sem ter os genes especiais

Segundo Michael Hornberger, professor de pesquisa aplicada em demência da Universidade de East Anglia, existe um modo de tornar o seu cérebro mais resistente ao Alzheimer, mesmo sem ter os genes do sistema imune fortalecidos.

A ciência já tem indícios suficientes para respaldar a afirmação: ter hábitos mais saudáveis pode diminuir a chance de desenvolver a doença. Por exemplo, ficou demonstrado que a atividade física reduz o risco de desenvolver Alzheimer, provavelmente devido ao seu efeito benéfico no sistema imunológico, ajudando a eliminar proteínas nocivas no cérebro.

O Olhar Digital já falou disso por aqui também. Alguns pacientes com Alzheimer relataram melhora nos sintomas depois que adotaram um estilo de vida mais saudável.

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As informações deste texto foram originalmente descritas pelo pesquisador em um artigo publicado na revista The Conversation.

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Saúde

Manifestantes protestam contra PL do Aborto no Rio e em São Paulo

Redação Informe 360

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Centenas de manifestantes se reuniram na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (23) para pedir o arquivamento imediato do Projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto acima de 22 semanas de gestação ao homicídio, aumentando de dez para 20 anos a pena máxima para quem fizer o procedimento.

A assistente social Clara Saraiva, uma das organizadoras da manifestação e membro da Frente Estadual contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do Aborto no estado do Rio, disse que o ato é parte de um movimento nacional chamado Criança não é Mãe, que pede o arquivamento imediato da proposta por proteger estupradores e impedir a mulher de exercer o direito legal ao aborto após a 22ª semana de gestação.

Rio de Janeiro (RJ), 23/06/2024 – Protesto contra o PL 1904/24 reúne manifestantes na praia de Copacabana, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ) – Protesto contra o PL 1904/24 reúne manifestantes na praia de Copacabana, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

“Mais do que impedir, ele criminaliza tratando as mulheres como homicidas, podendo pegar uma pena de até 20 anos o que é extremamente grave, pena maior do que a do estupro”.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) ressaltou que os atos da população nas ruas são importante instrumentos de pressão aos parlamentares. “A presença nossa nas ruas é decisiva, que nos dá a principal sustentação, para que a gente tenha vitória no Congresso Nacional. As mulheres provaram que elas conseguem botar o povo na rua. Esse PL 1904, além de inconstitucional, é absolutamente criminoso e nos leva para o início do século passado. Criança não é mãe, estuprador não é pai”.

No protesto, há críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Na última semana, Lira informou que irá criar uma comissão para debater o projeto de lei no segundo semestre. O adiamento do debate ocorre após críticas, da sociedade civil e de autoridades, ao teor do projeto e pelos deputados federais terem aprovado regime de urgência para a proposta, o que significa votar diretamente no plenário sem passar por discussões nas comissões da Casa. 

O aposentado Francisco Viana de Souza também participou da passeata e considera que “o povo foi desrespeitado” com aprovação do regime de urgência. 

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São Paulo 

Em São Paulo, a concentração do ato foi em frente ao Museu de Arte de São Paulo, na Avenida Paulista, região central da capital. É a terceira manifestação que ocorre no local contra o PL 1904 desde o dia 13 de junho.

Uma bateria de tambores dava ritmo aos gritos de ordem. Ao microfone, as manifestantes se revezavam para explicar as razões do protesto. Parte delas usava o lenço verde que se tornou símbolo dos atos em defesa ao direito ao aborto legal.

A militante Letícia Parks, do movimento Pão e Rosas, explica que há o risco de o projeto ser votado em agosto, por isso a necessidade de mobilização constante.

“É muito importante dar um recado para o Congresso de que nós não vamos parar de lutar enquanto esse PL continuar em pauta”, enfatizou.

A ampliação do direito do aborto e da autonomia das mulheres também faz, segundo Letícia, parte das reivindicações da manifestação. “A gente está lutando pelo direito ao aborto legal, livre, seguro e gratuito, porque não se trata apenas de defender um direito restrito, como é o que a gente tem hoje, mas lutar pelo direito das mulheres, das pessoas com útero, decidirem sobre o próprio corpo de forma totalmente livre”, disse.

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Edição: Carolina Pimentel

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Saúde

Governo anuncia “estratégia temporária” para vacinas da dengue próximas de vencer

Redação Informe 360

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Na última sexta-feira (21), o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, divulgou uma Nota Técnica (NT) contendo “orientação de estratégia temporária” de imunização contra a dengue para estados e municípios, quanto às doses da vacina atenuada* próximas ao vencimento (junho e julho de 2024).

*De acordo com a Pfizer, a vacina atenuada é o imunizante que contém agentes infecciosos vivos, mas extremamente enfraquecidos. Sua inserção no corpo aciona o sistema imunológico, que combate essa pequena infecção induzida e cria a chamada memória imune, protegendo o indivíduo contra essa doença em caso de infecção com carga viral ou bacteriana completa.

Segundo o documento, doses que tiverem vencimento entre junho e julho devem ser remanejadas para cidades que não foram contempladas com o imunizante ou usadas para ampliar a faixa etária atendida. 

vacina da dengue
Vacinas contra a dengue estão vencendo no Brasil; governo define estratégia. Crédito: Chemical Industry – Shutterstock

Orientações do Ministério da Saúde para vacinação contra a dengue

Segundo a NT, é mantida a recomendação de vacinação contra a dengue na faixa etária de 10 a 14 anos de idade. No entanto, se o município tiver doses de vacina dengue (atenuada) com vencimento em 30 de junho e 31 de julho de 2024, orienta-se: 

  • Os estados que tenham municípios que ainda não foram contemplados com a vacina dengue (atenuada) realizem, preferencialmente, o remanejamento dessas doses com vencimento próximo (junho e julho de 2024) para esses territórios. 
  • Em relação aos estados com todos os municípios contemplados, essas doses poderão ser aplicadas em pessoas da faixa etária de 6 a 16 anos de idade, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) 
  • Em caso de necessidade, se os dois procedimentos anteriores forem comprovadamente não suficientes, esta estratégia poderá ser ampliada até o limite etário especificado na bula da vacina dengue (atenuada), que compreende dos 4 aos 59 anos 11 meses e 29 dias de idade, conforme a disponibilidade de doses no município com vencimento em junho e julho de 2024.
dengue
Aedes aegypti, o mosquito da dengue. Crédito: Tacio Philip Sansonovski/Shutterstock

Leia mais:

Saúde diz que comprou todas as doses da vacina de dengue oferecidas por farmacêutica

O Ministério solicita que a estratégia definida pelos entes federativos precisa ser reportada, para a garantia da segunda dose das pessoas vacinadas. A pasta afirma que comprou todas as doses oferecidas pela farmacêutica japonesa Takeda (desenvolvedora do imunizante Qdenga), mas como há limitação, foi estabelecido que, neste ano, apenas sejam vacinadas crianças de 10 a 14 anos de 521 municípios. Dentro da faixa orientada pela OMS, esse grupo concentra o maior número de internações.

Esta não é a primeira vez que o governo faz esse tipo de recomendação – as doses com vencimento em abril também passaram por remanejamento. Um dos motivos pelos quais isso pode estar acontecendo é o reflexo do negacionismo gerado durante a pandemia de Covid-19, que inflou um movimento antivacina no país.

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A epidemia de dengue pela qual o Brasil está passando é sem precedentes na história. Já são mais de seis milhões de casos prováveis registrados e mais de quatro mil mortes, segundo o painel de dados do Ministério da Saúde.

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Saúde

Exames no cérebro podem indicar tipos diferentes de depressão — e o tratamento adequado

Redação Informe 360

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O tratamento para depressão pode ser um longo caminho. A fórmula é quase sempre a mesma, no mundo todo: recomendam afastamento, descanso, prática de atividades físicas, terapia e remédios.

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Segundo especialistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, a estratégia é parecida em todo o canto por que a ciência ainda não conseguiu criar uma maneira de encontrar um diagnóstico definitivo.

Partindo dessa premissa, os pesquisadores decidiram conduzir um estudo para tentar resolver essa lacuna. E eles descobriram que algumas das respostas podem estar dentro de uma tomografia cerebral.

Como foi feito esse estudo

  • Os cientistas avaliaram 801 pacientes que foram previamente diagnosticados com depressão ou ansiedade.
  • Todos eles foram submetidos a um exame de imagens chamado ressonância magnética funcional (ou fMRI), para medir a atividade cerebral.
  • Eles examinaram o cérebro dos participantes em repouso e quando estavam envolvidos em diferentes tarefas destinadas do dia a dia.
  • O objetivo era testar o funcionamento cognitivo e emocional do cérebro de todos eles.
  • Na sequência, os pesquisadores usaram uma abordagem de aprendizado de máquina conhecida como análise de cluster para agrupar as imagens cerebrais dos pacientes.
  • Foi aí que eles identificaram seis padrões distintos de atividade nas regiões cerebrais que estudaram.
  • Vale destacar ainda que os autores também distribuíram aleatoriamente 250 participantes para receber psicoterapia comportamental ou um dos três antidepressivos mais comuns nos EUA: venlafaxina, escitalopram ou sertralina.
A depressão costuma ser uma doença silenciosa – Imagem: mrmohock / Shutterstock.com

Os tipos e candidatos a tratamentos

Os seis biótipos de depressão encontrados pelos autores incluem:

1) Um caracterizado por hiperatividade em regiões cognitivas, que foi associado a mais ansiedade, preconceito negativo, desregulação de ameaças e anedonia do que outros biotipos. Esses participantes tiveram pior desempenho em tarefas de funções executivas, não conseguiram tomar boas decisões e se distraíam muito facilmente. Eles também tiveram a melhor resposta ao antidepressivo venlafaxina.

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2) Outro biotipo foi marcado por níveis mais elevados de conectividade cerebral em três regiões associadas à depressão e à resolução de problemas. Esses se saíram bem em tarefas cognitivas e reagiram melhor à psicoterapia comportamental.

3) Houve também um biotipo que se distinguia por ter os níveis mais baixos de atividade no circuito cerebral que controla a atenção. De acordo com os pesquisadores, esses pacientes precisar primeiro de medicação para depois fazer a terapia.

4) Os autores também encontraram um biotipo caracterizado por alta reatividade emocional, o que significa que os cérebros dos participantes foram mais afetados por estímulos emocionais, como suas próprias emoções ou expressões faciais das pessoas.

Rede social e ansiedade
Especialistas afirmam que as redes sociais têm impacto nos diagnósticos recentes – Imagem: Rawpixel.com / Shutterstock

5) Um outro biotipo foi associado a menor atividade nas regiões cognitivas do cérebro e menor conectividade nas regiões emocionais, o que significa que estes participantes tiveram dificuldade em responder à informação cognitiva e em regular emoções negativas.

6) O sexto biotipo identificado foi o mais curioso: os exames mostraram o cérebro sem alterações, como se fossem pessoas sem a doença. Os cientistas disseram acreditar que essa descoberta pode significar que toda a biologia cerebral subjacente à depressão ainda não foi totalmente descoberta.

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É o início de uma nova era para o tratamento da depressão?

A resposta é não. Pelo menos não ainda. Os próprios autores reconhecem que o número de pacientes estudados é pequeno. E o grupo não traduz um recorte fiel do que seria a nossa sociedade: dos participantes, apenas 2% eram negros, por exemplo.

Além disso, os 250 participantes do tratamento não foram randomizados com base em seus biotipos. Sem contar que o estudo investigou apenas uma forma de psicoterapia e três medicamentos, sendo que no mundo real existem muitos de cada um.

remédios
Uma das formas mais comuns de tratamento para depressão são os remédios – Imagem: Pill (iStock)

Isso significa que o artigo científico não vale de nada? Também não! Bem longe disso, aliás. O estudo dá um caminho a ser seguido. Os especialistas defendem agora a realização de novas pesquisas para se aprofundar no assunto.

Milhões de pessoas no mundo todo agradecem.

As informações são da CNN.

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