Saúde
Cigarro eletrônico pode aumentar risco de doenças cardíacas, indica estudo

Como os vapes ainda são relativamente novos, seus efeitos a longo prazo ainda não foram amplamente estudados. Uma rápida pesquisa em sites científicos mostra artigos que defendem e que atacam os cigaros eletrônicos.
Nos Estados Unidos, esse produto começou a aparecer no final dos anos 2000. Aqui no Brasil, ele se popularizou nos últimos 5 anos, aproximadamente. Os primeiros estudos falavam que o vape seria menos nocivo do que o cigarro normal – e que ele até ajudaria a parar de fumar.
A grande maioria dos estudos recentes, porém, estão relacionando o uso de cigarro eletrônico a um maior risco de insuficiência cardíaca, ou outras doenças do coração.
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Justamente por ser novo, e por ser feito com ingredientes e materiais diferentes do que o cigarro normal, o vape ainda possui uma série de questões não respondidas. Talvez os usuários desenvolvam doenças só daqui a um tempo. Talvez não. Os médicos, no entanto, concordam que o ideal para a saúde é não fumar nada.
Esse novo estudo sobre o qual falaremos agora foi apresentado na última quinta-feira (28), na Sessão Científica Anual do American College of Cardiology.
É uma das maiores pesquisas feitas até agora – e traz uma péssima notícia aos usuários de cigarro eletrônico.
O que diz o novo estudo
- Os participantes que usaram cigarros eletrônicos contendo nicotina em qualquer momento de suas vidas tiveram uma chance 19% maior de desenvolver insuficiência cardíaca em comparação com aqueles que nunca usaram vapes.
- Os pesquisadores descobriram que a vaporização aumenta o risco de um tipo de insuficiência cardíaca: a insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp).
- Esse tipo de insuficiência faz com que o coração fique rígido e não se encha adequadamente de sangue entre cada batimento.
- Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores acompanharam 175.667 participantes – mais de 60% do sexo feminino, com idade média de 52 anos – ao longo de 45 meses, usando registros de saúde dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.
- Desses participantes, 3.242 desenvolveram insuficiência cardíaca no período.
- Os cientistas não encontraram evidências que sugerissem que outros fatores – incluindo idade, sexo ou se fumavam cigarros – impactaram o estudo.
- Ou seja, a insuficiência teria sido causada mesmo pelo uso do vape.

O que é e o vape no Brasil
Os cigarros eletrônicos parecem um pen drive grande e funcionam a partir de uma bateria. O dispositivo possui um reservatório de líquido dentro – e esse líquido é uma mistura que costuma ir nicotina, aromatizantes e outras substâncias químicas.
A bateria esquenta o líquido, que evapora e se transforma em gás, ou seja, ele é vaporizado (e daí vem o nome de vape). O usuário, então, inala essa mistura química.
Os cigarros eletrônicos são vendidos livremente no Brasil, embora sejam proibidos desde 2009. Os vapes descartáveis custam de R$ 40 a R$ 150 e duram de 300 a mais de 6 mil tragadas. Já os reutilizáveis vão de R$ 60 a R$ 600.
Nos Estados Unidos, os dispositivos descartáveis vão de US$ 5 a US$ 20 e duram de 600 a mais de 7 mil tragadas. Vapes reutilizáveis podem variar de US$ 10 a mais de US$ 100.
Além dos mistérios e dos indícios de que faz mal pra saúde, o que mais preocupa os médicos, hoje, é o público que utiliza esses produtos. Os vapes se tornaram muito populares entre os jovens. Estamos falando, portanto, de uma geração que pode adoecer cedo, se algumas dessas pesquisas se mostrarem certas.
Governos do mundo todo também se mobilizam diante desse questão. Por aqui, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu uma consulta pública sobre o assunto em dezembro e o processo terminou em fevereiro. A entidade deve se manifestar oficialmente em breve sobre os cigarros eletrônicos.
As informações são do Medical Xpress.
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Saúde
Canetas de Ozempic e Mounjaro cortam efeito do anticoncepcional?

O uso de canetas emagrecedoras como Ozempic, Wegovy e Mounjaro tem crescido no Brasil e no mundo. Um estudo acadêmico baseado em dados públicos do Google Trends, indexados no PubMed, aponta um aumento expressivo no interesse por esses medicamentos ao longo dos últimos anos.
Com o aumento do uso, especialmente entre mulheres, surgem dúvidas se estas canetas podem comprometer a eficácia das pílulas anticoncepcionais.
Leia mais:
- Ozempic ou Mounjaro: qual é o melhor no tratamento da diabetes e no controle de peso?
- Ozempic e Mounjaro: quais as diferenças entre os remédios para emagrecer?
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Ozempic e Mounjaro: canetas emagrecedoras cortam o efeito de anticoncepcionais?
Para avaliar se há risco de interação entre canetas emagrecedoras e anticoncepcionais, vale considerar como essas medicações atuam no organismo e o que orienta entidades médicas.
Como funcionam as canetas emagrecedoras?
Ozempic, Wegovy e Mounjaro são medicamentos aprovados para o tratamento do diabetes tipo 2. Eles atuam no controle da glicose no sangue e aumentam a sensação de saciedade, o que pode levar à redução da ingestão de alimentos.
Esses medicamentos pertencem à classe dos agonistas de GLP-1, reconhecida por ajudar a reduzir os níveis de glicose e apoiar a perda de peso, podendo auxiliar no tratamento da obesidade, conforme diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Elas podem interferir no uso de anticoncepcionais?
Ozempic, Wegovy e Mounjaro atuam, em linhas gerais, retardando o esvaziamento do estômago. Esse mecanismo pode afetar a absorção de medicamentos administrados por via oral, como as pílulas anticoncepcionais.
No caso da semaglutida, princípio ativo do Ozempic e do Wegovy, um estudo publicado no Journal of Clinical Pharmacology e indexado no PubMed avaliou a interação com anticoncepcionais orais combinados e indicou que não houve redução clinicamente relevante na absorção dos hormônios contraceptivos.
Esse entendimento é compatível com a bula do Ozempic, tanto na versão aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) quanto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que não traz alertas específicos sobre interferência com anticoncepcionais orais.
Já a tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro, apresenta uma orientação diferente. As bulas, tanto na versão aprovada pela FDA quanto pela Anvisa, informam que o medicamento pode reduzir temporariamente a absorção de anticoncepcionais orais, especialmente no início do tratamento e após aumentos de dose.
Por esse motivo, os documentos recomendam o uso de um método contraceptivo adicional ou não oral por quatro semanas após o início do tratamento e após cada ajuste de dose.

O que recomendam os médicos?
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), mulheres que usam anticoncepcionais orais e canetas emagrecedoras de forma simultânea devem:
- Manter o uso de anticoncepcionais orais durante o tratamento com semaglutida, princípio ativo do Ozempic, desde que haja acompanhamento médico;
- Evitar o uso exclusivo de anticoncepcionais hormonais orais ao utilizar tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro, optando pela troca de método ou pela associação com métodos de barreira por, pelo menos, quatro semanas após o início do uso ou após cada ajuste de dose;
- Considerar métodos contraceptivos altamente eficazes, como dispositivos intrauterinos (DIU) ou implantes contraceptivos de longa duração, já que esses métodos não dependem da absorção pelo sistema digestivo.
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Saúde
Especiaria antiga volta ao centro das pesquisas modernas por seus benefícios incríveis

Amarela, vibrante e cheia de história, a curcumina ou cúrcuma, saiu do tempero da cozinha direto para o radar do bem-estar. Essa especiaria ligada à terra virou queridinha de quem busca saúde de forma mais natural e conectada às plantas. Análises publicadas revelam como a cúrcuma pode ser uma grande aliada na saúde humana.
O que a ciência diz sobre as propriedades da cúrcuma para a saúde?
Um artigo de 2024 reuniu 21 estudos clínicos e concluiu que a suplementação com curcumina reduziu níveis de marcadores inflamatórios como CRP, TNF-α e IL-6, além de melhorar o estresse oxidativo e a função endotelial.
Uma meta-análise publicada no PubMed, reunindo dezenas de ensaios clínicos randomizados, mostrou que a curcumina, principal composto da cúrcuma, reduz marcadores inflamatórios como PCR, IL-6 e TNF-α, além de melhorar a resposta antioxidante do organismo em humanos.
Por que a cúrcuma chama tanta atenção quando falamos de saúde natural?
A cúrcuma é uma planta que carrega séculos de uso tradicional e hoje ganha respaldo científico por seu potencial anti-inflamatório. Ela mostra como algo simples, vindo da natureza, pode apoiar o corpo de forma gentil.
Além disso, o fato de ser uma raiz, cultivável e ligada à jardinagem, cria uma conexão direta entre cuidar da planta e cuidar de si.
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
Quais benefícios práticos ela traz para o dia a dia?
No cotidiano, a cúrcuma aparece em chás, temperos, leites dourados e até em hortas caseiras. Seu uso está associado ao conforto articular, à digestão mais leve e à sensação geral de equilíbrio.
Ter cúrcuma em casa, mesmo em pó, aproxima a rotina de hábitos mais conscientes e naturais, reforçando a ideia de que saúde também se cultiva.
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Como a cúrcuma atua no corpo e na mente?
O principal composto da cúrcuma é a curcumina, estudada por seu efeito anti-inflamatório e antioxidante. Ela ajuda o organismo a lidar melhor com processos inflamatórios do dia a dia.
Esse cuidado interno reflete no bem-estar mental, já que inflamação e estresse estão ligados. Não é magia, é a natureza trabalhando em conjunto com o corpo.

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Ela é acessível e fácil de cuidar ou usar no dia a dia?
Uma das grandes vantagens da cúrcuma é que ela cabe em diferentes rotinas e bolsos. Seja cultivando ou usando como especiaria, ela é simples de incorporar:
🌿💊 Formas de uso da cúrcuma e suas vantagens
| Forma de uso | Custo médio | Dificuldade | Vale a pena? |
|---|---|---|---|
| Cúrcuma em pó | Baixo | Muito fácil | Sim, prática diária |
| Raiz fresca | Médio | Fácil | Sim, mais potente |
| Plantio em vaso | Baixo | Fácil para iniciantes | Sim, conexão com a natureza |
| Cápsulas | Médio/alto | Fácil | Depende da orientação |
💡 Dica: a cúrcuma em pó é ideal para o uso diário, mas a raiz fresca oferece o maior potencial terapêutico.
A cúrcuma faz parte do futuro do bem-estar verde?
Cada vez mais, jardinagem terapêutica e alimentação consciente caminham juntas. Plantas como a cúrcuma representam essa ponte entre casa verde, autocuidado e saúde preventiva.
Em hortas urbanas, varandas ou pequenos quintais, ela simboliza um futuro onde bem-estar nasce da terra e volta para o corpo de forma simples. Cuidar da cúrcuma, usar no dia a dia e entender seus benefícios é um convite a desacelerar e se reconectar. Quando a natureza entra na rotina, o autocuidado fica mais leve, acessível e cheio de sentido.
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Saúde
Adeus às injeções? EUA aprovam pílula de Wegovy para emagrecer

A Food and Drug Administration (FDA) – Anvisa dos EUA – aprovou a primeira versão em comprimido do Wegovy, medicamento usado para perda de peso. A decisão abre caminho para uma alternativa às injeções, mirando principalmente pacientes que evitam aplicações com agulhas. O lançamento no mercado americano está previsto para o início de 2026.
O aval vem acompanhado de dados que sustentam a mudança de formato. Ensaios clínicos indicam que a eficácia da pílula é semelhante à da versão injetável. Ao mesmo tempo, a aprovação acelera uma corrida por medicamentos orais para emagrecimento, com concorrentes já se preparando para entrar no jogo.
Como funciona a pílula do Wegovy e para quem ela foi aprovada
O comprimido do Wegovy usa o mesmo princípio ativo da injeção: a semaglutida, substância que atua no controle do apetite. A diferença está no caminho que o remédio percorre no corpo. Como a absorção pelo organismo é menor quando a droga é ingerida, a versão oral precisa de uma dose mais alta para alcançar efeitos parecidos.

A autorização da FDA define quem pode usar o medicamento. Ele foi aprovado para adultos com obesidade e também para pessoas com sobrepeso associado a pelo menos uma comorbidade, como problemas cardíacos. Na prática, o público-alvo é o mesmo das versões injetáveis já disponíveis.
Num ensaio clínico patrocinado pela Novo Nordisk, pessoas que tomaram a pílula perderam, em média, 13,6% do peso corporal após 71 semanas. No grupo que recebeu placebo, a perda ficou em torno de 2%. Em estudos anteriores, o Wegovy injetável mostrou uma redução próxima de 15% no mesmo período.
Sobre efeitos colaterais, a maioria dos participantes relatou problemas gastrointestinais, em frequência parecida com a observada nas injeções. Especialistas também fazem uma ressalva importante: resultados de estudos controlados tendem a ser mais favoráveis do que o uso no dia a dia, quando a rotina do paciente entra em cena.
Preço, chegada ao mercado e a disputa entre gigantes do setor
A expectativa é que o Wegovy em comprimido chegue às farmácias dos Estados Unidos no começo de 2026. A Novo Nordisk já firmou um acordo com o governo americano prevendo um preço inicial em torno de US$ 149 a US$ 150 por mês (cerca de R$ 830 a R$ 840, em conversão direta) para as doses mais baixas, usadas no início do tratamento.

Hoje, versões injetáveis como Wegovy, Ozempic e Zepbound podem custar mais de US$ 1.000 por mês nos EUA, algo próximo de R$ 5,6 mil. Um comprimido mais barato tende a ampliar o acesso e reduzir uma das principais barreiras ao tratamento.
Há também a questão da adesão. Muitos pacientes preferem pílulas a injeções, seja por medo de agulhas ou por praticidade. Por outro lado, médicos lembram que a versão oral exige jejum e um intervalo sem comer ou beber após a ingestão, o que pode não ser tão simples na rotina de todo mundo.
Leia mais:
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Enquanto isso, a concorrência se organiza. A Eli Lilly deve lançar sua própria pílula para perda de peso, o orforglipron, por volta de março de 2026. O movimento reforça a expansão dos chamados medicamentos agonistas de GLP-1, que ganharam até o respaldo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) como ferramentas importantes no combate à obesidade.
(Essa matéria usou informações de AFP via G1 e The New York Times.)
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