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Saúde

Cientistas descobrem proteína que nos faz sentir frio

Redação Informe 360

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Você já deve ter ouvido alguém falar que o frio é psicológico. Bom, não é. Pelo contrário, ele é bastante físico e real. Mas como explicar que algumas pessoas sentem mais frio que as outras? Tem a ver com a gordura corporal? Sim, mas não só isso.

A ciência descobriu que o nosso corpo possui alguns sensores. Os de calor, morno e frio já haviam sido descobertos há alguns anos. Pesquisadores da Universidade de Michigan identificaram agora uma proteína que permite aos mamíferos sentir um frio mais intenso, preenchendo a lacuna que faltava nesse desenho.

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Chamada de GluK2, essa proteína é encontrada em nossos neurônios, mas também no sistema nervoso periférico, ou seja, fora do cérebro.

O primeiro termossensor foi descoberto há mais de 20 anos, quando uma equipe de cientistas encontrou uma proteína sensível ao calor chamada TRPV1.

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De lá para cá, os estudiosos já haviam identificado proteínas para o morno e o frio moderado. Mas nunca para o frio abaixo dos 15ºC.

A recém-descoberta é assinada pelo neurocientista Shawn Xu, professor do Instituto de Ciências da Vida da Universidade de Michigan e autor do primeiro estudo que identificou a proteína TRPV1.

Como foram feitos os testes

  • Os cientistas fizeram testes em ratos de laboratório.
Pequeno rato de laboratório na mão de um pesquisador.
Imagem: Egoreichenkov Evgenii/Shutterstock
  • Alguns deles não conseguiam produzir essa proteína GluK2.
  • Por meio de uma série de experiências envolvendo temperaturas diferentes, os pesquisadores perceberam que esse grupo de camundongos respondia normalmente ao calor, ao frio leve e à sensação de morno, mas não apresentava resposta ao frio extremo.
  • Daí a descoberta dessa função da proteína.
  • Vale destacar que os cientistas já sabiam da sua existência, mas pensavam que ela tinha outros papéis apenas no nosso corpo, como nos processos de aprendizagem e memória.
  • A novidade é a sensação do frio intenso.
  • A equipe do neurocientista Shawn Xu explica que o gene GluK2 tem parentes em toda a árvore evolutiva, remontando às bactérias unicelulares.
  • Segundo ele, isso já indicava um papel diferente para essas proteínas:

“Uma bactéria não tem cérebro, então por que desenvolveria uma forma de receber sinais químicos de outros neurônios? Mas teria grande necessidade de sentir o ambiente. Portanto, penso que a detecção de temperatura pode ser uma função antiga, pelo menos para alguns destes receptores de glutamato”, afirmou o cientista.

Importância da pesquisa

Além de preencher uma lacuna no quebra-cabeça da detecção de temperatura, Xu acredita que a nova descoberta pode ter implicações para a saúde e o bem-estar das pessoas.

Imagem: Jolanta Mosakovska/Shutterstock

Pacientes com câncer que recebem quimioterapia, por exemplo, frequentemente apresentam reações dolorosas ao frio.

“Esta descoberta do GluK2 como um sensor de frio em mamíferos abre novos caminhos para entender melhor por que os humanos experimentam reações dolorosas ao frio, e talvez até ofereça um alvo terapêutico potencial para tratar essa dor em pacientes cuja sensação de frio é superestimulada”, disse Xu.

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Ah, e antes que alguém faça confusão, essa descoberta diz respeito à sensação de frio extremo. Não a ele propriamente dito. Ninguém é invulnerável a baixas temperaturas. Algumas pessoas, porém, sentem menos frio que as outras.

Agora, se formos expostos a esse frio extremo por muito tempo, morreremos. Mesmo fazendo a homeostase, nosso corpo não resistiria a uma temperatura baixa, levando a um resfriamento interno e falência dos órgãos. Lembrando que o corpo humano fica normalmente na casa dos 36ºC.

As informações são do Medical Xpress.

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Saúde

Dezenas de vírus desconhecidos são encontrados em animais na China

Redação Informe 360

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Pesquisadores identificaram dezenas de vírus em criadouros de animais destinados à venda de pele na China. Segundo eles, alguns destes organismos são totalmente desconhecidos da ciência e têm o potencial de infectar também os seres humanos.

Mais de 100 vírus foram identificados nas análises

  • A equipe de cientistas sequenciou o material genético de amostras de pulmões e intestinos de 461 animais destinados à venda de pele em território chinês.
  • Entres os animais analisados estavam visons, coelhos, raposas e cães-guaxinim.
  • Todos eles morreram em função de doenças no país no período entre os anos de 2021 e 2024. 
  • A maioria fazia parte de criadouros, mas cerca de 50 destes animais analisados eram selvagens.
  • Segundo os pesquisadores, o resultado foi a identificação de 125 vírus, dos quais 36 desconhecidos até então.
  • As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Nature
Vírus Mers foi detectado nas análises (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)

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Alguns organismos são variantes da gripe aviária e até do coronavírus

Ainda de acordo com os pesquisadores, 39 vírus, sendo 13 deles inéditos, apresentam um “alto risco” de transmissão de uma espécie para outra. Este potencial de infecção também inclui os seres humanos.

Também foram detectados variantes de gripe aviária em visons e ratos-almiscarados. Além disso, foram identificados sete tipos de coronavírus, mas nenhum estreitamente relacionado ao Sars-CoV-2, que desencadeou a pandemia de Covid-19 em 2020.

Sete tipos de coronavírus foram identificados pelos pesquisadores (Imagem: Niphon Subsri/Shutterstock)

Um dos que mais preocupa é o HKU5, que já havia sido detectado em morcegos, mas que dessa vez foi encontrado nos pulmões de dois visons de criadouro. Trata-se de um parente do coronavírus causador da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), uma doença considerada potencialmente letal para humanos.

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Saúde

Tintas para tatuagem contaminadas são retiradas de circulação nos EUA

Redação Informe 360

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A Food and Drug Administration (FDA), agência de controle sanitário dos Estados Unidos, determinou a retirada de circulação de três tintas para tatuagem da linha Bloodline da Sierra Stain. Os produtos apresentaram níveis de bactérias que poderiam causar problemas de saúde nos consumidores.

A empresa recolheu seu estoque e a FDA aconselha que tatuadores e varejistas não usem nem comercializem as tintas adquiridas.

Tintas para tatuagem retiradas de circulação

  • A FDA determinou a retirada de circulação de três tintas específicas da linha Bloodline: Carolina Blue, All Purpose Black e UV China Pink.
  • Uma análise feita pela agência encontrou bactérias danosas à saúde em níveis preocupantes nos produtos da Sierra Stain.
  • Nenhuma doença causada pelas tintas foi relatada, mas, segundo a FDA, os sintomas de infecção podem ser difíceis de atribuir a uma única causa.
  • Os consumidores que suspeitarem que erupções cutâneas ou lesões estejam ligadas ao uso das tintas podem relatar o caso ao programa MedWatch da FDA.
  • Todas as três tintas não são mais fabricadas e a empresa responsável reconheceu os produtos restantes. Aqueles que adquiriram as tintas devem evitar usá-las ou comercializá-las.
Tintas Carolina Blue, All Purpose Black e UV China Pink da Sierra Stain recolhidas pela FDA -. Imagem: FDA

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Bactérias encontradas nas tintas

Uma série de testes conduzidos pela FDA identificou “altas concentrações de microrganismos” que podem causar problemas de saúde nos consumidores nas tintas. A Carolina Blue apresentou seis tipos: Citrobacter braakii, Citrobacter farmeri, Pseudomonas fluorescens, Achromobacter xylosoxidans, Ochrobactrum anthropi e Cupriavidus pauculus. Todas podem causar infecção generalizada ou pneumonia em humanos.

A tinta preta (All Purpose Black) continha uma taxa elevada de Acetobacter senegalensis, uma espécie encontrada em mangás no Senegal e usada industrialmente na produção de vinagre. Na última das três cores (UV China Pink), foram encontrados dois tipos de bactérias do gênero Curtobacterium, originadas no solo. As consequências para a saúde dessas bactérias ainda não estão claras.

Pessoa segurando máquina de tatuar
Não é a primeira vez que contaminantes são encontrados em tintas para tatuagem nos Estados Unidos – Imagem: Designpress

Histórico de tintas contaminadas nos Estados Unidos

Esta não é a primeira vez que contaminantes são encontrados em tintas para tatuagem. No início do ano, um estudo revelou que 45 das 54 tintas de tatuagem de nove marcas que circulam nos Estados Unidos continham substâncias não listadas nos rótulos. A descoberta levou a preocupações sobre possíveis riscos à saúde desconhecidos.

Meses após a divulgação da pesquisa ocorrida em fevereiro, outros cientistas descobriram que cerca de um terço das tintas de tatuagem vendidas no país continham bactérias. Mesmo que não haja provas de que todas causem infecções, o risco à saúde é evidente e deve ser mais investigado no futuro.

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A FDA recomenda atenção em seu aviso. Ambientes seguros e profissionais para aplicação de tatuagens são fundamentais para evitar problemas de saúde, e os clientes devem considerar isso ao escolher um artista.

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Saúde

Celulares causam câncer no cérebro? A ciência tem uma resposta definitiva

Redação Informe 360

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A conexão entre o uso de telefones celulares e o risco de câncer cerebral tem sido debatida há décadas. Contudo, um estudo recém-publicado pode finalmente encerrar esse debate.

O debate começou em 1993, quando David Reynard, da Flórida, processou a NEC America alegando que a radiação do celular contribuiu para o câncer cerebral de sua esposa. Apesar de o processo ter sido rejeitado, o caso popularizou a ideia de que os celulares poderiam causar câncer.

Em 2011, a Organização Mundial da Saúde (OMS), através da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), classificou a radiação de celulares como um possível carcinógeno.

A preocupação aumentou com um estudo de 2016 que sugeriu que a radiação de celulares causava câncer em roedores. No entanto, a relação entre radiação de celulares e câncer sempre foi questionada.

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Descobertas do novo estudo

  • O estudo atual, da OMS, liderado pela Agência Australiana de Proteção contra Radiação e Segurança Nuclear (ARPANSA), analisa mais de 5 mil pesquisas e inclui 63 estudos relevantes realizados entre 1994 e 2022.
  • A pesquisa concluiu que, apesar do aumento no uso de celulares, não houve aumento nos casos de câncer cerebral ou cânceres de cabeça e pescoço, mesmo entre usuários intensivos com mais de 10 anos de uso.
  • O estudo também avaliou a exposição à radiação de torres de telefonia e ocupações com alta exposição, sem encontrar ligação com câncer.
câncer cerebral
Dados do estudo não encontraram relação entre o câncer no cérebro e o uso contínuo de celulares – Imagem: shutterstock/SquareMotion

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Mark Elwood, professor honorário de Epidemiologia do Câncer na Universidade de Auckland e coautor do estudo, explica que a radiação de rádio usada em celulares é de baixa frequência e energia, semelhante à usada em rádio, TV e Wi-Fi, e não mostrou aumento de câncer.

Os dados indicam que, com o uso extensivo de celulares globalmente, um aumento significativo nos casos de câncer cerebral seria esperado se a radiação fosse realmente carcinogênica. No entanto, as taxas de câncer cerebral permanecem estáveis desde 1982.

Ken Karipidis, da ARPANSA, destaca que a revisão atual, com um conjunto de dados muito maior do que o analisado pelo IARC em 2011, confirma que a exposição a ondas de rádio da tecnologia sem fio não representa um risco significativo para a saúde humana.

celular
Taxas de câncer cerebral permanecem estáveis há décadas (Imagem: Simon Kadula/Shutterstock)

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