Saúde
Atrofia e hipertrofia muscular: entenda como esses processos impactam sua saúde

A saúde muscular desempenha um papel crucial em nossa qualidade de vida. Os músculos não apenas nos permitem movimentar, mas também contribuem para a estabilidade, força e saúde metabólica. Entre os fenômenos relacionados à musculatura, destacam-se dois processos opostos: atrofia e hipertrofia muscular. Esses termos, embora pareçam técnicos, descrevem mudanças que acontecem frequentemente no corpo humano, influenciadas por fatores como atividade física, alimentação, doenças e envelhecimento.
A atrofia muscular é a redução do tamanho dos músculos, geralmente associada à falta de uso, lesões ou condições médicas. Por outro lado, a hipertrofia muscular é o aumento do volume muscular, frequentemente buscado por praticantes de atividades físicas e atletas.
Ambas as condições impactam o corpo de maneiras significativas, influenciando desde a força física até o metabolismo. Compreender como esses processos ocorrem, seus tipos e o que os influencia pode ajudar a tomar decisões melhores para a saúde muscular.
O que são a atrofia e a hipertrofia muscular?
Atrofia muscular: quando os músculos perdem tamanho
A atrofia muscular ocorre quando há uma redução na massa muscular. Isso pode ser causado por diversos fatores, como inatividade física, doenças neuromusculares, envelhecimento ou desnutrição. Há dois tipos principais de atrofia:
- Atrofia desuso: causada pela falta de atividade física. Um exemplo clássico é o encolhimento dos músculos após semanas de imobilização devido a uma fratura.
- Atrofia neurogênica: ocorre quando há danos nos nervos que controlam os músculos, frequentemente devido a doenças como esclerose múltipla ou lesões na medula espinhal.
Essas condições resultam na perda de força, mobilidade e funcionalidade. Além disso, a atrofia pode levar a alterações metabólicas, já que músculos menores utilizam menos energia, contribuindo para o aumento de gordura corporal.

Hipertrofia muscular: o crescimento dos músculos
A hipertrofia muscular é o oposto da atrofia, caracterizada pelo aumento no tamanho das fibras musculares. Esse processo é amplamente associado ao treinamento de força, como musculação, e a uma alimentação rica em proteínas.
Existem dois tipos principais de hipertrofia:
- Hipertrofia sarcoplasmática: aumenta o volume do fluido dentro das células musculares, resultando em músculos mais volumosos, mas com ganho limitado de força.
- Hipertrofia miofibrilar: aumenta a quantidade de proteínas contráteis nas fibras musculares, gerando maior força muscular, embora o ganho de volume seja menor.
O crescimento muscular ocorre devido a estímulos como cargas elevadas ou estresse mecânico, que causam microlesões nas fibras musculares. Durante o processo de recuperação, o corpo reconstrói essas fibras maiores e mais fortes.

Leia também:
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Como a atrofia e a hipertrofia afetam o corpo humano?
Impactos da atrofia muscular
A atrofia pode levar a sérias limitações funcionais, como:
- Redução da força muscular: dificultando atividades diárias.
- Perda de mobilidade: especialmente em idosos, aumentando o risco de quedas.
- Alterações metabólicas: músculos menores gastam menos energia, favorecendo o acúmulo de gordura.
- Dores e desconforto: devido à menor estabilização articular e desequilíbrios musculares.
Benefícios da hipertrofia muscular
Por outro lado, a hipertrofia traz inúmeros benefícios:
- Aumento da força: facilitando tarefas físicas e melhorando o desempenho esportivo.
- Melhora na saúde metabólica: músculos maiores consomem mais energia, auxiliando na manutenção ou perda de peso.
- Proteção articular: músculos fortes ajudam a estabilizar e proteger as articulações.
- Prevenção de doenças: como diabetes tipo 2, ao melhorar a sensibilidade à insulina.
Fatores que influenciam a atrofia e a hipertrofia muscular
O que contribui para a atrofia?
A inatividade é um dos principais causadores da atrofia. Além disso, outros fatores incluem:
- Envelhecimento: a sarcopenia, perda muscular associada à idade, é comum em idosos.
- Doenças crônicas: como câncer, insuficiência cardíaca ou doenças autoimunes.
- Deficiência nutricional: especialmente a falta de proteínas na dieta.
- Estresse crônico: pode levar à liberação excessiva de cortisol, um hormônio que contribui para a degradação muscular.
O que estimula a hipertrofia?
A hipertrofia depende de estímulos específicos e consistentes, como:
- Treinamento de força: exercícios que desafiem os músculos, como levantamento de pesos.
- Alimentação adequada: rica em proteínas e calorias suficientes para sustentar o crescimento muscular.
- Descanso: o sono e o tempo de recuperação são fundamentais para a regeneração das fibras musculares.
- Hormônios: como a testosterona e o hormônio do crescimento, que favorecem o ganho muscular.
Como prevenir a atrofia e promover a hipertrofia?
Para prevenir a atrofia muscular e promover a hipertrofia, é essencial adotar uma série de práticas que envolvem movimento, alimentação e cuidados com o corpo. A manutenção de uma rotina ativa, mesmo com exercícios leves, como caminhadas, é fundamental para evitar a perda muscular, especialmente em idosos.
Quando há limitações de movimento ou lesões, a fisioterapia desempenha um papel crucial, oferecendo exercícios direcionados que ajudam a preservar e até mesmo recuperar a musculatura. Além disso, uma alimentação equilibrada, rica em proteínas de alta qualidade, é indispensável para fornecer os nutrientes necessários ao funcionamento muscular. Em casos específicos, a suplementação pode ser recomendada, mas sempre sob orientação médica.

Para estimular a hipertrofia muscular, o treinamento regular é indispensável, com foco em exercícios de resistência progressiva, como musculação, que desafiam os músculos de forma gradual. O consumo adequado de proteínas, entre 1,6 e 2,2 gramas por quilo de peso corporal, é essencial para sustentar o crescimento muscular.
Também é importante ter uma rotina de recuperação, que inclua boas noites de sono e dias de descanso, já que é durante esses períodos que o corpo repara e fortalece as fibras musculares. A consistência, por fim, é o fator-chave, pois os resultados no aumento da massa muscular dependem de um esforço contínuo e prolongado.
A academia fornece um ambiente ideal para o desenvolvimento da hipertrofia. Com equipamentos e cargas variadas, é possível aplicar estímulos que causam micro lesões nas fibras musculares. Esses danos são reparados pelo corpo durante o descanso, resultando no aumento do tamanho muscular. Além disso, o acompanhamento de profissionais na academia garante treinos mais eficientes e seguros.
Sim, a fisioterapia é essencial no combate à atrofia muscular. Por meio de exercícios específicos, os fisioterapeutas ajudam a estimular a musculatura, melhorando a força e a funcionalidade. Esse tratamento é particularmente importante em casos de atrofia causada por lesões, imobilizações prolongadas ou doenças neuromusculares.
Este conteúdo tem finalidade informativa e educacional e não substitui a orientação de um profissional de saúde. Consulte um médico ou especialista para obter um diagnóstico ou tratamento adequado.
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Saúde
Ciência tenta quebrar a “capa de invisibilidade” do Ebola

Os filovírus recebem esse nome a partir do latim filum, que significa fio — uma referência ao seu formato alongado e filamentoso.
Eles formam uma das famílias virais mais perigosas conhecidas, incluindo os vírus Ebola, Sudão, Bundibugyo e Marburg, responsáveis por surtos de febre hemorrágica com taxas de mortalidade extremamente elevadas.

Uma nova estratégia para um velho inimigo
- Parte da letalidade dos filovírus está ligada à instabilidade de suas proteínas de superfície, usadas pelo vírus para entrar nas células.
- Essas estruturas mudam de forma com facilidade e ficam parcialmente escondidas sob uma espessa camada de açúcares, o que dificulta tanto o reconhecimento pelo sistema imunológico quanto o desenvolvimento de vacinas eficazes.
- Um estudo publicado na Nature Communications por pesquisadores do Scripps Research apresenta uma nova geração de vacinas candidatas projetadas para oferecer proteção contra múltiplas cepas de filovírus.
- A estratégia consiste em exibir as proteínas de superfície viral em nanopartículas proteicas auto-montáveis, conhecidas como SApNPs. Essas partículas funcionam como “andaimes”, ajudando o sistema imunológico a identificar melhor os alvos corretos.
- Em testes com camundongos, as nanopartículas induziram respostas robustas de anticorpos contra diferentes filovírus, apontando para um caminho promissor de proteção mais ampla.
Leia mais
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Superando a “capa de invisibilidade” viral
Segundo o autor sênior do estudo, Jiang Zhu, professor do Scripps Research, o desafio central é driblar a chamada “capa de invisibilidade” formada pelos glicanos que recobrem as glicoproteínas virais.
Em trabalhos anteriores, a equipe conseguiu estabilizar a proteína do Ebola em sua forma de pré-fusão — a mais eficaz para estimular o sistema imunológico — removendo regiões que atrapalhavam o reconhecimento.
Agora, os pesquisadores aplicaram essa abordagem a outras espécies de filovírus. As proteínas redesenhadas, fixadas em nanopartículas semelhantes a vírus, geraram anticorpos capazes de reconhecer e neutralizar diferentes variantes.
Os resultados sugerem que a técnica pode abrir caminho para uma vacina mais abrangente, possivelmente universal, contra filovírus.
A equipe já planeja expandir a estratégia para outros patógenos de alto risco, como os vírus Lassa e Nipah, reforçando o potencial dessa plataforma de design racional de vacinas.

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Saúde
China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade

Pesquisadores da China publicaram estudo na revista Nature mostrando que o peptídeo Masto melhora a glicemia e indicadores metabólicos em pacientes com diabetes.
O avanço oferece novas opções para tratar diabetes tipo 2, obesidade e problemas metabólicos ligados ao coração, fígado e rins, com evidências específicas para a população chinesa.

Peptídeo Masto: inovação no tratamento do diabetes
Segundo a Agência China2Brasil, o estudo clínico analisou os efeitos do peptídeo Masto, desenvolvido por uma empresa chinesa, e observou redução da glicemia e melhora em indicadores metabólicos ligados a órgãos vitais.
O estudo fornece evidências científicas para o tratamento de pacientes com sobrepeso, obesidade e diabetes na China, contribuindo para o manejo do diabetes tipo 2.
Zhu Dalong, coautor e diretor do Centro Médico de Endocrinologia do Hospital Gulou, em nota.
A pesquisa se concentrou em pacientes chineses, que apresentam maior incidência de resistência à insulina, esteatose hepática e acúmulo de gordura visceral em comparação a pacientes europeus e norte-americanos. A obesidade abdominal é a manifestação clínica mais comum nesse grupo.

Diabetes na China: um desafio nacional
O diabetes é uma das quatro principais doenças crônicas que ameaçam a saúde na China, frequentemente acompanhado de obesidade, hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas complexas.
Leia mais:
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- Nutriente comum ativa defesa do intestino contra diabetes, diz estudo
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O governo criou o programa “China Saudável (2019–2030)”, incluindo ações específicas para prevenção e controle do diabetes, reforçando a necessidade de medicamentos adaptados às características metabólicas locais.

Avanços da indústria farmacêutica chinesa
O peptídeo Masto integra um esforço maior da indústria farmacêutica chinesa, que busca desenvolver medicamentos originais. O setor investe em:
- Novos alvos terapêuticos
- Terapias celulares, como CAR-T
- Inteligência artificial para acelerar pesquisa e desenvolvimento
Dados oficiais mostram que, desde o início do 14º Plano Quinquenal, mais de 110 medicamentos inovadores foram aprovados na China. Até novembro de 2025, 68 medicamentos originais receberam aprovação, superando o total de todo o ano anterior. Guo Lixin, do Hospital de Pequim, destaca que isso mostra o reconhecimento internacional da pesquisa chinesa.
O estudo do peptídeo Masto demonstra como medicamentos inovadores e adaptados às populações locais podem melhorar o manejo do diabetes e abrir caminho para terapias mais precisas.
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Saúde
Suplementos são proibidos pela Anvisa após ação de fiscalização

A Anvisa determinou a retirada imediata de suplementos alimentares irregulares do mercado brasileiro. A medida busca proteger consumidores de produtos sem registro, com composição inadequada ou promessas de saúde não autorizadas, segundo a Agência gov.
A decisão foi publicada nesta terça-feira (16) e envolve a proibição, apreensão e recolhimento de marcas específicas de suplementos alimentares. Além disso, a Anvisa suspendeu a fabricação, a comercialização, a distribuição, a divulgação e o consumo desses produtos em todo o país.

Quais suplementos foram proibidos pela Anvisa
A ação fiscal atingiu tanto empresas identificadas quanto produtos de origem desconhecida, o que reforça o alerta para compras feitas em marketplaces e canais online. Segundo a agência, os seguintes itens foram proibidos:
- Todos os lotes da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda.
- Lote 071A do Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E, da marca Global Suplementos.
- Todos os produtos da R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP.
- Todos os lotes do suplemento Candfemm, de empresa desconhecida.
Todos esses produtos devem ser retirados de circulação imediatamente.

Irregularidades vão de falta de registro a promessas terapêuticas
No caso da Pharmacêutica Indústria e Laboratório Nutracêuticos Ltda., a Anvisa apontou uma série de problemas, como a ausência de regularização no órgão competente, o uso de constituintes não autorizados em alimentos e a falta de registro sanitário para suplementos com probióticos. Também foram identificadas marcas e rótulos que sugerem propriedades terapêuticas e funcionais não aprovadas.
Já o suplemento Supra Ômega 3 TG 18 EPA/12 DHA + Vitamina E foi proibido porque a empresa responsável pela fabricação, a Akron Pharma Ltda., informou não reconhecer o lote 071A. O produto era comercializado pela plataforma Shopee e apresentava divergências visuais em relação ao original, como diferenças no material de rotulagem e acabamento.

Riscos à saúde e fiscalização mais rígida
A R.T.K Indústria de Cosméticos e Alimentos Naturais Ltda. EPP teve seus produtos suspensos após apresentar resultado insatisfatório nas boas práticas de fabricação, critério essencial para garantir segurança ao consumidor.
Leia mais:
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Outro caso é o do suplemento Candfemm, que não possui registro sanitário e fazia alegações não aprovadas, como a promessa de “eliminar a candidíase” e benefícios para a saúde vaginal e intestinal. Segundo a Anvisa, suplementos alimentares não podem divulgar efeitos terapêuticos nem substituir medicamentos.
A agência reforça que consumidores devem desconfiar de promessas milagrosas e sempre verificar se o produto possui registro e autorização sanitária antes do consumo.
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