Saúde
Anvisa mantém proibida venda de cigarro eletrônico no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou as expectativas e formou maioria, nesta sexta-feira (19), para manter proibida a fabricação, venda, importação e propaganda de cigarros eletrônicos (também conhecidos como “vapes“) no Brasil. O transporte e armazenamento desses dispositivos também estão proibidos.
O relator do caso no órgão, o diretor-presidente Antonio Barra Torres, votou a favor da manutenção da proibição. Ele citou decisões internacionais, como da Organização Mundial da Saúde (OMS), que também é contrária aos cigarros eletrônicos.
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Torre também salientou que a consulta pública completada em fevereiro deste ano “não trouxe argumento científico que alterasse o peso das evidências já ratificadas por esse colegiado”, informou o UOL.
Além do diretor-presidente da Anvisa e relator, Danitza Passamai Buvinich, Daniel Pereira e Rômison Rodrigues Mota o acompanharam no voto. Ainda falta votar Meiruze Souza Freitas, mas a decisão já está tomada, não havendo como mudar.
Buvinich deu sugestão, acatada pelos demais, de liberar a importação somente para fins de pesquisa, atendendo a certos critérios.
Proibição dos cigarros eletrônicos segue em vigor
- Desde 2009, a Anvisa adota uma resolução que proíbe a fabricação, venda, importação e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar (chamados também de pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn [tabaco aquecido]);
- Em dezembro passado, a diretoria do órgão aprovou relatório que apontava a necessidade da manutenção da proibição desses dispositivos;
- Apesar dessa proibição, eles são encontrados em vários estabelecimentos comerciais, e seu consumo tem sido cada vez maior, especialmente entre os jovens;
- Os cigarros eletrônicos chegaram ao mercado com aroma e sabor mais agradáveis, além de, supostamente, serem menos agressivos que o cigarro comum;
- Mas eles contêm nicotina, da mesma forma que os cigarros tradicionais.
Não há nenhum tipo de avaliação para dizer que [os cigarros eletrônicos] ajudam a parar de fumar. Inclusive, muitos são feitos pelas mesmas indústrias tradicionais do tabaco e, alguns, com doses de nicotina muito maiores.
Paulo Corrêa, pneumologista da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) à VivaBem
O Estudo do Programa de Tratamento do Tabagismo, do Instituto do Coração de São Paulo, aponta que usuários de vape consomem o equivalente a 20 cigarros por dia, além de que esses dispositivos viciam muito mais rápido que o cigarro comum.
Os cigarros eletrônicos podem ter outras substâncias tóxicas além da nicotina. Mas a falta de controle sobre eles dificulta para saber qual é o composto deles. Contudo, pesquisas identificaram mais de duas mil substâncias contidas nos vapes, dentre elas:
- Benzeno: produto químico altamente tóxico e cancerígeno, presente também em escapamentos de veículos, além de causar lesões neurológicas quando há intoxicação;
- Dietilenoglicol: produto químico que causa problemas pulmonares, neurológicos, no fígado e nos rins;
- Níquel, estanho e chumbo: metais pesados responsáveis por causar doenças respiratórias, cardiovasculares e maior risco de desenvolver câncer.
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Saúde
Variante H5N5 da gripe aviária é registrada pela primeira vez em humano nos EUA

Autoridades de saúde dos Estados Unidos investigam o primeiro caso humano registrado da variante H5N5 da gripe aviária, identificado em uma moradora do Condado de Grays Harbor, no Estado de Washington.
A infecção inédita foi confirmada pelo Departamento de Saúde estadual e gerou alerta devido ao fato de essa cepa nunca ter sido observada em humanos. A paciente, uma idosa que possuía uma pequena criação de galinhas, apresentou sintomas graves e de rápida progressão. As informações são do Metrópoles.

A investigação busca esclarecer se houve contato direto com aves infectadas e se existem outros casos com sinais semelhantes na região. Embora o episódio tenha reforçado a necessidade de vigilância, autoridades afirmam que o risco populacional permanece baixo, já que não há transmissão de gripe aviária entre humanos.
Gripe aviária: como o vírus age e quais são os riscos
A gripe aviária — ou influenza aviária — é uma infecção viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves silvestres e domésticas.
O vírus influenza tipo A, responsável pelas variantes, como H5N1 e H5N5, circula globalmente entre aves aquáticas selvagens e pode ocasionalmente infectar outros animais, incluindo mamíferos e humanos, geralmente após contato direto com aves contaminadas.
Apesar de existirem relatos de humanos infectados após exposição a animais doentes, as autoridades reforçam que nenhuma forma conhecida da gripe aviária é transmissível de pessoa para pessoa. Isso significa que, mesmo com a confirmação da variante H5N5 em um paciente, não há indícios de risco epidemiológico mais amplo.

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Principais sinais de gripe aviária em aves incluem:
- Dificuldade respiratória;
- Secreção nasal ou ocular;
- Espirros;
- Problemas de coordenação;
- Torcicolo;
- Diarreia;
- Alta mortalidade.
Todas as suspeitas da doença devem ser notificadas às autoridades agropecuárias, especialmente quando há sinais respiratórios, neurológicos ou mortes súbitas em aves.

Orientações de prevenção e monitoramento
Embora o caso da variante H5N5 tenha evoluído rapidamente, a paciente permanece em condição estável e segue monitorada por equipes estaduais e nacionais. O governo de Washington reforça a importância de relatar aves doentes ou mortas e orienta criadores a usar equipamentos de proteção, como luvas, máscaras, proteção ocular e roupas impermeáveis, ao manipular animais.
Além disso, medidas de prevenção incluem evitar contato com animais selvagens vivos ou mortos e não consumir alimentos crus, como leite não pasteurizado. A vacinação sazonal contra a gripe também pode reduzir o risco de agravamento em caso de exposição ao vírus aviário.
Embora não exista risco imediato para a população, especialistas destacam que acompanhar a evolução do vírus é essencial para impedir sua disseminação entre animais e humanos.
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Saúde
Canetas emagrecedoras têm efeito positivo para o coração, diz estudo

A semaglutida, substância presente em canetas emagrecedoras amplamente usadas no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade, mostrou um efeito benéfico significativo que vai além do emagrecimento. Uma nova análise do estudo SELECT, publicada na revista científica The Lancet, revela que o medicamento reduz o risco de problemas cardíacos independentemente da quantidade de peso perdida.
A descoberta reforça a ideia de que seu impacto sobre a saúde cardiovascular envolve mecanismos adicionais aos já conhecidos efeitos sobre o apetite e o peso corporal.
Mecanismos além do emagrecimento chamam atenção de pesquisadores
Os pesquisadores identificaram que a perda de circunferência abdominal — refletindo queda na gordura visceral — esteve associada a melhores resultados para a saúde do coração. Ainda assim, a própria quantidade de peso eliminada não foi determinante para a proteção observada, o que reforça o interesse científico em compreender como a semaglutida atua além da balança.
A semaglutida é o princípio ativo de medicamentos como Ozempic e Wegovy, que se tornaram populares pelas chamadas canetas emagrecedoras. A substância imita a ação do hormônio GLP-1, que reduz o apetite e aumenta a saciedade, permanecendo mais tempo no organismo por resistir à degradação da enzima DPP4.
O estudo SELECT acompanhou mais de 17 mil adultos com IMC igual ou superior a 27, todos com doenças cardiovasculares já estabelecidas, comparando os resultados de quem recebeu semaglutida e quem recebeu placebo. Pesquisas anteriores já mostravam que o medicamento podia reduzir em até 20% os eventos cardiovasculares em pessoas sem diabetes.
Benefícios adicionais reforçam relevância das canetas emagrecedoras
Além do impacto cardiovascular e do emagrecimento, outras análises indicam que a semaglutida contribui positivamente para a saúde hepática. Estudos recentes apontam que:
- 63% dos participantes apresentaram redução da inflamação do fígado após 72 semanas de uso
- Nos EUA, o medicamento já possui autorização para tratamento de doença hepática grave
- No Brasil, a Novo Nordisk aguarda aprovação da Anvisa para uso ampliado da substância

A presença de gordura no fígado é comum, mas níveis acima de 5% exigem tratamento adequado, já que a evolução do problema pode levar a inflamação, hepatite gordurosa, cirrose e até câncer hepático.
O mecanismo de atuação da semaglutida também se diferencia de medicamentos mais recentes, como a tirzepatida, por simular apenas o GLP-1. Ainda assim, seu impacto é expressivo: o estudo STEP 1, publicado no New England Journal of Medicine, mostra uma perda de peso média de 17% com a formulação de 2,4 mg, com um terço dos pacientes superando 20%.
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Funcionamento das canetas emagrecedoras com semaglutida
As canetas injetáveis que utilizam semaglutida funcionam prolongando o efeito do GLP-1 no corpo, o que reduz o apetite, aumenta a sensação de saciedade, auxilia na perda de peso e ainda contribui para a melhora de diversos indicadores metabólicos.
O tratamento, porém, deve sempre ser feito com acompanhamento médico, já que a estratégia precisa ser personalizada e alinhada ao histórico clínico do paciente.

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Saúde
Prazer em excesso faz mal? Veja o que a ciência já sabe sobre o tema

Embora seja vista com receio, seja por valores pessoais ou religiosos, do ponto de vista da ciência, a masturbação é um ato natural e saudável que pode trazer benefícios para o corpo e a mente. Mas e quando o ato esporádico vira um hábito compulsivo, a masturbação em excesso, há riscos para a saúde?
Entre os benefícios conhecidos pelo ato da masturbação, estão o auxílio na diminuição do estresse, melhora do humor, aprofundamento do conhecimento da própria sexualidade, além de promover relaxamento muscular. E é um modo de manter-se sexualmente ativo, independente de ter ou não algum parceiro.
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Feita de maneira esporádica e equilibrada, a masturbação por si só não está relacionada a problemas de saúde, ou seja, não há uma relação causal entre o hábito de se masturbar e problemas mais sérios como infertilidade. Mas, se a masturbação em excesso virar rotina, pode haver consequências.
Quais os riscos da masturbação em excesso?

Não existe uma cartilha médica com números exatos sobre a masturbação em excesso, ou seja, que diga quantas vezes por semana é saudável ou não se masturbar. A percepção é mais subjetiva e vai de caso a caso. Mas existe um consenso entre os especialistas de que a masturbação torna-se um hábito compulsivo quando acaba por afetar a vida cotidiana.
É o caso de pessoas que sentem a necessidade de praticar o ato diversas vezes ao dia, independente do local onde estejam, chegando a se colocar em situações constrangedoras ou de risco. O pensamento intrusivo e obsessivo em masturbar-se pode também dificultar atividades corriqueiras como trabalhar e estudar.
A masturbação em excesso também interfere no campo amoroso e sexual, dificultando o prazer durante uma relação a dois devido a uma espécie de domesticação do corpo por meio de um único estímulo.
A metáfora do corpo humano como a mais inteligente das máquinas também pode ser usada neste caso. Se você oferecer a ele todos os dias o mesmo estímulo para chegar ao mesmo objetivo – no caso, o orgasmo – ele vai se acostumar com esse incentivo, tendo mais dificuldade de chegar ao ápice do prazer por outras vias.
Do ponto de vista físico, o ato pode causar assadura nos órgãos genitais pelo excesso de fricção, e um enrijecimento e dor localizada nas articulações das mãos, situações que melhoram com a ausência da prática. O problema maior acaba sendo a dependência psicológica, sobretudo se vier acompanhada com o ato de assistir pornografia com frequência.
Fiar-se nestes conteúdos, associado à masturbação em excesso, acaba por construir uma ideia do que seja uma relação sexual que não tem a ver necessariamente com a realidade. Pessoas com alguma obsessão em pornografia, e por conseguinte em se masturbar, podem adquirir problemas para se relacionar por quererem reproduzir uma performance que só tem êxito na ficção.
Então, durante o ato sexual, essa ânsia de expectativas pode gerar falta de lubrificação nas mulheres, e disfunção erétil e ejaculação precoce nos homens. Em ambos os casos, pode haver ainda uma dificuldade de chegar ao orgasmo.

Segundo o médico urologista, Paulo Egydio, é importante buscar ajuda quando há aumento considerável na quantidade de vezes que a pessoa se masturba afetando a vida social, e se há também a presença de sentimentos negativos em relação à prática, como sensação de peso emocional, arrependimento, mal-estar ou culpa.
Os tipos de tratamento para masturbação em excesso variam. Primeiramente é necessário identificar as causas para desenvolver um plano de tratamento individualizado. “De forma geral, os tratamentos incluem terapia cognitivo-comportamental, aconselhamento individual ou em grupo e, quando necessário, medicação”, afirma Egydio.
Quando realizada sem prejuízos à vida social e sexual, o ato da masturbação pode propiciar benefícios importantes inclusive em relação à prevenção de doenças como o câncer de próstata.
Segundo uma pesquisa da Universidade de Harvard, os pesquisadores chegaram à conclusão de que os homens que ejaculam – seja por meio de relação sexual ou masturbação – 21 vezes ou mais por mês diminuem em 33% o risco de desenvolver a doença.
Já entre as mulheres, embora a masturbação seja menos comum por convenções sociais, além de ser um caminho de autoinvestigação da sexualidade e descoberta do orgasmo, pode ter efeitos positivos durante a TPM e o ciclo menstrual, segundo a ginecologista Juliana Ribeiro.
“O orgasmo faz nosso corpo liberar dois hormônios com efeitos muito positivos: a endorfina e a dopamina. A endorfina tem funções analgésicas e pode ajudar a combater as cólicas e a irritação e a dopamina é um hormônio associado ao prazer, liberada sempre em situações de recompensas prazerosas”, explica.
Em suma, evitando os excessos e respeitando os próprios limites, é possível ter a masturbação como uma prática saudável, sendo uma aliada em relação à saúde física e mental.
Está matéria tem caráter exclusivamente informativo e não substitui acompanhamento médico e psicológico. Caso esteja passando por uma situação semelhante, procure ajuda especializada.
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