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Saúde

Acompanhante digital: como o uso do WhatsApp apoia pacientes fora do hospital

Redação Informe 360

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Imagine que você acabou de sair do hospital após uma cirurgia e, ao chegar em casa, começa a sentir dores intensas. Você não sabe se deve apenas tomar a medicação prescrita ou se precisa voltar imediatamente ao hospital. É nesse momento que o acompanhante digital do WhatsApp se torna essencial.

Desenvolvido pela empresa brasileira Kidopi, esta ferramenta atua como um assistente virtual, fornecendo orientações e informações baseadas nos sintomas apresentados pelo paciente através de uma IA integrada ao aplicativo de mensagens. Quer entender melhor como funciona essa tecnologia inovadora? Vamos explicar a seguir.

Leia mais

Como funciona o acompanhante digital via WhatsApp

O que é o acompanhante digital do WhastApp e para que serve?

O acompanhante digital do WhatsApp é um serviço que utiliza inteligência artificial para monitorar os sintomas dos pacientes e fornecer recomendações sobre os próximos passos a serem seguidos.

acompanhante digital WhatsApp
Sistema desenvolvido pela Kidopi fornece informações e orientações após alta hospitalar/Imagem Divulgação Kidopi

Caso o paciente relate sintomas preocupantes, a ferramenta pode sugerir uma consulta médica imediata ou, em casos menos severos, orientar o uso correto dos medicamentos prescritos.

A ferramenta foi criada pela Kidopi, empresa do Estado de São Paulo que desenvolve soluções em informática médica, com o apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP.

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Para que serve a companhia digital do WhastApp?

Além de ajudar em situações pós-cirúrgicas, o acompanhante digital pode ser utilizado em diversos outros contextos, como o manejo de doenças crônicas (diabetes, câncer, osteoporose, entre outras), acompanhamento de tratamentos, acompanhamento ao idoso, processos de perda de peso, auxílio ao bem-estar e até mesmo para fornecer suporte emocional aos pacientes.

Dessa forma, com esta tecnologia, a Kidopi pretende oferecer um suporte contínuo e personalizado, garantindo que os pacientes recebam os cuidados necessários mesmo fora do ambiente hospitalar.

Uma mulher loira está sentada no sofá em casa, segurando o estômago com as mãos. Sente a dor dos órgãos internos, indigestão, intoxicação, dor menstrual.
O acompanhante digital do WhatsApp auxilia pacientes em pós-cirurgia/Shutterstock foto Voronaman

Como funciona?

Ainda usando o exemplo da cirurgia, o acompanhamento digital do WhatsApp inclui perguntas diárias para verificar se a recuperação está ocorrendo de maneira adequada. Assim, é possível avaliar se a evolução está conforme o esperado.

Dessa forma, toda a comunicação é realizada de maneira eficiente pelo WhatsApp, utilizando processamento de linguagem natural. Este sistema permite que o usuário interaja como se estivesse conversando com um profissional de saúde.

Caso algo esteja errado, o paciente é orientado a ir ao hospital, sendo praticamente guiado pela ferramenta durante todo o processo. Nesse mesmo momento, as informações são encaminhadas para uma central que recebe um alerta que o paciente está a caminho. Deste modo, todo o histórico da conversa dele com o sistema é enviado ao médico que vai recebê-lo.

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medicina, idade, cuidados de saúde e conceito de pessoas - mulher idosa paciente deitada na cama no leito do hospital
O acompanhante digital do WhatsApp é um auxílio também para idosos/Shutterstock foto Ground Picture

Segudo a Kidopi, o serviço é gratuito para o paciente, sendo o custo arcado pelo hospital, indústria farmacêutica ou plano de saúde. Afinal, a ideia da empresa é possibilitar maior adesão e democratização do acesso ao acompanhamento.

Resultados comprovados

De acordo com Mario Sérgio Adolfi Junior, cofundador e diretor-executivo da startup, os resultados confirmam a eficácia da ferramenta. Entre os usuários que foram instruídos a permanecerem em casa, 100% não apresentaram problemas.

Já entre os que foram orientados a buscar atendimento hospitalar, 75% realmente necessitavam de intervenção médica, pois eram casos em que havia algum ponto de gravidade importante e que foi necessária uma intervenção.

Segundo Adolfi Junior, na parceria realizada com o hospital AC Camargo e a Johnson & Johnson, os pacientes que chegaram precocemente à unidade de saúde tiveram uma redução de 67% nas complicações cirúrgicas.

O acompanhante digital do WhasApp da Kidopi já está nas mãos de milhares de pacientes e já caminha para a internacionalização. Atualmente, a empresa já está desenvolvendo versões da solução em espanhol e inglês.

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Saúde

O que é a “melhora da morte” e como a medicina explica o fenômeno

Redação Informe 360

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A “melhora da morte” é um fenômeno intrigante e, ao mesmo tempo, angustiante que ocorre em alguns pacientes gravemente enfermos. Trata-se de uma recuperação súbita e inesperada em pacientes muito doentes ou em coma, muitas vezes com melhora perceptível em sinais vitais, consciência e até mesmo disposição.

Porém, essa recuperação não é definitiva: ela precede a piora rápida do quadro clínico e, em muitos casos, a morte. Embora ainda não completamente compreendida pela ciência, a “melhora da morte” é amplamente relatada em condições terminais, como câncer, doenças crônicas avançadas e quadros neurológicos graves.

Casos famosos, como o do ator Paulo Gustavo, que apresentou sinais de melhora antes de falecer devido a complicações da Covid-19, reforçam a relevância de compreender esse fenômeno.

Para familiares e amigos, a experiência é emocionalmente confusa, gerando uma sensação de esperança seguida por uma perda abrupta. A medicina, embora incapaz de prever com exatidão quando isso ocorre, oferece algumas explicações baseadas em alterações fisiológicas, neuroquímicas e até espirituais.

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O que é a “melhora da morte” e como a medicina explica o fenômeno?

A “melhora da morte” é um episódio em que pacientes gravemente doentes apresentam, de forma repentina, sinais de recuperação, como maior lucidez, aumento da energia ou redução da dor. Embora pareça um sinal de recuperação, ela frequentemente precede o falecimento.

Homem idoso doente com a mão na cabeça
Homem com dor de cabeça (Imagem: simona pilolla 2/Shutterstock)

Este fenômeno ocorre tanto em doenças terminais, como o câncer, quanto em doenças crônicas avançadas, insuficiências orgânicas e infecções graves.

Por que acontece?

A medicina ainda não tem uma explicação única para o fenômeno, mas algumas teorias predominam:

  • Alterações químicas no cérebro: durante a fase terminal, o organismo pode liberar endorfinas e neurotransmissores como dopamina, causando uma sensação de bem-estar temporário;
  • Melhora ilusória: reduções temporárias em fatores como inflamação ou febre podem criar uma falsa impressão de estabilização;
  • Reservas finais de energia: o corpo utiliza suas últimas reservas de energia para gerar um estado de alerta;
  • Alterações espirituais ou psicológicas: alguns especialistas consideram que pode ser uma forma inconsciente de despedida.

Quando e como acontece?

A “melhora da morte” costuma surgir nas últimas 24 a 48 horas de vida. Durante esse período, o paciente pode demonstrar comportamentos como:

  • Maior lucidez, mesmo após longos períodos de confusão ou inconsciência;
  • Capacidade de se comunicar, inclusive com clareza emocional;
  • Redução aparente de sintomas, como dores ou falta de ar.

No entanto, a melhora é geralmente breve, sendo seguida por deterioração rápida do estado clínico, com sinais como:

  • Queda drástica nos níveis de oxigênio e pressão arterial;
  • Retorno de sintomas como dores intensas ou perda de consciência.

Como diferenciar de uma melhora genuína?

Distinguir uma recuperação genuína da “melhora da morte” pode ser desafiador. Melhoras reais geralmente ocorrem gradualmente e são sustentadas por tratamentos médicos eficazes, enquanto a “melhora da morte” é abrupta e breve.

imagem mostra um paciente idoso num hospital, recebendo medicação direto na veia
Paciente idoso recebendo medicação na veia (Reprodução: goodbishop/Shutterstock)

Avaliações clínicas detalhadas, como exames laboratoriais e de imagem, podem ajudar médicos a determinar a estabilidade do quadro.

Existe algo que pode ser feito?

Embora a “melhora da morte” seja, na maioria das vezes, um processo irreversível, cuidados paliativos adequados podem ajudar a família e os profissionais de saúde a lidar com a situação. Esses cuidados envolvem o controle da dor, suporte emocional e espiritual, e uma comunicação aberta sobre as expectativas para os momentos finais.

Nos casos em que o fenômeno ocorre, a intervenção médica pode não mudar o desfecho, mas garantir que o paciente esteja confortável é uma prioridade. Em situações de doenças terminais, é importante que familiares estejam cientes desse fenômeno para evitar frustrações desnecessárias.

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Casos conhecidos

O caso de Paulo Gustavo chamou atenção porque o ator, em suas últimas horas de vida, apresentou sinais de melhora, incluindo boa resposta ao tratamento e alguma estabilidade clínica.

imagem mostra um close up do rosto de nelson mandela, posando para a foto e sorrindo
Nelson Mandela posando para foto (Reprodução: Alessia Pierdomenico/Shutterstock)

No entanto, essa melhora foi breve e logo deu lugar à piora irreversível, resultando em falência múltipla de órgãos. Outros relatos semelhantes incluem pacientes com câncer avançado que recuperaram a lucidez para se despedirem de familiares antes de sucumbirem à doença.

Um caso que ganhou grande repercussão foi de Nelson Mandela. Nos meses que antecederam sua morte, em 2013, o ex-presidente sul-africano enfrentou várias complicações respiratórias.

Durante o período crítico, Mandela teve momentos de aparente recuperação, nos quais conseguia interagir com familiares e transmitir mensagens de esperança. Contudo, esses episódios foram passageiros e seguidos por um declínio inevitável, caracterizando um possível caso de “melhora da morte”.

Há registros históricos de que John Adams, ex-presidente dos EUA, apresentou momentos de clareza e energia antes de falecer em 1826. Durante seus últimos dias, ele conseguiu conversar com familiares, expressar gratidão e refletir sobre sua vida.

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Apesar de não existir um termo médico específico na época, esses episódios se alinham com o que hoje conhecemos como a “melhora da morte”.

A “melhora da morte” só ocorre em casos de câncer?

Não. Apesar de ser mais relatada em pacientes com câncer terminal, também pode ocorrer em outras doenças graves, como insuficiência cardíaca, respiratória e neurodegenerativa.

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Quanto tempo dura a “melhora da morte”?

A melhora varia de algumas horas a, no máximo, dois dias. Durante esse intervalo, o paciente pode parecer mais ativo e interativo, mas a piora tende a ser abrupta e marcada por sinais claros de declínio.

Como diferenciar uma melhora genuína da “melhora da morte”?
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Melhoras genuínas são graduais e sustentadas por tratamento médico. A “melhora da morte” é súbita, breve e geralmente ocorre sem intervenção clínica eficaz.

Por que o paciente parece tão bem antes de morrer?

Isso pode ser causado por uma combinação de fatores, como liberação de endorfinas, estabilização temporária de inflamações e reservas finais de energia.

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Saúde

Saúde dos olhos de alunos pede atenção na volta às aulas

Redação Informe 360

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Com retorno das aulas em escolas de boa parte do país, a saúde ocular dos alunos entra em foco no começo do ano. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelam que cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam problemas de visão. Dentre as alterações visuais mais comuns nessa faixa etária estão miopia, hipermetropia e astigmatismo.

Em entrevista à Agência Brasil, o oftalmologista Álvaro Dantas alerta que problemas no aprendizado ou desinteresse em determinadas atividades escolares podem ser sinais de complicações oculares.

“Alterações visuais são bastante comuns na infância e podem impactar diretamente no aprendizado. Se a criança enxerga mal, ela absorve mal o conhecimento que é passado e isso pode trazer repercussões importantes.”

Brasília (DF), 07/02/2025 - Saúde ocular de alunos pede atenção na volta às aulas. Doutor Álvaro Dantas. Foto: Álvaro Dantas/Arquivo Pessoal
Álvaro Dantas ressalta que a falta de tratamento pode prejudicar o desenvolvimento da criança – Álvaro Dantas/Arquivo Pessoal

Segundo Dantas, o estrabismo, popularmente conhecido como olho desviado, também figura como um quadro comum na infância e mais fácil de perceber. “É um sinal de alerta muito importante porque pode haver um problema sério em um dos olhos que precisa de tratamento imediato para evitar outra doença que estamos sempre muito atentos: a ambliopia ou olho preguiçoso.”

“Se a criança tem uma deficiência em um dos olhos e isso não é detectado a tempo, a falta de tratamento faz com que aquele olho não desenvolva sua capacidade visual e isso só tem solução até os 8 anos de idade. Se não for feito nessa época, essa criança pode se tornar um adulto com uma deficiência eterna em um dos olhos. Por causa de diagnóstico e tratamento a tempo.”

O oftalmologista destaca que a visão desempenha papel fundamental no processo de aprendizagem e que, quando a criança tem dificuldade para enxergar, pode perder informações importantes em sala de aula, ficar desmotivada ou mesmo apresentar falta de concentração. “Isso pode levar a uma queda no rendimento escolar e, em alguns casos, ser confundido com alguns transtornos de aprendizado ou déficit de atenção”.

“Essas crianças também podem ficar estigmatizadas e podem ser vítimas de bullying. É algo que pode acontecer. Tudo isso provocado por uma deficiência visual. O estrabismo e a ambliopia podem afetar a coordenação visual e ela pode ter muita dificuldade nas práticas esportivas. Por isso, identificar e tratar precocemente esses problemas é essencial para garantir um aprendizado pleno e sem dificuldades desnecessárias.”

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O médico lembra que, muitas vezes, a própria criança não é capaz de perceber que tem um problema de visão, já que nunca enxergou as coisas de outra forma. “Para ela, aquela percepção visual é o normal”.

Por esse motivo, ele considera fundamental que pais e professores fiquem atentos aos seguintes sinais:

– se aproximar muito de livros, cadernos e telas;

– dificuldade para enxergar o quadro ou copiar conteúdos corretamente;

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– se queixar frequentemente de dor de cabeça ou cansaço ocular;

– lacrimejamento excessivo ou sensibilidade à luz;

– desinteresse por atividades que exigem esforço visual, como leitura e desenho;

– e tendência a piscar excessivamente ou esfregar os olhos com frequência.

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Ao notar qualquer um desses sinais, a orientação é levar a criança o quanto antes ao oftalmologista para uma avaliação. O ideal, segundo o médico, é que toda criança passe por um exame oftalmológico completo ainda no primeiro ano de vida, quando é possível diagnosticar problemas congênitos, como catarata, glaucoma e até mesmo o retinoblastoma, câncer que atinge a região dos olhos.

“O diagnóstico tardio pode levar à perda de um olho e, até mesmo, à morte. É um tipo de câncer que, dependendo da fase diagnóstica, pode ter alta letalidade. A partir da idade escolar, o recomendado é manter o acompanhamento anual ou conforme a orientação do oftalmologista, especialmente se houver qualquer histórico de problemas de visão na família.”

Na adolescência, segundo Dantas, a rotina de consultas anuais podem ser mantida, mas há também a possibilidade de consultas a cada dois anos, a depender da saúde ocular do jovem. “Em casos de miopia progressiva que, hoje em dia, está cada vez mais comum – a gente vive uma epidemia de miopia –, esse acompanhamento pode ser mais precoce para evitar vários problemas futuros”.

“A miopia, sem dúvida alguma, é um dos problemas que a gente mais tem preocupação porque tem solução e tem tratamento eficiente. Só se consegue um diagnóstico preciso indo ao oftalmologista. A miopia progressiva pode ser controlada com medidas adequadas pra evitar o aumento exagerado do grau. Hoje, temos várias orientações, óculos especiais e alguns colírios que podem interferir na evolução da miopia”, explicou.

“Crianças que enxergam bem têm melhor desenvolvimento acadêmico e social. Isso evita frustrações e dificuldades no aprendizado. Por isso, o acompanhamento oftalmológico regular é um investimento na saúde e no futuro nas crianças. É graças a um bom atendimento nessa fase da vida que a gente vai ter adultos enxergando bem e sem graves problemas.”

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Agencia Brasil

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Saúde

Alzheimer: como a doença afeta o corpo e o cérebro do ser humano?

Redação Informe 360

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A doença de Alzheimer é uma das condições neurodegenerativas mais desafiadoras da atualidade, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada pela perda progressiva das funções cognitivas, ela não apenas compromete a memória, mas também impacta o comportamento e a capacidade de realizar atividades diárias.

O Alzheimer, que representa cerca de 60% dos casos de demência, é uma condição complexa que envolve alterações profundas no cérebro, levando à morte neuronal e à deterioração do tecido cerebral.

Compreender como essa doença afeta o corpo e o cérebro é crucial para promover a conscientização e a busca por tratamentos eficazes. Entenda principais alterações que ocorrem no cérebro de pacientes com Alzheimer, seus efeitos no corpo e as implicações para a qualidade de vida dos afetados.

O que é Alzheimer?

A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente pessoas idosas. Ela se manifesta inicialmente com sintomas leves, como lapsos de memória e dificuldade em encontrar palavras, mas à medida que avança, pode levar à perda total da capacidade de comunicação e autonomia.

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imagem mostra uma ilustração digital de um cérebro realístico
Representação do cérebro humano moderno (Reprodução: Edit 4 Me/Shutterstock)

Os fatores que contribuem para o desenvolvimento do Alzheimer incluem genética, idade avançada e fatores ambientais.

Alterações cerebrais na Doença de Alzheimer

Degeneração Neuronal

No cerne da doença de Alzheimer está a degeneração neuronal, que resulta na morte das células nervosas. Essa degeneração é acompanhada por uma diminuição significativa do número de neurônios e sinapses no cérebro, especialmente nas áreas relacionadas à memória e ao raciocínio.

O hipocampo, uma região fundamental para a formação de novas memórias, é particularmente afetado.

Placas senis e emaranhados Neurofibrilares

Duas características principais da doença são as placas senis e os emaranhados neurofibrilares:

  • Placas Senis: formadas pelo acúmulo da proteína beta-amiloide, essas placas se depositam entre os neurônios, interferindo na comunicação celular e contribuindo para a morte neuronal;
  • Emaranhados Neurofibrilares: resultantes do acúmulo anormal da proteína tau dentro dos neurônios, esses emaranhados danificam o sistema de transporte celular, essencial para a sobrevivência dos neurônios.

Essas anomalias levam a um encolhimento progressivo do cérebro, afetando sua estrutura e função.

Impacto na comunicação neuronal

A doença de Alzheimer compromete a transmissão dos sinais elétricos entre os neurônios. Isso ocorre porque as células nervosas se tornam menos responsivas aos neurotransmissores, como a acetilcolina, que desempenha um papel crucial na memória e aprendizado.

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imagem mostra uma montagem que comparece um cérebro saudável com aquele que possui alzheimer
Imagem comparativa de um cérebro saudável, com o de um com Alzheimer (HypeScience/Reprodução)

A interrupção dessa comunicação resulta em dificuldades cognitivas significativas.

Leia também:

Efeitos físicos da doença

Declínio Funcional

À medida que o Alzheimer avança, os pacientes enfrentam um declínio funcional que afeta não apenas as capacidades cognitivas, mas também as funções físicas. Isso pode incluir:

  • Dificuldades Motoras: a perda de coordenação motora pode levar a quedas e lesões;
  • Problemas na Comunicação: a capacidade de se expressar verbalmente diminui, dificultando interações sociais;
  • Alterações Comportamentais: mudanças no humor e comportamento podem ocorrer, resultando em irritabilidade ou apatia.

Comprometimento da qualidade de vida

O impacto do Alzheimer na qualidade de vida é profundo. Pacientes frequentemente dependem de cuidadores para realizar atividades diárias simples.

imagem descreve diferentes remédios amontoados em comprimido, cápsula e pílulas
Remédios em comprimido, cápsulas e pílulas (Reprodução: @freestocks/Unsplash)

Isso não só afeta o paciente, mas também coloca uma carga significativa sobre os familiares e cuidadores.

Tratamento e manejo da doença

Atualmente, não existe cura para a doença de Alzheimer; no entanto, tratamentos estão disponíveis para ajudar a gerenciar os sintomas e retardar sua progressão. As abordagens incluem:

  • Medicamentos: fármacos como inibidores da acetilcolinesterase podem ajudar a melhorar os níveis de acetilcolina no cérebro;
  • Terapias Cognitivas: atividades que estimulam a mente, como leitura e jogos, podem ser benéficas para manter as habilidades cognitivas por mais tempo;
  • Suporte Familiar: o envolvimento da família é crucial no manejo da doença. Grupos de apoio podem oferecer recursos valiosos tanto para pacientes quanto para cuidadores.

Prevenção do Alzheimer

Embora não haja garantias contra o desenvolvimento do Alzheimer, algumas estratégias podem ajudar a reduzir o risco:

  • Estilo de Vida Saudável: dieta equilibrada e exercícios regulares são fundamentais;
  • Estimulação Mental: manter-se mentalmente ativo através de leitura ou aprendizado contínuo pode ser benéfico;
  • Socialização: interações sociais regulares ajudam a manter as funções cognitivas.

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