Negócios
Tecnologia em destaque e melhores salários: pesquisa mostra o que esperar do mercado em 2024


O setor de tecnologia ainda está em alta com a tendência da inteligência artificial – e com altos salários
O termo “IA”, sigla para “inteligência artificial”, foi considerado pelo dicionário Collins a palavra mais importante deste ano – e não à toa. A IA já transformou o mercado de trabalho e deve continuar relevante em 2024, automatizando tarefas rotineiras e impactando a criação de novos empregos com alguns dos maiores salários.
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Um arquiteto de machine learning, por exemplo, pode chegar a ganhar R$ 38 mil em uma grande empresa em São Paulo, segundo o guia salarial voltado para profissões de tecnologia da Adecco, consultoria global em recursos humanos. “Isso pode resultar na redefinição das estruturas salariais e na necessidade de transformação profissional”, observa Jorge Cruz, diretor da Adecco IT.
Veja o top 10 salários de TI*, segundo o Guia Salarial 2024:
- Diretor/Coordenador em Segurança da Informação (gestor) – R$ 40 mil
- COO (Chief Operations Officer) – R$ 40 mil
- Diretor de sistemas – R$ 40 mil
- Diretor/Coordenador em Segurança da Informação – R$ 36 mil
- Arquiteto de machine learning (gestor) – R$ 35 mil
- CIO (Chief Information Officer) – R$ 35 mil
- Diretor de Produtos – R$ 35 mil
- Diretor de dados – R$ 35 mil
- Diretor de operações – R$ 35 mil
- Diretor de sistemas (especialista) – R$ 35 mil
*Em empresas médias (51 a 749 funcionários) de São Paulo
O setor de tecnologia, em geral, continua em alta, puxado pela mais nova tendência da inteligência artificial, que exige habilidades como programação, análise de dados e gerenciamento de sistemas inteligentes.
Em relação aos salários mais elevados, destacam-se as seguintes áreas:
- Cyber Security
- Data Science
- BI (Business Intelligence)
- Big Data
Cruz ainda cita as altas remunerações de profissionais com cargos de liderança na área (um CTO ganha, em média, R$ 31,5 mil) e em posições como gestor de dados, tanto em níveis juniores (R$ 25 mil em uma grande empresa) quanto sêniores (R$ 35 mil).
Leia também
- Médicos, matemáticos, geólogos: veja as profissões mais bem pagas no Brasil
- Falta de profissionais em TI: o que as empresas precisam fazer para conseguir os melhores
E destaca a demanda por profissionais em cargos como:
- desenvolvedor Java;
- desenvolvedor Android;
- desenvolvedor iOS;
- engenheiro de software;
- analista de suporte;
- arquiteto de nuvem (Cloud Computing);
- operador de Service Desk;
- gerente de projetos de TI;
- gerente de desenvolvimento de sistemas; e
- arquiteto de software.
As posições são analisadas no estudo de acordo com as categorias das empresas (pequena, média e grande), por cidades (São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) e regiões (Centro Oeste, Sul, Norte e Nordeste).
Mas os salários dos cargos de tecnologia não apresentam grandes diferenças em relação à geografia. “A grande maioria dos profissionais de TI trabalha remotamente, o que contribui para uma ‘equidade’ no que diz respeito aos salários”, diz Cruz, da Adecco IT.
O mais determinante para os salários é o nível de especialidade e experiência dos profissionais em relação às tecnologias inovadoras e emergentes.
Centro de entrega de profissionais de TI
Apesar de apresentar um déficit de profissionais de TI, o Brasil se destaca como um centro de entrega de trabalhadores para atender empresas internacionais.
Existe uma demanda média de 159 mil profissionais por ano, mas o Brasil só forma em torno de 53 mil pessoas na área por ano. E esse gap também é observado em outros países, que contratam brasileiros para preencher as vagas – o país é o quinto com mais profissionais contratados globalmente.
Isso se deve a uma “taxa cambial favorável e fuso horário conveniente para atender às necessidades da Europa Ocidental e América do Norte”, segundo Cruz, além do nível educacional desses profissionais. Isso apesar dos desafios em relação ao domínio do inglês.
O modelo “Nearshore” permite a terceirização de serviços de TI em países próximos visando aproveitar essas facilidades e também a mão de obra mais barata do que se encontra localmente. “Essa estratégia oferece diversas vantagens, incluindo redução de custos, maior competitividade, agilidade e uma conexão mais próxima com o mercado global”, diz Cruz.
Essas oportunidades são interessantes para os profissionais em termos de salário e estabilidade. Segundo o estudo, diante das condições econômicas atuais, projetos de multinacionais costumam ser de mais longo prazo e mais estáveis que os locais no Brasil.
Principais tendências para além da tecnologia
O guia geral abrange todos os estados brasileiros e inclui informações sobre mais de 3.600 cargos. O estudo analisa o mercado atual e projeta as principais tendências para o próximo ano, apontando um aumento na demanda por profissionais qualificados em diversas áreas.
Veja os 10 cargos* com os maiores salários:
- Diretor de Administração Hospitalar – R$ 36.363,14
- CFO (Chief Financial Officer) – R$ 35.894,98
- CIO (Chief Information Officer) – R$ 35.000,00
- Diretor de Recursos Humanos – R$ 32.292,93
- CTO (Chief Technology Officer) – R$ 31.500,00
- Diretor de Logística – R$ 30.359,00
- Diretor Jurídico – R$ 29.121,04
- Diretor de E-commerce – R$ 27.759,05
- Diretor Administrativo – R$ 23.412,10
- Diretor de Negócio – R$ 23.398,24
*Em empresas médias (51 a 749 funcionários) de São Paulo
Profissionais com alta demanda
O estudo destaca a demanda por profissionais de engenharia, em áreas como construção de infraestrutura, modernização de redes elétricas, telecomunicações e aumento da produtividade industrial.
Entre as principais observações em relação ao último ano, há:
- crescimento de 90% nas posições disponíveis nas áreas comercial e de marketing;
- aumento de 25% das vagas no setor financeiro;
- valorização de profissionais de dados no marketing;
- aumento de 25% no volume de vagas para cargos de analistas e média gestão; e
- crescimento salarial médio de 15% para profissionais do setor de vendas técnicas, especialmente no mercado B2B.
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Negócios
12 Lições de um Mentalista Para Ler Pessoas e Alavancar Sua Carreira

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Talvez você já tenha visto o mentalista vencedor do Emmy, Oz Pearlman, em programas da TV americana como “America’s Got Talent” ou “60 Minutes”, impressionando o público com sua habilidade de “ler mentes”. No seu TED Talk, ele afirma que, mais do que isso, sua capacidade é de ler as pessoas. Segundo Pearlman, é possível impulsionar sua carreira usando algumas das técnicas desenvolvidas por ele para agir sob pressão, liderar e se comunicar. “O trabalho de um mentalista é entender como as pessoas pensam, sentem e tomam decisões”, afirma. “E esse é o mesmo trabalho que você faz todos os dias nos negócios, seja apresentando uma proposta, liderando uma equipe ou participando de uma entrevista.”
Como avançar na carreira lendo as pessoas
“As pessoas acham que ler mentes é impossível”, diz o mentalista. “Mas todo grande líder, negociador e comunicador faz isso, não por mágica, mas por consciência. Quando você entende as pessoas profundamente, para de reagir e começa a liderar.”
Segundo Pearlman, o mentalismo é sobre consciência – de si mesmo, dos outros e da energia de um ambiente. Ele explica como os mesmos hábitos que o tornam eficaz no palco podem ajudar qualquer profissional a aprimorar o foco, fortalecer a confiança e se comunicar com clareza. “Quando você domina isso, é capaz de entrar em qualquer situação, seja uma negociação, uma apresentação, uma performance, e saber exatamente como se conectar, influenciar e liderar.”
Essa é, inclusive, a base de seu novo livro, “Read Your Mind: Proven Habits for Success from the World’s Greatest Mentalist” (em português, Leia Sua Mente: Hábitos Comprovados de Sucesso do Maior Mentalista do Mundo).
Oz Pearlman compartilha 12 dicas para aplicar no dia a dia e avançar na carreira.
1. Aprimore sua capacidade de observação
A observação é a “sua vantagem oculta”. É também uma técnica usada por treinadores como Jon Gordon, consultor de times campeões da NFL e da NBA, para preparar jogadores para temporadas desafiadoras. “Assim que a dúvida surgir, perceba e anote, no papel ou no celular”, orienta Gordon. “Depois, ao lado dessas dúvidas, escreva palavras de encorajamento que você diria a alguém nessas mesmas condições. Isso é autodiálogo. Eu ensino as pessoas a falarem consigo mesmas em vez de apenas ouvirem a própria voz interna. Essas dúvidas não são você falando. Não ouça. Fale com você mesmo com incentivo.”
Pearlman recomenda prestar atenção ao que os outros ignoram – o tom de voz, a hesitação antes de um “sim”, a energia de uma sala. “Quando você consegue ‘ler o ambiente’, consegue também influenciar o resultado.”
2. Acredite para conquistar
“A primeira mente que você precisa ler é a sua”, afirma Pearlman. “Se você não acredita que merece o sucesso, suas ações sempre vão te limitar. Mas, quando realmente espera que as coisas deem certo, começa a agir como se já tivessem dado, e é isso que as pessoas percebem.”
3. Faça o medo da rejeição desaparecer
Segundo o mentalista, a resiliência é a moeda mais valiosa na carreira. “A rejeição nunca é pessoal, é preparação”, diz. “Cada ‘não’ te dá informações para o próximo ‘sim’. As pessoas que mais vencem são aquelas dispostas a ouvir mais ‘nãos’ ao longo do caminho.”
Ele lembra uma frase do lendário jogador de beisebol Babe Ruth: “Cada strike me aproxima do meu próximo home run.”
4. Foque nos outros
A empatia constrói influência mais rápido que a especialização, afirma Pearlman. “Todo mundo tenta ser interessante. O verdadeiro poder vem de ser interessado”, diz. “Quando você foca no que importa para o outro – ps objetivos, medos e pressões – cria conexão e influência de forma natural.”
5. Esqueça o amanhã, comece hoje
“O impulso começa no momento em que você age”, afirma. “A ação sempre vence a intenção. Não espere estar pronto: envie o e-mail, apresente a ideia, faça a ligação. Quando você se movimenta, o impulso toma conta, e isso gera confiança.”
6. Prepare o terreno a seu favor
A preparação é o maior impulsionador da confiança. “Antes de cada apresentação, eu ensaio todos os cenários possíveis – o que acontece se o truque falhar, se o público não reagir, se faltar luz”, conta. “Você pode fazer o mesmo antes de uma negociação ou apresentação. Quando já visualizou as partes difíceis, nada te abala.”
7. Não seja seu pior inimigo
“O diálogo interno define seus resultados externos”, diz Pearlman. “Sua voz interior pode ser cruel. Você nunca vai ter um desempenho melhor do que a história que conta a si mesmo. Antes de entrar em uma reunião, ouça o que está dizendo para si mesmo e reescreva o roteiro. A confiança começa nessa conversa interna.”
8. Peça ajuda
“Todo grande desempenho tem uma equipe por trás”, diz. “Tenho mentores, colaboradores e pessoas com quem troco ideias, e não tenho vergonha de pedir ajuda. As pessoas mais inteligentes na sala são aquelas que sabem quando fazer perguntas.”
9. Transforme fraquezas em forças
Para Pearlman, curiosidade é força, não fraqueza, e a autoconsciência transforma falhas em combustível. “Eu achava que minha necessidade de controle era um defeito”, confessa. “Mas essa obsessão me tornou disciplinado. Qualquer que seja o seu ‘defeito’, encontre a força dentro dele. A consciência transforma limitação em vantagem.”
10. Faça da memória seu superpoder
“Lembrar de detalhes cria lealdade instantânea”, afirma. “Lembre-se dos nomes das pessoas, do que elas gostam, das histórias que te contam. Isso não é só simpatia, é liderança. Quando alguém se sente lembrado, se sente valorizado, e isso gera confiança.”
11. Desarme com charme
Pearlman destaca que a autenticidade é a forma mais persuasiva de carisma. “Seja caloroso. Seja curioso. Seja humano”, aconselha. “Você não conquista as pessoas com performance, mas fazendo com que se sintam à vontade. Quando você as desarma com um charme genuíno, a influência vem naturalmente.”
12. Amarre tudo com uma boa história
“As pessoas se lembram de você por causa das histórias”, explica. “Fatos informam, mas histórias convencem. Quando você conecta emoção e lógica, não precisa convencer ninguém: elas mesmas se convencem. Seja liderando uma equipe ou apresentando uma ideia, conte uma história que faça as pessoas sentirem.”
O poder do mentalismo na carreira
Dominar sua própria mente é a base para dominar sua carreira. Quanto mais você entende seus próprios pensamentos e emoções, melhor consegue navegar pelos dos outros.
“Seja no palco, em uma sala de reuniões ou construindo sua trajetória, o segredo é o mesmo: Leia a si mesmo primeiro. Depois, leia os outros. E então responda com empatia e intenção. Isso não é mágica, é domínio da mente humana.”
Para Pearlman, o sucesso não está no controle, mas na conexão. E a maior vantagem profissional, segundo ele, é aprender a ver o mundo não pelos próprios olhos, mas pelos olhos dos outros. “É aí que você realmente começa a vencer e a avançar na carreira.”
Assista ao TED Talk de Oz Pearlman, A Arte de Ler Mentes
*Bryan Robinson é colaborador da Forbes USA. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.
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Negócios
Yuval Harari: “Se Você Não Tem Tempo, Você É Pobre”

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
“Bilionários e grandes empresários da tecnologia em lugares como o Vale do Silício têm medo de que, em parte por causa de suas próprias ações, o mundo logo viverá um apocalipse, uma terceira guerra mundial, um desastre ecológico, uma catástrofe artificial”, disse o historiador israelense e autor de best-sellers como “Sapiens”, Yuval Harari, durante o evento HSM+, em São Paulo, nesta quinta-feira (6). “Para sobreviver, eles estão construindo bunkers onde podem se esconder, mas ainda não sabem onde construir. Esse é um dos temas mais comentados em conversas privadas.”
O historiador provoca: “Então, deixe-me dizer onde construir seu ‘bunker do juízo final’: construa-o na sua mente.”
Segundo o autor de “Homo Deus”, “21 Lições para o Século 21” e “Nexus”, as ameaças enfrentadas pela humanidade hoje se movimentam na velocidade da luz e atacam nossas mentes antes mesmo de chegar aos nossos corpos. “O que todos precisamos é fortalecer a mente, e isso é especialmente importante para líderes, porque as decisões que você faz dentro do bunker, dentro da sua mente, mudam a vida de milhares e até milhões de pessoas.”
“Se sua mente está cheia de raiva e desconfiança, isso é o que você estará espalhando ao redor do mundo.”
Yuval Harari
Para isso, é preciso investir tempo – o maior luxo da atualidade. “Essa é uma tarefa que você não pode delegar a um assistente e não pode resolver com dinheiro. Você não pode mandar a sua mente para a lavanderia; tem que limpá-la sozinho. Seja com terapia, meditação ou fazendo uma trilha na floresta, sempre leva tempo.”
Enquanto os algoritmos ditam as conversas e a inteligência artificial assume cada vez mais funções, os humanos têm tentado acompanhar o ritmo das máquinas. “Como todos os animais e plantas, nós vivemos por ciclos: dia e noite, verão e inverno, atividade e descanso. Se você mantiver um organismo ocupado o tempo todo, sem descanso, ele eventualmente vai colapsar e morrer”, disse o historiador. “Os algoritmos, por outro lado, não são orgânicos. Eles não funcionam por ciclos, eles não precisam de tempo para descansar, não têm famílias, não tiram férias.”
Nesse novo mundo em que os algoritmos tomam conta – desde os bancos até a política –, nós, humanos, também não desligamos. “Se você tenta descansar, parece que está ficando para trás.”
Isso vale especialmente para as lideranças. Depois de conhecer grandes líderes empresariais e políticos, Harari encontrou muitas diferenças entre eles, mas um ponto em comum: “Quase todos não têm permissão para descansar. Eles não têm tempo. E isso faz deles muito pobres.”
“Se você não tem tempo, você é pobre. Não importa quanto dinheiro você tem. Porque a verdadeira moeda da vida é o tempo.”
Yuval Harari
Na sua visão, algumas das pessoas mais ricas e poderosas do mundo são extremamente pobres. “Eles não conseguem descansar, meditar, ler um livro ou caminhar. Eles não têm tempo para cuidar de suas mentes”, disse. “Isso não é bom para eles, e certamente não é bom para a sociedade humana ser liderada por pessoas com mentes perturbadas e sem tempo para relaxar.”
Harari fechou sua palestra com um chamado para os líderes: “Não somente pelo seu próprio bem, mas também pelo da sociedade, encontrem tempo para cuidar das suas mentes.”
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Negócios
Brasil Lidera com os Maiores Salários de Tecnologia da América Latina

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Os salários pagos no Brasil são, em média, os mais altos da América Latina, e ocupam a 11ª posição em um ranking global da Deel, multinacional de recursos humanos, entre os 15 países que melhor representam a presença e a atuação da companhia em diferentes regiões. O levantamento, em parceria com a plataforma de gestão de equity Carta, analisou tendências salariais com base em mais de 1 milhão de contratos ativos em cerca de 150 países.
No Brasil, a média salarial anual entre as profissões em alta demanda analisadas – especialistas em IA, desenvolvimento de software, computação em nuvem, dados e cibersegurança – é de US$ 67 mil (R$ 360 mil, na cotação atual). Supera com folga outros países da região, como México (US$ 48 mil), Argentina (US$ 42 mil) e Colômbia (US$ 37 mil). “A maioria das pessoas empregadas pela Deel, no Brasil, trabalha para empresas estrangeiras e tem mais chances de ser remunerada em dólares, o que não ocorre com os brasileiros que trabalham para empresas locais”, afirma Jessica Pillow, head de compensação global da Deel.
Demanda por profissionais de tech eleva os salários globais
Além disso, o desempenho brasileiro é impulsionado pela alta concentração de profissionais qualificados nessas áreas em alta demanda, com salários acima da média regional. O relatório destaca que funções ligadas à IA, cibersegurança e ao marketing digital pagam, em média, de 20% a 25% acima da média global, reflexo da escassez de talentos e da disputa por especialistas nesses campos. “Também há um movimento crescente de pacotes de compensação que incluem equity e benefícios mais competitivos, aumentando o valor total percebido pelos profissionais”, explica a executiva.
Outro estudo, da consultoria global de gestão Bain & Company, que entrevistou profissionais dos Estados Unidos, da Alemanha, Índia, Reino Unido e Austrália, reforça que a pressão por especialistas em tecnologia tem elevado os salários globalmente. Desde 2019, a remuneração média em funções ligadas à IA cresce cerca de 11% ao ano, chegando a 56% em cargos mais especializados.
E a expectativa, segundo Pillow, é de que essa tendência se intensifique. “Para 2026, observamos uma valorização acelerada de carreiras ligadas à IA, cibersegurança e dados, que devem continuar elevando a média salarial.”
Onde está o Brasil entre os maiores salários do mundo
Com salários médios anuais de US$ 150 mil (R$ 807 mil) e US$ 121 mil (R$ 651 mil), respectivamente, Estados Unidos e Canadá ocupam o primeiro e o segundo lugar no ranking global de salários da Deel. O Brasil está bem distante desse pódio. “A equiparação com EUA e Canadá enfrenta barreiras estruturais”, explica Pillow. “O custo médio de capital humano e a produtividade por setor ainda diferem, o ecossistema de investimentos e remuneração via equity é menos maduro em muitos segmentos, e fatores fiscais e regulatórios elevam o custo total de contratação.”
O mercado brasileiro tem grande oferta de profissionais para funções menos especializadas, o que comprime a média salarial. Ao mesmo tempo, posições altamente qualificadas seguem disputadas globalmente, com remunerações muito superiores. “Essas lacunas tendem a persistir enquanto não houver maior produtividade setorial, incentivos ao capital e escala de empresas capazes de pagar salários mais altos.”
A seguir, veja as médias salariais anuais por país
- 1. Estados Unidos: US$ 150 mil
- 2. Canadá: US$ 121 mil
- 3. Grã Bretanha: US$ 117 mil
- 4. Países Baixos: US$ 101 mil
- 5. Dinamarca: US$ 100 mil
- 6. Austrália: US$ 98 mil
- 7. Polônia: US$ 93 mil
- 8. Espanha: US$ 87 mil
- 9. Singapura: US$ 86 mil
- 10. França: US$ 82 mil
- 11. Brasil: US$ 67 mil
- 12. México: US$ 48 mil
- 13. Argentina: US$ 42 mil
- 14. Colômbia: US$ 37 mil
- 15. Índia: US$ 22 mil
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