Ligue-se a nós

Negócios

O RH ganha poder: salários e cargos estão subindo, mostra estudo de Stanford

Redação Informe 360

Publicado

no

Divulgação/Bayer

Erica Barbagalo, vp de Recursos Humanos na Bayer no Brasil, é exemplo de profissional que veio de outro setor (jurídico) para o RH

Uma análise feita por professores da Universidade de Stanford em cima dos registros da SEC (a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) ao longo das últimas três décadas, indicou um aumento significativo no número de líderes de Recursos Humanos (nas maiores empresas nos Estados Unidos) com a palavra “chief” no título – além de mais números nos salários e da influência que acompanham esse título.

Desde tentar manter as pessoas saudáveis durante uma pandemia global até lidar com as diferentes expectativas em torno do trabalho híbrido, o cotidiano das pessoas que ocupam a liderança de recursos humanos ficou mais difícil, mas também mais poderoso. Incluindo aí gerir a “Great Resignation” (funcionários pedindo demissão em 2022), as demissões em massa de 2023 e tudo o mais.

Essas questões – bem como uma maior amplitude de responsabilidades e a rotação de executivos de negócios no cargo –, são algumas das razões pelas quais os líderes de RH, de acordo com um nova análise feita por pesquisadores da Universidade de Stanford, estão vendo cargos mais importantes e contracheques muito mais altos nas últimas três décadas, aproximando-se finalmente do salário de seus pares do alto escalão.

Anúncio
  • Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Salários do RH aumentaram

A análise dos dados dos registros da CVM norte-americana, que os pesquisadores compartilharam publicamente na semana passada e deve servir de base para a publicação de um artigo, conclui que o salário dos diretores de RH, que permanecem predominantemente mulheres, saiu de cerca de 40% do que outros membros das vice-presidências e diretorias ganhavam em 1992 para 70% do salário dos seus pares em 2022, diminuindo a diferença em um terço. O degrau ainda existe, mas está menor.

Leia mais:

Dentro das empresas que fazem parte do índice S&P 1500, que indica as maiores nos Estados Unidos, a quantidade de empresas que têm um executivo de RH entre os cinco mais bem pagos aumentou de 0,5% (sete empresas) para 13% (195 empresas) em 2022. Na Intuit, por exemplo, a diretora de pessoas e locais Laura Fennell recebeu compensação avaliada em US$ 13,2 milhões em 2023 (R$ 65 milhões). Na Uber, a diretora de pessoal Nikki Krishnamurthy, recebeu remuneração no valor de US$ 7,2 milhões (R$ 35 milhões) em 2022.

Cargos mais poderosos

Os pesquisadores, o professor Nicholas Bloom e o pesquisador de pós-doutorado Mert Akan, também observaram uma mudança no nome dos cargos que esses executivos ocuparam nos últimos 30 anos. Muitos ganharam o título de “chief”, especialmente na última década. “Não estou surpreso”, diz Bloom, economista que há muito estuda questões de trabalho remoto. “Se você voltar aos anos 90, RH envolve muito compliance, pensões e folha de pagamento. Agora ficou muito mais complicado. Trabalhar em casa é possivelmente a maior [questão], mas o DEI (Diversidade e Inclusão) é outra grande questão. Depois, há a pandemia. Todas essas coisas envolvem estratégia, relações públicas, produto. Você tem que ter alguém no topo que não seja apenas um executor.”

Leia também:

No entanto, a grande mudança nos salários também é provavelmente explicada por dois outros fatores. Com a crescente complexidade da função – e a crescente importância do capital humano para os CEOs – cada vez mais executivos estão mudando para cargos de alto nível de RH, mesmo aqueles que construíram suas carreiras administrando unidades de negócios, operações ou outras partes da empresa. Ou seja, não são apenas pessoas que fizeram carreira em recursos humanos.

A CEO da General Motors, Mary Barra, que foi executiva de RH entre a gestão da engenharia de produção global e o desenvolvimento global de produtos, pode ser o exemplo mais famoso dessa transição.

Anúncio

Larry Emond, sócio sênior da Modern Executive Solutions, uma empresa de consultoria de talentos, afirma que a sua própria análise das maiores empresas globais revela que cerca de um terço dos atuais CHROs passaram toda a sua carreira nesta função. “A maioria eram líderes de outros departamentos e, em algum momento ao longo do caminho, ingressaram no RH”, diz Emond, observando que cerca de 10% nunca passaram pela área antes de se tornarem CHROs.

Salário anual nos EUA é de US$ 1 milhão

À medida que as empresas continuam a enfrentar escassez de talentos em muitas áreas, diz Emond, os CEO devem dar mais a dar peso à função e escolhem para ela pessoas com experiência mais ampla. “A questão da oferta de trabalho continuará a elevar o RH como a solução para um grande problema”, diz. O consultor observa que, entre as buscas atuais por executivos de RH nos Estados Unidos, a remuneração anual em dinheiro nas grandes empresas é sempre de, pelo menos, US$ 1 milhão (R$ 5 milhões). E muitos têm grandes pacotes de ações além disso. “Houve dias em que os problemas relativos a pessoas eram uma questão secundária. Mas esse tempo acabou.”

Emond, que reúne regularmente pequenos grupos de CHROs, diz que outro fator que impulsiona o salário é que um número crescente têm responsabilidades mais amplas, como liderar o marketing ou compliance. A lista de 2023 dos líderes de RH mais bem pagos, publicada pela empresa de pesquisa Equilar, descobriu que entre os 10 mais, a remuneração média foi de US$ 7,1 milhões (R$ 35,5 milhões). Entre eles, estão diretores de RH que também supervisionaram comunicação, área jurídica ou mesmo transformações corporativas, além de liderarem o setor de recursos humanos. (Danielle Kirgan, na Macy’s, tem o cargo de diretora de transformação e Recursos Humanos.)

Bloom diz acreditar que o aumento do poder do RH pode significar que aqueles que passam algum tempo no cargo terão melhores chances de ocupar o cargo de CEO, ou pelo menos ajuda a aumentar sua importância no alto escalão. “Pude ver um momento em que as três primeiras posições, em ordem de importância, são CEO, CFO e CHRO.”

Anúncio

O post O RH ganha poder: salários e cargos estão subindo, mostra estudo de Stanford apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Continuar Lendo
Anúncio

Negócios

Entenda Medida Que Altera Regras para Vales-Alimentação

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

O decreto que moderniza o PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) foi assinado na terça-feira (11) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida atualiza regras do sistema de vale-alimentação e vale-refeição, com o objetivo de ampliar a transparência, a concorrência e a integridade no setor.

As mudanças beneficiam mais de 22 milhões de profissionais, que terão maior liberdade de escolha e melhor aceitação dos cartões. O decreto também traz equilíbrio para empresas e estabelecimentos, garantindo que os recursos sejam usados exclusivamente para alimentação.

Criado em 1976, o PAT é a política pública mais antiga do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e deve completar 50 anos em 2026. O programa conta com 327 mil empresas cadastradas e alcança 22,1 milhões de trabalhadores em todo o país.

Entre as novidades, o decreto estabelece limites para taxas cobradas pelas operadoras: a taxa máxima dos estabelecimentos (MDR) será de 3,6%, e a tarifa de intercâmbio terá teto de 2%. Também reduz o prazo de repasse dos valores aos estabelecimentos para até 15 dias corridos, e determina que, em até 360 dias, qualquer cartão do programa funcione em qualquer maquininha de pagamento — medida que garante interoperabilidade entre bandeiras.

Anúncio

Em um vídeo postado nas redes sociais, o presidente Lula disse que as novas regras serão vantajosas para supermercados, padarias e demais estabelecimentos que usam o sistema.

“É bom para os restaurantes grandes, pequenos e médios. É bom para as padarias grandes, pequenas e médias. É bom para quem vende hortifruti, ou seja, para quem vende fruta nesse Brasil inteiro. É no Brasil inteiro que estamos falando. Se é bom para todo mundo, é bom para o trabalhador também. E se é bom para o trabalhador, é bom para o Brasil, é bom para todos nós”, afirmou.

Os sistemas de pagamento com mais de 500 mil trabalhadores deverão ser abertos em até 180 dias, o que amplia a concorrência e reduz a concentração de mercado. O decreto também proíbe práticas abusivas, como descontos, benefícios indiretos e vantagens financeiras que não estejam relacionadas à alimentação.

De acordo com o MTE, as mudanças fortalecem a fiscalização e evitam distorções contratuais, promovendo um ambiente mais justo e previsível. O Comitê Gestor Interministerial do PAT será responsável por definir parâmetros técnicos e disciplinar as regras do sistema.

Anúncio

Para os trabalhadores, o novo decreto garante manutenção integral do benefício e uso exclusivo para alimentação. Para os estabelecimentos, amplia a rede de aceitação e melhora o fluxo de recebimentos. Já as empresas beneficiárias terão mais segurança jurídica e previsibilidade de custos.

Principais mudanças

Limites máximos para as taxas cobradas pelas operadoras

A taxa cobrada dos estabelecimentos (MDR) não poderá ultrapassar 3,6%. A tarifa de intercâmbio terá teto de 2%, sendo vedada qualquer cobrança adicional. As empresas terão 90 dias para se adequar a essas regras.

Interoperabilidade plena entre bandeiras

Em até 360 dias, qualquer cartão do programa deverá funcionar em qualquer maquininha de pagamento, com a implantação da interoperabilidade plena entre bandeiras. Essa medida amplia a liberdade de escolha de empresas, trabalhadores e estabelecimentos.

Redução do prazo de repasse financeiro

O repasse aos estabelecimentos deverá ocorrer em até 15 dias corridos após a transação — norma que entra em vigor em até 90 dias. Atualmente, restaurantes e similares recebem os valores 30 dias após as transações.

Anúncio

Abertura dos arranjos de pagamento

Sistemas com mais de 500 mil trabalhadores deverão ser abertos em até 180 dias, de maneira que quaisquer facilitadoras que observarem as regras da bandeira poderão participar do arranjo. Isso amplia a concorrência e reduz a concentração de mercado, uma vez que, no arranjo fechado, as funções de instituidor, emissor e credenciador podem ser exercidas pela mesma empresa.

Regras de proteção

Proibição de práticas comerciais abusivas, como deságios, descontos, benefícios indiretos, prazos incompatíveis com repasses pré-pagos e vantagens financeiras não relacionadas à alimentação. Essas regras têm vigência imediata, assim como a obrigação das empresas beneficiárias de orientar os trabalhadores e cumprir todas as normas do programa.

O post Entenda Medida Que Altera Regras para Vales-Alimentação apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo

Negócios

Rendanheyi: O Modelo Chinês Que Transforma Funcionários em Empreendedores

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

O chinês Zhang Ruimin transformou uma pequena fábrica de refrigeradores em Qingdao, província de Shandong, em uma empresa global em apenas uma geração. Conhecido como um dos principais líderes empresariais do mundo, fez da Haier uma “gigante dos eletrodomésticos” que ocupa o primeiro lugar em volume de vendas globais por marca há 16 anos consecutivos.

Ele atribui o sucesso ao seu modelo de gestão, conhecido como “Rendanheyi”, que busca posicionar os funcionários como empreendedores e conectar o valor criado para os clientes com o valor recebido pelos colaboradores. Na prática, ele transforma a empresa em um ecossistema de microempresas autogeridas, em que cada funcionário atua como um empreendedor focado na criação de valor direto para o usuário.

Nos últimos anos, o modelo voltou a ganhar destaque internacional. Em 2023, Zhang recebeu o Lifetime Achievement Award (Prêmio de Contribuição Vitalícia) do ranking global Thinkers50, que lista os pensadores de gestão mais influentes do mundo. O modelo também foi estudado pela Harvard Business School, reforçando seu reconhecimento acadêmico.

Zhang também já foi condecorado com uma das mais altas honrarias da República de San Marino, a Ordem de São Agata, e o modelo “Rendanheyi” ganhou centros de pesquisa em 15 países, incluindo o Japão.

Anúncio

“Um modelo de gestão feito para a era da IoT”

Durante o evento de inauguração do centro japonês, em Tóquio, Zhang declarou: “O modelo Rendanheyi é o mais adequado para a era da Internet das Coisas (IoT).”

Cerca de 100 executivos e pessoas da área de gestão lotaram o local e ouviram seu discurso apaixonado sobre o futuro das organizações por 45 minutos.

A ideia é que todos os funcionários são vistos como empreendedores e focados em agregar valor ao cliente da maneira mais rápida possível. O modelo de “Pessoal Integrado” subverte a sabedoria convencional, com “distância zero dos usuários, zero aprovações e, portanto, zero estoque”.

Zhang propôs essa filosofia pela primeira vez em setembro de 2005, 20 anos atrás. Para entender o contexto do surgimento desse modelo, precisamos analisar um pouco mais a fundo a história da Haier.

Anúncio

Da beira da falência à liderança global

Em 1984, Zhang tornou-se gerente da fábrica principal de refrigeradores de Qingdao, antecessora da Haier. Ele introduziu tecnologia de fabricação da Alemanha e métodos de controle e gestão de produção do Japão, e liderou a fábrica local, que estava à beira da falência, rumo à recuperação e rápida expansão.

No início dos anos 2000, a Haier já havia se tornado uma das empresas líderes da China, mas, naquela época, sofria da chamada “doença das grandes empresas”. À medida que a organização se expandia, enfrentava o problema de se distanciar cada vez mais de seus clientes.

À medida que uma organização cresce, o número de cargos também aumenta. Zhang sempre sentiu que muitos funcionários não conseguiam demonstrar as capacidades compatíveis com os cargos que ocupavam.

Ele mesmo começou sua carreira como operário de fábrica, mas galgou posições até se tornar gerente aos 35 anos. A partir dessa experiência, acreditava que “todo funcionário tem algum tipo de talento, e esse talento pode definitivamente ser desenvolvido”.

Anúncio

“Há algo mais importante para os funcionários do que dinheiro. É ter seus talentos reconhecidos e valorizados. Não é o chefe que revela os talentos dos funcionários; são os clientes.”
Zhang Ruimin

Assim nasceu o conceito Rendanheyi. Quando esses elementos se alinham, os valores do funcionário, do cliente e da empresa se maximizam.

O post Rendanheyi: O Modelo Chinês Que Transforma Funcionários em Empreendedores apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Negócios

A nova arte de vender

Redação Informe 360

Publicado

no

Vender é uma arte antiga, mas que mudou completamente. No universo B2B, especialmente na venda de serviços de alto valor, o que realmente importa não é a transação, e sim a relação.

Em um mundo saturado de discursos, criar valor significa escutar genuinamente, compreender e se conectar com o outro. As vendas mais transformadoras raramente acontecem em uma reunião formal, mas nascem das conversas informais, de um café, de um almoço ou de um encontro entre amigos. É nesses momentos que as pessoas se desarmam e revelam seus desafios, suas dores e sonhos. Quando há conexão verdadeira, os negócios fluem de forma natural. A melhor venda é, muitas vezes, a que não parece uma venda.

Muitos ainda acreditam que, para pertencer a certos círculos de negócios, é preciso adotar códigos rígidos, como o carro, o relógio e a roupa certos. Isso pode até ajudar a abrir portas, mas não cria vínculos reais. O que conecta de verdade é autenticidade.

Quando me tornei CEO aos 34 anos, mantive meu jeito simples de me vestir: camiseta e calça jeans. No começo, muita gente estranhava, mas logo perceberam que aquele era o meu jeito, minha identidade. E respeitaram. Imagem é importante, mas, na construção de relacionamentos, ela vai além da estética: trata-se de coerência entre quem somos e o que fazemos.

Anúncio

Meu mentor, Daniel Castanho, costuma dizer que o contrário de se encaixar é pertencer. E é isso que as pessoas e as organizações buscam hoje: pertencimento. Para isso, é preciso criar ambientes seguros, onde a confiança e a escuta permitam que os elos verdadeiros se formem.

Na HSM, Singularity Brazil e Learning Village, acreditamos profundamente nessa autenticidade, em criar conexões genuínas que inspiram e transformam. Nossos programas não são apenas cursos; são pontos de encontro, lugares de conexão entre participantes e professores, que vão muito além da sala de aula. É nas conversas espontâneas que surgem as melhores ideias e parcerias.

Vivemos tempos de modismos e pasteurização, mas a originalidade continua sendo o que nos diferencia. Quando ela é sustentada por repertório, empatia e conexão, gera legitimidade. Em tempos de inteligência artificial, o que permanece insubstituível é o fator humano. A confiança não se automatiza. E é nela que toda relação, e toda venda de verdade, começa e se sustenta.

*BrandVoice é de responsabilidade exclusiva dos autores. 

Anúncio

O post A nova arte de vender apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Em Alta