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Dia do Amigo: como fazer amizades no escritório e no trabalho remoto

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

Ter bons relacionamentos no ambiente de trabalho – desde colegas mais distantes a amigos íntimos – ajuda a saúde mental e o bem-estar, além de impulsionar sua carreira.

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O trabalho é um dos melhores lugares para fazer amigos, criar vínculos e melhorar as interações que contribuem para sua realização pessoal.

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Mas os ambientes de trabalho de hoje podem dificultar a criação e manutenção dessas conexões. Se você trabalha em modelo remoto ou híbrido, pode perder seus colegas de vista. E vai precisar ser intencional se quiser nutrir amizades e encontrar o equilíbrio certo no desenvolvimento de confiança e intimidade.

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Quando as pessoas se conectam com os colegas de trabalho, se sentem menos sozinhas, ansiosas, esgotadas e estressadas

Provavelmente você precisa de mais amigos

Cerca de 69% das pessoas estão insatisfeitas com suas conexões sociais no trabalho, e 43% não se sentem conectados com os colegas, de acordo com uma pesquisa da empresa de consultoria e treinamento profissional BetterUp. Quase 40% dizem que não confiam nos colegas de trabalho, e 22% não têm nem mesmo um amigo no trabalho.

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Mas 50% das pessoas querem ter mais conexões e estariam dispostas a abrir mão de salário ou de progresso na carreira para ter laços mais fortes com os outros no trabalho.

Ter amigos importa – e muito. Na verdade, ter alguns amigos próximos tem tanto impacto na saúde quanto fumar. E é ainda mais importante do que dieta ou exercício em seus efeitos sobre a saúde mental, demência, câncer, doenças cardíacas e pressão arterial, de acordo com uma pesquisa conduzida pela professora Julianne Holt-Lunstad, da universidade americana Brigham Young.

Os benefícios das amizades no trabalho

Mas será que é bom ter amigos no trabalho? Na verdade, é uma ótima ideia. Quando as pessoas estão mais conectadas com os colegas, se sentem menos sozinhas, ansiosas, esgotadas e estressadas, com base nos dados da BetterUp.

Os respondentes da pesquisa tiveram aumento de 91% no crescimento pessoal e de 101% no profissional. Isso provavelmente ocorre porque os amigos te ajudam a se sentir valorizado, mas também podem fornecer orientações, feedback e validação, e, portanto, você pode aprender com eles.

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Quando você tem um alto nível de confiança e cuidado com os colegas, eles podem dar dicas sobre novas funções que estão surgindo, assim como informações sobre o que um departamento pode estar procurando em um candidato. Os amigos podem te defender para pessoas importantes, contribuindo para melhorar sua credibilidade e reputação.

Embora as amizades no trabalho possam te ajudar a progredir na carreira, você não deve criar relacionamentos apenas para seu benefício próprio. Faça amigos porque você gosta e valoriza os outros e porque deseja ajudá-los também.

Poucos e bons

Curiosamente, você não precisa de muitos amigos no trabalho para ter esses benefícios. Quando as pessoas tinham boas relações com apenas cinco amigos no trabalho, já se sentiam conectadas. Com sete, tinham uma sensação de pertencimento, segundo a pesquisa da BetterUp.

Esse sentimento tem a ver com identidade e propósito compartilhados. O trabalho te dá a oportunidade de trabalhar com outros em objetivos, metas e projetos conjuntos.

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Cultive conexões com as pessoas com quem você está trabalhando de perto. Procure aqueles que te entendem e reconhecem seus esforços. Além disso, aproxime-se daqueles que podem te ajudar, e faça o mesmo por eles. Quando você tem esse tipo de reciprocidade, sentirá mais confiança e maior capacidade de se expressar, e é provável que sinta um nível mais alto de satisfação, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Emotion.

Gostos comuns

Embora seja verdade que os opostos se atraem, é mais verdade que você tende a construir relacionamentos mais fortes com base em semelhanças.

Pesquisas do renomado psicólogo Robin Dunbar mostram que as amizades são construídas sobre sete pilares, incluindo a maneira como você fala, interesses e hobbies, visões religiosas, crenças morais, senso de humor, gosto musical e paixões profissionais. Quanto mais desses você compartilhar com alguém, é mais provável que tenha uma amizade profunda e duradoura.

Estatisticamente, engenheiros tendem a ter mais amigos engenheiros, e advogados tendem a ter mais amigos advogados – e assim por diante. Acontece que as escolhas profissionais podem dizer muito sobre a personalidade de alguém. Pessoas com certas características e talentos tendem a gravitar em torno de campos parecidos – e essa semelhança também ajuda a impulsionar seus relacionamentos no trabalho.

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O ambiente ajuda

O trabalho também é um lugar especialmente bom para fazer amigos e manter relacionamentos devido ao fluxo de trabalho e à maneira como ele influencia as interações.

Ver as pessoas regularmente e estar em contato próximo é um dos impulsionadores mais significativos de relacionamentos. Além disso, com o viés de familiaridade, tendemos a ser mais receptivos àqueles com quem estamos mais acostumados. O trabalho proporciona contato frequente e uma cadência de interações que nos ajuda a conhecer e nos sentir confortáveis com as pessoas.

Além disso, o ambiente do escritório permite que você faça suas tarefas enquanto circula socialmente. Também dá a oportunidade de viver momentos de altos e baixos com os colegas. Você pode comemorar quando ele está no topo do mundo ou apoiar seu colega que está com alguma dificuldade.

Aproveite tudo o que o trabalho oferece para criar laços. Seja intencional, focado e presente com os colegas – pessoal ou virtualmente. Faça perguntas, veja se estão trabalhando em um projeto difícil, convide-os para um café ou almoço (ou uma conversa virtual). Ouça e ofereça empatia e apoio.

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Aproveite todos os tipos de relacionamentos

Você vai ter diferentes tipos de amizades com colegas de trabalho ao longo da carreira.

Você pode se beneficiar do colega que “te conhece desde sempre”. Essa é a pessoa com quem você tem uma longa história. Juntos, vocês sobreviveram a um chefe terrível ou a um projeto muito difícil. Vocês podem não se ver com frequência, mas se conectam imediatamente sempre que se encontram, compartilhando histórias e experiências.

Valorize também o amigo que é muito diferente de você. Procure a pessoa que trabalha em outro país, fala uma língua diferente ou está em um tipo de trabalho muito diferente.

Procure um amigo que ofereça um porto seguro, alguém com quem você possa relaxar, reclamar, ficar triste ou ter um dia ruim. É importante ter uma ou duas pessoas para recorrer se as coisas estiverem realmente difíceis.

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Tenha também o amigo que te desafia. Você cresce mais quando recebe feedbacks difíceis e sugestões para melhorar. Encontre o amigo que tem os melhores interesses e vai te empurrar para o crescimento.

Valorize os laços frouxos – as pessoas que você não conhece bem, mas com quem pode iniciar uma conversa e pedir opiniões ou informações. Estatisticamente, são o grupo mais propenso a te conectar com sua próxima grande oportunidade.

Encontre o equilíbrio certo

Ao mesmo tempo em que cultiva e mantém relacionamentos no trabalho, você deve ser criterioso sobre o quanto compartilhar com amigos de trabalho, para não falar demais muito cedo ou criar desconforto no relacionamento.

Pode haver desvantagens nas amizades no trabalho se o relacionamento não for recíproco. Por exemplo, se você se abrir demais com alguém e ainda não tiver construído confiança, o relacionamento pode ficar estranho. Ou se você pedir ajuda a alguém que mal conhece, pode parecer interesseiro.

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Cerca de 39% das pessoas se sentem próximas de colegas no trabalho. Além disso, 50% dizem que têm relacionamentos amigáveis no trabalho, mas não os consideram amigos. Para 11%, os relacionamentos são estritamente profissionais e não entram na amizade, de acordo com a BetterUp.

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Você precisará decidir quanta proximidade deseja ter com os outros e se está buscando verdadeiros amigos ou simplesmente um ambiente amigável no trabalho.

Vá com calma, não fale demais e veja o quanto eles se abrem com você. As interações tendem a se construir ao longo do tempo e a confiança se aprofunda à medida que cada pessoa se abre cada vez mais com o quanto se sente confortável em compartilhar.

Faça o investimento

Em geral, sua felicidade, bem-estar e realização vão aumentar quando você tiver bons relacionamentos no ambiente de trabalho.
Os colegas não precisam necessariamente ser seus melhores amigos, se encontrar fora do trabalho ou compartilhar segredos, mas é importante valorizar aqueles com quem você trabalha e receber o apreço deles, e vice-versa.

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Recorde de Ocupação: 1 em Cada 4 Idosos Trabalhava em 2024

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Cerca de 8,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais estavam trabalhando em 2024. Com esse contingente, o Brasil alcançou o recorde no nível de ocupação desse grupo etário, desde que o levantamento começou, em 2012.

Dos 34,1 milhões de idosos, um em cada quatro (24,4%) estava ocupado no ano passado.

A revelação faz parte do levantamento Síntese de Indicadores Sociais, divulgado nesta quarta-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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Desde 2020, cresce o nível de ocupação de idosos:

  • 2020 – 19,8%
  • 2021 – 19,9%
  • 2022 – 21,3%
  • 2023 – 23%
  • 2024 – 24,4%

Reforma da previdência

A analista do IBGE Denise Guichard Freire, responsável pelo capítulo, aponta que, além do aumento da expectativa de vida, a reforma da previdência, promulgada em 2019, é uma das explicações para o ganho de ocupação. “É um dos fatores que levam as pessoas a ter que trabalhar mais tempo, a contribuir mais tempo para conseguir se aposentar”, afirma.

O estudo mostra que a taxa de desocupação – popularmente conhecida como taxa de desemprego – dessa população foi de 2,9% em 2024, a menor da série histórica do IBGE. Para efeito de comparação, o desemprego do total da população era de 6,6% no ano passado.

Ao dividir por idades, o IBGE identifica que no grupo de 60 a 69 anos, 34,2% estavam ocupados. Quase metade (48%) dos homens trabalhavam. Entre as mulheres, eram 26,2%.

Já no grupo com 70 anos ou mais, a ocupação era reduzida a 16,7%. Entre os homens, 15,7%. No grupo das mulheres, 5,8%.

Maioria dos idosos é autônoma ou empreendedora

O IBGE apurou informações de como é a atuação dos idosos no mercado de trabalho. Mais da metade deles (51,1%) trabalhava por conta própria (43,3%) ou como empregador (7,8%).

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Para efeito de comparação, na população ocupada como um todo, conta própria e empregadores somam apenas 29,5% dos trabalhadores.

No conjunto da população, a forma de atuação mais comum é como empregado com carteira assinada (38,9% dos trabalhadores). Entre os idosos, apenas 17% tinham essa condição.

Rendimento

Ao analisar os dados de rendimento, o IBGE identificou que os idosos receberam R$ 3.561 mensalmente, em média, superando o valor do conjunto da população com 14 anos ou mais de idade (R$ 3.108). Isso significa que os idosos ganharam 14,6% mais.

Já em relação à formalização, as pessoas com 60 anos ou mais ficam em desvantagem em relação ao total dos trabalhadores. A taxa do país era de 59,4% dos ocupados. No grupo dos idosos, 44,3%.

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O IBGE considera informais empregados sem carteira assinada, e trabalhadores por conta própria e empregadores que não contribuem para a previdência social.

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Guia dos MBAs: Como Escolher o Melhor Curso para a Sua Jornada Profissional

Redação Informe 360

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Antes de decidir se você vai fazer ou não um MBA, conheça a carreira do CFO da Vale, Marcelo Bacci. Ele estudou administração de empresas na FGV, em São Paulo, e, ao se formar, sonhava com o mercado financeiro. Entrou no antigo Unibanco e, em 1998, aos 28 anos, Bacci conseguiu uma bolsa de estudos pela empresa para fazer um Master of Business Administration em outra prestigiada universidade, a americana Stanford, na Califórnia.

“Fui no boom da internet, momento da criação do Google, em que poucos brasileiros iam estudar MBA fora do Brasil”, relata Bacci, que passou dois anos em um MBA imersivo na universidade do Vale do Silício. “O Mercado Livre, por exemplo, foi criado por pessoas que estavam na minha classe”, comenta, com orgulho.

Bacci também tem motivos para orgulhar-se. Sua carreira, meteórica, é um exemplo de como a educação executiva de alto nível pode alavancar a trajetória de um profissional. Após receber o diploma do MBA de Stanford e voltar ao Unibanco, em que atuava como gerente de tesouraria internacional, foi imediatamente convidado para ser CFO em uma das empresas do grupo de engenharia Promon, que topou bancar os custos do curso para retirá-lo do Unibanco. “Fiquei animado com a ideia de ir trabalhar com economia real”, comentou.

Foi uma tacada de gênio do ponto de vista de carreira. Se no banco teria de competir com vários outros pares especialistas em finanças, na “economia real” ele era perito solitário no tema. Da Promon, foi para a multinacional francesa do agronegócio Louis Dreyfus, onde passou seis anos. De lá, mudou-se para a companhia de papel e celulose Suzano, em que ficou outros 10 anos como CFO, até chegar ao posto máximo, em sua especialidade, na Vale, uma das maiores empresas do país.

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“O MBA na Stanford, para mim, foi minha primeira experiência internacional, eu pouco tinha viajado para o exterior. Antes de tudo, foi uma experiência de vida”, diz. “Você convive com gente de dezenas de países diferentes, e o conteúdo acadêmico era muito bom.”

Antes de ir para a Stanford, o executivo já tinha feito outro MBA no atual Insper, em São Paulo. “O do Insper também era muito bom, mas a experiência é diferente. Primeiro pelo tamanho da carga horária, já que aqui era part-time, e lá era full-time”, explica. Ele acredita que, em razão da quantidade de horas de dedicação, os cursos no exterior têm seus conteúdos mais aprofundados. Bacci diz que construiu, via Stanford, um networking internacional que o ajuda na resolução de desafios em seu trabalho de CFO na Vale até hoje. “Primeiro porque temos, mesmo 25 anos depois de formados, um grupo de WhatsApp com o pessoal da classe”, comenta. “Há pessoas de uns 30 países e, se acontece algo no Oriente Médio ou se eu preciso resolver algo em algum país no exterior, temos nesse grupo visões diferentes. Há gente que está vivendo no Oriente Médio agora, ou que pode me ajudar mostrando como se resolvem as coisas em um determinado país.”

Independentemente de estudar no Brasil ou no exterior, a trajetória do CFO da Vale comprova aquilo que todos os especialistas em educação endossam: estudar nunca é demais – e quem adicionou ao currículo uma universidade de boa qualidade sempre terá um diploma que agrega e impulsiona a carreira.

Mas como escolher qual MBA fazer? Saiba que a tradição e o renome de uma universidade, aqui ou no exterior, vão pesar na hora de o RH de qualquer empresa selecionar quem quer que seja. A reputação costuma diferenciar, entre as instituições acadêmicas, o joio do trigo.

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MBA no Brasil

Em primeiro lugar, ao optar por uma universidade que oferece Executive MBAs no país, vale a pena verificar se a escola escolhida detém a tríplice coroa: os selos das instituições internacionais AMBA, da AACSB e da EFMD-EQUIS. Elas avaliam os cursos e as universidades em âmbito global.

No Brasil, entram na lista a FGV no Rio, em São Paulo, Brasília e em outros campi espalhados pelo país; a FIA e o Insper, ambos em São Paulo; além da Fundação Dom Cabral, em Minas Gerais e São Paulo. Todos têm no mínimo 400 horas-aula de dedicação para a formação e os custos variam entre R$ 50 mil e quase R$ 200 mil, aproximadamente.

Outra sugestão: caia fora dos cursos que de MBAs nada têm e que exibem nomes singulares, como “gestão de logística” ou “redes sociais”. É grande a chance de que não agreguem aquilo que um Master “de verdade” faria. Alguns são vistos como cursos caça-níqueis que não serão considerados seriamente em um processo de seleção em uma grande empresa. E são responsáveis, segundo os acadêmicos consultados pela Forbes, pelo processo de “commoditização” que os MBAs vêm passando no país.

Nas universidades com cursos executivos sérios aqui no Brasil, será necessário passar por uma entrevista, que já funcionará como um processo de seleção. O tempo de carreira, as expectativas que o candidato tem com o curso, a trajetória escolar prévia, a disponibilidade de dedicação e reserva financeira para pagá-lo serão analisados.

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Outro ponto a ser levado em consideração e que tem a ver também com a disponibilidade de tempo e o dinheiro é escolher entre aquele que será somente ministrado no Brasil ou optar pelo Global Executive MBA, o Gemba. Essa alternativa permite ao estudante ter a experiência de semanas ou quinzenas alternadas no exterior, passando por três ou mais localidades diferentes nas Américas, na Europa e na Ásia. A ideia é permitir um curso internacional sem a necessidade de fazer o profissional passar dois anos fora do país.

“Nossos cursos vão muito além do que o MEC exige para um MBA”, assevera o diretor-executivo de desenvolvimento educacional da FGV, Luiz Migliora Neto, responsável pelos dois grandes cursos de MBA da FGV atualmente: o Executive MBA e o One MBA. Este último é global e permite uma série de semanas no exterior, inclusive visitando ambientes de negócios lá fora. Migliora fez um doutorado na FGV no qual estudou o impacto dos cursos de MBA de sua instituição na carreira dos profissionais que os escolheram.

Na pesquisa, 70 mil estudantes egressos dos cursos da FGV, no Rio e em São Paulo, foram analisados sob a perspectiva profissional. Os ganhos financeiros, de acordo com o estudo, foram consistentes e ultrapassaram em muito os valores investidos nos cursos. O professor ressalta a excelência da FGV na produção científica no país como o grande diferencial em relação aos demais cursos, uma vez que o aluno vai experienciar esse ambiente acadêmico.

“O custo do MBA é irrelevante quando você considera os benefícios que ele traz, profissional e monetariamente.”

Luiz Migliora Neto, diretor da FGV Educação Executiva

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Rosileia Milagres, vice-presidente de educação acadêmica da FDC (Fundação Dom Cabral), ressalta os benefícios de ainda se fazer um MBA no país ou optar pela modalidade Gemba, que a FDC também oferece. “Temos 49 anos de experiência na formação de executivos, e a ambiência entre a prática e a teoria, além de nossa metodologia diferenciada, fazem com que 77% de nossos alunos ascendam na carreira depois de estudar na Dom Cabral”, afirma a VP, elencando (off the record) alguns CEOs de grandes empresas.

Um dos diferenciais, diz Rosileia, é a possibilidade de verticalizar o currículo do MBA, escolhendo trilhas que vão aprofundar os conhecimentos do aluno nos temas pelos quais ele optou. Assim, se um executivo de marketing quiser fazer um MBA na Dom Cabral, em determinado momento do curso, ele pode seguir a trilha do marketing, sem deixar de passar pela estrutura mínima consagrada pela instituição. Idem para quem é da área de RH ou finanças, uma vez que a trilha escolhida vai enfatizar disciplinas correlatas. Os cursos têm até 1.500 horas de dedicação.

Já o Insper oferece dois tipos de MBAs, o Executivo e o MBA em Finanças. Assim como na concorrência, o aluno passa por um núcleo comum de disciplinas e depois pode escolher uma trilha, que vai reforçar os temas mais pertinentes para a carreira do estudante. A instituição permite a internacionalização do curso por meio das International Weeks, que contam com a vinda de professores de universidades renomadas do exterior. Há ainda a possibilidade das viagens internacionais, que o Insper denomina de learning journeys, uma temporada de visitação a ecossistemas específicos, como Vale do Silício, Israel e China. A duração dos cursos é de dois anos, divididos em oito trimestres, totalizando 480 horas.

Guilherme Martins, responsável pelos cursos de MBA no Insper, considera que a experiência é tão positiva para seus alunos que uma série deles doa dinheiro para a instituição, após anos de formados, como forma de agradecimento. Vale lembrar que o Insper é uma instituição privada. “Temos um fundo com doações que já chega a quase R$ 3 milhões, valores que são usados para conceder bolsas de estudo”, explica.

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Na FIA, outra com a tríplice coroa, também é possível “especializar” o curso entre 12 trilhas oferecidas, como recursos humanos, inovação, marketing e saúde, por exemplo. Duas delas terão aulas somente em inglês. “Data science, inteligência de negócios e inteligência artificial são os temas com mais procura no momento”, comenta Maurício Jucá, responsável pelos cursos de MBA na FIA Business School.

Outro atrativo da FIA é que ela desenvolveu uma modalidade de curso, no MBA Executivo, no qual o aluno estuda na sexta à noite e no sábado o dia inteiro. Com duração de um ano e meio, o curso chega a ter 1.800 horas de dedicação. “Nosso público-alvo tem entre 35 e 50 anos, já com boa maturidade executiva”, ressalta Jucá. “O networking oferecido pelo curso é excelente, já que há uma seleção natural com um aluno focado e disposto a pagar por isso.” E, ao optar por um curso que leva ao exterior, o MBA da FIA promove viagens e aulas em universidades dos EUA, Canadá e México, em turmas de 10 alunos.

O advogado especializado em direito e tecnologia Gustavo Artese foi outro que alavancou a carreira ao concluir dois cursos do tipo no Brasil, um executivo e outro específico em telecomunicações, ambos na FGV-RJ, e um último, o LLM, o “MBA” dos advogados, na também prestigiada Universidade de Chicago, nos EUA. Ele se orgulha de sua trajetória escolar, mas acha que os cursos de MBA atualmente são menos valorizados pelo mercado.

Campus da Universidade de Chicago, nos EUA
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Campus da Universidade de Chicago, nos EUA

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“Em Chicago, me sentia bebendo água em um hidrante, do ponto de vista do conteúdo que tinha no curso, que era excelente”, comenta. “Mas os cursos da FGV no Brasil foram mais efetivos para o meu networking, já que me ajudaram a trazer clientes para meu escritório”, compara Artese, que, além de advogado, abriu uma empresa de inteligência artificial para o segmento jurídico, a Actoria, seguindo os conhecimentos de negócio que aprendeu ao longo da vida.

MBA no exterior

As universidades americanas são especializadas em temas específicos. Wharton, por exemplo, é para quem quer carreira no mercado financeiro. Stanford tem o empreendedorismo como foco. Harvard é generalista, e o MIT é especializado em tecnologia. A Kellogg é a número um em marketing. Entre as três escolas de negócios consultadas pela Forbes fora do Brasil, os valores de cursos de MBA, em reais, variam de R$ 315 mil a R$ 420 mil, aproximadamente.

“Os alunos são imersos em uma comunidade global e muito orientada por valores aqui na Kellogg. Essa diversidade de perspectivas é essencial para o crescimento”, ressalta Jon Kaplan, um dos responsáveis pelos cursos de MBA da universidade americana. “Os alunos enfrentam desafios de negócios reais em nossos laboratórios, estágios e oportunidade de imersão global”, comenta Kaplan, lembrando que, ainda que reconhecido como incomparável para os profissionais de marketing, os cursos da Kellogg também têm excelência em outras áreas, como empreendedorismo e gestão de tecnologia.

Na Europa, os cursos são mais generalistas. Mas, lembre-se: administração é um ramo do conhecimento que também é generalista e, portanto, isso não é um defeito. O que é preciso responder, na hora de escolher um curso no exterior, é: que experiência de vida você quer ter, quanto pode pagar e, por fim, se é realmente necessário aprofundar-se em alguma especialidade.

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As escolas europeias estão de olho nas dificuldades que alunos do mundo inteiro estão passando atualmente nos EUA, devido às políticas restritivas do presidente Donald Trump. Elas têm grande interesse nos estudantes brasileiros, como comentaram os representantes da Iese, na Espanha, e da Bocconi, na Itália. “Nosso Gemba foi lançado há 35 anos. Nele, o aluno passa por Madri, Barcelona, Nova York, Singapura e Vale do Silício para estudos intensivos presenciais”, explica, da capital espanhola, o diretor da Iese, o norueguês Arve Utseth. “Nossos cursos são exigentes, requerendo de 20 a 25 horas de aula por semana. Avaliamos que nosso MBA traz sim retorno financeiro, mas também desenvolvimento de valores éticos, perfil de liderança, compreensão do contexto global e uma rede de contatos valiosa.”

Campus da Bocconi, em Milão, na Itália
Divulgação

Campus da Bocconi, em Milão, na Itália

A Bocconi traz tudo o que o país tem de bom a oferecer: experiência de vida diferenciada, além da vantagem de estudar em um idioma não muito comum aos brasileiros, mas que é de fácil aprendizagem. O MBA ainda acontece no ambiente de negócios de Milão, a cidade mais importante economicamente no país. “A Bocconi tem fortes conexões com a comunidade econômica na Itália e na Europa, inclusive com marcas que construíram histórias globais, como Prada, Gucci, Ferrari, Fiat, além de corporações francesas, alemãs, espanholas, britânicas, árabes e chinesas”, explica o decano da universidade italiana Enzo Baglieri. Os alunos visitam esses ambientes de negócio ou têm contato com representantes dessas marcas em palestras no campus. “Nosso corpo docente tem gente de 40 nacionalidades diferentes, pois queremos proporcionar uma visão internacional ampla a nossos alunos.”

Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.

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Lista Forbes: As Empresas dos Sonhos para Trabalhar nos EUA

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Já se foram os dias em que os jovens esperavam conseguir um emprego e trabalhar para a mesma empresa por décadas até alcançar um cargo de liderança e se aposentar com tranquilidade. Hoje, apenas 6% dos profissionais da Geração Z afirmam que seu principal objetivo na carreira é chegar a uma posição de liderança, segundo uma pesquisa da Deloitte com cerca de 23.500 entrevistados em 44 países.

Mas isso não significa que as gerações mais jovens estejam se acomodando. Pelo contrário: o relatório revelou que tanto os profissionais da Gen Z quanto os Millennials estão mirando alto, mais focados em aprendizado e desenvolvimento, segurança financeira, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e em encontrar propósito em suas carreiras.

Mais de 80% dos jovens buscam mentoria e orientação no trabalho, enquanto 89% de ambas as gerações desejam aprendizado no ambiente profissional. Para a maioria, realizar um trabalho significativo é um ponto muito importante ao considerar um novo emprego. Nesse sentido, mais de 40% da Gen Z e dos Millennials afirmaram ter deixado um emprego por falta de propósito. Entre os principais objetivos de carreira relatados estão independência financeira e a manutenção de um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.

Embora essas aspirações possam parecer ambiciosas, algumas empresas estão transformando esses sonhos em realidade para seus funcionários, oferecendo remunerações generosas, iniciativas guiadas por propósito, desafios profissionais e benefícios que promovem bem-estar mental. Para identificar essas empresas, a Forbes produziu a segunda edição do ranking anual das Empresas dos Sonhos nos EUA.

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A seguir, veja as 10 empresas dos sonhos para trabalhar nos EUA; confira a lista completa aqui

10. Shriners Hospitals for Children

Indústria: Saúde e serviços sociais

Sede: Flórida

Ano de fundação: 1922

9. LinkedIn

Indústria: Software e serviços de TI

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Sede: Califórnia

Ano de fundação: 2002

8. Nintendo

Indústria: Software e serviços de TI

Sede: Washington

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Ano de fundação: 1889

7. Apple

Indústria: Tecnologia, hardware e equipamentos

Sede: Califórnia

Ano de fundação: 1976

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6. IBM

Indústria: Software e serviços de TI

Sede: Nova York

Ano de fundação: 1911

5. Universal Music Group

Indústria: Mídia e publicidade

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Sede: Califórnia

Ano de fundação: 1995

4. Google

Indústria: Software e serviços de TI

Sede: Califórnia

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Ano de fundação: 1998

3. Microsoft

Indústria: Software e serviços de TI

Sede: Washington

Ano de fundação: 1975

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2. St. Jude Children’s Research Hospital

Indústria: Saúde e serviços sociais

Sede: Tennessee

Ano de fundação: 1962

1. Nvidia

Indústria: Semicondutores, eletrônica e engenharia elétrica

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Sede: Califórnia

Ano de fundação: 1993

Metodologia

Para elaborar o ranking, a Forbes, em parceria com a empresa de pesquisa de mercado Statista, entrevistou 10 mil estudantes universitários nos Estados Unidos e 140 mil profissionais que trabalham em empresas sediadas no país, de todos os setores, com pelo menos mil funcionários.

Os entrevistados foram questionados sobre quais seriam suas empresas dos sonhos e o nível de atratividade dos empregadores com base em critérios como oportunidades de crescimento, qualidade do trabalho, salário e reputação da empresa, além de avaliar as suas próprias companhias.

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As respostas da pesquisa foram analisadas e contabilizadas, junto com dados dos três anos anteriores, com um peso maior dado às informações mais recentes e às avaliações dos funcionários atuais.

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