Esporte
Fluminense bate Flamengo e dorme na vice-liderança do Brasileiro
Num duelo agitado na tarde de domingo (18) no Maracanã, o Fluminense levou a melhor e acabou com a invencibilidade de 19 jogos do Flamengo ao vencer ao rival por 2 a 1. De quebra, o Tricolor pulou para a vice-liderança da Série A do Campeonato Brasileiro ao ultrapassar na tabela o próprio Rubro-Negro e o Internacional, que joga nesta segunda-feira (19). O time das Laranjeiras, bairro da zona sul do Rio, soma agora 48 pontos. O Flamengo estaciona nos 45 e pode, inclusive, perder mais posições em caso de vitórias de Corinthians e Athletico Paranaense na 27ª rodada.
O jogo começou quente, com expulsão logo aos cinco minutos. David Braz levou o vermelho mesmo estando no banco de reservas do Fluminense, por insistência nas reclamações. Em campo, o Flamengo estabeleceu o controle das ações ofensivas desde o começo, embora o Fluminense tivesse maior posse. A primeira grande chance veio com Thiago Maia, que pegou sobra na entrada da área e chutou forte. A bola passou raspando a trave esquerda do goleiro Fábio, do Tricolor.
O camisa 12, aliás, começou a mostrar que estava em tarde inspirada pouco depois. Pedro fez lindo lançamento para Arrascaeta, que surgiu na cara do gol. Ele finalizou de perna esquerda e, também com a perna esquerda, o arqueiro tricolor fez defesa importante, colocando para escanteio.
Fábio apareceu muito bem novamente aos 37 minutos. O Flamengo apertou a saída de bola tricolor e a roubou dentro da área adversária. João Gomes recebeu e parecia ter o gol todo à disposição, mas Fábio voou em outra intevenção impressionante.
No fim do primeiro tempo, um lance polêmico resultou na abertura do placar. Matheus Martins recebeu na esquerda e chutou fraco para defesa de Santos, que deu rebote. Ele dividiu com o atacante German Cano, que acertou o seu rosto e caiu no chão reclamando do choque. A arbitragem deu pênalti. Ganso cobrou com categoria e marcou.
No segundo tempo, o Rubro-Negro intensificou a pressão e Fábio continuou se destacando. Aos 11, em lance pela esquerda, Arrascaeta puxou para o meio e finalizou colocado. O goleiro tricolor foi buscar novamente. Dez minutos depois, novo encontro entre os dois e nova defesa de Fábio.
Aos 30, o Fluminense teve um alívio momentâneo. Ganso cobrou falta de maneira rápida. Após jogada de Martinelli, Nathan apareceu livre para completar de cabeça e ampliar.
Porém, aos 39, Gabigol aproveitou o único vacilo de Fábio na partida para diminuir. Ele saiu mal do gol em cruzamento, Arrascaeta desviou para dentro da área e o camisa 9 marcou.
Logo depois, os nervos à flor da pele resultaram em quatro expulsões, duas em cada time: Marinho e Everton Cebolinha receberam o vermelho pelo Flamengo e Manoel e Caio Paulista pelo Tricolor. Foram acrescentados dez minutos ao fim do tempo regulamentar, que serviram como mais oportunidades para pressão rubro-negra, mas o placar não se alterou.
Na próxima rodada, no dia 28, o Fluminense recebe o Juventude, no Maracanã, enquanto o Flamengo visita o Fortaleza.
São Paulo vence e deixa Ceará para trás
Na capital cearense, Ceará e São Paulo entraram em campo com campanhas idênticas (31 pontos e seis vitórias). No entanto, nada deu certo para o Vozão e tudo fluiu bem para o Tricolor paulista no Castelão. Vitória por 2 a 0. Aos 22 minutos, Calleri, de cabeça, abriu o placar para o São Paulo após cruzamento de Patrick pela esquerda. Ainda no primeiro tempo, Luiz Otávio derrubou o atacante argentino, em jogada inicialmente marcada como pênalti para a equipe paulista, com cartão amarelo para o defensor adversário. No entanto, após revisão no VAR, a marcação foi alterada para falta fora da área e o cartão amarelo virou vermelho.
Com um a menos, o Ceará foi valente em busca de pressionar o São Paulo. Mas na segunda etapa, não suportou jogar com dois a menos, já que Zé Roberto também foi expulso por entrada violenta em Diego Costa. Nos acréscimos, Bustos marcou e deu números finais à partida.
O São Paulo foi a 34 pontos, abrindo seis para a zona de rebaixamento. O Ceará tem 31. Na próxima rodada, o Tricolor recebe o Avaí, no domingo (25), enquanto o Ceará visita o Coritiba três dias depois.
Bragantino 1 x 1 Goiás
Na manhã do domingo (18), Bragantino e Goiás empataram em 1 a 1 em Bragança Paulista (SP). O Massa Bruta abriu o placar aos 27 da primeira etapa, quando Léo Ortiz roubou bola na intermediária e cruzou para Alerrandro completar. O empate do Goiás veio no início do segundo tempo. Pedro Raúl cobrou pênalti e igualou, marcando o 15º dele na competição e se igualando a Cano, do Fluminense, como artilheiro do campeonato.
Com o resultado, o Esmeraldino foi a 37 pontos, momentaneamente ocupando a oitava posição. O próximo duelo da equipe é contra o Botafogo, em Goiânia, no dia 28. No mesmo dia, o Bragantino, 12º colocado com 34 pontos, visita o Internacional.
Edição: Cláudia Soares Rodrigues
Esporte
Botafogo é Campeão Brasileiro e iguala feito de Santos e Flamengo
Dois títulos em nove dias. Não faltam motivos para a torcida do Botafogo comemorar. Campeão da Libertadores no sábado e do Brasileirão neste domingo, a equipe igualou um feito poucas vezes conquistado ao longo da história. Antes do time de Artur Jorge, só o Santos (em 1962 e 1963) e o Flamengo (em 2019) haviam alcançado essa façanha.
O Santos venceu as edições de 1962 e 1963 da Taça Brasil – que ganhou status de Brasileiro após resolução da CBF em 2010 – e da Libertadores. Comandado por Pelé, o Peixe dominou o futebol do país naquela década e conquistou o status de um dos melhores times de todos os tempos.
Foto dos jogadores campeões do Brasileiro e da Libertadores de 2024 — Foto: André Durão
Desde que a competição ganhou o nome de Campeonato Brasileiro, em 1971, só o Flamengo de 2019 havia conquistado os dois títulos. Na ocasião, a equipe venceu o Brasileiro um dia depois da Libertadores.
O Botafogo de Artur Jorge foi campeão da Libertadores em cima do Atlético-MG, tornando-se o segundo time na história a ganhar o torneio começando desde a fase prévia (o primeiro havia sido o Estudiantes, em 2009).
A equipe viaja para o Catar ainda neste domingo. O time estreará na Copa Intercontinental na quarta-feira contra o Pachuca, do México.
GE
Esporte
Botafogo supera expulsão e conquista Libertadores da América
Neste sábado (30), o Glorioso alcançou a maior conquista em 120 anos de história. Mesmo perdendo o volante Gregore expulso com menos de um minuto de jogo, a equipe carioca venceu o Atlético-MG por 3 a 1, no Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, na Argentina, garantindo o título inédito da Libertadores.
A conquista marca o fim de um longo jejum de títulos para além do âmbito carioca ou regional. O último grande troféu erguido pelo Botafogo era a do Campeonato Brasileiro de 1995, liderado pelo artilheiro Túlio Maravilha. De lá para cá, o Alvinegro até venceu cinco Estaduais (1997, 2006, 2010, 2013 e 2018) e um Torneio Rio São-Paulo em 1998, mas acumulou três rebaixamentos à Série B em menos de 20 anos.
A volta por cima
A Libertadores é o primeiro título desde que a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube foi comprada pelo empresário inglês John Textor. No ano passado, o Botafogo esteve perto de conquistar o Brasileirão, com 13 pontos de vantagem para o segundo colocado ao final do primeiro turno, mas teve grande queda de produção na metade final da competição. Após 11 jogos sem vencer e viradas inacreditáveis sofridas contra Palmeiras e Grêmio, a equipe terminou o campeonato em quinto lugar.
A derrocada obrigou o Botafogo a disputar a fase preliminar da Libertadores deste ano, passando por Aurora, da Bolívia, e Red Bull Bragantino para chegarem à fase de grupos. Apesar do início ruim, com derrotas para Junior Barranquilla, da Colômbia, e LDU, do Equador, o Glorioso emplacou três vitórias seguidas e se classificou ao mata-mata onde bateu Palmeiras, São Paulo (ambos de forma dramática) e Penãrol, do Uruguai, este último com direito a goleada por 5 a 0 no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.
A volta por cima pós-2023 está coroada, mas pode ficar ainda mais gloriosa. O Botafogo lidera o Brasileirão com 73 pontos, três a mais que o Palmeiras, restando duas rodadas para o fim da competição – Internacional e Fortaleza, com 65 pontos e três jogos pela frente, ainda podem alcançar o Alvinegro.
Partiu, Mundial
De quebra, o Botafogo se credenciou a duas competições da Federação Internacional de Futebol (Fifa). A primeira é a Copa Intercontinental, que substitui, no calendário, o Mundial de Clubes. No dia 11 de dezembro, em Doha, no Catar, o Glorioso encara o Pachuca, do México, vencedor da Concacaf (entidade responsável pela modalidade no Caribe e nas Américas do Norte e Central). Quem passar, pega na semifinal o Al-Ahly, do Egito, campeão africano. A final será contra o Real Madrid, da Espanha, ganhador da Liga dos Campeões da Europa.
Já entre 15 de junho e 13 de julho, o desafio será o novo Mundial da Fifa, nos Estados Unidos. O torneio reunirá 32 clubes, sendo seis da América do Sul. Quatro deles são os brasileiros campeões das últimas edições da Libertadores. Além do Botafogo, estarão Palmeiras (2021), Flamengo (2022) e Fluminense (2023). Os argentinos Boca Juniors e River Plate completam os representantes sul-americanos.
E agora, Galo?
O Atlético-MG, por sua vez, voltou a ser derrotado em uma final de 2024, após perder a Copa do Brasil para o Flamengo. Sem vencer há 11 partidas, sendo sete pelo Brasileirão, o Galo caiu na tabela do campeonato nacional e aparece na décima posição, com 44 pontos, a três do Bahia, oitavo colocado e que, com o título do Botafogo, passou a herdar uma vaga na fase preliminar da próxima Libertadores. Resta aos mineiros correr atrás de uma nova chance para tentar o bi em 2025.
Um a menos, dois a mais
Trinta e três segundos. Disputa de bola no círculo central entre Gregore, do Botafogo, e Fausto Vera, do Atlético-MG. O volante do Glorioso atinge a cabeça do argentino, que sangra. O árbitro Facundo Tello não tem dúvidas: cartão vermelho. Com menos de um minuto de jogo, os cariocas já estavam com um homem a menos na partida mais esperada da temporada.
A expectativa era tanto de pressão atleticana, fazendo valer a superioridade numérica em campo, como de alguma mudança por parte do Botafogo, para conter os ataques do adversário, reforçando o sistema de meio-campo ou defensivo com a saída de um atacante. Nem uma coisa, nem outra. O Galo se postou no campo ofensivo, mas assustou somente em chutes da entrada da área do atacante Hulk, defendidos pelo goleiro John.
Com apenas 22% de posse de bola, 79 passes trocados e um jogador a menos, o Botafogo foi letal. Aos 34 minutos, aventurou-se pela primeira vez no ataque. Na base da troca de passes, o meia Thiago Almada abriu para o atacante Luiz Henrique, que escapou da marcação pela esquerda ao invadir a área e rolou para o volante Marlon Freitas chutar. A batida explodiu no zagueiro Júnior Alonso e sobrou para Luiz Henrique, que mandou para as redes.
O Botafogo soube aproveitar a instabilidade do Atlético-MG. Aos 41, na segunda investida dos cariocas, Everson e Guilherme Arana não se entenderam na marcação e Luiz Henrique se antecipou ao lateral do Galo. O goleiro, então, derrubou o atacante do Glorioso na entrada da área. Com ajuda do árbitro de vídeo (VAR), Facundo Tello deu pênalti, que o lateral Alex Telles bateu e converteu.
Fogão se segura e comemora
Para a etapa final, Gabriel Milito promoveu logo três mudanças, com as entradas do lateral Mariano, do meia Bernard e do atacante Eduardo Vargas nas vagas do zagueiro Lyanco e dos meias Gustavo Scarpa e Fausto Vera. Com um minuto, as trocas já deram resultado. No primeiro ataque do Galo, escanteio. Hulk cobrou na área e Vargas, livre, sem precisar saltar, mandou de cabeça, no ângulo de John, descontando para o Atlético-MG. Aos oito, os mineiros reclamaram de um pênalti de Marlon Freitas em Deyverson, que não teria sido marcado.
Os gritos de “Eu acredito!”, entoados pela torcida atleticana na campanha do título da Libertadores de 2013, tomaram o Monumental. Percebendo o crescimento do adversário, Arthur Jorge respondeu às trocas de Milito, mandando a campo o volante Danilo Barbosa na vaga do meia Jefferson Savarino e o lateral Marçal no lugar de Alex Telles – que já tinha amarelo.
Com Hulk e Mariano ditando o ritmo, o Atlético-MG não saía do campo ofensivo, obrigando os jogadores de frente do Botafogo, como Luiz Henrique e Almada, a reforçarem o sistema defensivo, com dificuldades para contra-atacar. Arthur Jorge, então, trocou a dupla por Júnior Santos e Matheus Martins. Em resposta, Milito deu novo gás ao comando de ataque, com Alan Kardec substituindo Deyverson.
O Galo intensificou a pressão nos instantes finais. Aos 41, Mariano lançou Vargas, que se antecipou à marcação pelo meio e desviou por cima do travessão, com muito perigo. O chileno teve outra grande chance no lance seguinte, em recuo de bola ruim do zagueiro Adryelson que o deixou na frente de John, mas errou na tentativa de encobrir o goleiro.
As oportunidades perdidas fizeram falta. Aos 52 minutos, Júnior Santos fez bela jogada pela direita e tentou cruzar rasteiro para Matheus Martins. O volante Alan Franco até fez o corte, mas o próprio Júnior Santos conferiu para as redes, anotando o décimo gol dele na Libertadores, encerrando a competição como artilheiro. O gol do título.
Edição: Juliana Cézar Nunes
Esporte
Rio e Flamengo assinam compromissos para construção de estádio
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o presidente do Clube de Regatas do Flamengo, Rodolfo Landim, assinaram nesta segunda-feira (25), na sede social da Gávea, na zona sul, o termo de compromisso para viabilizar a construção do estádio rubro-negro na área do Porto Maravilha. De acordo com o documento, serão enviados para a Câmara Municipal dois projetos de lei, que representarão o cumprimento de mais uma etapa para a viabilização do equipamento esportivo.
Estudos da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, apontaram que o novo estádio pode movimentar R$ 5,3 bilhões na economia carioca em 10 anos. Nesse cálculo entram os gastos dos torcedores em jogos dentro e fora de casa, de R$ 833 milhões, com compra de ingressos, despesas com transporte no deslocamento, gastos em bares e restaurantes.
“É uma importante conquista para a cidade. Tudo o que fizemos respeitou o direito, o processo de desapropriação, o leilão. Tudo foi muito aberto e feito dentro das regras. O que estamos fazendo hoje é nos comprometer em permitir que o Flamengo faça uso de algo que já lhe pertence. O Flamengo não ganhou o terreno da prefeitura, ele comprou pagando o valor adequado. Nós criamos as condições para que o Flamengo tenha plena capacidade para exercer um direito que já possui. Já que o poder público não permite que o clube construa na área que lhe pertence, estamos permitindo que o faça em outra área”, explicou o prefeito do Rio.
O primeiro projeto de lei a ser encaminhado à Câmara Municipal tem por objetivo transferir o potencial construtivo que o Flamengo tem em sua sede na Gávea para outros locais da cidade. Com essa operação, o clube poderá negociar esse direito de construção em outras áreas do município e a previsão é a de que arrecade cerca de R$ 500 milhões. Esses recursos só poderão ser usados na construção do estádio.
O segundo projeto de lei vai isentar o Flamengo do pagamento de outorga de direito urbanístico adicional (Cepacs) à Caixa Econômica Federal, de quem adquiriu o terreno para a construção do estádio. Para evitar prejuízos à instituição financeira, medidas compensatórias dentro da Operação Consorciada do Porto Maravilha serão ofertadas pelo município ao banco. Esse segundo projeto de lei fará com que o clube rubro-negro deixe de pagar mais R$ 500 milhões pelo imóvel à Caixa.
“O evento serviu como uma prestação de contas para a prefeitura sobre a evolução do projeto e tudo o que nos foi cobrado pelo município em termos de adequação às exigências urbanísticas. E assinamos o documento que nos dá o potencial construtivo da Gávea para construir em outro local. Um valor em torno de R$ 500 milhões, algo muito importante para auxiliar na construção do estádio”, disse Rodolfo Landim, acrescentando que a inauguração do estádio está prevista para o dia 15 de novembro de 2029.
Em 2023, o clube atraiu 1,8 milhão de torcedores, em 33 jogos. A receita do Flamengo com o novo estádio deve ser 10% maior que a registrada em 2023 de R$ 1,374 bilhão. A movimentação econômica total deve ficar em R$ 2,3 bilhões, ou seja, R$ 329,1 milhões a mais que no ano passado.
Agencia Brasil
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