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O que é o Efeito Mandela? Entenda o que diz a psicologia

Redação Informe 360

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Você já teve certeza absoluta de que um personagem era de um jeito ou que um evento aconteceu de determinada forma, mas depois descobriu que estava completamente enganado? Esse fenômeno intrigante é conhecido como Efeito Mandela e tem chamado a atenção de psicólogos e curiosos em todo o mundo. 

Neste artigo, vamos entender o que é o Efeito Mandela, por que ele acontece e conhecer alguns exemplos famosos.

O que é o Efeito Mandela?

imagem mostra um close up do rosto de nelson mandela, posando para a foto e sorrindo
Nelson Mandela posando para foto (Reprodução: Alessia Pierdomenico/Shutterstock)

O Efeito Mandela é um fenômeno psicológico que descreve a situação em que várias pessoas compartilham uma mesma memória incorreta de um fato, evento ou detalhe. Trata-se de uma falsa lembrança que parece muito real para quem a vivencia.

Por que o nome “Efeito Mandela”?

O termo foi criado em 2009 pela pesquisadora Fiona Broome, quando ela percebeu que muitas pessoas tinham a mesma lembrança equivocada de que Nelson Mandela havia morrido na prisão nos anos 1980. Na realidade, Mandela foi libertado em 1990 e se tornou presidente da África do Sul em 1994.

Da esquerda para direita: Pikachu com a ponta do rabo preta e a original / Crédito: Belzher (Reddit)

Desde então, o termo passou a ser usado para descrever qualquer situação em que um grande número de pessoas compartilha a mesma lembrança falsa.

Memórias falsas: o conceito

Para entender o Efeito Mandela, é importante compreender o conceito de memórias falsas. Elas ocorrem quando uma pessoa se lembra de algo que nunca aconteceu ou lembra de um evento de forma distorcida.

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Sigmund Freud, pai da psicanálise, em foto histórica. / Crédito: Domínio Público (Wikimedia Commons)

A criação de falsas memórias é um tema estudado por diversos psicólogos e psicanalistas ao longo da história, como Pierre Janet, Sigmund Freud e Alfred Binet.

Freud relacionava essas memórias a mecanismos inconscientes de defesa, enquanto Binet conduziu experimentos mostrando como sugestões externas podem influenciar o modo como lembramos de acontecimentos. Esses estudos ajudaram a formar a base da psicologia da memória.

Por que o Efeito Mandela acontece?

O Efeito Mandela ocorre por diversos motivos, que envolvem tanto fatores sociais quanto processos cognitivos do cérebro humano. Entre as principais causas estão:

Muitos acreditam que a Globo interrompeu um episódio de Dragon Ball Z para noticiar os atentados de 11 de setembro de 2001/ Crédito: Dragon Ball Z (Toei Animation) e atentado ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001.( Cyril A. / Flickr)
  • Senso comum e notícias falsas: informações incorretas, espalhadas por redes sociais, jornais ou até por conversas, podem criar memórias distorcidas;
  • Montagens e imagens manipuladas: fotos editadas e vídeos falsos contribuem para reforçar memórias que nunca existiram;
  • Fatores cognitivos semelhantes: o cérebro tende a preencher lacunas com informações que fazem sentido dentro do nosso repertório de experiências. Isso inclui o reforço social (quando várias pessoas confirmam a mesma memória incorreta) e o reforço cognitivo (quando a mente distorce detalhes para que eles se encaixem melhor em nossos esquemas mentais).

Segundo a professora Wilma Bainbridge, Ph.D., da Universidade de Chicago, o Efeito Mandela é intrigante porque nos confronta com o fato de que nossa memória é muito mais falha do que gostamos de acreditar. “Ele cria uma sensação estranha de que não podemos confiar totalmente em nossas lembranças“, afirma a pesquisadora.

Exemplos de efeitos Mandela populares

Ao longo dos anos, vários exemplos famosos do Efeito Mandela surgiram. Veja alguns dos mais conhecidos:

Mascote do jogo Banco Imobiliário (Monopoly). / Crédito: Viciados (divulgação)
  • Mascote do Monopoly com monóculo: muitas pessoas lembram do mascote do jogo Monopoly usando um monóculo, mas ele nunca usou esse acessório;
  • Mickey Mouse com suspensórios: outra lembrança comum é a de que o Mickey usava suspensórios, o que também nunca aconteceu;
  • Flintstones, e não “Flinstones”: muitos pensam que o nome da famosa família dos desenhos era “Flinstones”, mas o correto é Flintstones, com a letra “t”;
  • Dragon Ball Z e o 11 de setembro: algumas pessoas acreditam que a Globo interrompeu um episódio de Dragon Ball Z durante o programa infantil Bambuluá para noticiar os atentados de 11 de setembro de 2001. Há quem diga até que era exatamente no episódio em que Goku alcançava o nível Super Saiyajin 3. No entanto, isso nunca aconteceu. O programa interrompido foi Mickey & Donald;
  • “Ordem e Progresso” em preto na bandeira do Brasil: há quem diga que a frase “Ordem e Progresso” na bandeira do Brasil é preta, mas na verdade ela é verde.

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Fita de vídeo (VHS) da animação Bibo Pai e Bobi Filho, dos estúdios Hanna-Barbera. / Crédito: Hanna-Barbera (reprodução)
  • Salsicha com pomo de adão: muitas pessoas lembram do personagem Salsicha, de Scooby-Doo, com um pomo de Adão muito marcado. No entanto, ele nunca teve isso em nenhuma animação oficial;
  • Episódio do Chaves em que mostra o interior do barril: circula o boato sobre um suposto episódio de Chaves em que é mostra como é o interior do barril em que o protagonista costumeiramente entra. Segundo os boatos, revela que o barril tem uma passagem para um cômodo subterrâneo. Esse episódio nunca existiu;
  • Bibo Pai e Bobi Filho: o desenho da Hanna-Barbera chamado Augie Doggie and Doggie Daddy é frequentemente lembrado como “Bobi Pai e Bobi Filho”, mas o nome correto é Bibo Pai e Bobi Filho;
  • A ponta da cauda do Pikachu é preta: um dos enganos mais populares é lembrar o Pikachu com a ponta da cauda preta. Porém, a cauda do Pikachu é completamente amarela; a parte preta nunca existiu.

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Saúde

Canja de galinha realmente ajuda contra gripe e resfriado? Veja o que diz a medicina

Redação Informe 360

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Infecções virais comuns, como a gripe e o resfriado, fazem parte do cotidiano de milhões de pessoas no mundo todo e, justamente por serem tão frequentes, estão cercadas de crenças populares e supostos remédios milagrosos transmitidos por gerações.

Desde chás amargos até xaropes naturais e banhos de ervas, a chamada medicina tradicional acumula um repertório de soluções caseiras para enfrentar esses quadros.

Em muitos casos, esses métodos são adotados não apenas por falta de acesso à saúde formal, mas também pelo desejo de conforto emocional e sensação de cuidado. Entre todos os exemplos, poucos são tão populares quanto a canja de galinha, considerada por muitos um verdadeiro “remédio” para aliviar sintomas gripais e respiratórios.

Mulher assoando o nariz com um lenço
Mulher assoando o nariz com um lenço (Reprodução: Desx/Pixabay)

A receita pode variar de casa para casa, mas uma canja de galinha tradicional leva carne de ave, legumes como cenoura e batata, bastante água e temperos simples como alho, cebola e cheiro-verde. Preparada quase sempre em fogo baixo e com paciência, ela é um dos pratos mais associados ao cuidado com a saúde e ao alívio de sintomas respiratórios.

Em tempos de gripe ou resfriado, é comum recorrer a essa combinação quente e nutritiva em busca de conforto e recuperação. A crença no poder curativo da canja de galinha atravessa gerações, mas a medicina moderna tem se debruçado sobre a questão para entender se, além do valor afetivo, ela realmente oferece benefícios concretos no alívio dos sintomas dessas infecções virais.

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O prato se consolidou como uma das principais escolhas em momentos de adoecimento, principalmente por sua simplicidade, seu valor nutritivo e sua associação cultural com o acolhimento familiar. Quando alguém adoece, não é raro ouvir que “uma boa canja cura qualquer gripe”.

Canja de galinha tem algum efeito na gripe ou resfriado?

De acordo com a medicina, a canja de galinha pode, sim, contribuir para o alívio de sintomas causados por gripes e resfriados. Embora não tenha propriedades antivirais ou antibióticas, ela oferece hidratação, calor e nutrientes importantes que ajudam o organismo a reagir melhor à infecção.

A combinação de vegetais como cenoura, alho, cebola e salsão, junto com o caldo quente e as proteínas do frango, ajuda a descongestionar as vias respiratórias e a suavizar dores de garganta. Um dos pontos observados por pesquisadores é que o vapor quente da sopa contribui para a fluidificação do muco nasal, facilitando a respiração e aliviando o desconforto causado pela obstrução nasal.

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Além disso, um estudo que analisou os efeitos da sopa sobre células do sistema imunológico identificou que ela pode ter propriedades anti-inflamatórias leves, inibindo parcialmente a movimentação dos neutrófilos, que são células que participam da resposta inflamatória do corpo.

Isso significa que, ao reduzir essa atividade, a canja pode diminuir a inflamação nas vias aéreas superiores, o que colabora para a sensação de alívio durante a doença. Também há um aspecto psicológico relevante: o consumo da sopa está fortemente ligado à memória afetiva, ao cuidado familiar e ao conforto emocional, o que pode melhorar o bem-estar geral de quem está se recuperando de um quadro gripal.

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A imagem mostra uma pessoa vestindo roupas de inverno, como casaco e cachecol, caminhando por uma rua coberta de neve. Ela segura um lenço próximo ao nariz, dando a impressão de que está resfriada. Ao fundo, prédios e árvores também cobertas de neve reforçam a ideia de um ambiente frio.
A friagem não é responsável pelo resfriado/Shutterstock/sergey kolesnikov

Outro fator importante é o estímulo ao apetite. Durante resfriados ou gripes, muitas pessoas perdem a vontade de comer. A canja, por ser leve, quente e aromática, costuma ser mais bem aceita do que refeições sólidas e pode garantir a ingestão de líquidos e calorias necessárias para a recuperação. Seu consumo favorece a hidratação, que é essencial durante episódios febris ou de secreção abundante, evitando complicações como a desidratação.

No entanto, os médicos reforçam que a canja de galinha é um complemento e não substitui medicamentos antivirais, antitérmicos ou o repouso indicado em casos de infecção mais intensa.

A recomendação geral é simples: incluir a canja como parte de uma rotina de cuidados quando se está gripado ou resfriado pode ser benéfico, principalmente se ela for preparada com ingredientes frescos e pouco sal.

O prato funciona como aliado no conforto e na recuperação, mesmo que seus efeitos sejam mais de suporte do que diretamente terapêuticos. Por isso, ela continua sendo indicada por muitos profissionais de saúde como parte de um tratamento caseiro seguro e eficiente, desde que combinado com as orientações médicas adequadas a cada caso.

Com informações de Health.

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Saúde

Novo estudo identifica proteína que acelera o envelhecimento

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Cientistas identificaram um novo protagonista no processo de envelhecimento: a proteína ReHMGB1 (sigla em inglês para reduced high mobility group box 1).

Segundo pesquisa publicada na revista Metabolism, ela circula pelo sangue transmitindo sinais que induzem a senescência celular — estado em que as células deixam de se dividir e passam a comprometer o funcionamento dos tecidos.

Cientistas identificaram a proteína que leva o envelhecimento para todo o corpo – Imagem: sabinevanerp/Pixabay

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Descobertas do estudo

  • O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade da Coreia, revela que o ReHMGB1 não age apenas localmente, mas envia mensagens prejudiciais a diferentes partes do corpo, especialmente após lesões ou doenças.
  • Experimentos com camundongos mostraram que, ao bloquear essa transmissão, houve regeneração muscular mais rápida, melhora no desempenho físico, redução da inflamação e menor desgaste celular.
  • “O envelhecimento não se limita a células isoladas; ele pode ser transmitido sistemicamente pelo sangue”, afirma o engenheiro biomédico Ok Hee Jeon, líder do trabalho.
  • Os autores sugerem que controlar ou bloquear esses sinais pode retardar a cascata de declínio celular que acompanha a idade.
idoso
Controle dos sinais pode abrir caminho para terapias contra doenças relacionadas à idade – Imagem: Africa Studio/Shutterstock

Proteína que “envelhece” também gera benefícios ao corpo

A pesquisa destaca, no entanto, que o ReHMGB1 também exerce funções benéficas — como sinalizar danos e acionar mecanismos de reparo —, o que torna qualquer intervenção um desafio.

Com a população vivendo mais do que nunca, entender como esse “mensageiro do envelhecimento” atua é visto como passo crucial para desenvolver terapias capazes de prolongar a saúde e a vitalidade, mantendo as funções celulares por mais tempo e reduzindo o impacto de doenças relacionadas à idade.

Pesquisadores apontam que o ReHMGB1 transmite pelo sangue sinais que comprometem a regeneração e a saúde dos tecidos – Imagem: Shutterstock/Sultan Amir

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Saúde

Um dos remédios emagrecedores “da moda”, Mounjaro deve ficar mais caro

Redação Informe 360

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A fabricante de remédios Eli Lilly anunciou aumento de até 170% no preço do medicamento para emagrecimento Mounjaro no Reino Unido, elevando a dose mais alta de £122 para £330 por mês.

Doses menores terão reajustes menores. O impacto direto para consumidores, incluindo os brasileiros, pode ser limitado, já que varejistas negociam descontos, e o NHS continua pagando preço reduzido para pacientes com receita médica.

Mão segurando uma caneta injetável Mounjaro
Aumento histórico no preço do Mounjaro gera alerta no mercado de emagrecimento (Imagem: MKPhoto12/Shutterstock)

Justificativa para o aumento

  • O Mounjaro, injeção semanal que reduz o apetite, pode ajudar na perda de até 20% do peso corporal.
  • Atualmente, cerca de 1,5 milhão de pessoas usam medicamentos para emagrecimento no Reino Unido, mais da metade tomando Mounjaro, e nove em cada dez pagam de forma privada.
  • A Eli Lilly justificou o aumento em um comunicado, afirmando que, no lançamento, o preço foi definido abaixo da média europeia para acelerar a disponibilidade no NHS.
  • Agora, com novas evidências clínicas e mudanças no cenário global, a empresa ajusta o preço para refletir o “valor do medicamento” e garantir contribuições justas ao custo da inovação.

Leia mais

Homem injetando Mounjaro por meio de caneta na perna
Mounjaro, remédio para perda de peso, fica mais caro no Reino Unido (Imagem: Mohammed_Al_Ali/Shutterstock)

Pacientes precisam estar informados

Especialistas alertam sobre o impacto do aumento nos pacientes. Dra. Leyla Hannbeck, da Associação de Farmácias Independentes, disse para a BBC estar “chocada e muito decepcionada”, e destacou a importância de os pacientes buscarem orientação nas farmácias locais.

Ela ressaltou que Mounjaro não é a única opção, lembrando também do Wegovy, da Novo Nordisk, outro medicamento popular para perda de peso. Segundo Hannbeck, o mercado de injeções para emagrecimento só crescerá se os tratamentos permanecerem acessíveis.

Em uma publicação em seu perfil do X (Twitter), Hannbeck disse que “é inaceitável que um fabricante aumente os preços em 100% da noite para o dia, sem nenhum aviso”.

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Especialistas alertam sobre o impacto em quem compra medicamentos de forma privada – Imagem: MKPhoto12/Shutterstock

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