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“Bed Rotting”: Passar o Dia na Cama Pode Estar Prejudicando Seu Descanso

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

O sono é um aspecto essencial da vida que muitas vezes subestimamos ou negligenciamos. No entanto, ele está diretamente ligado à saúde mental e física, ao desempenho no trabalho, à produtividade e ao sucesso na carreira.

Provavelmente, você faz parte dos mais de 70% dos brasileiros que sofrem de distúrbios relacionados ao sono, entre eles, a insônia, de acordo com estudos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A privação de sono pode agravar os sintomas do burnout, tornando o ciclo vicioso. No Brasil, 30% dos profissionais sofrem com a síndrome do esgotamento profissional, segundo a ANAMT (Associação Nacional de Medicina do Trabalho).

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Nas redes sociais e, em especial, no TikTok, a trend chamada “bed rotting” (ou “apodrecer na cama”) mostra como muitas pessoas tentam driblar o cansaço. Especialistas analisam se essa prática de fato ajuda ou se faz mal para a saúde – física e mental.

O que é a tendência “bed rotting”?

A maioria dos brasileiros tem problemas para dormir. Mas não estamos sozinhos nessa: 53% dos americanos avaliam sua qualidade de sono como regular ou ruim, de acordo com a última pesquisa Mattress Firm Sleep Index, realizada pela The Harris Poll. Mais de 50% também afirmam que o estresse no trabalho interfere no sono.

Para tentar descansar mais, algumas pessoas adotaram a mais nova tendência de “autocuidado” da internet: o “bed rotting”, que consiste em passar horas ou até mesmo dias inteiros deitado na cama, rolando o feed do celular, maratonando séries ou trabalhando.

Isso pode parecer uma forma ideal de recarregar as energias, mas alguns especialistas alertam que o excesso dessa prática pode prejudicar a qualidade do sono e os níveis de energia ao longo do dia.

Jade Wu, psicóloga do sono e consultora da rede de colchões Mattress Firm Sleep, explica que o “bed rotting” existe há bastante tempo, apenas com outros nomes. A prática pode ser atraente para qualquer pessoa atualmente, especialmente em dias de extremo cansaço ou no final de semana, por exemplo, quando a ideia é simplesmente não fazer nada.

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“Para aqueles com cronotipo noturno, os chamados notívagos – pessoas que têm o hábito de ficar acordadas até tarde da noite ou até a madrugada – a tentação de ficar na cama, cochilar ou descansar por mais tempo é grande, pois o cérebro ainda registra esse período como noite e demora para ativar o ‘motor’ do corpo”, explica.

Por que o “bed rotting” pode reduzir a energia e piorar seu sono?

Cochilos curtos e durante o período da manhã podem melhorar a qualidade do sono. No entanto, a Dra. Wu alerta que passar tempo excessivo acordado na cama pode trazer quatro desvantagens:

  1. 1. Enfraquece a associação entre cama e sono: Passar muito tempo acordado na cama faz com que o cérebro associe esse espaço a um estado de alerta, dificultando o relaxamento na hora de dormir.
  2. 2. Desregula o ritmo circadiano: “Ficar na cama por muito tempo confunde o ciclo circadiano e atrasa o acúmulo do sono, tornando mais difícil adormecer à noite”, explica Wu.
  3. 3. Aumenta a fadiga ao invés de reduzi-la: Existe a crença de que o “bed rotting” é restaurador, mas Wu alerta: “A fadiga muitas vezes é causada pela falta de movimento, e não pela falta de descanso. Atividade física, exposição à luz natural e se manter ereto ajudam a regular os níveis de energia.”
  4. 4. Mantém o cérebro em estado de alerta: Passar tempo excessivo na cama pode fazer com que a mente fique desperta mesmo quando o corpo está exausto. Wu reforça: “Quanto mais tempo você passa na cama realizando atividades que não estão relacionadas ao sono, como assistir TV ou trabalhar, mais o cérebro aprende a associar a cama à atenção, dificultando o descanso.”

Como dormir melhor e ter mais energia

Se você não está dormindo o suficiente, isso pode ser um problema. Estudos mostram que a privação de sono leva ao estresse cerebral, dificuldade de concentração, fadiga decisional e aumento da vulnerabilidade ao estresse social. A falta de sono crônica também aumenta o risco de ataques cardíacos e AVC, podendo dobrar a probabilidade de morte por doenças do coração.

A escassez de sono também está ligada à depressão, enfraquecimento do sistema imunológico, ganho de peso, hipertensão e diabetes tipo 2. Além disso, você terá mais chances de cochilar no trabalho e se tornar mais irritado. Para evitar isso, a Dra. Wu recomenda algumas mudanças na rotina:

  • Priorize o movimento matinal: Levante-se, movimente-se e exponha-se à luz natural pela manhã para regular o ciclo biológico e aumentar os níveis de energia.
  • Use a cama apenas para dormir: Evite trabalhar, assistir TV ou realizar atividades na cama para reforçar a associação entre cama e sono.
  • Mantenha um horário regular para acordar: Levantar no mesmo horário todos os dias garante um acúmulo adequado de sono ao longo do dia, resultando em um descanso melhor à noite.
  • Exponha-se à luz natural: Receber luz natural cedo ajuda o corpo a entender que é hora de acordar e fortalece um ritmo circadiano saudável, facilitando o sono noturno.

Outras formas de evitar o “bed rotting” incluem manter uma rotina de sono consistente. Antes de dormir, certifique-se de que seu quarto está aconchegante, bem ventilado e escuro.

Pratique exercícios físicos pela manhã ou até três a quatro horas antes de dormir para pegar no sono mais rapidamente e ter uma noite de descanso profundo. Fazer exercícios muito perto da hora de dormir pode reativar sua energia e dificultar o adormecimento, fazendo com que você se sinta pronto para um novo dia em vez de para o descanso noturno. O mesmo vale para telas e atividades estressantes. Manter uma boa rotina de sono vai te dar a base para ter um bom dia, seja de trabalho, lazer ou descanso.

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*Bryan Robinson é colaborador da Forbes US. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.

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77% dos Profissionais Dizem Que a IA Prejudicou a Produtividade

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Um novo estudo global do Upwork Research Institute revela um descompasso entre as altas expectativas dos gestores em relação à IA e a experiência real dos funcionários que a utilizam. A pesquisa, que entrevistou 2,5 mil executivos de C-suite, colaboradores em tempo integral e freelancers, mostra que, enquanto 96% dos executivos acreditam que a IA deve aumentar a produtividade, 77% dos funcionários relatam que a tecnologia, na prática, aumentou sua carga de trabalho e trouxe desafios para alcançar os resultados esperados.

Quase metade (47%) dos colaboradores que utilizam IA admite não saber como atingir as metas de produtividade esperadas pelos empregadores, enquanto 40% sentem que as demandas estão além do razoável. Esse descompasso entre expectativa e realidade já se reflete na retenção de talentos: um em cada três funcionários em tempo integral afirma que provavelmente deixará o emprego nos próximos seis meses, pressionado pela sobrecarga e pelo burnout.

O estudo também aponta que 81% dos líderes globais de C-suite reconhecem ter aumentado as demandas sobre suas equipes no último ano. Como consequência, 71% dos funcionários em tempo integral apresentam sinais de esgotamento, e 65% relatam dificuldade em cumprir as metas de produtividade estabelecidas pelos empregadores.

Freelancers ajudam a aliviar a carga

Executivos que incorporam talentos freelancers às suas equipes relatam que esses profissionais não apenas atendem, mas muitas vezes ultrapassam as demandas de produtividade, superando inclusive os funcionários em tempo integral. O impacto é visível: o bem-estar e o engajamento melhoraram, e os freelancers dobraram os resultados para o negócio em várias frentes, incluindo agilidade organizacional (45%), qualidade do trabalho produzido (40%), inovação (39%), escalabilidade (39%), receita e resultado final (36%) e eficiência (34%). O estudo também revela que 80% dos líderes que já utilizam talentos freelancers consideram esse recurso essencial para o negócio, e 38% dos que ainda não usam planejam incorporá-los no próximo ano.

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Tecnologia ainda não é 100% aproveitada

Apesar do investimento crescente em IA, a pesquisa mostra que a maioria das organizações ainda não consegue extrair todo o valor de produtividade da tecnologia. “Nossa pesquisa indica que inserir novas tecnologias em modelos de trabalho ultrapassados falha em gerar o valor completo de produtividade esperado da IA”, afirma Kelly Monahan, diretora e chefe do Upwork Research Institute. “Embora seja possível que a IA aumente a produtividade e, ao mesmo tempo, melhore o bem-estar dos funcionários, isso exigirá uma mudança profunda na forma como organizamos talentos e fluxos de trabalho.”

“Para realmente aproveitar todo o potencial de produtividade da IA, os líderes precisam criar um modelo de trabalho potencializado pela tecnologia”, acrescenta Monahan. “Isso envolve aproveitar talentos alternativos preparados para IA, cocriar métricas de produtividade com as equipes e desenvolver compreensão e competência sólidas na implementação de uma abordagem baseada em habilidades para contratação e desenvolvimento de talentos. Só assim os líderes poderão reduzir o risco de perder colaboradores estratégicos e avançar em sua agenda de inovação.”

Ações que empresas e funcionários podem adotar

Monahan destaca que integrar tecnologias com IA a modelos de trabalho ultrapassados não entrega os ganhos de produtividade esperados. “Para desbloquear todo o potencial da IA, os líderes precisam promover uma mudança fundamental na forma de organizar talentos e fluxos de trabalho.” A executiva sugere três estratégias principais para os empregadores:

  • Trazer especialistas externos: Quase metade (48%) dos líderes globais de C-suite recorre a freelancers para impulsionar projetos de IA atrasados, e 39% relatam que esses profissionais dobraram os resultados de inovação. A adoção de IA é maior entre freelancers, tornando esse talento essencial. Quase metade (48%) dos freelancers se considera “moderadamente” ou “altamente” habilidosa em IA, e mais de um terço (34%) utiliza ferramentas de IA pelo menos 1 a 2 dias por semana.
  • Repensar métricas de produtividade: Equipes tendem a valorizar medidas que incluam criatividade, inovação, contribuição estratégica e adaptabilidade, além da eficiência. Colaboradores que participam da co-criação de métricas de produtividade relatam maior desempenho e menor estresse.
  • Migrar para contratação e fluxos de trabalho baseados em habilidades: Em vez de depender apenas de descrições de cargo, as empresas devem mapear as competências existentes e desenvolver habilidades que potencializem o trabalho com IA. Atualmente, apenas 40% dos líderes têm alto conhecimento sobre as habilidades em IA dentro de suas equipes.

Para os funcionários, Monahan recomenda se envolver ativamente com a IA. Participar de treinamentos e fornecer feedback sobre ferramentas e métricas de produtividade ajuda a moldar estratégias e objetivos da empresa. “Cada colaborador deve repensar a melhor forma de executar seu trabalho e alcançar metas com os avanços da IA.”

Contar com especialistas, como freelancers, também pode aliviar a carga de trabalho e ensinar a usar a IA de forma mais eficiente. “Empregadores e funcionários devem explorar esses talentos qualificados para trazer conhecimento em IA, promovendo crescimento, inovação e qualidade de vida no ambiente de trabalho.”

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*Bryan Robinson é colaborador da Forbes USA. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.

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The Town 2025 Mostra Que Entretenimento Também é Economia

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Entretenimento não é só espetáculo, é uma indústria bilionária que movimenta a economia.

O que muita gente vê como diversão, eu vejo como trabalho. E não é porque é trabalho que não existe prazer, muito pelo contrário. Meu ofício me desafia, me tira do eixo, exige responsabilidade, mas também me diverte e me inspira.

Cultura, entretenimento e festas não são apenas momentos de descontração. São, sobretudo, uma indústria. Uma força que movimenta economias, transforma cidades, cria empregos, fomenta talentos e abre caminhos para tantas histórias. É sobre isso que precisamos falar: não apenas da emoção que sentimos ao estar em um festival ou em um show, mas também do impacto real que esses encontros coletivos têm no país.

O festival The Town 2025, por exemplo, deve injetar R$ 2 bilhões na economia de São Paulo e gerar 25 mil empregos diretos e indiretos, reunindo meio milhão de pessoas em uma experiência que vai muito além da música, de acordo com a SPTuris, empresa de turismo da Prefeitura de São Paulo.

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Indo além dos grandes festivais, São Paulo registrou em 2024 5.262 eventos, que movimentaram R$ 22,2 bilhões e renderam R$ 1,1 bilhão em ISS. No primeiro trimestre de 2025, só esse setor já alcançou R$ 5,9 bilhões, com um crescimento impressionante de 110%.

Quando colocamos esses números lado a lado, fica claro: não estamos falando só de entretenimento, mas de uma engrenagem vital da economia. Uma engrenagem que envolve logística, tecnologia, comunicação, turismo, moda, gastronomia, transporte e, principalmente, pessoas.

A economia criativa, da qual esse setor faz parte, já representa mais de 2 milhões de empresas no Brasil, movimentando R$ 110 bilhões, o equivalente a 2,7% do PIB nacional. É impossível ignorar a relevância dessa cadeia.

E ainda assim, por muito tempo, esse universo foi visto apenas como “festa”. O que defendo e vivo como executiva da Holding Clube, um conglomerado de empresas envolvida nos maiores eventos do país, é o reconhecimento de que festa também é futuro, desenvolvimento e motor de inovação.

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A cultura gera pertencimento, mas também gera receita. O entretenimento alimenta memórias, mas também sustenta famílias. A música emociona, mas também paga salários.

Acredito profundamente no poder desse setor, porque, no fim, o que sustenta qualquer indústria são as pessoas. E não existe nada mais transformador do que ver pessoas reunidas e conectadas pela energia coletiva de uma experiência.

Para mim, diversão é estratégia. E cada vez que vejo um evento sair do papel e se tornar realidade, tenho certeza: estamos construindo algo muito maior do que apenas um momento bonito. Estamos movimentando histórias, economias e futuros.

*Juliana Ferraz é sócia da Holding Clube e tem quase 30 anos de carreira no universo da comunicação e eventos no Brasil.

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Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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Programas de Trainee: Saiba Como se Destacar na Seleção

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Ainda é tempo de se inscrever para os processos de seleção de trainees em algumas das maiores empresas no Brasil. No segundo semestre, diversas empresas abrem programas para atrair jovens talentos em início de carreira. Apenas em julho, a plataforma de empregos Infojobs registrou a abertura de mais de mil vagas de trainee. Entre as companhias com processos seletivos abertos atualmente estão Ambev, SulAmérica e Kraft Heinz.

As oportunidades abrangem diversas regiões do país, com salários que podem chegar a R$ 9 mil. Os programas também oferecem benefícios como assistência médica e odontológica, participação nos lucros, horários flexíveis e acesso a programas de bem-estar e saúde mental, como academia e terapia.

Como funciona um programa de trainee

Como são a principal porta de entrada para muitas companhias, os processos são concorridos e é necessário se preparar – da inscrição à entrevista. Em um programa de trainee, o profissional passa por diferentes áreas em um prazo de um ou dois anos. A ideia é que ele conheça a fundo a empresa e seus setores, tenha contato com diferentes profissionais e lideranças e que os mais bem avaliados permaneçam na companhia.

Entre os pré-requisitos mais comuns para participar dos processos seletivos em aberto estão formação superior concluída ou em andamento (com conclusão entre 2023 e 2025, a depender da empresa), domínio intermediário ou avançado de inglês, disponibilidade para viagens e experiência profissional de até dois anos após a graduação. Algumas companhias também pedem disponibilidade para mudança de cidade e para atuar no modelo presencial.

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Abaixo, veja como se inscrever nas vagas de trainee e confira as dicas de executivos ouvidos pela Forbes para se destacar nos processos seletivos e garantir a sonhada vaga.

Empresas com vagas de trainee:

Shopee: inscrições aqui até 4 de setembro;

Ambev: inscrições aqui até 8 de setembro;

Saint-Gobain Brasil: inscrições aqui até 16 de setembro;

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Kraft Heinz Brasil: inscrições aqui até 18 de setembro;

Rede D’Or e SulAmérica: inscrições aqui até 22 de setembro;

Obramax: inscrições aqui até 22 de setembro;

Ausenco: inscrições aqui até 30 de setembro.

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Dicas para garantir uma vaga de trainee

Demonstre protagonismo

Autenticidade, visão de futuro e conexão com propósito estão no topo da lista do que grandes empresas esperam de seus trainees. Na Ambev, que tem um dos programas mais concorridos do país, a régua é clara: a empresa procura protagonistas. “Os trainees chegam liderando projetos e tomando decisões reais”, explica João Vitor Marinho, diretor de Atração e Desenvolvimento de Pessoas. O executivo acrescenta que, além da visão 360º do negócio, pesa a ambição de assumir responsabilidades desde o início.

Tenha visão ampla e voltada ao negócio

Renato Luzzi, diretor de Pessoas, Mobilidade e Logística da SulAmérica, explica que o diferencial buscado pela empresa está em candidatos capazes de enxergar o todo. “Não buscamos apenas bons executores, mas profissionais com potencial para se tornarem líderes com visão ampla e integrada do negócio”, diz. Segundo ele, características como curiosidade, empatia e habilidade de construir pontes entre áreas pesam tanto quanto raciocínio lógico.

Seja curioso e colaborativo

Para Gustavo Siqueira, vice-presidente de RH da Saint-Gobain para a América Latina, a inovação nasce da pluralidade de ideias, e, por isso, a empresa procura pessoas curiosas, corajosas e colaborativas. “Queremos alguém que combine propósito com ação, transformando boas ideias em resultados concretos.”

Questione

Não há respostas certas ou perfis ideais no processo seletivo da Kraft Heinz. “Queremos aqueles que sabem ouvir, mas também questionar”, afirma Carol Dias, diretora de People e Performance da companhia. Para ela, o processo é uma via de mão dupla: “Enquanto se prepara, pergunte-se também se essa é a jornada que você quer viver”.

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Prepare-se e estude a empresa

Mesmo com estilos distintos, os líderes concordam em um ponto: preparação é fundamental, mas autenticidade faz a diferença. “Conecte suas experiências aos valores da empresa. Durante as dinâmicas, é essencial demonstrar colaboração e escuta ativa”, aconselha Siqueira. Estuda e conhecer o setor também é indispensável. “Se destacam os candidatos que trazem uma perspectiva informada e crítica, indo além do que está na superfície do site institucional”, afirma Luzzi, da SulAmérica.

Para Carol Dias, vulnerabilidade também pode ser uma virtude: “Não se preocupe em ter todas as respostas. Mostre curiosidade genuína, resiliência diante de desafios e transparência sobre seus sonhos, mesmo os que parecem grandes demais.”

O que define a etapa final

Alguns pontos negativos durante o processo seletivo tendem a se repetir e podem custar a vaga. Entre os mais comuns, os executivos citam superficialidade e falta de preparo. “Respostas genéricas, sem conexão real com o negócio, ou a tentativa de se encaixar em um perfil que não corresponde à própria autenticidade, são sinais de alerta”, afirma Siqueira. “O foco excessivo no ‘eu’, em detrimento do ‘nós’, demonstra imaturidade. O verdadeiro protagonista é aquele que eleva o nível da discussão em equipe”, diz Luzzi.

Na etapa final, o que separa os aprovados é a clareza de propósito e a presença executiva. “O diferencial está em demonstrar protagonismo e senso de empreendedorismo, sem abrir mão da humildade para aprender”, resume Siqueira. Para Luzzi, a paixão também um filtro importante: “Conquista a vaga quem nos convence de seu alinhamento de propósito e do impacto que deseja gerar na vida das pessoas.”

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As dicas se confirmam no olhar externo da Korn Ferry, consultoria especializada em recrutamento e processos seletivos. “Na fase final, todos têm alta capacidade técnica. O que define é a confiança, serenidade e clareza de propósito. Presença executiva é decisiva para conquistar a vaga”, afirma Aline Riccio, vice-presidente comercial de RPO & Projetos de Recrutamento.

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