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Saúde

Por que nós arrotamos? Entenda o comportamento do corpo humano

Redação Informe 360

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O arroto é uma massa gasosa que escapa do nosso esôfago para a faringe de forma repentina, sendo uma forma do corpo liberar o excesso dos gases que se acumulam no estômago. É um mecanismo natural e importante para a saúde, que pode acontecer até 30 vezes por dia em uma pessoa comum, principalmente se for consumido algumas bebidas gaseificadas ou certos alimentos.

Apesar de ser um processo biológico normal do corpo humano, o ato de arrotar pode ser visto em algumas culturas e situações como falta de educação. Já em alguns locais e culturas, arrotar depois de uma refeição é considerado um sinal de boa educação e satisfação pela comida. Em algumas situações, arrotar pode ser indício de que o corpo está saudável, e outros, de que existe algo de errado.

Seja como for, o arroto é um processo curioso que acontece em nosso corpo. Mas, você sabe o porque e como arrotamos, e também quais doenças podem contribuir para arrotarmos mais? Saiba tudo na matéria abaixo.

mulher com blusa verde, mão na barriga e outra mão no rosto
Arrotar é uma forma que o corpo tem de liberar o excesso de gases que estão acumulados em nosso estômago, agindo como um regulador natural do corpo. (Imagem: Freepik)

Por que nós arrotamos? A ciência explica

Como dito anteriormente, arrotar é uma forma que o corpo tem de liberar o excesso de gases que estão acumulados em nosso estômago, agindo como um regulador natural do corpo. Sem ele, o estômago poderia acumular muito dióxido de carbono, aumentando a sua pressão. Quando arrotamos, o ar sobe do estômago e faz vibrar a válvula que fica entre o esôfago e a boca.

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A massa gasosa pode se acumular em nosso organismo por diversos motivos. Um deles é o ato de engolir ar sem querer (aerofagia), sendo uma das causas mais comuns. Ela pode acontecer quando a pessoa masca chiclete, bebe de canudo, fala e come ao mesmo tempo, fuma ou tem ataques de ansiedade, por exemplo. O processo é o seguinte:

  1. Ao engolir algo, como saliva, bebidas e alimentos, também engolimos ar;
  2. O ar acumula-se na parte superior do estômago, fazendo com que ele se estique;
  3. O músculo na parte inferior do esôfago relaxa;
  4. Os gases são expelidos pela boca.

Para os bebês, o arroto é bastante importante, sendo que eles precisam de ajuda para o ato. Eles costumam engolir muito ar enquanto mamam no peito e, por isso, é imporante que um adulto faça a criança arrotar antes de colocá-la para dormir. Caso contrário, ela pode passar mal, ou ter consequências como cólicas.

mulher com a mão na boca fazendo careta
Muitas vezes, alimentos não são digeridos por completo em nosso trato digestivo, fazendo com que bactérias e fungos presentes em nosso corpo acabem consumindo esses restos e produzindo gases. (Imagem: Freepik)

Pessoas adultas também podem sofrer com casos de aerofagia e falta de arrotar, como flatulência, sensação de inchaço na barriga, queimação na região do estômago e dor abdominal. Muitas vezes, em adultos, as dores causadas pelos gases podem ser confundidas com as de problemas cardíacos.

O consumo de alguns tipos de comidas e bebidas, como refrigerantes, bebidas alcoólicas e alimentos ricos em amido, açúcar ou fibras também podem causar um acúmulo de ar no esôfago. Entre eles, estão inclusos: lentilha, feijão, repolho, cebola, brócolis e banana.

Muitas vezes, esses alimentos não são digeridos por completo em nosso trato digestivo, fazendo com que bactérias e fungos presentes em nosso corpo acabem consumindo esses restos e produzindo o gás.

ilustração mostrando sintomas de intolerancia a lactose
Intolerância a lactose é uma das condições que pode provocar arrotos. (Imagem: Freepik)

Quais doenças contribuem para arrotarmos mais?

Além dos motivos citados, existem diversas doenças que podem causar uma maior frequência de arrotos. Geralmente, as circunstâncias que geram arrotos excessivos tem relação com o estômago, duodeno, vesícula biliar e esôfago.

Entre elas estão o refluxo gastroesofágico crônico (GERD), a dispepsia e o transtorno de ruminação. Além disso, pessoas com intolerância à lactose e doença celíaca também podem ter mais episódios de arrotos e flatulências.

Algumas doenças que podem causar arrotos:

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  • Refluxo gastroesofágico: o ácido do estômago volta para o esôfago, causando azia e arrotos; 
  • Hérnia de hiato: o estômago se desloca para o tórax, dificultando o controle do refluxo ácido; 
  • Gastrite: o revestimento do estômago fica irritado; 
  • Úlcera gástrica: pode ser causada por uma infecção do estômago pela bactéria Helicobacter pylori;
  • Intolerância à lactose: pode causar excesso de gases e arrotos; 
  • Síndrome do intestino irritável (SII): pode causar cólicas abdominais, inchaço e diarreia ou constipação.

Contudo, o ato de arrotar só precisa se tornar motivo de preocupação caso ele se torne muito repetitivo e comece a afetar a rotina, causando desconforto ou constrangimentos, por exemplo. Caso isso aconteça, é preciso procurar um médico para tratar a doença que esteja causando o problema, caso ela exista. O uso de medicamentos pode ser outra medida usada para ajudar a combater esses quadros.

Caso a pessoa esteja com o estômago muito distendido e com dificuldade em arrotar, ela pode deitar do lado esquerdo para ajudar na expulsão do gás. Para diminuir a formação dos gases no estômago, também é recomendável a adoção de uma dieta equilibrada, reduzindo o consumo dos alimentos que podem aumentar a produção do elemento.

ilustração mostrando sintomas de gastrite
A gastrite é outra condição de saúde que pode causar arrotos. (Imagem: Freepik)

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Saúde

O que é o bicho geográfico? Entenda a condição de saúde, causas e tratamento

Redação Informe 360

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Quando chega o verão, também chega a temporada de férias na praia. A sensação da areia nos pés é revigorante, mas, às vezes, um parasita indesejado pode voltar para casa com você. Estamos falando da Larva migrans cutânea, popularmente conhecida no Brasil como “bicho geográfico”.

Embora o nome possa soar quase inofensivo ou curioso, quem já teve a infecção sabe que o desconforto é real. A condição, muito comum em países tropicais, não escolhe idade e está diretamente ligada aos locais onde nossos animais de estimação circulam. Mas o que exatamente acontece sob a pele e como se livrar desse hóspede indesejado?

O que causa o bicho geográfico e como tratar?

Para entender a doença, primeiro precisamos apresentar o culpado. O bicho geográfico é causado, na maioria das vezes, por larvas de parasitas intestinais de cães e gatos, sendo o Ancylostoma braziliense o mais comum.

O ciclo de vida desses parasitas começa no intestino dos animais. Os ovos do verme são eliminados nas fezes de cães e gatos infectados. Quando essas fezes entram em contato com solos quentes, úmidos e arenosos (como praias ou tanques de areia em parquinhos), os ovos eclodem e liberam as larvas.

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Parasita intestinal de cães e gatos Ancylostoma braziliense
Parasita intestinal de cães e gatos Ancylostoma braziliense (Imagem: Reprodução/wikidoc)

É aqui que entra o ser humano, funcionando como um hospedeiro acidental. Ao pisarmos descalços ou sentarmos nessa areia contaminada, a larva penetra diretamente na pele humana, iniciando a infecção.

Por que “bicho geográfico”?

O nome popular é uma descrição visual perfeita do sintoma. Como o ser humano não é o hospedeiro natural do parasita, a larva não consegue perfurar as camadas mais profundas da pele para atingir a corrente sanguínea (como faria no cão).

O resultado? Ela fica presa na epiderme, vagando sem rumo. Enquanto se desloca, ela escava túneis visíveis, criando lesões lineares e sinuosas que se assemelham ao desenho de um mapa, daí o nome “geográfico”.

Bicho geográfico, larva migrans cutânea
Bicho geográfico, larva migrans cutânea (Imagem: Reprodução/Portal Drauzio Varella)

Sintomas e diagnóstico

O principal sintoma, além da marca visual avermelhada que cresce dia após dia (a larva pode avançar alguns milímetros ou centímetros diariamente), é uma coceira intensa. O prurido costuma piorar durante a noite.

O diagnóstico é essencialmente clínico. Ou seja, não são necessários exames de sangue ou biópsias complexas. Um clínico geral ou dermatologista identifica a infecção apenas observando o aspecto característico das lesões na pele e ouvindo o relato do paciente sobre onde ele esteve recentemente.

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Do que a larva se alimenta?

Uma dúvida comum e um tanto agoniante, é sobre a alimentação do parasita dentro do corpo humano. Diferente do que ocorre no intestino do animal, onde o verme adulto se alimenta de sangue, na pele humana a larva se nutre basicamente de fluidos teciduais e detritos celulares da epiderme enquanto tenta sobreviver. Sem tratamento, ela acaba morrendo após algumas semanas ou meses, pois não consegue completar seu ciclo evolutivo em humanos.

Tratamento

Apesar de a infecção ser autolimitada (o parasita morre eventualmente), ninguém quer (ou deve) aguentar a coceira e a inflamação por tanto tempo. O tratamento visa matar a larva rapidamente e aliviar os sintomas.

Conforme a lembrança correta mencionada anteriormente, a abordagem médica geralmente envolve o uso de anti-helmínticos (vermífugos):

  • Via tópica: Para casos leves, pomadas contendo tiabendazol podem ser aplicadas diretamente na lesão.
  • Via oral: Em casos mais extensos ou com múltiplas lesões, médicos prescrevem antiparasitários orais, como albendazol ou ivermectina.

É importante ressaltar que métodos caseiros, como aplicar gelo ou tentar furar a pele para retirar a larva, não são recomendados e podem causar infecções bacterianas secundárias. Ao notar qualquer linha vermelha que “anda” pela pele, a melhor rota é sempre o consultório médico.

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Saúde

Obesidade abdominal e perda muscular aumentam risco de morte após os 50

Redação Informe 360

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Um estudo brasileiro, em parceria com o Reino Unido, revela que a combinação de obesidade abdominal e perda de massa muscular aumenta o risco de morte em 83% após os 50 anos. Pesquisadores da UFSCar e da University College London alertam para a importância do diagnóstico precoce da obesidade sarcopênica, condição que compromete a autonomia e a qualidade de vida.

A pesquisa mostra que métodos simples, como medir a circunferência abdominal e estimar a massa muscular, podem identificar indivíduos em risco, evitando exames complexos e dispendiosos. Intervenções precoces, incluindo acompanhamento nutricional e exercícios, podem melhorar a saúde e prolongar a vida, afirma o MedicalXpress.

Obesidade abdominal e perda de músculo aumentam risco de morte, mas ações simples como exercícios e nutrição podem proteger a saúde.
Obesidade abdominal e perda de músculo aumentam risco de morte, mas ações simples como exercícios e nutrição podem proteger a saúde. Imagem: grinvalds/iStock

Entenda por que a obesidade sarcopênica é preocupante

A obesidade sarcopênica, também chamada de síndrome da fragilidade, combina perda de massa muscular com aumento da gordura corporal. Essa condição está associada a quedas, comorbidades e à redução da capacidade funcional dos idosos.

Além de avaliar o risco de morte associado à obesidade abdominal e à baixa massa muscular, conseguimos comprovar que métodos simples podem ser utilizados para detectar a obesidade sarcopênica.

Tiago da Silva Alexandre, professor da UFSCar e um dos autores do estudo, em nota.

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A detecção precoce permite intervenções mais eficazes e melhora a qualidade de vida de pessoas com 50 anos ou mais.

Perda muscular e gordura em excesso prejudicam idosos. Diagnóstico simples ajuda a identificar e tratar a obesidade sarcopênica precocemente.
Perda muscular e gordura em excesso prejudicam idosos. Diagnóstico simples ajuda a identificar e tratar a obesidade sarcopênica precocemente. Imagem: rasamma/Shutterstock

Métodos acessíveis tornam o diagnóstico mais simples

Tradicionalmente, a obesidade sarcopênica é identificada por exames complexos, como ressonância magnética, tomografia, bioimpedância ou densitometria. Apesar da precisão, esses métodos são caros e pouco acessíveis.

O estudo demonstrou que métodos simples podem ser eficazes na detecção precoce:

  • Medição da circunferência abdominal
  • Estimativa da massa magra com equações clínicas que consideram idade, sexo, peso, altura e raça
  • Avaliação periódica para rastrear alterações ao longo do tempo

“Pela primeira vez, mostramos que é possível rastrear esses indivíduos precocemente usando ferramentas simples”, reforça Alexandre.

Massa muscular adequada pode proteger mesmo com obesidade abdominal; a combinação das duas condições é que representa maior risco.
Massa muscular adequada pode proteger mesmo com obesidade abdominal; a combinação das duas condições é que representa maior risco. Imagem: kwanchai.c/Shutterstock

Impacto da gordura e da perda muscular no metabolismo

O estudo acompanhou 5.440 participantes do Estudo Longitudinal Inglês sobre Envelhecimento (ELSA) por 12 anos. A combinação de obesidade abdominal e baixa massa muscular elevou o risco de morte em 83%, enquanto a baixa massa muscular isolada reduziu o risco em 40%.

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Valdete Regina Guandalini, professora da UFES e pesquisadora do estudo, explica: “O excesso de gordura intensifica processos inflamatórios que comprometem diretamente o tecido muscular, prejudicando suas funções metabólicas, endócrinas, imunológicas e funcionais.”

Curiosamente, indivíduos com obesidade abdominal, mas massa muscular adequada, não apresentaram risco maior de morte, reforçando que a combinação das condições é o maior problema.

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Critérios usados no estudo

Para padronizar a definição de obesidade sarcopênica, os pesquisadores utilizaram os seguintes critérios:

  • Obesidade abdominal: circunferência >102 cm para homens e >88 cm para mulheres
  • Baixa massa muscular: índice de massa muscular esquelética <9,36 kg/m² para homens e <6,73 kg/m² para mulheres

Essas medidas simples podem ajudar médicos e idosos a identificar riscos e agir antes que complicações graves ocorram.

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Saúde

FDA aprova implante auditivo para bebês a partir de 7 meses nos Estados Unidos

Redação Informe 360

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A FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou o uso do implante coclear da MED-EL para crianças a partir de 7 meses com perda auditiva sensorioneural bilateral. A decisão amplia significativamente o acesso à tecnologia, permitindo que bebês tenham contato mais cedo com estímulos sonoros essenciais para o desenvolvimento da fala. As informações são da Medical Express.

Implante coclear chega a mais crianças

Com a aprovação, o sistema da MED-EL se torna o único implante coclear autorizado nos EUA para crianças tão jovens. A medida também expande os critérios audiológicos e de fala para crianças a partir de 12 meses, ampliando o grupo elegível para receber o dispositivo.

Com a aprovação, o sistema da MED-EL se torna o único implante coclear autorizado nos EUA para crianças tão jovens
O sistema da MED-EL se torna o único implante coclear autorizado nos EUA para crianças tão jovens (Imagem: Tutye / iStock)

Segundo a empresa, oferecer acesso ao som o mais cedo possível pode gerar impactos positivos para toda a vida da criança, especialmente na fase crítica de desenvolvimento da linguagem.

Estudos indicam alta taxa de sucesso

A decisão da FDA se baseou em um estudo com 123 crianças, entre 7 e 71 meses. Os resultados mostraram taxas de sucesso clínico entre 81% e 88% no primeiro ano de uso do implante coclear, com baixa incidência de complicações — todas já conhecidas e esperadas para esse tipo de procedimento.

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Lista dos principais destaques do estudo:

  • 81% a 88% de sucesso clínico no primeiro ano;
  • Baixa taxa de complicações, semelhante entre bebês e crianças mais velhas;
  • Todos os eventos adversos dentro do escopo conhecido para implante coclear.
Menino recém-nascido dormindo
Decisão da FDA se baseou em um estudo com 123 crianças, entre 7 e 71 meses (Imagem: NataliaDeriabina / iStock)

A FDA também prevê um estudo pós-aprovação para acompanhar crianças que se enquadram nos novos critérios, garantindo monitoramento contínuo da segurança e eficácia.

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