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Saúde

Dengue: apesar da alta nos casos, pico ainda deve ocorrer 

Redação Informe 360

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Segundo estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil caminha para um recorde de casos de dengue em 2024, podendo alcançar os 4,2 milhões de pessoas infectadas — quase o triplo do que foi registrado ano passado. A previsão corrobora com o alerta de especialistas, que apontam que o pior ainda está por vir.

Para quem tem pressa: 

  • Em entrevista ao G1, Alexandre Naime, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), disse que não é possível prever o pico da doença, mas pode ocorrer entre maio e abril;
  • O boom mais acentuado dependerá das condições climáticas;
  • Vale lembrar que em 2019 e 2022, dois anos em que o Brasil registrou mais de um milhão de casos, o pico ocorreu em maio;
  • Em 2023, o ápice da doença foi em abril — parte devido à influência do El Niño — entenda aqui a relação;
  • Especialistas acreditam que a curva deve começar a cair somente no inverno — mas sem previsões confirmadas.

Quanto maior o período de calor e chuva, maior a chance de estender o período de maior incidência de dengue por conta da maior facilidade que o mosquito tem de reproduzir. Isso tem correlação direta com mudanças climáticas.

Infectologista Alexandre Naime . 

Até agora, o Brasil conta com mais de 740 mil casos prováveis de dengue, um aumento de quase 350% em relação ao mesmo período ano passado. Além disso, já são 151 mortes confirmadas e 501 sob investigação. Importante lembrar que nos dois últimos anos o país bateu recorde de mortes, ultrapassando os mil óbitos pela doença.

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A explosão de casos de dengue no Brasil

A dengue possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, e todos podem causar diferentes formas da doença, ou seja, uma pessoa pode ter um tipo diferente de dengue quatro vezes na vida — sem mencionar as reinfecções, geralmente mais graves.

Os tipos 1 e 2 são mais circulantes, no entanto, 2024 está vivendo o retorno da dengue tipo 3 e tipo 4, sorotipos mais virulentos, o que explica a explosão de casos e a preocupação de especialistas, já que parte da população não tem anticorpos contra esses tipos — extintos por aqui há mais de 10 anos (por isso a preocupação em vacinar crianças e adolescentes).

Segundo o Centro de Operações de Emergências do governo federal, cinco estados (AC, GO, MG, ES e RJ) e o DF já declararam emergência em saúde pública devido à dengue. Alguns especialistas indicam medidas para se proteger, entre elas, o uso do repelente. Confira detalhes aqui!

Olhar Digital e G1

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Saúde

Sonhos e pesadelos: o que são e por que ocorrem?

Redação Informe 360

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Durante o sono, nossa mente embarca em uma jornada única e enigmática: os sonhos. Com suas narrativas, que podem ser absurdas, intrigantes ou até assustadoras, tanto os sonhos quanto os pesadelos fascinam a humanidade há milênios.

Neste artigo exploramos as diferenças entre sonhos e pesadelos, as principais teorias psicológicas que os explicam e as razões pelas quais essas manifestações ocorrem. Acompanhe!

(Imagem: Yuganov Konstantin/Shutterstock)

O que são os sonhos?

Os sonhos são experiências mentais que ocorrem, principalmente, durante a fase REM do sono. Eles consistem em sequências de imagens, sons, pensamentos e sensações, muitas vezes refletindo desejos, ideias e conceitos que o inconsciente transforma em narrativas simbólicas.

Vários pensadores têm teorias sobre os sonhos. Para Sigmund Freud, em “A Interpretação dos Sonhos”, os sonhos representam a “realização de um desejo“. Ele os dividiu em dois níveis: o sentido latente, que revela desejos inconscientes reprimidos, e o sentido manifesto, um disfarce criado pelo superego para tornar esses conteúdos mais aceitáveis.

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, ampliou essa visão ao enxergar os sonhos como ferramentas da psique para buscar equilíbrio por meio da compensação. Para ele, os sonhos trazem conteúdos do inconsciente ao consciente, utilizando personagens e situações carregadas de simbolismo.

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Imagem: Vitória Lopes Gomez (gerada com IA)/Olhar Digital

O que são os pesadelos?

Os pesadelos são sonhos desagradáveis que despertam emoções intensas, como medo, ansiedade ou tristeza, geralmente resultando em um despertar abrupto. Eles surgem de um conflito entre os desejos inconscientes e o que o indivíduo (ou a sociedade) considera correto

Esses sonhos negativos são frequentemente marcados pela censura do superego ou pela internalização de normas externas, gerando desconforto ou medo.

(Imagem: Shutterstock)

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Qual é a diferença entre sonhos e pesadelos?

Enquanto ambos os fenômenos estão ligados ao funcionamento do cérebro e às experiências vividas, os pesadelos possuem uma carga emocional negativa mais intensa. Eles podem refletir situações de sofrimento, como estresse ou traumas.

Além disso, os sonhos podem influenciar nosso comportamento. Por exemplo, sonhar que está urinando pode levar a episódios de enurese noturna. Há também casos de pessoas que se alimentam durante o sonambulismo, ilustrando como o sono pode impactar nosso comportamento de maneira inesperada.

(Imagem: Shutterstock)

Por que temos sonhos e pesadelos?

Sonhos e pesadelos desempenham papéis importantes no equilíbrio emocional e mental. Segundo a Psicologia, eles podem ser reflexos de desejos, medos ou preocupações, atuando como um mecanismo de processamento de experiências vividas. Já na Neurociência, os sonhos estão associados à atividade cerebral durante o sono, contribuindo para a consolidação da memória e para a recuperação da saúde mental.

(Imagem: Shutterstock)

Os pesadelos, em especial, podem sinalizar problemas, como altos níveis de estresse, apneia do sono ou condições de saúde mental, como o transtorno de estresse pós-traumático (PTSD).

Eles também podem se desencadear por fatores físicos, como febre, posição de dormir ou ingestão de alimentos antes do sono. Simbolicamente, os pesadelos podem ser interpretados como avisos ou manifestações de conflitos internos que precisam ser resolvidos.

É possível ter um sonho seguido de pesadelo e vice-versa?
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Sim, é comum que sonhos e pesadelos se alternem durante a noite, já que ambos ocorrem na fase REM do sono e refletem a dinâmica do estado emocional e mental de cada pessoa.

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Saúde

Câncer de próstata: como o exame do toque identifica alterações na saúde do homem?

Redação Informe 360

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Apesar de acometer muitos brasileiros, o câncer de próstata, que afeta a glândula do sistema reprodutor masculino, é um dos tipos da doença com mais chances de cura. Para isso, é essencial que a pessoa consiga o diagnóstico de maneira precoce.

Em caso de suspeita de problemas na glândula, o médico urologista pode solicitar diversos exames, como o PSA, que, por meio da coleta de sangue, permite a quantificação da proteína produzida pela próstata. Caso o tamanho dela esteja aumentado, a concentração de PSA será maior. 

Há também a ultrassom para verificar se há alterações ou lesões na glândula, além da biópsia, que consiste na retirada de uma amostra do tecido da próstata para análise laboratorial. Tem também o exame de toque, que se tornou um grande tabu entre os homens, mas que é fundamental para a identificação de problemas. A seguir, saiba mais sobre como ele identifica alterações na saúde do homem.

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Exame do toque retal

O exame do toque retal é o mais indicado para identificar problemas no ânus e no reto do paciente, como hemorroidas, câncer de próstata, prostatite (inflamação da próstata) e hiperplasia (aumento da próstata), além de outros problemas, como fissuras anais. O procedimento dura cerca de 10 segundos, é indolor e não traz riscos à saúde. 

No caso do exame para rastrear se o paciente está com câncer de próstata, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), ligado ao Ministério da Saúde, afirma que o médico e o paciente precisam decidir se o exame precisa ser realizado. Geralmente ele é feito em conjunto com o PSA. 

Isso porque não há evidências de que a realização do toque em homens assintomáticos reduza a mortalidade pela doença. Apesar de concordar com o INCA, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) indica que os homens negros e com histórico familiar de câncer realizem o exame a partir dos 45 anos. Nesse caso, o médico precisa determinar a periodicidade. 

Imagem: Peakstock/Shutterstock

Como é realizado o exame?

A posição para a realização do exame varia conforme cada médico, podendo ser feito com o paciente de barriga para cima, em pé, deitado de lado ou de alguma outra forma. Dessa maneira, o especialista, utilizando uma luva e lubrificante, introduz o dedo no ânus do paciente. 

Durante 10 segundos, ele analisa a região para notar se há anomalias na glândula. Também é possível que o doutor peça para que o paciente faça força como se fosse evacuar, o que ajuda a relaxar a musculatura e o médico consegue fazer uma análise mais eficaz.

O toque não é suficiente para identificar o câncer

Apesar de ser muito importante para a identificação da doença, o exame do toque não identifica por si só o câncer de próstata. Sendo assim, o médico pode pedir outros tipos de exames, como a ultrassom e biópsia. 

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Câncer de próstata pode matar?

Sim. Em 2023, por exemplo, o Ministério da Saúde registrou 17.093 mortes pela doença no Brasil. Conforme um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), são 47 óbitos por dia. Porém, como destacado ao longo do texto, se for descoberto precocemente, o câncer de próstata tem altas chances de cura.

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Saúde

Estudo revela um inovador método contraceptivo masculino

Redação Informe 360

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Um estudo recente da Universidade Stellenbosch (SU) revelou um avanço na contracepção masculina com um hidrogel reversível e não hormonal, desenvolvido pela cientista Kyla Raoult.

O hidrogel, quando injetado no ducto deferente (canal que transporta o esperma), se expande em resposta aos fluidos corporais, criando uma barreira que bloqueia o esperma, mas permite a passagem do fluido seminal.

O esperma bloqueado é reabsorvido pelo corpo, como ocorre após uma vasectomia. A técnica, que pode ser realizada em consultórios médicos, oferece uma opção contraceptiva reversível e sem os efeitos colaterais dos métodos hormonais.

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Homem guardando uma cartela de comprimidos no bolso
Método não hormonal oferece uma alternativa segura e reversível para os homens – Crédito: monte_a/Shutterstock

Pesquisadora explica como o método pode ser revertido

  • Raoult explica que o hidrogel é composto por dois polímeros seguros para o corpo humano.
  • A reversibilidade é possível ao injetar uma solução que quebra as ligações químicas no gel, fazendo-o se dissolver.
  • A cientista, motivada pela falta de opções contraceptivas masculinas eficazes e reversíveis, destaca a importância de criar alternativas que permitam aos homens contribuir na prevenção de gestações não planejadas, promovendo a igualdade de gênero na contracepção.

Embora o projeto ainda esteja em desenvolvimento, Raoult já trabalha na empresa NEXT Life Sciences, nos EUA, focada no aprimoramento dessa tecnologia. Ela também menciona o RISUG, um contraceptivo similar desenvolvido na Índia, como base para seu trabalho.

Contudo, mais testes laboratoriais e clínicos são necessários antes de o produto estar disponível no mercado. Raoult espera que a tecnologia, quando finalizada, se torne uma alternativa segura e amplamente acessível para os homens.

anticoncepcional
Método ainda precisa passar por mais testes, mas surge como opção promissora para se tornar uma alternativa segura de anticoncepcional masculino (Imagem: New Africa/Shutterstock)

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