Saúde
Saúde alerta para casos de sarampo e queda na vacinação no Brasil

O Ministério da Saúde emitiu alerta nacional após registrar 34 casos confirmados de sarampo no país em 2025 até a Semana Epidemiológica 38 (29 de setembro a 5 de outubro). A medida visa reforçar a vigilância e as ações de prevenção nos estados e municípios, especialmente para evitar a reintrodução do vírus em território nacional.
Segundo a pasta, nove casos são de viajantes que retornaram do exterior, 22 estão relacionados a contatos com pessoas infectadas fora do país e três apresentam compatibilidade genética com vírus em circulação internacional. Atualmente, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso estão classificados como estados em surto ativo de sarampo, segundo a Jovem Pan.
Surtos se concentram em regiões com baixa vacinação
No Tocantins, o surto teve início em julho no município de Campos Lindos, após o retorno de quatro brasileiros que haviam estado na Bolívia. A baixa adesão à vacinação na comunidade local facilitou a rápida transmissão.

No Maranhão, foi confirmado um caso em uma mulher de 46 anos, não vacinada, moradora de Carolina, cidade que faz divisa com Campos Lindos. Já em Mato Grosso, o surto começou em Primavera do Leste, afetando três pessoas da mesma família, todas não vacinadas e que também estiveram na Bolívia.
À Agência Brasil, a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, alerta que a queda na cobertura vacinal é o principal fator para o retorno do sarampo. “Antes, o vírus até entrava, mas não causava surto porque a população estava protegida. Agora, encontra muitas pessoas suscetíveis”, explica.
Queda na cobertura vacinal preocupa autoridades
De acordo com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), em 2024, o Brasil registrou cobertura vacinal de 95,7% na primeira dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e 74,6% na segunda. Já em 2025, houve queda para 91,2% e 74,6%, respectivamente, abaixo da meta de 95% definida pelo Ministério da Saúde.
Essa redução aumenta a vulnerabilidade à circulação do vírus, especialmente em regiões com cobertura irregular. Segundo Ballalai, “o Brasil tem dimensões continentais e realidades muito diferentes entre os municípios. Há locais com boas coberturas e outros muito abaixo do ideal”.

A especialista destaca ainda a falta de percepção de risco como uma das causas da baixa adesão. “Quando a população não vê perigo, não se mobiliza. Isso muda apenas quando há surto, como vimos com a febre amarela — só após as mortes as filas se formaram nos postos.”
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Situação do sarampo no mundo
O cenário global também é preocupante. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, entre janeiro e 9 de setembro de 2025, foram notificados 360.321 casos suspeitos de sarampo em 173 países, dos quais 164.582 foram confirmados.
As regiões com mais registros foram:
- Mediterrâneo Oriental: 34%;
- África: 23%;
- Europa: 18%.

Nas Américas, foram confirmados 11.691 casos, com 25 mortes em dez países. Os números mais altos vieram do Canadá (5.006), México (4.703) e Estados Unidos (1.514). Na América do Sul, há surtos ativos na Bolívia (320 casos), Paraguai (50), Peru (4) e Argentina (35).
O Ministério da Saúde reforça que a vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenção. O objetivo é impedir que o vírus, já eliminado do Brasil em 2016, volte a se estabelecer no território.
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Saúde
Por que algumas pessoas têm medo de médicos e dentistas?

Você já marcou uma consulta de rotina e, conforme a data se aproximava, sentiu aquele frio na barriga inexplicável? Ou talvez tenha “esquecido” de agendar aquele retorno no dentista ou check-up anual por três anos seguidos?
Calma, você não precisa ter vergonha desse medo e ele é muito mais comum do que parece. O ambiente clínico, com suas luzes brancas, cheiro de antisséptico e o som agudo de certos instrumentos, é capaz de despertar um instinto primitivo de fuga em muita gente.
Embora para alguns seja apenas um desconforto passageiro, para outros, essa ansiedade é paralisante. Esse medo não é “frescura” ou falta de maturidade, mas sim uma resposta psicológica e fisiológica real, muitas vezes enraizada em mecanismos de defesa do nosso cérebro. Mas o que exatamente transforma profissionais de saúde, cujo trabalho é cuidar de nós, em figuras enraizadas em nossos medos?
Por que eu tenho medo de ir ao médico ou dentista?
Para entender esse medo, precisamos primeiro dar nome aos bois. Quando a ansiedade em relação a médicos se torna excessiva e irracional, ela é classificada clinicamente como iatrofobia. Especialistas explicam que a iatrofobia pode causar desde náuseas até ataques de pânico, levando o paciente a adiar cuidados essenciais de saúde.

Já a dentofobia, o medo de ir ao dentista, é uma condição específica que afeta uma parcela significativa da população. Diferente de um simples nervosismo, a dentofobia é um medo intenso que pode ser desencadeado por experiências traumáticas passadas, medo de agulhas ou até mesmo pela sensação de perda de controle ao estar deitado com a boca aberta.
Existem alguns gatilhos principais que a ciência identificou para explicar por que fugimos do consultório:
- O medo do desconhecido (e das más notícias): Muitas vezes, não é o exame físico que assusta, mas o resultado dele. O receio de descobrir uma doença grave ou de ser julgado pelos hábitos de vida faz com que muitas pessoas evitem ir ao médico para não ter que lidar com “más notícias”. É a lógica do “quem procura, acha”, usada de forma prejudicial contra a própria saúde.
- A Síndrome do Jaleco Branco: Você já mediu sua pressão em casa e estava normal, mas no consultório ela foi às alturas? Isso é real. O simples fato de estar em um ambiente médico pode elevar a pressão arterial de pacientes que, fora dali, são normotensos. Esse fenômeno, conhecido como síndrome do jaleco branco, é resultado de como o estresse do ambiente clínico afeta nosso corpo, criando um ciclo vicioso de ansiedade a cada nova consulta.
- Dor e invasão: Procedimentos médicos e odontológicos podem ser invasivos. A antecipação da dor (muitas vezes pior que a dor em si) ativa áreas do cérebro ligadas à ameaça, fazendo com que o corpo se prepare para lutar ou fugir, mesmo que você esteja apenas indo fazer uma limpeza nos dentes.

Entender que esses medos possuem fundamentos biológicos e psicológicos é o primeiro passo. O segundo é lembrar que a medicina evoluiu: hoje, o foco no conforto do paciente e no controle da dor é muito maior do que na época em que muitos desses traumas foram criados.
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Estratégias para vencer o medo
Saber que a fobia existe é importante, mas ter um plano de ação é o que resolve o problema na prática. Enfrentar o consultório não precisa ser uma experiência traumática se você utilizar “hacks” mentais e comportamentais para retomar o controle da situação.
Confira as principais dicas para tornar sua próxima consulta mais tranquila:
- Estabeleça um “sinal de pare”: Combine um gesto com o profissional (como levantar a mão) para interromper o procedimento caso se sinta desconfortável. Isso devolve a sensação de controle.
- Hackeie seu sistema nervoso: Use a respiração 4-7-8 (inspire em 4s, segure por 7s, solte em 8s) enquanto aguarda. Isso força o corpo a sair do estado de alerta.
- Evite a “sofrência” antecipada: Marque consultas sempre no primeiro horário da manhã. Assim, você evita passar o dia todo ruminando sobre o compromisso.
- Bloqueie os gatilhos: Leve fones de ouvido com cancelamento de ruído. Ouvir música ou podcasts ajuda a abafar sons estressantes (como o motorzinho do dentista) e distrai a mente.
- Jogue limpo: Avise o médico ou dentista sobre seu medo logo no início. Profissionais avisados tendem a ser mais pacientes, cuidadosos e explicativos durante o atendimento.
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Saúde
O que é o Dezembro Vermelho e qual sua relação com a Aids?

O mês de dezembro conta com diversas ações de conscientização em saúde, e a mais significativa delas é a campanha Dezembro Vermelho. Ela tem o objetivo de alertar a população sobre a prevenção e o tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), com foco principalmente no HIV e na Aids.
Antigamente, o termo usado era DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), mas foi substituído por ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A nomenclatura foi mudada, pois a palavra “doença” está relacionada a sinais e sintomas visíveis, enquanto a palavra “infecção” abrange condições assintomáticas.
Leia mais:
- HIV registra queda histórica em uma década, mostra estudo
- Por que não conseguimos nos livrar do HIV mesmo após tratamento?
- Dezembro Vermelho: 5 pessoas são infectadas pelo HIV por hora no Brasil
Veja abaixo mais informações sobre a campanha Dezembro Vermelho, e seu importante trabalho de conscientização para um assunto tão importante.

O que é o Dezembro Vermelho e qual sua relação com a Aids?
O Dezembro Vermelho é uma campanha que foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.504/201, com o objetivo de promover atividades de conscientização para a prevenção do vírus HIV, a Aids e outras ISTs. Durante o período, as ações chamam atenção para a prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.
A campanha tem início no Dia Mundial de Luta contra a Aids, que acontece em 1º de dezembro, e ocorre durante todo o mês. São ações educativas e de mobilização da sociedade, com o objetivo de diminuir o preconceito e a discriminação que ainda afeta essas doenças, além de incentivar a realização de testes e tratamento adequado.
A iniciativa também busca alertar a respeito da importância do diagnóstico precoce, pois com ele é possível começar o tratamento o quanto antes. Além disso, são reforçadas as formas de prevenção contra o HIV e a Aids.
As ações são constituídas por um conjunto de atividades e mobilizações relacionadas ao enfrentamento ao HIV e Aids, e às demais ISTs, seguindo os princípios do Sistema Único de Saúde. A campanha é integrada em toda a administração pública, com entidades da sociedade civil organizada e organismos internacionais, devendo promover:
- iluminação de prédios públicos com luzes de cor vermelha;
- promoção de palestras e atividades educativas;
- veiculação de campanhas de mídia;
- realização de eventos.

Não. HIV é a sigla em inglês para Vírus da Imunodeficiência Humana, que ataca o sistema imunológico, enquanto a AIDS é a sigla também em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, estágio mais avançado da doença causada pelo HIV.
Não. O vírus HIV não é transmitido pela saliva, suor, lágrima, abraço ou aperto de mão. A principal forma de transmissão é por meio da relação sexual sem camisinha. Outros meios de se transmitir são: compartilhamento de seringas e agulhas, doação de sangue e aleitamento materno.
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Saúde
É perigoso aplicar adrenalina na veia? Entenda quando o uso é seguro

A morte do menino Benício Xavier, em Manaus, reacendeu um debate urgente: afinal, é perigoso aplicar adrenalina diretamente na veia? O caso, que envolve a prescrição incorreta de adrenalina intravenosa para tratar um quadro respiratório, levou a médica e a técnica de enfermagem a prestarem esclarecimentos à polícia e abriu uma discussão sobre o uso seguro desse medicamento amplamente utilizado em emergências.
Segundo documentos citados pelo G1, a profissional reconheceu ter errado ao indicar a via de administração – um detalhe que pode fazer toda a diferença entre salvar uma vida e colocá-la em risco.
No Brasil, conforme documentos do Ministério da Saúde e orientações técnicas da Anvisa, a adrenalina (também chamada de epinefrina) é um medicamento potente, usado para reverter quadros graves, como reações alérgicas severas e colapsos cardiovasculares. Porém, a forma como ela é administrada – na veia, no músculo ou por nebulização – muda completamente o efeito esperado e o risco associado.
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Adrenalina: o que é e quando a aplicação na veia é perigosa
- É um hormônio natural, produzido pelas glândulas suprarrenais, liberado em situações de estresse ou emergência.
- É usada como medicamento, especialmente para reações alérgicas graves, colapso circulatório ou parada cardíaca.
- A administração na veia é indicada somente em emergências críticas, como parada cardiorrespiratória, e sempre com monitorização.
- O uso errado pode causar taquicardia extrema, arritmias, falta de ar e colapso, segundo documentos oficiais.
- Crianças exigem doses menores e vias específicas, já que o organismo é mais sensível à ação do medicamento.
Quando a adrenalina funciona – e quando se torna perigosa
A adrenalina age de forma rápida: dilata vias aéreas, aumenta a força do coração e melhora a circulação em situações críticas. É justamente por isso que ela salva vidas em alergias severas (anafilaxia) e em paradas cardíacas. Segundo materiais da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e do Tua Saúde, ela precisa ser usada com precisão: dose, via e indicação mudam completamente o perfil de risco.

A Anvisa reforça que a adrenalina injetável pode ser administrada por três vias – intramuscular, subcutânea ou intravenosa – mas que a forma intravenosa exige extremo cuidado, monitoramento e costuma ser reservada para casos graves e específicos.
A bula técnica orienta doses muito pequenas, especialmente para crianças, e alerta que efeitos adversos podem incluir palidez súbita, aumento intenso dos batimentos cardíacos, dificuldade para respirar e lesão tecidual local quando há repetição de injeções.
No caso de Benício, segundo o relato dos pais ao G1, a criança apresentava tosse e suspeita de laringite – condições que normalmente não requerem adrenalina intravenosa, e sim medidas menos invasivas, como nebulização ou medicação oral. A equipe relatou ter se surpreendido com a prescrição, e a técnica de enfermagem admitiu nunca ter aplicado o medicamento pela veia em uma criança.
O risco maior acontece quando a adrenalina entra na corrente sanguínea em velocidade muito alta, causando uma descarga abrupta que o corpo não consegue compensar. Em adultos isso já é perigoso; em crianças, o risco é ainda maior.

Por que a via de administração importa tanto?
A adrenalina age rápido — mas pode agir rápido demais. Isso significa que:
- Na veia, o efeito é imediato e intenso, podendo provocar arritmias graves se não houver monitorização.
- No músculo, é absorvida de maneira mais controlada, sendo a via preferida para alergias graves.
- Por nebulização, tem efeito localizado, abrindo as vias aéreas sem impactar tanto o sistema cardiovascular.
Normalmente, o medicamento deve ser tratado como uma intervenção crítica, e não um recurso rotineiro para quadros comuns, como crises leves de tosse.
Além disso, o Ministério da Saúde orienta que profissionais sigam rigorosamente padrões de dose e via de uso, especialmente em pediatria, na qual pequenas variações podem resultar em efeitos desproporcionais.
A adrenalina é um dos medicamentos mais importantes da medicina de emergência. Usada corretamente, salva vidas em segundos. Usada de forma inadequada, especialmente na veia e em crianças, pode provocar complicações graves e até fatais.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
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