Tecnologia
IA: com avanço avassalador da tecnologia, o Google será extinto?

Há pelo menos duas décadas, usamos o Google para fazer pesquisas na internet. No Brasil, o termo “googlar” virou tão comum no dia a dia que entrou para o dicionário da língua portuguesa.
Só que, com o avanço massivo da inteligência artificial (IA), marcado sobretudo pelo lançamento do chatbot ChatGPT, da OpenAI, em novembro de 2022, muitos nomes do setor começaram a se questionar se o salto dessa tecnologia não derrubaria a hegemonia do Google e mudaria a forma como realizamos buscas na internet.
Como relembra o The Washington Post, o CEO e cofundador da OpenAI, Sam Altman, já afirmou, no passado, que a IA tem boas chances de deixar o Google para trás. Bill Gates, cofundador da Microsoft, por sua vez, previu que a tecnologia emergente será capaz, em algum momento, de fazer tarefas, como pesquisar seu tênis de corrida ideal e realizar um pedido de forma automática para que você, “nunca mais, ir a um site de pesquisa”.
Nessa linha, no fim do mês passado, o ChatGPT apresentou um recurso capaz de bater de frente com o Google: um sistema de buscas em tempo real integrada, que visa aumentar a precisão das informações com IA.

No ano passado, surgiram rumores de que a Apple estaria pensando em criar seu próprio motor de busca para seus apps, como o navegador Safari. Neste ano, a maçã lançou sua própria IA, o Apple Intelligence e sua assistente pessoal, a Siri, pode ficar parecida com o ChatGPT e o Gemini Live, do próprio Google.
Apesar desses esforços, a Apple segue fiel ao Google, tanto que, em julgamento no qual a gigante das buscas foi acusada de monopólio, a criadora do iPhone testemunhou a seu favor. Mas não deu certo: a big tech foi condenada, o que pode causar verdadeira ruptura na forma como realizamos buscas online.
Durante o julgamento, a companhia do Vale do Silício se defendeu com outro argumento relacionado à IA: de que essa e outras tecnologias poderiam atropelar a empresa, pois elas mudam a forma como encontramos as informações (de acordo com o Google). Mas, para piorar o cenário para a big tech, na quarta-feira (20), o governo dos Estados Unidos pediu uma reformulação do Google, de modo a desmontar seu monopólio, inclusive, solicitando a venda do navegador Chrome.
Apesar de toda essa situação contrária, o Post pontua que até é possível que a IA enfraqueça o motor de busca, o mais usado no mundo há mais de 20 anos, mas, que, ao invés, pode ter efeito contrário e fortalecê-lo ainda mais.
Como argumento, o periódico relembra apps e mídias sociais que vários especialistas tinham certeza de que iriam derrubar o Google, mas que só o deixou ainda mais poderoso.
Apps e redes sociais já foram preconizados como substitutos do Google; e isso não aconteceu
- Nos primórdios do iPhone, Facebook e Twitter (atual X), especialistas diziam que o futuro seria planejar férias em um app de viagens, e não mais pesquisando hotéis na gigante das buscas;
- Tanto que, em 2010, o cofundador da Apple, Steve Jobs, disse que, “em um dispositivo móvel, a pesquisa não acontece”;
- Outros pensavam que, ao invés de pesquisar por boas câmeras digitais no Google, passaríamos a pedir opiniões de nossos contatos no Facebook;
- O argumento foi fortalecido por um investidor de tecnologia, que, também em 2010, disse: “Para cada segundo que as pessoas estão no Facebook e para cada anúncio que o Facebook coloca na frente delas, é um segundo a menos que elas estão no Google e um anúncio a menos que o Google coloca na frente delas”;
- Vale salientar, porém, que, em 2024, muitos buscam TikTok, Reddit, Facebook, Amazon e outros para saber algo ou buscar produtos, etc. Contudo, o Post explana que o que foi pensado erroneamente era que todas essas mídias e sites diminuiriam o volume de buscas no Google ou que empobreceriam a empresa;
- Só que não: smartphones e mídias sociais só fizeram o sistema de busca da big tech ficar mais e mais forte ao longo dos anos.
Em 2010, a pesquisa do Google recebeu bilhões de buscas. Atualmente, segundo a empresa, esse número está na casa dos trilhões anuais. Sem contar outros sites e apps da empresa, que, enquanto em 2010, arrecadaram US$ 20 bilhões (R$ 116,01 bilhões, na conversão direta), em 2024, devem conquistar US$ 200 bilhões (R$ 1,16 trilhão) com anúncios apresentados nos resultados de busca, entre outras coisas. Isso significa aumento de 900% em 14 anos.
Ou seja: mudar os hábitos tecnológicos não significa que outros costumes vão mudar junto. As mídias sociais e os smartphones mudaram como recebemos informações e gastamos nosso tempo e dinheiro, mas, também, nos fez pesquisar mais no Google, e não menos.

Leia mais:
- Como pesquisar no Google com 14 dicas para melhorar seus resultados
- 7 configurações de privacidade do Google para mudar agora mesmo!
- Reino Unido: Apple e Google podem ser investigados
IA e o futuro das buscas
É possível que, com a IA, a situação seja a mesma, como também é possível que seja diferente do que foi nos últimos 15 anos. O período foi único de várias formas, de modo que ele pode não ser um bom balizador para nosso futuro.
Desde 2010, a quantidade de pessoas conectadas à internet só aumentou e de forma meteórica, muito por conta de nossa transição dos PCs para os smartphones, que nos fazem ficar mais tempo online. Isso implicava dizer que vários sites poderiam ganhar sem que o Google perdesse.
Mas não pense que a gigante das buscas não se mexeu nesse período. Pelo contrário: ela se transformou para se adaptar aos nossos hábitos de consumo de informação.
Críticos do Google e um juiz federal também acusam a empresa de ter violado leis para afastar as ameaças de mudanças tecnológicas. No âmbito do processo de monopólio, a companhia promete apelar da decisão e se manifestou por meio de nota.
Quando analisamos racionalmente, é possível sim que a IA empurre o Google ladeira abaixo, já que ela faz coisas que smartphones e mídias sociais são incapazes de fazer.
Por exemplo: pense que você está planejando o jardim de sua casa. Você, então, pode pedir a um assistente de IA para guiá-lo nas compras das flores e plantas, bem como para contratar ajuda profissional, sendo desnecessário abrir o celular ou o computador, abrir o Google e realizar essa busca.
Para endossar essa teoria, a OpenAI afirmou que “as pessoas estão recorrendo cada vez mais ao ChatGPT para encontrar informações na web, incluindo as últimas notícias”.

Podemos filosofar a respeito dessa possibilidade, como, também, esse pode ser o erro cometido por Jobs há 14 anos, quando afirmou que ninguém realizava pesquisa no iPhone. Ou, assim como as novidades tecnológicas do período, a IA pode mudar como procuramos informações, mas, ainda assim, seguirmos usando a busca do Google.
“A noção de que podemos prever como essas novas tecnologias vão evoluir é tola”, opina, em entrevista ao Post, David B. Yoffie, professor da Harvard Business School que passou décadas estudando a indústria de tecnologia.
Já o juiz responsável pelo processo de monopólio do Google, já tem uma opinião sobre a IA sobrepondo a gigante das buscas: “A IA pode, um dia, alterar fundamentalmente a pesquisa, mas não tão cedo.” Só nos resta aguardar para ver.
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OpenAI anuncia plataforma para competir com o LinkedIn

A OpenAI revelou estar desenvolvendo a OpenAI Jobs Platform, um serviço de contratação baseado em inteligência artificial que promete conectar empresas e trabalhadores de forma mais precisa. O lançamento está previsto para meados de 2026, segundo a empresa.
Fidji Simo, CEO de Aplicativos da OpenAI, afirmou em um post de blog que a plataforma usará IA para “encontrar a combinação perfeita entre o que as empresas precisam e o que os trabalhadores podem oferecer”.
O foco inicial será atender pequenas empresas e governos locais em busca de talentos especializados em IA.

LinkedIn ganha concorrência
- A iniciativa coloca a OpenAI em rota de colisão com o LinkedIn, controlado pela Microsoft, que também é a principal financiadora da criadora do ChatGPT.
- O LinkedIn já vem adicionando recursos de IA para melhorar a conexão entre candidatos e vagas.
- Além da plataforma de empregos, a OpenAI planeja expandir suas ofertas com certificações por meio da OpenAI Academy, lançada em 2023.
- A empresa pretende iniciar o programa de certificações em 2025, em parceria com grandes empregadores como o Walmart, e certificar 10 milhões de americanos até 2030.
Leia mais:
- OpenAI pode se tornar a empresa de capital fechado mais valiosa do mundo
- 5 prompts para descobrir o que o ChatGPT sabe sobre você
- OpenAI terá um escritório na Índia – segundo maior mercado do ChatGPT

IA no mercado de trabalho: ameaça ou aliada?
A novidade chega em meio a debates sobre o impacto da IA no mercado de trabalho. Executivos do setor, como Dario Amodei, da Anthropic, já alertaram que até metade dos empregos de nível básico de colarinho branco pode desaparecer até 2030.
Simo reconheceu o risco, mas afirmou que a OpenAI quer ajudar trabalhadores a se adaptarem ao novo cenário, oferecendo treinamento e oportunidades em setores em transformação.

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Justiça atende Novo Nordisk e prorroga patente da liraglutida

A Justiça Federal em Brasília (DF) acatou um pedido da Novo Nordisk para ampliar a patente da liraglutida, princípio ativo dos medicamentos Victoza e Saxenda — canetas usadas por pacientes com diabetes e também com fins de emagrecimento. A decisão, da qual ainda cabe recurso, estende o período de exclusividade em oito anos, cinco meses e um dia, valendo até 2033.
A decisão, no entanto, não impede a venda de outros produtos com a mesma formulação, como as canetas Olire e Lirux, lançadas pela farmacêutica EMS em agosto — as primeiras concorrentes da Novo Nordisk no Brasil, como informou o Olhar Digital.

Segundo a farmacêutica, a sentença reconhece que a demora do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para conceder a patente, de 13 anos, foi “desproporcional e injustificada” e abre “precedente relevante para a discussão sobre segurança jurídica e o ambiente de inovação no Brasil”.
Divergência jurídica
Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional o dispositivo legal que prorrogava automaticamente o prazo de vigência de patentes, atualmente em 20 anos. No entanto, para a Justiça do DF, a mesma decisão do STF abre caminho para que o Poder Judiciário intervenha em casos de atraso injustificado, como defende a Novo Nordisk.
A Novo Nordisk acredita que a decisão mais recente pode favorecer o processo de patente da semaglutida, princípio ativo de Ozempic, Rybelsus e Wegovy, que também esperou mais de 13 anos pela análise do INPI. O prazo do registro expira em março de 2026.
“Um ambiente de previsibilidade é fundamental não apenas para a indústria farmacêutica, mas para todo o ecossistema de inovação do país. Sem a garantia de que o direito à patente será respeitado e o exame ocorrerá em um prazo razoável, o Brasil corre o risco de ficar para trás no acesso a novas tecnologias em saúde”, disse Ana Miriam Dias, diretora jurídica da Novo Nordisk no Brasil.

Leia mais:
- Ozempic e Mounjaro: benefícios vão além da perda de peso, segundo estudo
- Seu intestino pode ser capaz de “imitar” efeito do Ozempic
- Estudo: Wegovy vai melhor que Mounjaro na proteção do coração
Para que serve a liraglutida?
- Os medicamentos fabricados à base de liraglutida pela farmacêutica ajudam a controlar o nível de açúcar no sangue, simulando o hormônio natural chamado GLP-1;
- No caso da Saxenda, a caneta age nos receptores do cérebro que controlam o apetite, causando sensação de saciedade e menos fome;
- Já a Victoza é indicada para tratar diabetes mellitus tipo 2, ajudando a controlar a glicemia somente quando o nível de açúcar no sangue estiver elevado. A caneta também reduz a velocidade de passagem da comida pelo estômago, com efeitos que duram até 24 horas;
- No Brasil, a EMS foi a primeira farmacêutica nacional a obter licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercializar produtos à base de liraglutida;
- A caneta Lirux é indicada para adultos, adolescentes e crianças a partir dos dez anos com diabetes tipo 2 que não conseguem controlar o diabetes apenas com dieta e exercícios;
- Já o Olire é indicado para tratar sobrepeso e obesidade de pacientes acima de 12 anos.

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SpaceX dá mais um passo para lançar até 120 voos por ano na Flórida

A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos concluiu a revisão ambiental do pedido da SpaceX para dobrar o número de lançamentos do Falcon 9 a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Os reguladores aprovaram a ampliação do número de voos de 50 para até 120 por ano.
Eles avaliaram que as mudanças “não impactariam significativamente a qualidade do ambiente humano”, segundo o Tech Crunch. O plano também incluiu a construção de uma nova zona de pouso para receber até 34 propulsores por ano — a maioria sendo partes reutilizáveis do foguete.

Essa é apenas mais uma etapa do processo que dará permissão, de fato, para ampliar as operações da empresa de Elon Musk. A empresa ainda depende da atualização de licença emitida pela FAA e aprovação do Departamento da Força Aérea para as mudanças, já que a plataforma de lançamento fica em propriedade da Força Espacial.
O que diz a revisão
- Os reguladores aprovaram a emissão de licenças ambientais para garantir segurança durante as obras, o que inclui o uso de iluminação adequada para tartarugas marinhas à noite e a realização de pesquisas pré-construção sobre as populações de gaios-da-Flórida e cobras-índigo-orientais para garantir a proteção da vida selvagem;
- Além disso, na avaliação da FAA, é altamente improvável que águas residuais industriais — especialmente os enormes volumes de água descarregados pelo sistema de dilúvio durante o lançamento — sejam despejados em águas próximas;
- Esse tem sido um ponto controverso ao longo do processo: no Texas (EUA), ambientalistas processaram órgãos reguladores de locais próximos à Starbase no Estado por permitir que a empresa espacial descarregasse águas residuais industriais da plataforma.

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Musk quer mais para a SpaceX
A SpaceX é atualmente a empresa que mais lança foguetes no mundo, atendendo desde clientes comerciais até o Departamento de Defesa dos EUA e a sua própria rede de satélites de internet Starlink. E a tendência é que a lista continue crescendo.
Agora, a empresa tem planos de expandir sua presença na Costa Oeste, lançando até 100 foguetes Falcon por ano a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. Futuramente, a Starship também pode ser usada em missões na Lua e em Marte, com lançamentos tanto no Texas quanto na Flórida.
A Starship é a nave espacial mais potente em operação, construída com um sistema totalmente reutilizável. Com 123 metros de altura, o foguete tem capacidade de carga de 150 toneladas. E foi projetado para transportar até 100 pessoas em voos interplanetários de longa duração.

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