Tecnologia
BadBox 2.0: saiba quais modelos de TV box estão no esquema de fraudes

No início de março, foi desvendado um esquema que resultou na formação da maior rede de TV box invadidas já identificada, utilizada para aplicar fraudes. Os cibercriminosos exploraram vulnerabilidades desses dispositivos, direcionando cliques fraudulentos em anúncios e conduzindo ataques a outros aparelhos.
Batizado de BadBox 2.0, o ataque comprometeu mais de um milhão de dispositivos, dos quais cerca de 370 mil estão localizados no Brasil. Tais aparelhos não possuem a certificação exigida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a qual autoriza a comercialização apenas de TV boxes regulares e homologadas.

A consultoria em cibersegurança Human Security, que assessora empresas na proteção contra ataques de bots e fraudes digitais, foi a responsável pela investigação. Em seu relatório, a empresa apontou que, além dos TV boxes, alguns modelos de tablets e projetores também foram atacados – ao todo, foram identificados pelo menos 56 modelos vulneráveis ao BadBox 2.0.
O que é uma TV box?
- Uma TV box é um dispositivo conectado à internet cuja função principal é proporcionar acesso a serviços de streaming, navegadores e redes sociais;
- Popularmente conhecida como “caixinha de TV”, ela pode variar em tamanho e, muitas vezes, conta apenas com um conector para a televisão;
- No Brasil, sua comercialização depende da autorização da Anatel, que verifica se o produto utiliza as frequências corretas e oferece nível adequado de segurança aos usuários;
- Para os que já possuem uma TV box, a recomendação é conferir a presença do código de homologação, que pode ser verificado por meio de link disponibilizado pela agência;
- Já para quem está pensando em adquirir o aparelho, a oferta de acesso gratuito a múltiplos canais e jogos ao vivo pode ser alerta que o produto não está regularizado, mesmo que apresente algum selo ou código de homologação, segundo a Anatel.
Leia mais:
- O que é um TV Box, como funciona e como escolher o melhor modelo para você
- Como saber se seu TV box é homologado pela Anatel
- Gatonet: Brasil concentra maior número de TV Boxes zumbis
Quais eram as fraudes aplicadas?
De acordo com a Human Security, os criminosos exploraram falhas de segurança em dispositivos sem a devida certificação para criar extensa rede de robôs – conhecida como “botnet”.
Com ela, executaram diversas operações fraudulentas, como a inserção de anúncios ocultos em segundo plano e a simulação de cliques, criando a falsa impressão de que os conteúdos atraíam interesse genuíno, o que gerava receita a partir dos anunciantes.
Outra estratégia adotada foi o “aluguel” desses aparelhos, permitindo que terceiros utilizassem a conexão à internet dos dispositivos para disfarçar suas atividades maliciosas e realizar ataques contra outras máquinas. Embora a invasão seja difícil de ser detectada, os usuários poderiam notar lentidão no desempenho dos aparelhos quando estes estivessem sob o comando dos cibercriminosos.

Quais modelos foram comprometidos?
A Human Security divulgou os nomes técnicos dos modelos afetados, evidenciando que a maioria se refere a TV boxes.
A consultoria esclareceu que nem todos os aparelhos de um mesmo modelo estão infectados, mas uma quantidade significativa foi atacada. O g1 identificou que três marcas foram responsáveis por 20 dos 56 modelos citados, mas essas empresas ainda não se pronunciaram sobre o assunto.
A seguir, os modelos afetados pelo BadBox 2.0:
- Mecool: KM1, KM6, KM7, KM9PRO, M8SPROW;
- Orbsmart: Orbsmart_TR43;
- X96: X96_S400, X96MATE_PLUS, X96Max_Plus2, X96mini, X96Mini_5G, X96mini_Plus1, X96mini_RP, X96Q, X96Q_Max_P, X96Q_PR01, X96Q_PRO, X96Q2, X96QPRO-TM, X98K;
- Sem marca identificada: A15, ADT-3, AV-M9, Fujicom-SmartTV, GameBox, H6, HY-001, I96, isinbox, LongTV_GN7501E, Mbox, MX10PRO, MXQ9PRO, NETBOX_B68, OCBN, Projector_T6P, Q9 Stick, Q96L2, Q96MAX, R11, S168, Smart, SMART_TV, SP7731E, sp7731e_1h10_native, Transpeed, TV007, TV008, TV98, TVBOX, TX3mini, TXCZ, ums512_1h10_Natv, X88, Xtv77, Z6.
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OpenAI anuncia plataforma para competir com o LinkedIn

A OpenAI revelou estar desenvolvendo a OpenAI Jobs Platform, um serviço de contratação baseado em inteligência artificial que promete conectar empresas e trabalhadores de forma mais precisa. O lançamento está previsto para meados de 2026, segundo a empresa.
Fidji Simo, CEO de Aplicativos da OpenAI, afirmou em um post de blog que a plataforma usará IA para “encontrar a combinação perfeita entre o que as empresas precisam e o que os trabalhadores podem oferecer”.
O foco inicial será atender pequenas empresas e governos locais em busca de talentos especializados em IA.

LinkedIn ganha concorrência
- A iniciativa coloca a OpenAI em rota de colisão com o LinkedIn, controlado pela Microsoft, que também é a principal financiadora da criadora do ChatGPT.
- O LinkedIn já vem adicionando recursos de IA para melhorar a conexão entre candidatos e vagas.
- Além da plataforma de empregos, a OpenAI planeja expandir suas ofertas com certificações por meio da OpenAI Academy, lançada em 2023.
- A empresa pretende iniciar o programa de certificações em 2025, em parceria com grandes empregadores como o Walmart, e certificar 10 milhões de americanos até 2030.
Leia mais:
- OpenAI pode se tornar a empresa de capital fechado mais valiosa do mundo
- 5 prompts para descobrir o que o ChatGPT sabe sobre você
- OpenAI terá um escritório na Índia – segundo maior mercado do ChatGPT

IA no mercado de trabalho: ameaça ou aliada?
A novidade chega em meio a debates sobre o impacto da IA no mercado de trabalho. Executivos do setor, como Dario Amodei, da Anthropic, já alertaram que até metade dos empregos de nível básico de colarinho branco pode desaparecer até 2030.
Simo reconheceu o risco, mas afirmou que a OpenAI quer ajudar trabalhadores a se adaptarem ao novo cenário, oferecendo treinamento e oportunidades em setores em transformação.

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Justiça atende Novo Nordisk e prorroga patente da liraglutida

A Justiça Federal em Brasília (DF) acatou um pedido da Novo Nordisk para ampliar a patente da liraglutida, princípio ativo dos medicamentos Victoza e Saxenda — canetas usadas por pacientes com diabetes e também com fins de emagrecimento. A decisão, da qual ainda cabe recurso, estende o período de exclusividade em oito anos, cinco meses e um dia, valendo até 2033.
A decisão, no entanto, não impede a venda de outros produtos com a mesma formulação, como as canetas Olire e Lirux, lançadas pela farmacêutica EMS em agosto — as primeiras concorrentes da Novo Nordisk no Brasil, como informou o Olhar Digital.

Segundo a farmacêutica, a sentença reconhece que a demora do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para conceder a patente, de 13 anos, foi “desproporcional e injustificada” e abre “precedente relevante para a discussão sobre segurança jurídica e o ambiente de inovação no Brasil”.
Divergência jurídica
Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional o dispositivo legal que prorrogava automaticamente o prazo de vigência de patentes, atualmente em 20 anos. No entanto, para a Justiça do DF, a mesma decisão do STF abre caminho para que o Poder Judiciário intervenha em casos de atraso injustificado, como defende a Novo Nordisk.
A Novo Nordisk acredita que a decisão mais recente pode favorecer o processo de patente da semaglutida, princípio ativo de Ozempic, Rybelsus e Wegovy, que também esperou mais de 13 anos pela análise do INPI. O prazo do registro expira em março de 2026.
“Um ambiente de previsibilidade é fundamental não apenas para a indústria farmacêutica, mas para todo o ecossistema de inovação do país. Sem a garantia de que o direito à patente será respeitado e o exame ocorrerá em um prazo razoável, o Brasil corre o risco de ficar para trás no acesso a novas tecnologias em saúde”, disse Ana Miriam Dias, diretora jurídica da Novo Nordisk no Brasil.

Leia mais:
- Ozempic e Mounjaro: benefícios vão além da perda de peso, segundo estudo
- Seu intestino pode ser capaz de “imitar” efeito do Ozempic
- Estudo: Wegovy vai melhor que Mounjaro na proteção do coração
Para que serve a liraglutida?
- Os medicamentos fabricados à base de liraglutida pela farmacêutica ajudam a controlar o nível de açúcar no sangue, simulando o hormônio natural chamado GLP-1;
- No caso da Saxenda, a caneta age nos receptores do cérebro que controlam o apetite, causando sensação de saciedade e menos fome;
- Já a Victoza é indicada para tratar diabetes mellitus tipo 2, ajudando a controlar a glicemia somente quando o nível de açúcar no sangue estiver elevado. A caneta também reduz a velocidade de passagem da comida pelo estômago, com efeitos que duram até 24 horas;
- No Brasil, a EMS foi a primeira farmacêutica nacional a obter licença da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercializar produtos à base de liraglutida;
- A caneta Lirux é indicada para adultos, adolescentes e crianças a partir dos dez anos com diabetes tipo 2 que não conseguem controlar o diabetes apenas com dieta e exercícios;
- Já o Olire é indicado para tratar sobrepeso e obesidade de pacientes acima de 12 anos.

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SpaceX dá mais um passo para lançar até 120 voos por ano na Flórida

A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos concluiu a revisão ambiental do pedido da SpaceX para dobrar o número de lançamentos do Falcon 9 a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Os reguladores aprovaram a ampliação do número de voos de 50 para até 120 por ano.
Eles avaliaram que as mudanças “não impactariam significativamente a qualidade do ambiente humano”, segundo o Tech Crunch. O plano também incluiu a construção de uma nova zona de pouso para receber até 34 propulsores por ano — a maioria sendo partes reutilizáveis do foguete.

Essa é apenas mais uma etapa do processo que dará permissão, de fato, para ampliar as operações da empresa de Elon Musk. A empresa ainda depende da atualização de licença emitida pela FAA e aprovação do Departamento da Força Aérea para as mudanças, já que a plataforma de lançamento fica em propriedade da Força Espacial.
O que diz a revisão
- Os reguladores aprovaram a emissão de licenças ambientais para garantir segurança durante as obras, o que inclui o uso de iluminação adequada para tartarugas marinhas à noite e a realização de pesquisas pré-construção sobre as populações de gaios-da-Flórida e cobras-índigo-orientais para garantir a proteção da vida selvagem;
- Além disso, na avaliação da FAA, é altamente improvável que águas residuais industriais — especialmente os enormes volumes de água descarregados pelo sistema de dilúvio durante o lançamento — sejam despejados em águas próximas;
- Esse tem sido um ponto controverso ao longo do processo: no Texas (EUA), ambientalistas processaram órgãos reguladores de locais próximos à Starbase no Estado por permitir que a empresa espacial descarregasse águas residuais industriais da plataforma.

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Musk quer mais para a SpaceX
A SpaceX é atualmente a empresa que mais lança foguetes no mundo, atendendo desde clientes comerciais até o Departamento de Defesa dos EUA e a sua própria rede de satélites de internet Starlink. E a tendência é que a lista continue crescendo.
Agora, a empresa tem planos de expandir sua presença na Costa Oeste, lançando até 100 foguetes Falcon por ano a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. Futuramente, a Starship também pode ser usada em missões na Lua e em Marte, com lançamentos tanto no Texas quanto na Flórida.
A Starship é a nave espacial mais potente em operação, construída com um sistema totalmente reutilizável. Com 123 metros de altura, o foguete tem capacidade de carga de 150 toneladas. E foi projetado para transportar até 100 pessoas em voos interplanetários de longa duração.

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