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Saúde

Por que Minoxidil faz o cabelo crescer?

Redação Informe 360

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Nos últimos anos, o Minoxidil ganhou fama como um dos tratamentos mais eficazes para queda de cabelo. Inicialmente desenvolvido como medicamento para controlar a pressão arterial, o produto surpreendeu os cientistas ao apresentar um curioso efeito colateral: o crescimento de pelos em diversas partes do corpo. A partir desse achado, o Minoxidil passou a ser utilizado para combater problemas capilares, como a calvície e a alopecia.

Com promessas de fios mais volumosos e saudáveis, o uso do Minoxidil foi amplamente difundido em produtos tópicos, tanto para homens quanto para mulheres. Porém, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como ele age no organismo e por que ele faz realmente o cabelo crescer. Vamos entender como o Minoxidil funciona e se ele realmente é eficaz naquilo que promete.

Como o Minoxidil funciona?

O Minoxidil atua de maneira eficaz no couro cabeludo por meio de dois principais mecanismos. Primeiramente, ele aumenta o diâmetro dos vasos sanguíneos na área de aplicação, permitindo que mais nutrientes e oxigênio cheguem aos folículos capilares. Esse aumento no fluxo sanguíneo fortalece os folículos, favorecendo a fase de crescimento dos fios.

Outro mecanismo é a capacidade do Minoxidil de prolongar a fase anágena, que é a etapa de crescimento ativo do cabelo. O ciclo capilar é dividido em três fases: anágena (crescimento), catágena (transição) e telógena (repouso). Normalmente, cada fio de cabelo cresce por cerca de dois a seis anos, passa por uma fase de transição e, finalmente, cai para dar lugar a um novo fio. Quando há desequilíbrio nesse ciclo, como ocorre na calvície androgenética, o tempo da fase de crescimento diminui, levando à perda de fios mais rapidamente do que eles conseguem crescer. O Minoxidil ajuda a inverter esse processo, permitindo que os fios de cabelo permaneçam mais tempo na fase anágena e, consequentemente, cresçam mais fortes e por mais tempo.

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(Imagem: Mirko Maier/Shutterstock)

Minoxidil e o tratamento da calvície androgenética

A principal aplicação do Minoxidil é no tratamento da calvície androgenética, que é uma condição genética e hormonal. Esse tipo de calvície afeta principalmente homens, mas também pode atingir mulheres, e está relacionado ao hormônio di-hidrotestosterona (DHT). O DHT, derivado da testosterona, enfraquece os folículos capilares, provocando a diminuição progressiva dos fios até que eles deixem de crescer por completo.

A ação do Minoxidil é eficaz, pois não só melhora a nutrição dos folículos, como também retarda a miniaturização dos fios — um dos sinais característicos da calvície androgenética. Embora o Minoxidil não bloqueie diretamente o DHT (essa função cabe a medicamentos como a finasterida), ele ajuda a manter os folículos vivos e em crescimento por mais tempo, retardando significativamente a perda capilar.

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Minoxidil funciona para mulheres?

Sim, o Minoxidil também é uma opção de tratamento eficaz para mulheres que sofrem com queda de cabelo, especialmente no caso de alopecia feminina. Assim como nos homens, as mulheres podem se beneficiar da vasodilatação e do estímulo ao crescimento dos fios que o Minoxidil proporciona.

No entanto, vale destacar que o Minoxidil para mulheres é frequentemente formulado com uma concentração menor, geralmente de 2%, para minimizar o risco de efeitos colaterais como o crescimento de pelos faciais. O tratamento em mulheres tende a apresentar resultados positivos, mas é importante seguir as orientações de um dermatologista, que avaliará se o Minoxidil é a melhor opção e qual a dosagem ideal.

pessoa passando as mãos no cabelo com alguns fios brancos
Imagem Shutterstock

Resultados do uso do Minoxidil: Quando posso esperar ver mudanças?

Os resultados do Minoxidil não são imediatos, e é necessário um certo grau de paciência. De modo geral, os primeiros sinais de melhora podem ser notados entre dois e quatro meses de uso contínuo. Durante esse período inicial, algumas pessoas podem até experimentar um aumento temporário na queda de cabelo. Esse fenômeno, conhecido como “shedding”, ocorre porque o Minoxidil acelera o ciclo de crescimento dos fios, forçando a queda de cabelos que estavam em fase de repouso, para dar espaço ao surgimento de novos fios mais fortes.

A partir do sexto mês, os resultados se tornam mais evidentes, com maior volume e espessura dos fios. No entanto, o uso contínuo é essencial para manter os ganhos obtidos, já que a interrupção do tratamento pode levar à perda dos cabelos recuperados.

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Minoxidil na barba: Como funciona?

Além de ser amplamente utilizado no couro cabeludo, o Minoxidil também ganhou popularidade no estímulo ao crescimento da barba. Muitos homens que possuem falhas ou dificuldade para crescer pelos faciais têm recorrido ao produto para obter uma barba mais cheia e densa. Assim como no cabelo, o Minoxidil na barba age aumentando o fluxo sanguíneo nos folículos da região, estimulando o crescimento dos pelos. O tratamento segue o mesmo princípio, com aplicação tópica e regular nas áreas desejadas.

No entanto, é importante lembrar que os resultados podem variar de pessoa para pessoa, e o uso do produto deve ser contínuo para garantir a manutenção dos ganhos. Para aqueles que desejam uma barba mais volumosa, o Minoxidil pode ser uma solução eficaz, mas a orientação de um dermatologista é essencial para evitar possíveis irritações ou efeitos indesejados na pele.

Imagem: Freepik/Reprodução

Como aplicar o Minoxidil corretamente?

Para que o Minoxidil ofereça os melhores resultados, é essencial que ele seja aplicado corretamente. O produto está disponível tanto em forma de solução líquida quanto em espuma, e ambos devem ser aplicados diretamente no couro cabeludo, nas áreas afetadas pela queda.

A aplicação deve ser feita duas vezes ao dia, preferencialmente de manhã e à noite, e o couro cabeludo deve estar limpo e seco. Ao espalhar o produto, é importante massagear suavemente a área para garantir que o Minoxidil penetre adequadamente nos folículos capilares. Além disso, é recomendado que se evite lavar a cabeça nas duas horas seguintes à aplicação, para não comprometer a absorção do produto.

Quais são os efeitos colaterais do Minoxidil?

Embora o Minoxidil seja seguro para a maioria das pessoas, ele pode causar alguns efeitos colaterais. Os mais comuns incluem coceira, irritação e ressecamento no local da aplicação. Em alguns casos, pode ocorrer o crescimento de pelos em áreas indesejadas, como rosto e mãos, especialmente se o produto for mal aplicado e entrar em contato com essas regiões.

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Outro possível efeito colateral, embora raro, é o aumento da frequência cardíaca, especialmente em pessoas que usam Minoxidil em concentrações mais altas ou possuem histórico de problemas cardíacos. Por isso, é sempre recomendável consultar um médico antes de iniciar o uso, principalmente para aqueles que apresentam condições preexistentes.

Minoxidil sozinho resolve a queda de cabelo?

Embora o Minoxidil seja uma excelente solução para tratar a queda de cabelo, ele pode não ser suficiente para todos os casos, especialmente em estágios mais avançados de calvície. Em muitos casos, o tratamento com Minoxidil pode ser combinado com outros métodos, como o uso de finasterida (para bloquear o DHT), terapias a laser ou até mesmo transplantes capilares, para obter melhores resultados.

Além disso, manter uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes essenciais para a saúde dos cabelos, como vitaminas do complexo B, ferro e proteínas, também é crucial para fortalecer os fios e prevenir a queda capilar.

queda de cabelo
Imagem: Alex Papp/Shutterstock

O Minoxidil se destaca como uma das soluções mais eficazes para tratar a queda de cabelo, atuando diretamente nos folículos capilares e estimulando o crescimento de fios mais fortes e saudáveis. Embora os resultados não sejam imediatos, com paciência e uso correto, é possível reverter parcialmente os efeitos da calvície e recuperar a autoconfiança.

No entanto, como qualquer tratamento, o uso do Minoxidil deve ser feito com cautela, seguindo as orientações de um profissional de saúde. Consultar um dermatologista é sempre o primeiro passo para garantir que esse produto é adequado para suas necessidades, além de ajudar a evitar efeitos colaterais e maximizar os resultados.

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Saúde

Eli Lilly: novo medicamento contra obesidade traz resultados expressivos

Redação Informe 360

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A Eli Lilly anunciou que seu medicamento experimental de próxima geração para perda de peso, o retatrutide, levou pacientes a reduzir até 28,7% do peso corporal após mais de um ano de tratamento, resultado considerado significativamente superior ao obtido por drogas já disponíveis no mercado.

Segundo a companhia, o desfecho positivo pode abrir caminho para um novo produto de alto potencial de vendas, ampliando o momento de forte desempenho da Lilly no segmento de emagrecimento, impulsionado pelas altas receitas de medicamentos para diabetes e perda de peso, como Mounjaro e Zepbound. Após, o anúncio, as ações da empresa subiram 1,2% nas negociações pré-mercado.

Logo da Lilly em um smartphone que está em uma mão; atrás, notebook com um gráfico
Ações e valor de mercado da Eli Lilly subiram após divulgação dos resultados (Imagem: MacroEcon/Shutterstock)

Como funciona o retatruride, da Eli Lilly?

  • O retatrutide pertence à mesma categoria geral de fármacos, como Ozempic e Wegovy, da Novo Nordisk, e Mounjaro e Zepbound, também da Eli Lilly;
  • A droga atua imitando três hormônios intestinais que regulam o apetite e podem aumentar o gasto energético;
  • A Eli Lilly conduziu um estudo de Fase 3 com pacientes que tinham obesidade e osteoartrite no joelho e não eram diabéticos;
  • No início do teste, todos apresentavam índice de massa corporal (IMC) de pelo menos 35, considerado um nível elevado de obesidade. Eles receberam injeções semanais do medicamento ou de placebo durante 68 semanas;
  • Os participantes que tomaram a dose mais alta do retatrutide perderam, em média, 32,2 kg — o equivalente a 28,7% do peso corporal;
  • Para efeito de comparação, a dose máxima do Zepbound mostrou capacidade de redução média de 22,5% do peso, enquanto o Wegovy, da Novo Nordisk, proporciona uma perda média abaixo de 20%.
Caneta emagrecedora de Zepbound
Zepbound é o medicamento mais eficaz dentre os que estão em circulação, mas perde para o retatruride (Imagem: oleschwander/Shutterstock)

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Benefício adicional e efeitos colaterais

O estudo também constatou que o retatrutide ajudou a aliviar a dor no joelho causada pela osteoartrite.

Os pacientes registraram efeitos colaterais gastrointestinais — como náusea e diarreia —, comuns nessa categoria de medicamentos. O analista Chris Schott, do J.P. Morgan, explicou ao The Wall Street Journal que as taxas desses efeitos foram maiores com o retatrutide do que com drogas mais antigas, como Wegovy e Zepbound, mas ainda consideradas consistentes com o perfil do segmento.

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Alguns participantes interromperam o tratamento por terem perdido peso demais. Schott afirmou que o público-alvo da medicação são pessoas com IMC elevado.

Foto aérea de uma pessoa em cima de uma balança
Analista disse que medicamento tem, como público-alvo, para pessoas com IMC elevado (Imagem: SofikoS/Shutterstock)

“Acreditamos que a retatrutida poderá se tornar uma opção importante para pacientes com necessidades significativas de perda de peso e certas complicações, incluindo osteoartrite do joelho”, disse Kenneth Custer, presidente da Lilly Cardiometabolic Health. A empresa prevê que outros sete estudos clínicos de Fase 3 com o retatrutide sejam concluídos em 2026.

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Saúde

Mutação ligada a câncer é transmitida por doador a quase 200 crianças em 14 países

Redação Informe 360

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Uma investigação conduzida pela EBU Investigative Journalism Network revelou um caso inédito envolvendo reprodução assistida na Europa. Segundo o levantamento, uma mutação genética associada a câncer agressivo foi transmitida por um único doador de sêmen dinamarquês a pelo menos 197 crianças em 14 países. O caso expõe falhas profundas nos sistemas de controle de bancos de sêmen, no acompanhamento de pacientes e nas regras de rastreabilidade genética no continente.

O doador, identificado como “Doador 7069” ou “Kjeld”, teve amostras distribuídas por 17 anos, ultrapassando limites nacionais e resultando em uma rede de famílias expostas a uma alteração grave no gene TP53 — mutação responsável pela síndrome de Li-Fraumeni, condição conhecida por elevar drasticamente o risco de tumores ao longo da vida.

Síndrome de Li-Fraumeni: risco elevado e mutação difícil de detectar

A mutação no gene TP53 afeta o funcionamento do mecanismo celular responsável por reparar danos no DNA e evitar a multiplicação de células defeituosas. Quando esse sistema falha, o risco de câncer precoce, tumores múltiplos e sarcomas aumenta significativamente — inclusive na infância.

Estudo identifica sinal que desliga células T e mostra como reativar o sistema imune no combate ao câncer
A mutação no gene TP53 afeta o funcionamento do mecanismo celular responsável por reparar danos no DNA e evitar a multiplicação de células defeituosas (Imagem: Lightspring / Shutterstock)

No caso do doador dinamarquês, a alteração estava presente apenas em parte dos espermatozoides, quadro conhecido como mosaicismo gonadal. Como a mutação não afetava outras células do corpo, ela não aparecia nos testes convencionais da época, dificultando a identificação do risco genético.

A síndrome de Li-Fraumeni exige acompanhamento vitalício, com exames periódicos como ressonâncias magnéticas, ultrassons e avaliações clínicas frequentes para detecção precoce de tumores.

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Distribuição continental, falhas sistêmicas e impacto nas famílias

Documentos analisados pela EBU mostram que as amostras foram distribuídas em larga escala pela European Sperm Bank, atingindo dezenas de clínicas e ultrapassando limites nacionais. Alguns exemplos:

  • Dinamarca: 99 crianças — o dobro do limite local.
  • Bélgica: 53 nascimentos — quase dez vezes acima do permitido.
  • Espanha: 35 crianças — apesar do limite de seis.
  • Alemanha, Suécia e Grécia: casos confirmados de crianças afetadas.
  • Irlanda, Polônia, Albânia e Kosovo: material distribuído, mas sem registros de nascimentos.

A falta de integração entre bancos de sêmen e sistemas de saúde permitiu que o uso das amostras se estendesse por quase duas décadas. O fluxo de pacientes que viajam para tratamentos em outros países agravou o problema, já que cada clínica registra apenas seu público local.

A European Sperm Bank confirmou à investigação que os limites foram ultrapassados, atribuindo o caso a falhas de comunicação, registros incompletos e ausência de sistemas centralizados.

imagem mostra células cancerígenas se reproduzindo
A síndrome de Li-Fraumeni exige acompanhamento vitalício (Imagem: Jezperklauzen/iStock)

Consequências da mutação: desafios e lacunas regulatórias

A mutação no TP53 compromete o controle de divisão celular e eleva a probabilidade de câncer ainda nos primeiros anos de vida. Em diversas famílias, crianças já apresentaram tumores agressivos, múltiplos diagnósticos e casos fatais associados à síndrome.

Autoridades estimam que nem todas as famílias foram informadas, e que parte das crianças potencialmente afetadas permanece sem monitoramento adequado. O setor de reprodução assistida, avaliado em cerca de R$ 285 bilhões globalmente, opera com regras fragmentadas na Europa, onde cada país define limites próprios para doadores — sem uma diretriz internacional unificada.

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A União Europeia planeja implementar normas mais rígidas em 2027, com bancos de dados interoperáveis. Ainda assim, não haverá limite europeu único para número de crianças por doador, o que mantém brechas para casos semelhantes.

Segundo especialistas, a Europa enfrenta três desafios imediatos: localizar todas as famílias expostas, ampliar o acesso a protocolos de rastreamento oncológico e revisar profundamente o modelo regulatório que permitiu a propagação de uma mutação ligada a câncer por quase 20 anos sem detecção.

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Saúde

Vacina do Butantan contra dengue começa a ser aplicada em janeiro

Redação Informe 360

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A nova vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan começará a ser aplicada a partir de janeiro de 2026. O Ministério da Saúde confirmou, nesta terça-feira (9), as diretrizes iniciais da campanha, que marca a estreia do primeiro imunizante de dose única produzido integralmente no Brasil. As primeiras doses serão direcionadas a quem atua na linha de frente do atendimento básico.

No anúncio, a pasta destacou que a distribuição inicial será destinada a profissionais da Atenção Primária, que trabalham em UBSs e em visitas domiciliares. Segundo o ministério, essa etapa é essencial para reduzir o risco entre os primeiros responsáveis por identificar casos suspeitos da doença.

butantan
Nova vacina contra a dengue foi desenvolvida pelo Instituto Butantan (Imagem: cadu.rolim / Shutterstock.com)

Primeiras doses da vacina contra a dengue do Butantan serão destinadas à Atenção Primária

As 1,3 milhão de doses já produzidas seguirão recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento de Imunização (CTAI). A previsão é que o lote esteja disponível até o fim de janeiro. Ao justificar a prioridade, o ministro Alexandre Padilha afirmou que proteger esses trabalhadores é uma forma de “garantir uma resposta mais rápida aos casos atendidos na porta de entrada do SUS”.

Em declaração feita durante o anúncio, Padilha ressaltou: “A atenção primária é a porta de entrada para os casos de dengue, por isso é fundamental proteger o mais rápido possível esses profissionais.”

Com a expansão da capacidade produtiva, o ministério pretende ampliar a campanha para o público geral. A vacinação deve avançar por faixas etárias, começando por adultos a partir de 59 anos e seguindo até alcançar pessoas de 15 anos.

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Vacinas
A destinação das doses vai avançar por faixas etárias, com a expansão da capacidade produtiva (Imagem: Momentum studio / Shutterstock.com)

Produção ampliada e parceria internacional

O aumento da oferta será viabilizado por uma cooperação entre o Butantan e a empresa chinesa WuXi Vaccines, que ficará responsável por ampliar a produção e realizar transferência de tecnologia. A parceria permitirá acelerar o cronograma e garantir o abastecimento necessário para a expansão da campanha.

A definição das primeiras etapas de vacinação levou em conta critérios técnicos e o cenário epidemiológico atual. As decisões foram consolidadas durante reunião da CTAI realizada em 1º de dezembro.

Estudo em Botucatu vai medir impacto da imunização em massa

Parte das doses será direcionada a Botucatu (SP), que servirá como área de estudo para avaliar o impacto da vacinação em massa na transmissão da dengue. O município deverá iniciar antes do restante do país a imunização de toda a população entre 15 e 59 anos.

A projeção do Ministério da Saúde é de que, com adesão entre 40% e 50%, já seja possível notar redução significativa na circulação do vírus. Botucatu já participou de um estudo similar durante a pandemia de covid-19. Outros municípios com predominância do sorotipo DENV-3, que contribuiu para o aumento de casos em 2024, também são avaliados para compor a estratégia.

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Eficácia e comparação com vacina contra a dengue já disponível no SUS

Os dados apresentados pelo Butantan à Anvisa mostram que o imunizante registrou 74,7% de eficácia contra quadros sintomáticos em pessoas de 12 a 59 anos e 89% de proteção contra formas graves ou com sinais de alarme. Os resultados foram publicados no New England Journal of Medicine (NEJM), com a informação exclusiva veiculada pelo próprio instituto.

SUS já oferece outra vacina contra a dengue, aplicada em duas doses (Imagem: Blossom Stock Studio / Shutterstock.com)

O SUS já oferece outra vacina contra a dengue, produzida por um laboratório japonês e aplicada em duas doses, indicada para adolescentes de 10 a 14 anos. Desde a incorporação desse imunizante à rede pública, em 2024, mais de 7,4 milhões de doses foram aplicadas. Para 2026, o ministério garantiu 9 milhões de doses, com previsão de mais 9 milhões para 2027.

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