Saúde
Planos são obrigados a oferecer dois novos tratamentos contra câncer
Os planos de saúde terão que garantir a cobertura de dois novos tratamentos contra o câncer no país. A decisão foi tomada pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em reunião no dia 2 de maio deste ano. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União uma semana depois.
A atualização da lista de coberturas obrigatórias, a segunda realizada neste ano, determina a cobertura, pelos planos, de um tratamento contra o câncer de ovário (olaparibe em combinação com bevacizumabe) e contra o câncer de próstata metastático (darolutamida em combinação com docetaxel).
A resolução da ANS também prevê cobertura para o teste genérico de deficiência de recombinação homóloga, usado para diagnosticar as pacientes elegíveis ao tratamento com a associação olaparibe e bevacizumabe.
Em fevereiro deste ano, a ANS já havia determinado a incorporação de quatro tratamentos ao rol de procedimentos obrigatórios: onasemnogeno abeparvoveque (para bebês com atrofia muscular espinhal), dupilumabe (para adultos com dermatite atópica grave), zanubrutinibe (para adultos com linfoma de células do manto) e romosozumabe (para mulheres idosas com osteoporose na pós-menopausa).
Edição: Kelly Oliveira
Saúde
Cidades com muitas luzes podem aumentar sua chance de ter insônia
A crescente exposição à luz artificial à noite (ALAN) nas áreas urbanas tem causado um aumento nos níveis de insônia, não apenas nas grandes cidades, mas também em cidades de médio e pequeno porte, especialmente na China.
Um estudo conduzido pela Southern University of Science and Technology e publicado no jornal JAMA Network Open analisou dados de mídia social e imagens de satélite de 336 cidades entre maio de 2022 e abril de 2023.
Foram analisadas mais de 1,1 milhão de postagens relacionadas à insônia na plataforma Weibo, que é popular entre os jovens adultos, o principal grupo demográfico dessa rede social.
Os pesquisadores encontraram uma forte associação entre o aumento da ALAN e a insônia, destacando que as cidades menores e de rápido crescimento apresentaram uma maior incidência de distúrbios do sono, em comparação com as grandes metrópoles.
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Grandes centros urbanos precisam se preocupar mais com a poluição da luz
- Esse fenômeno pode ser explicado pela rápida urbanização da China, que transformou seu cenário rural em urbano em um ritmo acelerado nos últimos 75 anos, sem uma atenção adequada à poluição luminosa.
- Embora a luz artificial seja frequentemente associada a problemas de saúde internos, como a emissão de luz por telas, a poluição luminosa proveniente da infraestrutura urbana também afeta profundamente o sono humano, perturbando a produção de melatonina e afetando os ritmos biológicos.
- O estudo sugere que os planejadores urbanos devem incorporar políticas para reduzir a poluição luminosa, especialmente em cidades menores e em desenvolvimento, onde os regulamentos ainda são insuficientes.
A pesquisa aponta que um planejamento de iluminação noturna mais racional pode melhorar o bem-estar da população, reduzindo os efeitos negativos da ALAN na saúde pública. O estudo enfatiza a importância de políticas locais para mitigar a poluição luminosa e seus impactos na saúde.
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Saúde
O que é cannabis medicinal e para que serve?
A Cannabis sativa tem uma longa história como planta medicinal que, de acordo com alguns estudos, começou a cerca de dois milênios. A planta da cannabis contém mais de 100 substâncias químicas diferentes, chamadas canabinoides, e cada uma delas tem um efeito diferente no corpo.
Apesar de serem confundidas, a cannabis medicinal e a maconha recreativa são duas categorias distintas. Quando usada para fins terapêuticos, a planta é cultivada e tratada de maneira específica.
O que é cannabis medicinal e para que serve?
A cannabis é uma planta da família do cânhamo, também conhecida como hemp, e os seres humanos a cultivam e utilizam de várias formas há milhares de anos. Como mencionado, a cannabis medicinal é derivada dessa planta, e pode ser utilizada para tratar os sintomas de certas doenças, bem como os efeitos colaterais de alguns tratamentos.
No dia 13 deste mês, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou a decisão unânime de autorizar o cultivo de uma variedade da Cannabis sativa, destinada apenas para fins medicinais.
Esse cultivo foi concedido exclusivamente a empresas, e deverá seguir as diretrizes que serão estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela União. Em outras palavras, será possível importar sementes e cultivar a variedade de cannabis chamada cânhamo industrial, que apresenta um baixo nível de THC.
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- Cannabidiol (CBD) pode ser encontrado em outra planta além da Cannabis
O que é cannabis medicinal?
Dentre as substâncias presentes na planta estão o canabidiol (CBD), o tetra-hidrocarbinol (THC), e outros canabinoides como canabigerol (CBG) e canabigerol (CBN). Tanto o THC quanto o CBD possuem valor terapêutico e, em certas situações, podem ser combinados em fármacos para aumentar sua eficácia.
Enquanto o THC é associado aos efeitos recreativos, como o relaxamento e a vontade de rir, ele também tem características antidepressivas, anticonvulsivantes, anti inflamatórias. De maneira parecida, o CBD é responsável pelos efeitos relaxantes da cannabis, além disso, é amplamente utilizado como analgésico, sedativo e imunossupressor – mas não possui o princípio psicoativo da planta.
Deste modo, as substâncias da cannabis medicinal atuam no organismo de forma a aliviar determinados sintomas.
Para que serve cannabis medicinal?
De acordo com a Escola de Medicina de Harvard, a utilização mais comum da cannabis medicinal nos Estados Unidos é para o controle da dor, sendo bastante eficaz para as dores crônicas.
A cannabis medicinal também é um relaxante muscular, e pode diminuir os tremores na doença de Parkinson. Sua utilização também tem efeitos positivos na fibromialgia e endometriose e em pacientes no tratamento de câncer.
Outras condições que apresentaram resultados positivos com o uso da cannabis medicinal incluem epilepsia, ansiedade, glaucoma, náusea e outros problemas gastrointestinais. Entretanto, é importante ressaltar que, tal como todos os medicamentos sujeitos a receita médica, os produtos provindos da cannabis medicinal podem ter efeitos secundários.
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Saúde
Nosso hálito pode indicar presença de câncer de pulmão; saiba como
Pesquisadores criaram sensores ultrassensíveis em nanoescala que podem indicar a presença de câncer de pulmão a partir do hálito. O dispositivo analisa níveis de isopreno, produto químico que pode estar relacionado ao tumor.
No estudo, publicado na ACS Sensors, da Sociedade Química Americana, os cientistas chineses descrevem tentativas anteriores de criar sensores de gás concentrando óxidos de metal, em especial, o óxido de índio. No novo teste, decidiram refinar o equipamento para detectar isopreno no nível em que ele ocorre naturalmente na respiração.
O desafio era criar dispositivo altamente sensível, capaz de detectar níveis de isopreno na faixa de partes por bilhão (ppb). Além disso, seria necessário diferenciar o isopreno do vapor de água e dióxido de carbono exalados em conjunto.
Como foi feita a pesquisa para criar o dispositivo que detecta câncer de pulmão?
Após os testes com nanoflocos baseados em óxido de índio, os pesquisadores observaram que a combinação com platina e níquel apresentou o melhor desempenho. Os resultados mostraram níveis de isopreno tão baixos quanto 2 ppb, o que indica a alta sensibilidade do dispositivo, além da consistência de dados após nove usos.
Fora do laboratório, os cientistas incorporaram a tecnologia em equipamento portátil para uso médico. Eles introduziram a respiração coletada anteriormente de 13 pessoas, cinco delas com câncer de pulmão.
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O sensor detectou níveis de isopreno menores que 40 ppb em amostras de participantes com câncer e mais de 60 ppb de participantes sem câncer. Isso mostra, de acordo com o estudo, novo caminho para diagnóstico preciso da doença em clínicas.
“Nosso trabalho não apenas fornece avanço na triagem de câncer não invasiva e de baixo custo por meio da análise da respiração, mas, também, traz avanço ao design racional de materiais de detecção de gás de ponta”, dizem os pesquisadores.
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