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Saúde

Peste bubônica alterou o sistema imunológico humano, diz estudo

Redação Informe 360

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Recentemente, um homem contraiu a peste bubônica do seu gato de estimação nos Estados Unidos. Atualmente, casos assim são extremamente raros e dificilmente levam à morte. Mas a doença, que literalmente dizimou parte da população mundial no passado, deixou sua marca na espécie humana e pode ser encontrada no genoma das pessoas que vivem nos dias de hoje.

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Peste negra
Bactéria Yersinia pestis, responsável pela doença (Imagem: Everett Collection/Shutterstock)

Marcas deixadas pela doença

Acredita-se que a bactéria Yersinia pestis tenha infectado a espécie humana por milhares de anos. Evidências dela foram encontradas no DNA de esqueletos datados de 4 mil anos atrás.

Após anos de teorias, pesquisadores analisaram os restos mortais presentes um túmulo coletivo de vítimas da peste do século XVI na cidade alemã de Ellwangen. Eles sequenciaram genomas de 36 esqueletos.

Ao compará-los com o DNA de pessoas que moram em Ellwangen hoje em dia, descobriram que os habitantes do século XXI apresentam diferenças sutis em vários genes HLA (responsáveis por codificar proteínas encontradas sobre a superfície das nossas células e que desempenham um papel importante na coordenação da nossa reação imunológica. Isso significa que provavelmente a infecção tornou a população daquela região mais capaz de combater a Yersinia pestis.

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Dois anos atrás, um grupo internacional de pesquisadores tentou examinar quais podem ter sido os impactos da Peste Negra sobre a imunidade humana. Eles reuniram amostras genéticas de esqueletos de cerca de 500 pessoas em cemitérios de Londres e da Dinamarca que morreram antes, durante e depois da pandemia do século XIV.

Eles observaram particularmente padrões relativos a um gene chamado ERAP2, que codifica uma proteína conhecida por ajudar as células imunológicas humanas a combater a Yersinia pestis e outros patógenos.

O estudo demonstrou que os londrinos e dinamarqueses da era medieval que carregavam esta última variante de ERAP2 tinham duas vezes mais probabilidade de sobreviver à peste. Os pesquisadores descobriram que, no final do século XIV, 50% dos londrinos e 70% dos dinamarqueses pesquisados possuíam essa variante. As informações são do G1.

homem na peste bubônica
Peste bubônica causou a pandemia mais devastadora da história da humanidade (Imagem: Shutterstock)

A peste bubônica 

  • A peste bubônica, também conhecida como Peste Negra, é a forma mais comum da doença que ainda tem mais dois tipos: a peste Septicêmica Primária e a Pneumônica. 
  • Seu surgimento causou a pandemia mais devastadora registrada na história da humanidade, tendo resultado na morte de 75 a 200 milhões de pessoas na Eurásia, atingindo o pico na Europa entre os anos de 1347 e 1351.
  • Acredita-se que a bactéria Yersinia pestis tenha sido a causa.
  • O microrganismo é geralmente encontrado em ratos e pulgas (a picada transmite a doença). 
  • Entre os sintomas da peste bubônica estão inchaço dos gânglios linfáticos, que formam bolhas na virilha, axila e pescoço, febre, calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores musculares.
  • Os pacientes ainda podem sentir confusão mental, náuseas e significativa alteração na pressão arterial.  
  • De 2010 a 2015 foram identificados 3.248 casos em todo o mundo, com 584 mortes.
  • O Brasil não registra casos de peste em seres humanos desde 2005.

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Saúde

Especialistas defendem preparo uso seguro da IA na medicina

Redação Informe 360

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A inteligência artificial na medicina já não é uma promessa distante — ela está acontecendo agora. Para especialistas, o debate atual não gira mais em torno do “se”, mas do “como” usar essa tecnologia com segurança e responsabilidade. O tema ganhou força justamente pelo impacto crescente da IA na tomada de decisões clínicas.

Mesmo entre defensores da inovação, permanece a preocupação central: garantir que os algoritmos sejam confiáveis e sustentados por boas práticas. Sem essa base, a tecnologia corre o risco de comprometer diagnósticos e condutas, como destaca reportagem do G1.

Impacto crescente da IA na tomada de decisões clínicas intensifica o debate sobre critérios, segurança e qualidade dos algoritmos.
Impacto crescente da IA na tomada de decisões clínicas intensifica o debate sobre critérios, segurança e qualidade dos algoritmos. Créditos: Phanphen Kaewwannarat / iStock

IA na saúde exige responsabilidade

Os debates mais recentes deixam evidente que a IA já está no cotidiano da medicina. Mas, como alertou o médico Charles Souleyman, diretor-executivo da Rede Total Care, usar tecnologia apenas para acelerar atendimentos pode gerar efeitos indesejados.

Ele critica modelos de telemedicina baseados em consultas rápidas e pouco aprofundadas. “O resultado é uma consulta de péssima qualidade, com um agravante: provavelmente, será solicitado um número excessivo de exames”.

O desafio, portanto, é incorporar essas ferramentas sem transformar o atendimento em algo automático ou sem critério. A IA pode ser uma aliada poderosa, mas precisa ser usada de maneira cuidadosa.

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Debates mostram que incorporar IA sem avaliação rigorosa pode tornar o atendimento automático e menos preciso.
Debates mostram que incorporar IA sem avaliação rigorosa pode tornar o atendimento automático e menos preciso. Imagem: Natali _ Mis/Shutterstock

Algoritmos bem treinados fazem toda a diferença

Para que a inteligência artificial realmente contribua com decisões clínicas, ela precisa se apoiar em bases de dados sólidas. Isso torna a qualidade e a validação dos algoritmos fatores essenciais.

Os dados precisam de robustez e é fundamental saber se o algoritmo foi bem treinado, se a validação é consistente.

Carlos Sacomani, urologista e especialista em projetos de telemedicina, durante o FISweek 2025, evento dedicado a inovação e tendências em saúde.

Ele também chama atenção para um ponto importante: alguns produtos do mercado prometem resolver qualquer demanda, mas nem sempre entregam o que anunciam. Sem validação adequada, a IA pode gerar uma falsa sensação de precisão — algo perigoso em ambientes médicos.

O que torna um algoritmo confiável?

  • Uso de bases de dados amplas e representativas.
  • Validações consistentes antes da aplicação clínica.
  • Transparência sobre limitações e cenários de uso.
  • Atualizações frequentes conforme surgem novos estudos.
  • Revisão constante por profissionais especializados.
IA ajuda médicos a priorizar dúvidas, sugerir abordagens e otimizar o fluxo interno, elevando a qualidade do atendimento.
IA ajuda médicos a priorizar dúvidas, sugerir abordagens e otimizar o fluxo interno, elevando a qualidade do atendimento. Imagem: Shutterstock/Adisak Riwkratok

Profissionais precisam ser treinados para usar IA

Souleyman também destaca um problema que ainda está longe de ser resolvido: a formação dos profissionais de saúde para trabalhar com IA. Segundo ele, a capacitação ainda não faz parte das grades das faculdades de medicina, criando uma lacuna importante.

Esse preparo é indispensável. Afinal, a tecnologia exige médicos capazes de fazer as perguntas certas e interpretar sugestões com senso crítico.

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Além disso, consultas assistidas por IA podem melhorar a experiência do paciente. A ferramenta pode ajudar o médico a organizar dúvidas comuns, sugerir falas mais acolhedoras e até indicar exames complementares — sempre com supervisão humana. No dia a dia, a IA também pode agilizar fluxos internos, otimizar o tempo do especialista e tornar o atendimento mais eficiente.

As discussões do FISweek 2025 mostram que a inteligência artificial tem potencial para transformar tanto o cuidado ao paciente quanto a gestão hospitalar. Mas isso só será viável com validação rigorosa, critérios bem definidos e profissionais preparados para usá-la de maneira ética e consciente.

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Saúde

Suplementos pré-natais podem reduzir risco de autismo em até 30%

Redação Informe 360

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Uma revisão abrangente conduzida por pesquisadores da Universidade Curtin, na Austrália, em parceria com instituições da Etiópia, indica que a suplementação pré-natal com ácido fólico e multivitamínicos está associada a um risco até 30% menor de desenvolvimento de transtorno do espectro autista (TEA) em crianças.

A análise reuniu evidências de revisões sistemáticas e meta-análises que, juntas, incluem mais de três milhões de participantes.

O TEA, que atinge cerca de 1% das crianças globalmente, afeta habilidades sociais, comunicação e comportamento, podendo coexistir com condições como ansiedade, TDAH, distúrbios do sono e epilepsia.

A nutrição materna pré-natal é considerada um dos fatores ambientais modificáveis mais importantes para o neurodesenvolvimento.

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Ácido fólico na gravidez mostra efeito protetor contra autismo, dizem pesquisadores – Imagem: Shutterstock/Doucefleur

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Evidências reunidas e queda consistente no risco

  • A revisão, publicada na PLOS One, avaliou oito revisões sistemáticas que investigaram o uso materno de ácido fólico e multivitamínicos.
  • A maioria apontou associação entre o uso desses suplementos e menor risco de TEA, embora algumas análises anteriores tenham apresentado resultados contraditórios.
  • No conjunto, a nova avaliação encontrou uma redução média de 30% no risco entre mães que utilizaram ácido fólico ou multivitamínicos durante o período pré-natal.
  • Em subanálises, multivitamínicos mostraram redução de 34% no risco e o ácido fólico isolado, de 30%.
  • Os resultados mantiveram consistência mesmo quando cada revisão foi retirada individualmente da análise.
Estudo comprova: Paracetamol na gravidez não causa autismo
Revisão de estudos revela queda consistente no risco de TEA entre mulheres que usaram suplementos antes e durante a gestação (Imagem: Prostock-studio / Shutterstock)

Efeito protetor reforçado

Os autores classificam as evidências como “altamente sugestivas” de um efeito protetor dos suplementos no desenvolvimento cerebral fetal.

O ácido fólico desempenha papel central na formação do tubo neural e na regulação epigenética, enquanto os multivitamínicos contribuem para equilíbrio imunológico e metabolismo de neurotransmissores.

Segundo os pesquisadores, a força do padrão observado sustenta recomendações para que mulheres utilizem ácido fólico e multivitamínicos antes da concepção e nas primeiras fases da gravidez.

autismo
Evidências mostram redução significativa no risco de autismo, sustentando políticas públicas de suplementação materna – Imagem: Veja/Shutterstock

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Saúde

Saúde anuncia modernização do SUS com 14 UTIs interligadas e hospital inteligente

Redação Informe 360

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O Ministério da Saúde apresentou, nesta terça-feira (18), uma nova estratégia para modernizar o Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da criação de uma rede nacional de hospitais e serviços inteligentes. A iniciativa reúne alta tecnologia, especialização médica e cooperação internacional para aprimorar diagnósticos, reduzir filas e aumentar a precisão no atendimento. As informações são da Agência Brasil.

Rede integrada deve transformar a infraestrutura do SUS

Segundo o ministério, o projeto prevê a implantação de 14 UTIs totalmente automatizadas e interligadas nas cinco regiões do país. Essas unidades serão instaladas em hospitais selecionados de 13 estados, incluindo cidades como Manaus, Belém, Fortaleza, Salvador, São Paulo, Curitiba e Brasília.

Além disso, oito hospitais serão modernizados com apoio de universidades e secretarias de saúde, ampliando a capacidade de atendimento especializado.

Ministério da Saúde prevê a implantação de 14 UTIs totalmente automatizadas e interligadas nas cinco regiões do país
Ministério da Saúde prevê a implantação de 14 UTIs totalmente automatizadas e interligadas nas cinco regiões do país (Imagem: Luiza Frazão / Ministério da Saúde)

A proposta também inclui a construção do Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da USP, apontado como o primeiro hospital inteligente do Brasil. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o país entra em “uma nova era de inovação para o SUS”, destacando que o foco vai além de novas obras, envolvendo transferência de tecnologia e digitalização de serviços.

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Tecnologia deve reduzir tempo de espera e ampliar precisão

Dentro do programa “Agora Tem Especialistas”, o governo aposta no uso de inteligência artificial, big data e integração digital para acelerar atendimentos. Segundo dados oficiais, essas tecnologias podem reduzir em até cinco vezes o tempo de espera em emergências.

Objetivo do projeto é permitir que especialistas de diferentes regiões atuem de forma conjunta
Objetivo do projeto é permitir que especialistas de diferentes regiões atuem de forma conjunta (Imagem: Joa Souza / Shutterstock)

Entre os principais recursos previstos no projeto:

  • Monitoramento contínuo e digitalizado dos pacientes;
  • Integração entre sistemas e equipamentos médicos;
  • Suporte tecnológico para decisões clínicas;
  • Previsão de agravos e otimização de avaliações;
  • Conexão com uma central de pesquisa e inovação.

O objetivo é permitir que especialistas de diferentes regiões atuem de forma conjunta, ampliando a precisão dos diagnósticos e aprimorando a assistência.

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