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Saúde

O que é polimiosite? Veja os principais sintomas dessa doença que afeta os músculos

Redação Informe 360

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Nem toda doença rara é silenciosa. Algumas se instalam aos poucos, tiram a força dos músculos, dificultam tarefas simples e mudam o ritmo de vida de forma quase imperceptível no início. A polimiosite é uma dessas condições que, apesar do nome pouco conhecido, tem efeitos graves e duradouros.

Antes de se manifestar com intensidade, ela já pode estar comprometendo a saúde de forma progressiva. Mas o que exatamente é essa doença? Quais os sintomas, como é feito o tratamento e o que muda na vida de quem é diagnosticado com ela?

O que é a polimiosite?

A polimiosite é uma doença autoimune rara e inflamatória que afeta principalmente os músculos esqueléticos, responsáveis pelos movimentos voluntários do corpo. Ela pertence a um grupo de doenças conhecidas como miopatias inflamatórias idiopáticas.

Músculo
Imagem: Jitendra Jadhav / iStock

Nesse tipo de condição, o sistema imunológico ataca por engano os tecidos musculares saudáveis, levando à inflamação crônica e progressiva. A causa exata ainda não é conhecida, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais estejam envolvidos.

Quais são os sintomas?

Os sintomas da polimiosite se desenvolvem de forma lenta e gradual. Os mais comuns incluem fraqueza muscular progressiva, especialmente nos músculos proximais, como os dos ombros, braços, quadris e coxas.

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Isso pode dificultar tarefas simples como subir escadas, levantar-se de uma cadeira ou carregar objetos leves. Outros sintomas frequentes incluem fadiga extrema, dor muscular, dificuldade para engolir (disfagia), falta de ar, febre baixa e perda de peso sem causa aparente.

Qual é o tratamento?

Mulher tomando comprimidos à noite deitada na cama
Imagem: Liudmila Chernetska / iStock

O tratamento da polimiosite geralmente envolve o uso de medicamentos imunossupressores e anti-inflamatórios. Os corticosteroides, como a prednisona, são a primeira linha de tratamento para controlar a inflamação.

Quando não há resposta adequada, podem ser adicionados imunossupressores como metotrexato, azatioprina ou ciclosporina. Em casos mais graves, terapias como imunoglobulina intravenosa ou rituximabe podem ser indicadas. Além do tratamento medicamentoso, a fisioterapia é essencial para manter a força muscular e melhorar a mobilidade.

Tem cura?

A polimiosite não tem cura definitiva, mas o tratamento adequado pode controlar os sintomas e impedir a progressão da doença. A resposta varia de pessoa para pessoa. Alguns pacientes alcançam remissão, enquanto outros convivem com sintomas leves ou moderados por longos períodos. No entanto, a doença pode voltar mesmo após um tempo de estabilidade.

Pessoa descendo escada segurando no corrimão
Imagem: Manuel-F-O / iStock

A doença é progressiva?

Sim. A polimiosite é considerada uma doença progressiva. Sem tratamento adequado, a inflamação muscular pode se agravar ao longo do tempo, resultando em perda severa da função muscular e dificuldades motoras permanentes. Por isso, o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são essenciais para preservar a qualidade de vida.

Qual público tem mais chances de desenvolver?

A polimiosite é mais comum em adultos entre 30 e 60 anos, e afeta mais mulheres do que homens. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é rara em crianças. Indivíduos com histórico familiar de doenças autoimunes ou com infecções virais recentes podem apresentar maior risco de desenvolver a condição.

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A polimiosite é transmissível?

Não. A polimiosite não é uma doença infecciosa nem transmissível de pessoa para pessoa. Ela resulta de uma falha no sistema imunológico e não tem relação com vírus, bactérias ou fungos contagiosos. Portanto, não há necessidade de isolamento nem restrições sociais em relação ao contato com outras pessoas.

Homem em coma (Reprodução: Gorodenkof/ Shutterstock)

A doença é hereditária?

A polimiosite não é diretamente hereditária, mas fatores genéticos podem predispor alguns indivíduos ao desenvolvimento da doença. Ter familiares com doenças autoimunes aumenta ligeiramente o risco, mas a presença do gene sozinho não determina que a pessoa vá manifestar a condição. A interação entre genes e gatilhos ambientais parece ser determinante.

Leia mais:

Quais as consequências a médio e longo prazo?

A médio prazo, a polimiosite pode causar limitação funcional importante, dor crônica e comprometimento da qualidade de vida. A longo prazo, se não for bem controlada, a inflamação pode levar à atrofia muscular, fibrose e perda permanente de mobilidade.

Em casos graves, pode comprometer a musculatura respiratória, dificultando a respiração, ou afetar o coração, aumentando o risco de insuficiência cardíaca e arritmias. A disfagia também pode causar aspiração de alimentos e pneumonias recorrentes.

A polimiosite pode matar?

médico analisando um exame de imagem raio-x
Imagem: Tima Miroshnichenko/Pexels

Sim. Embora a maioria dos pacientes consiga viver por muitos anos com tratamento, casos graves e não tratados adequadamente podem levar à morte por complicações respiratórias, cardíacas ou infecciosas. A taxa de mortalidade depende do grau de acometimento sistêmico, da resposta ao tratamento e da presença de doenças associadas.

Como é a rotina de uma pessoa com polimiosite?

A rotina de alguém com polimiosite varia conforme a gravidade da doença. Em fases leves ou controladas, o paciente pode manter uma vida relativamente independente, com algumas restrições físicas.

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Já nos casos mais avançados, a pessoa pode precisar de ajuda para tarefas básicas como vestir-se, alimentar-se, tomar banho ou se locomover. O uso de bengalas, cadeiras de rodas ou adaptações domiciliares pode ser necessário.

Há algo na rotina que pode ajudar a melhorar o quadro?

Sim. A prática regular de exercícios físicos supervisionados por fisioterapeutas pode ajudar a preservar a força muscular e a função articular. Alongamentos, hidroterapia e caminhadas leves são exemplos de atividades recomendadas.

A alimentação balanceada, rica em proteínas e anti-inflamatórios naturais, também pode auxiliar no controle da doença. O acompanhamento multidisciplinar com reumatologistas, nutricionistas e terapeutas ocupacionais faz toda a diferença no prognóstico.

Com informações de NCBI.

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Saúde

7 ISTs perigosas, mas com sintomas silenciosos

Redação Informe 360

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A lista de infecções sexualmente transmissíveis é extensa. No entanto, algumas apresentam consequências ainda mais graves à saúde e, o pior, é que a maioria das ISTs carregam sintomas silenciosos, o que dificulta o diagnóstico precoce e retarda a busca pelo tratamento.

No Brasil, os casos de infecções sexualmente transmissíveis têm crescido nos últimos anos. Segundo levantamento do IBGE e do Ministério da Saúde, cerca de 1 milhão de pessoas foram infectadas só em 2019. Causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos, algumas ISTs evoluem de forma silenciosa, conheça sete delas.

ISTs silenciosas: conheça sete infecções que avançam sem dar muitos sinais

1-Clamídia

Amostra de sangue para teste de clamídia (ICT), doença sexualmente transmissível comum causada pela bactéria Chlamydia trachomatis
Clamídia é uma das ISTs mais comuns e muitas vezes sem sintomas/Shutterstock Babul Hosen

Entre as ISTs perigosas com sintomas silenciosos está a clamídia, uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Em muitos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas visíveis, o que dificulta o diagnóstico e favorece a transmissão inadvertida a outros parceiros.

Além disso, quando os sinais surgem, muitas vezes são confundidos com outras condições. Afinal, os sintomas podem incluir corrimento amarelado, dor ao urinar, sangramento fora do período menstrual ou durante relações sexuais, e dor pélvica.

A partir disso, essa característica “invisível” ou sintomas que são confundidos com outros diagnósticos, podem levar a complicações graves, como doença inflamatória pélvica, infertilidade, gravidez ectópica e, em casos extremos, risco de morte materna ou fetal. Por isso, exames regulares e o uso de preservativos são essenciais para prevenção e detecção precoce.

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2-Gonorreia

Outra infecção sexualmente transmissível que tem a capacidade de se espalhar silenciosamente é a gonorreia, causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.

Embora possa provocar sintomas como dor ao urinar, corrimento amarelado ou esverdeado, dor pélvica e sangramento fora do ciclo menstrual, muitas pessoas, especialmente mulheres, não percebem sinais evidentes, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Dessa forma, a ausência de sintomas pode levar à progressão da infecção para órgãos internos, causando complicações como infertilidade, doença inflamatória pélvica e até infecções sistêmicas. Além disso, a gonorreia pode ser transmitida durante o parto, colocando recém-nascidos em risco de conjuntivite grave e até cegueira.

3-HPV (Papilomavírus Humano)

DST (doenças sexualmente transmissíveis). Homem segurando nota pegajosa com rosto triste desenhado em fundo amarelo, close-up
ISTs silenciosas em homens podem afetar a fertilidade e a saúde íntima/Shutterstock New Africa

O Papilomavírus Humano (HPV) é uma das ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) mais frequentes no mundo, e uma das mais traiçoeiras. Isso porque, na maioria dos casos, ele se instala no corpo sem provocar qualquer sintoma imediato.

Com isso, a falta de sinais visíveis dificulta a detecção precoce e contribui para que o vírus continue sendo transmitido sem que a pessoa infectada sequer perceba.

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Sobretudo, o perigo se intensifica com os chamados tipos de alto risco, especialmente os subtipos 16 e 18, que estão diretamente ligados ao desenvolvimento de cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

Além disso, o HPV pode estar envolvido em tumores que afetam outras áreas como vagina, vulva, pênis, ânus, cavidade oral e garganta.

Mesmo quando não há sintomas externos, o vírus pode causar alterações microscópicas e inflamações internas que evoluem ao longo do tempo. Quando se manifestam, os sinais podem incluir verrugas na região genital, feridas ou manchas incomuns, sensação de ardência, coceira persistente e lesões na boca ou garganta.

4-HIV

Entre as infecções sexualmente transmissíveis que podem se desenvolver de forma discreta, o HIV se destaca como uma das mais preocupantes.

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O vírus da imunodeficiência humana pode permanecer no organismo por anos sem apresentar sinais evidentes, o que favorece sua disseminação e dificulta o diagnóstico precoce.

Não é à toa que essa “epidemia invisível” tem sido motivo de alerta no Brasil, especialmente após estudos apontarem que a taxa de prevalência do HIV ultrapassou os limites considerados seguros pela Organização Mundial da Saúde.

O HIV é caracterizado por comprometer o sistema imunológico ao atacar as células responsáveis pela defesa do organismo.

Com o tempo, sem o devido acompanhamento médico, o vírus pode avançar para o estágio conhecido como aids. A aids, por sua vez, é uma condição que deixa o corpo vulnerável a infecções e doenças que normalmente seriam combatidas com facilidade. Apesar disso, hoje é plenamente possível conviver com o HIV de maneira saudável e segura.

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5-Sífilis

A sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum que pode se desenvolver de forma silenciosa por longos períodos, o que a torna extremamente perigosa. Em seus estágios iniciais, é comum o aparecimento de feridas indolores na região genital, boca ou ânus, que desaparecem espontaneamente. Como resultado, muitas pessoas acabam ignorando o problema.

Com o passar do tempo, no entanto, a doença pode evoluir para fases mais graves e atingir órgãos vitais como o coração, o cérebro e os ossos, trazendo riscos sérios à saúde.

Além disso, mesmo sem sintomas aparentes, a sífilis permanece ativa e transmissível. Portanto, é fundamental estar atento aos sinais de alerta, como manchas avermelhadas na pele, especialmente nas palmas das mãos e plantas dos pés, ínguas espalhadas pelo corpo, febre baixa, dor de cabeça, fadiga e queda de cabelo.

6-Herpes Genital

Casal em consulta com especialista em IST na clínica
ISTs podem existir mesmo em relações estáveis/Shutterstock New Africa

A Herpes Genital é uma das ISTs com sintomas silenciosos que mais desafiam o diagnóstico precoce. Causada pelo vírus Herpes simplex tipo 2 (HSV-2), essa infecção pode permanecer latente no organismo por longos períodos, sem apresentar sinais visíveis.

Mesmo sem lesões aparentes, o vírus continua ativo e transmissível, o que torna a doença perigosa e favorece sua disseminação. Além disso, cerca de 70% das transmissões ocorrem justamente na fase assintomática.

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Apesar de muitas pessoas não identificarem imediatamente a presença da Herpes Genital, os sinais podem se manifestar como lesões pequenas e sensíveis na área íntima, geralmente acompanhadas de ardência, coceira intensa e desconforto ao urinar.

Além desses sintomas, é possível que surjam manifestações sistêmicas como febre leve, inchaço dos gânglios na virilha e dores musculares.

7-Tricomoníase

A tricomoníase é uma infecção provocada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que muitas vezes se apresenta de forma discreta, dificultando seu reconhecimento imediato. Na maioria dos casos, especialmente entre os homens, o quadro é assintomático, o que contribui para a disseminação silenciosa da doença.

Já em mulheres, os sinais tendem a ser mais perceptíveis, como corrimento vaginal com odor forte, frequentemente comparado ao cheiro de peixe, além de coceira intensa, sensação de ardência e dor ao urinar. Durante o ciclo menstrual, esses sintomas podem se intensificar devido às alterações no pH vaginal.

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Mesmo sendo uma infecção curável, a tricomoníase pode trazer sérias consequências à saúde quando não tratada de forma adequada. Entre os riscos, está a maior vulnerabilidade à contaminação por outros agentes infecciosos, como o HIV. No caso de gestantes, a doença está relacionada a complicações como parto prematuro.

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Saúde

Medicamento comum para o coração pode não funcionar

Redação Informe 360

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Um estudo internacional revelou que os betabloqueadores, usados há mais de 40 anos como tratamento padrão após um ataque cardíaco, podem não trazer benefícios para a maioria dos pacientes — e até representar riscos adicionais para algumas mulheres.

De acordo com os pesquisadores, mulheres com função cardíaca preservada (fração de ejeção acima de 50%) tiveram risco significativamente maior de sofrer novo ataque cardíaco, serem hospitalizadas por insuficiência cardíaca ou até morrer quando tratadas com o medicamento.

ataque cardiaco
40 anos depois, betabloqueadores deixam de ser unanimidade no tratamento pós-infarto (Imagem: kung_tom/Shutterstock)

O risco foi quase três vezes maior em comparação às que não usaram betabloqueadores. O estudo está publicado no European Heart Journal.

“Essas descobertas reformularão todas as diretrizes clínicas internacionais e devem desencadear uma abordagem específica para cada sexo no tratamento das doenças cardiovasculares”, afirmou o Dr. Valentin Fuster, do Hospital Mount Sinai, em Nova York.

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ataque cardíaco
Especialistas defendem tratamentos personalizados e alertam que diretrizes médicas ainda não acompanharam os avanços da ciência – Imagem: Theerani lerdsri/Shutterstock

O efeito adverso foi mais evidente em mulheres que receberam altas doses, destacou o Dr. Borja Ibáñez, do Centro Nacional de Investigação Cardiovascular de Madri.

Diferenças de gênero e novas abordagens

  • Especialistas explicam que homens e mulheres respondem de forma distinta a medicamentos cardiovasculares.
  • Fatores como tamanho do coração, sensibilidade a drogas para pressão arterial e características próprias da doença cardíaca feminina podem explicar essa discrepância.
  • “O gênero tem muito a ver com a forma como as pessoas respondem à medicação”, disse o Dr. Andrew Freeman, do National Jewish Health, em Denver.

Ensaio clínico reforça tese de pesquisadores

O ensaio clínico REBOOT, que acompanhou mais de 8.500 pacientes na Espanha e Itália, reforçou que não há benefício no uso de betabloqueadores em homens ou mulheres com função cardíaca preservada.

Segundo os autores, avanços como o uso de stents e anticoagulantes logo após o infarto já reduzem a necessidade desse tipo de medicamento.

Ainda assim, diretrizes médicas em vários países mantêm o uso rotineiro, aplicado hoje em cerca de 80% dos pacientes.

Um dado adicional: outra análise publicada no The Lancet mostrou que pessoas com fração de ejeção entre 40% e 50% ainda se beneficiam, com redução de 25% nos riscos de novos eventos.

Betabloqueadores em xeque: novo estudo mostra riscos para mulheres após infarto (Imagem: Tharakorn/iStock

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Saúde

Estalar os dedos faz mal à saúde? Veja o que diz a medicina

Redação Informe 360

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Estalar os dedos é um hábito bastante comum para várias pessoas. Embora para alguns o som seja irritante, para muitas outras esse hábito pode ser uma forma de amenizar o tédio, ou mesmo uma maneira de buscar alívio e relaxamento. Mas será que estalar os dedos pode fazer mal à saúde?

Há um senso comum, geralmente passado em família, que diz que fazer estalar os dedos repetidamente pode fazer mal, sendo uma das causas da artrite e pode até mesmo engrossar as articulações. 

Pessoa com mãos sobre notebook
Estalar os dedos serve para alguma pessoas como uma forma de relaxamento e também para aliviar o tédio. (Imagem: Farknot Architect/Shutterstock)

É importante esclarecer que em todas as articulações do corpo humano existe a presença do líquido sinovial – que é responsável por lubrificar as partes do corpo que fazem conexões umas com as outras, evitar o atrito entre ossos e preservar as cartilagens.

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O barulho que surge ao estalar os dedos acontece porque há a formação de bolhas de ar ou vácuo dentro do líquido sinovial que estouram ao serem pressionadas.

A razão pela qual você não pode estalar o mesmo dedo duas vezes seguidas é porque leva algum tempo para que as bolhas se acumulem novamente na articulação.

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Estalar os dedos faz mal à saúde? 

Exames radiográficos mostram que estalar os dedos não prejudica a saúde das mãos. (Imagem: Pinto Art/Shutterstock)

O estalar de dedos vem sendo estudado na medicina há anos. Um estudo curioso sobre o tema foi realizado pelo médico americano Donald Unger com um único paciente: ele mesmo. 

Na infância, o menino ouvia muito de sua mãe que, se continuasse a estalar os dedos, num futuro próximo teria artrite. Como não tinha idade para realizar um estudo científico formal, nem um laboratório, muito menos um grupo de participantes para o seu experimento, usou as próprias mãos. 

O menino, que mais tarde tornou-se médico alergista, passou 50 anos estralando duas vezes ao dia os dedos da mão esquerda, enquanto a direita permaneceu intacta para servir como grupo de controle. 

Após exames de radiografia, a conclusão foi que, depois de meio século, ele não desenvolveu artrite em nenhuma das mãos, assim como não havia nenhuma diferença substancial entre elas. E o estudo acabou sendo divulgado em 1998 pela publicação científica Arthritis & Rheumatism (que atualmente se chama Arthritis & Rheumatology). 

Outro estudo realizado por Robert L. Swezey e Stuart E. Swezey com 28 idosos e 28 crianças com idade média de 11 anos também não conseguiu demonstrar correlação entre o estalo dos dedos e alterações degenerativas nas articulações. 

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Em suma, não há comprovação científica de que estalar os dedos cause mal à saúde. Mesmo que seja feito repetidamente, não há nenhum risco de comprometimento ósseo, nem mesmo para as articulações.

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