Saúde
Fumar maconha também pode ocasionar câncer bucal, alerta pesquisador

Uma publicação recente no site oficial da Universidade da Califórnica em San Diego (UCSD) informa que usuários com “transtorno de dependência por uso de cannabis” têm três vezes mais chances de desenvolver câncer bucal do que pessoas que não têm o distúrbio. Confira o estudo na íntegra clicando aqui.
O autor do estudo é o cientista biomédico e doutor Raphael Cuomo, que atua como professor na Faculdade de Medicina da UCSD, reconhecido “mundialmente e amplamente considerado um dos principais especialistas em epidemiologia do câncer, controle do tabaco e disparidades de saúde.“
A dependência pela cannabis (ou simplesmente ‘transtorno por uso de cannabis’) já está classificada como um transtorno mental pelos livros DSM-5 e CID-10: manuais de diagnósticos de doenças mentais, frequentemente utilizados por psicólogos e psiquiatras.
Para quem tem pressa:
- Raphael Cuomo, cientista biomédico e professor na UCSD, publicou um artigo que correlaciona o fumo abusivo da maconha com câncer bucal;
- A pesquisa demonstra que dependentes químicos da cannabis possuem três vezes mais chances de desenvolver câncer do que os que fazem uso pontual da erva;
- O risco é ainda maior se o dependente químico também faz uso do tabaco.

Cuomo destaca que a incidência do câncer bucal ocorre principalmente sobre os usuários que fumam a planta. Vale destacar que essa estatística está relacionada ao uso abusivo da erva, ou seja, a pesquisa leva em consideração aqueles que fumam a erva excessivamente.
A fumaça da cannabis contêm muitos dos mesmos compostos cancerígenos encontrados na fumaça do tabaco, que têm efeitos nocivos conhecidos no tecido epitelial que reveste a boca. Essas descobertas se somam a um crescente conjunto de evidências que sugerem que o uso crônico ou problemático de cannabis pode contribuir para o risco de câncer em tecidos expostos a produtos de combustão.
— Raphael Cuomo, PhD, professor associado do Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Medicina da UCSD e autor da pesquisa.
Atualmente, já há estudos que demonstram como o uso da maconha prevaleceu ao redor do mundo nos últimos anos.
Essa pesquisa, publicada no repositório acadêmico nacional de medicina dos EUA (PubMed Central) e escrita pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, já revela que a cannabis é uma das drogas mais utilizadas no mundo e que há uma preocupação geral dos efeitos de seu uso a longo prazo.
Leia mais:
- O que é cannabis medicinal e para que serve?
- Fumaça de maconha em casa pode afetar crianças, indica estudo
- Nova fonte de canabidiol é descoberta em planta presente no Brasil

Para realizar o estudo que associa o câncer bucal ao uso abusivo da maconha, Raphael Cuomo e sua equipe analisaram adultos de seis centros médicos da UCSD. Os escolhidos foram os que já demonstraram problemas com drogas no passado, mas que nunca tiverem diagnósticos de câncer.
Em seguida, todos os mais de 45 mil adultos foram acompanhados por cerca de cinco anos consecutivos, a fim de verificar se havia, de fato, uma correlação entre o abuso do cigarro de maconha e o câncer bucal (o que incluía câncer no lábio e na língua também).
Dentre os dados destacados para classificar aqueles que poderiam desenvolver câncer, estavam estatísticas como: idade, gênero, índice de massa corporal, e histórico de tabagismo. Enquanto os testes eram conduzidos, percebeu-se que 2,1% dos candidatos foram diagnosticados como dependentes da cannabis (quase mil pessoas das 45 mil testadas).

O grupo classificado como dependente obteve uma estimativa de 0,74% de desenvolver câncer bucal, enquanto as outras mais de 44 mil pessoas detinham 0,23% de desenvolver o câncer. Ou seja, os dependentes estavam triplamente mais suscetíveis.
Caso os dependentes da maconha também fossem dependentes químicos do tabaco, as chances de desenvolver câncer bucal aumentavam em mais de seis vezes se comparadas aos dependentes de cannabis que não fumavam tabaco.
Você pode conferir os detalhes completos do artigo clicando aqui.
De acordo com o perfil do pesquisador, o Dr. Cuomo:
[…] desenvolveu modelos inovadores e baseados em dados que integram informática clínica para otimizar o tratamento do câncer e melhorar as intervenções de saúde pública. […] As contribuições do Dr. Cuomo para a pesquisa clínica estabeleceram novos padrões na área, consolidando seu legado como uma figura transformadora em saúde pública e epidemiologia clínica.
— Perfil de Raphael Cuoemo no site da UCSD
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Saúde
Pesquisa estuda se canetas emagrecedoras podem causar câncer

O uso crescente de medicamentos para perda de peso, como Wegovy/Ozempic e Mounjaro (as chamadas canetas emagrecedoras), tem levantado preocupações que vão além do abastecimento.
Esses fármacos, conhecidos como agonistas do receptor GLP-1, são associados a efeitos colaterais gastrointestinais comuns, como náusea, vômito e constipação, além do chamado “Ozempic face” — uma aparência abatida e envelhecida decorrente de perda rápida de peso.
Preocupações mais graves incluem possíveis relações com doenças oculares, redução da libido e risco aumentado de certos tipos de câncer. Entre eles, o de tireoide é o mais citado.
Segundo Nadine Wehida, professora sênior em Genética e Biologia Molecular na Kingston University, e Ahmed Elbediwy, professor sênior em Bioquímica Clínica/Biologia do Câncer na Kingston University, em artigo publicado na The Conversation, estudos com roedores mostraram que doses elevadas de medicamentos GLP-1 causaram tumores na glândula, embora isso não tenha sido comprovado em humanos.

Além disso, uma pesquisa francesa de larga escala encontrou um possível vínculo, especialmente em pacientes que usaram o fármaco por mais de um ano. Por precaução, esses medicamentos não são recomendados para pessoas com histórico pessoal ou familiar de câncer de tireoide, ou condições genéticas que aumentem esse risco.
Também houve suspeitas de relação com câncer de pâncreas, motivadas por relatos iniciais de pancreatite — inflamação potencialmente fatal. Estudos atuais, contudo, não confirmaram um vínculo direto, segundo os autores.
Canetas emagrecedoras levantam debate: elas podem causar câncer?
- O Wegovy e o Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, foram desenvolvidos originalmente para tratar diabetes tipo 2. Eles reduzem o apetite atuando em receptores no cérebro, além de influenciar células do intestino e tecido adiposo;
- O Mounjaro, por sua vez, tem como princípio ativo a tirzepatida, que age também em outro receptor, o GIP, aumentando ainda mais a produção de insulina e melhorando a sensibilidade à hormona. Isso proporciona maior perda de peso que a semaglutida isoladamente;
- Embora não haja, até o momento, associação confirmada entre a tirzepatida e risco elevado de câncer, ela também carrega o alerta para tumores de tireoide com base em estudos em animais;
- Curiosamente, estudos preliminares em animais sugerem que a tirzepatida pode reduzir certos tumores, incluindo o de mama, mas as evidências ainda são iniciais e não aplicáveis a humanos.
Leia mais:
- Olire, Ozempic, Mounjaro e Wegovy: qual a diferença entre as canetas para emagrecer?
- Ozempic e Mounjaro: quais as diferenças entre os remédios para emagrecer?
- “Ozempic oral” mostra eficácia em ensaios e pode chegar em 2026
O que dizem as farmacêuticas dos medicamentos
O Olhar Digital procurou as assessorias de imprensa de Novo Nordisk (fabricante de Wegovy e Ozempic) e Eli Lilly (fabricante do Mounjaro) e aguarda resposta.

Obesidade já é um fator de risco conhecido
Por outro lado, a obesidade é um fator de risco conhecido para vários cânceres, como os de mama, cólon, fígado e útero. Medicamentos GLP-1, ao promoverem perda de peso significativa e melhora metabólica, podem reduzir, indiretamente, essas chances.
Os autores apontam que estudos populacionais apontaram taxas menores de cânceres relacionados à obesidade entre usuários desses medicamentos em comparação a outras terapias, embora ainda não esteja claro se o efeito vem da ação do fármaco ou da perda de peso.
O quadro atual é considerado “tranquilizador, mas com ressalvas“. O risco geral de câncer associado aos GLP-1 e à tirzepatida parece baixo, dizem os autores. Ainda assim, não são recomendados para pessoas com determinadas condições endócrinas ou histórico de tumores relacionados a hormônios.
A dupla de professores conclui o artigo reiterando que as injeções para emagrecimento não são isentas de risco, mas “oferecem potencial significativo”. “Resta saber se são uma solução duradoura ou apenas mais um capítulo na longa história das tentativas de perder peso”, finalizou.

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Saúde
Nova vacina é capaz de bloquear transmissão da malária
Cientistas do Instituto de Pesquisa Médica Walter e Eliza Hall (WEHI), na Austrália, desenvolveram uma nova vacina contra a malária. O trabalho foi inspirado na tecnologia que possibilitou o desenvolvimento dos imunizantes contra a Covid-19.
O objetivo dos pesquisadores era criar um obstáculo para a reprodução do parasita Plasmodium falciparum dentro de mosquitos, que transmitem a doença para humanos através de picadas. O resultado foi uma queda de 99,7% na taxa de transmissão da malária.

Vacina impede reprodução do parasita dentro dos mosquitos
Aplicando uma abordagem de biologia estrutural, a equipe identificou uma conexão entre duas proteínas para a reprodução do parasita. A partir daí, os pesquisadores criaram uma vacina de mRNA que pudesse bloquear a transmissão da doença.
O imunizante impede que o parasita da malária se reproduza dentro dos mosquitos, quebrando o ciclo de transmissão antes que ele possa chegar aos humanos. As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Science.

Os cientistas do WEHI acreditam que a vacina pode fazer parte de uma estratégia global para combater a malária. Ela pode funcionar em conjunto com outros imunizantes já disponíveis, aumentando a proteção contra a enfermidade.
Leia mais
- Primeiro tratamento contra malária para bebês é aprovado
- Medicamento contra malária pode tratar câncer, aponta estudo
- Estudo descobre diferenças entre a malária no Brasil e na África
Doença pode ser fatal
- De acordo com o balanço mais recente disponível, a malária foi responsável por cerca de 597 mil mortes em 2023.
- Quase a maioria dos óbitos ocorreu no continente africano, com cerca de três quartos das vítimas sendo crianças menores de cinco anos.
- Os números ainda apontam que são quase 300 milhões de infectados por ano.
- A doença infecciosa é causada por parasitas do gênero Plasmodium e transmitida pela picada de mosquitos Anopheles infectados.
- Os sintomas mais comuns incluem febre alta, calafrios, dores de cabeça e musculares, sudorese, taquicardia e, em alguns casos, delírios e aumento do baço.
- Podem ocorrer também náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
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Saúde
Para que servem as amígdalas da garganta?

As amígdalas são estruturas pequenas, mas poderosas, localizadas na garganta, e muita gente ainda não sabe exatamente para que elas servem.
Elas fazem parte do sistema imunológico, atuando como a primeira linha de defesa do corpo contra invasores como vírus, bactérias e outros micro-organismos que entram pela boca e nariz. Além disso, as amígdalas ajudam a identificar ameaças e a ativar respostas de defesa para evitar infecções mais graves.
Apesar de serem conhecidas principalmente por causarem inflamações e dores na garganta, seu papel vai muito além disso. Entender para que servem as amígdalas é fundamental para saber por que elas inflamam, quando é necessário tratá-las e quais cuidados tomar para evitar problemas mais sérios.
Vamos destrinchar suas funções, suas características, doenças comuns e os tratamentos indicados. Se liga: conhecer essas estruturas pode fazer toda a diferença para sua saúde.
O que são as amígdalas?
As amígdalas são órgãos linfóides localizados em pontos estratégicos da garganta, de cada lado, na região conhecida como orofaringe. Elas fazem parte do sistema linfático, que é crucial para a defesa do organismo. Seu nome vem do grego amygdalē, que significa amêndoa, justamente por causa do seu formato.
Existem três principais tipos de amígdalas no corpo humano: as palatinas (as que conhecemos como “amígdalas da garganta”), as faríngeas (ou adenoides, que ficam mais lá em cima, atrás do nariz) e as linguais (na base da língua). Cada uma delas tem um papel específico, mas aqui o foco são as palatinas, as famosas amígdalas da garganta.

Para que servem as amígdalas?
Defesa imunológica local
As amígdalas funcionam como sentinelas do sistema imunológico. Elas estão estrategicamente posicionadas para interceptar e identificar patógenos que entram pela boca e pelo nariz. Quando um vírus ou bactéria invade o organismo, elas que detectam esses agentes e ativam a resposta imunológica, produzindo anticorpos e células de defesa.
Produção de anticorpos
Elas produzem células especializadas que ajudam a neutralizar e eliminar agentes invasores. Isso significa que as amígdalas não são apenas bloqueios físicos, mas centros ativos na produção de defesa do corpo.
Memória imunológica
Além de atacar os invasores, as amígdalas ajudam a criar uma “memória” imunológica. Isso facilita a resposta do corpo em futuras infecções pelo mesmo patógeno, tornando o sistema imunológico mais eficiente.
Por que as amígdalas inflamam?
Amígdalas inflamadas, ou amigdalite, são um dos problemas mais comuns relacionados a elas. Isso acontece quando esses órgãos ficam sobrecarregados, geralmente por infecções virais ou bacterianas, e passam a inchar, causando dor, dificuldade para engolir, febre e mal-estar.

Causas principais da amigdalite
- Infecções virais (como resfriados, gripe e mononucleose).
- Infecções bacterianas (especialmente Streptococcus, que causa a “garganta inflamada”).
- Irritação por fumaça, poluição ou alergias.
- Baixa imunidade.
A inflamação pode ser aguda (de curta duração) ou crônica (quando o problema se repete ou persiste por muito tempo). Amígdalas muito inflamadas podem acumular secreções, formando as chamadas “bolinhas de pus” ou caseum, que podem causar mau hálito.
Quando a remoção das amígdalas é necessária?
Apesar de serem importantes para a defesa do corpo, em alguns casos a remoção (amigdalectomia) é recomendada, principalmente quando elas causam mais problemas do que benefícios.
Indicações para cirurgia
- Amigdalite crônica e recorrente (mais de 5 episódios ao ano).
- Apneia do sono causada por amígdalas muito grandes, que bloqueiam a respiração.
- Abscessos que não respondem ao tratamento clínico.
- Dificuldade severa para engolir ou falar devido ao tamanho.
- Suspeita de tumor nas amígdalas (raro).
A cirurgia é simples e bastante comum, feita geralmente por otorrinolaringologistas. Após a remoção, o corpo continua protegido por outras partes do sistema imunológico.

Cuidados para manter as amígdalas saudáveis
Se você quer evitar problemas, algumas práticas simples ajudam muito:
- Manter uma boa higiene bucal, incluindo escovação da língua.
- Evitar exposição a fumaça de cigarro e poluentes.
- Alimentação balanceada para fortalecer a imunidade.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes, especialmente com infecções respiratórias.
- Procurar atendimento médico logo que surgirem os primeiros sintomas de dor de garganta.
Mitos e verdades sobre as amígdalas
Mito: Elas têm função defensiva fundamental para o corpo, atuando como guardiãs da imunidade, porém, servem para muitas outras coisas.
Mito: A cirurgia só é recomendada em casos específicos, não é regra.
Mito: Muitas pessoas têm amígdalas grandes e vivem normalmente sem sintomas.
Amígdalas em crianças e adultos: diferenças importantes
As amígdalas são mais ativas na infância porque o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. Por isso, crianças tendem a ter mais infecções e inflamações na garganta. Conforme envelhecemos, esses órgãos tendem a diminuir de tamanho e sua atividade imunológica fica menos intensa.
No entanto, isso não significa que adultos estejam livres de problemas com amígdalas. A amigdalite pode aparecer em qualquer idade, e cuidados continuam importantes.

O que fazer em caso de dor e inflamação nas amígdalas?
Quando a garganta começa a doer e as amígdalas inflamam, o ideal é:
- Fazer repouso vocal e físico.
- Beber bastante líquido.
- Usar analgésicos e anti-inflamatórios recomendados por um médico.
- Gargarejar com água morna e sal para aliviar o incômodo.
- Procurar um médico se a dor for muito intensa, acompanhada de febre alta, dificuldade para respirar ou engolir.
Evite automedicação com antibióticos, pois o uso errado pode causar resistência bacteriana e piorar a situação.
Relação das amígdalas com outras doenças
Algumas condições de saúde podem estar ligadas a problemas nas amígdalas, como:
- Faringite: inflamação da garganta que atinge também as amígdalas.
- Sinusite: infecção dos seios da face que pode piorar a inflamação na garganta.
- Amigdalite estreptocócica: causada pela bactéria Streptococcus, pode levar a complicações se não tratada.
- Apneia do sono: amígdalas grandes podem causar obstrução das vias aéreas durante o sono.
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