Saúde
Coração em chip pode eliminar testes de medicamentos em animais

Cientistas do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), nos Estados Unidos, desenvolveram um coração em chip. O objetivo é simular a resposta fisiológica do órgão, o que pode permitir inúmeros testes em laboratório na fase pré-clínica de pesquisa. Isso significa que a tecnologia pode reduzir a necessidade de testes em animais, além de acelerar o desenvolvimento de novos remédios.
Os pesquisadores querem reproduzir as condições de um coração real. Um dos desafios é transformar células-tronco em células cardíacas, fazendo com que elas contraiam e relaxem para produzir batimentos cardíacos.
O design de um coração em chip pode variar, mas normalmente é um retângulo pequeno e transparente. Ele conta com uma rede de microcanais impressos em uma camada de polímero, com a função de simular os vasos sanguíneos do órgão. As células cardíacas também são adicionadas em camadas.
A partir do chip, é possível controlar e manipular com precisão pequenas quantidades de líquidos, através de canais, e os remédios podem ser facilmente administrados. Com isso, os pesquisadores podem observar os impactos de determinada medicação.
Um coração em chip pode ser interconectado a outros órgãos em chip, como um fígado artificial. Assim, a equipe consegue investigar a interação deles como resposta a determinados medicamentos ou condições médicas, como um câncer.
O avanço, se bem sucedido, pode representar o fim dos testes em animais. Os pesquisadores lembram que a fisiologia animal não corresponde perfeitamente à fisiologia humana. Dessa forma, o processo de produção de medicamentos se tornaria também mais rápido, bem como mais barato.
Todas as descobertas dos pesquisadores foram publicadas na revista científica Lab on a Chip. As informações são do National Institute of Standards and Technology.
Órgãos em chip
- A estratégia em recriar órgãos humanos em chip não é uma novidade.
- Há alguns anos, cientistas de todo o mundo buscam avanços nessa área, mas ainda falta estabelecer padrões de produção.
- Recentemente, já foram criados modelos de pulmão, fígado, rim, pele e vagina em chip.
- Essa estratégia é bastante diferente de organoides, ou seja, réplicas em miniaturas dos órgãos humanos.
- As mais famosas são as de cérebro, usadas no estudo de doenças cerebrais e neurodegenerativas.
- Elas também forneceram informações valiosas sobre a origem do autismo.
em Olhar Digital.
Saúde
Pesquisadores descobrem como o sistema imunológico retarda a perda de gordura

O corpo consegue proteger a gordura mesmo em situações de estresse metabólico, como jejum ou frio, e essa descoberta pode mudar a forma como entendemos obesidade e metabolismo. Pesquisadores da Universidade de San Diego, na Califórnia, descobriram que o corpo pode manter a gordura para um benefício maior.
Como a ciência mostra que o sistema imunológico protege a gordura?
Pesquisadores da Universidade de San Diego na Califórnia publicaram na revista Nature que descobriram que os neutrófilos, um tipo de glóbulo branco, atuam no tecido adiposo branco liberando IL-1β, um sinal que suprime a lipólise. Ou seja, o corpo reduz a queima de gordura quando precisa conservar energia.
Essa função vai além da defesa contra infecções: é como um “freio interno” que mantém o equilíbrio energético, especialmente em situações de jejum, frio ou estresse metabólico.
Por que essa descoberta faz sentido para nosso corpo?
O estudo mostrou que, em resposta ao frio ou ativação do sistema nervoso simpático, os neutrófilos rapidamente se infiltram no tecido adiposo visceral. Eles liberam sinais que controlam a quebra de gordura, protegendo reservas essenciais.
Análises genéticas indicam que, em pessoas com obesidade, os genes dessa via imunometabólica têm atividade aumentada, mostrando que esse mecanismo é relevante para a fisiologia humana e possivelmente para tratamentos futuros.
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
Como podemos aplicar esse conhecimento sobre a queima de gordura no dia a dia?
Saber que o corpo tem guardiões internos da gordura muda a visão sobre dietas restritivas e jejum. É um lembrete de que a perda de peso não depende apenas de esforço externo, mas de processos biológicos complexos.
Incorporar hábitos de alimentação consciente, alternar períodos de descanso e exposição ao frio moderado de forma segura pode potencializar a saúde metabólica sem prejudicar reservas de energia essenciais.
Leia também:
- Como e onde o sangue é produzido no nosso corpo?
- Nosso corpo ainda guarda segredos que não desvendamos completamente
- Buracos negros primordiais podem atravessar o corpo humano?
Que curiosidades e insights a ciência nos oferece?
Além do papel dos neutrófilos, outros fatores influenciam como o corpo gerencia energia. Conhecer esses elementos ajuda a entender melhor a fisiologia e aplicar estratégias inteligentes:
- O sistema nervoso simpático ativa a lipólise em momentos de frio ou estresse.
- A IL-1β funciona como um sinal químico que “freia” a queima de gordura.
- A resposta do corpo é rápida e localizada no tecido adiposo visceral.
- Manipular neutrófilos ou IL-1β em camundongos acelerou a perda de gordura, mostrando potencial terapêutico.
Esses pontos reforçam como ciência e biologia estão interligadas ao nosso metabolismo diário.
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
Quais impactos essa descoberta pode ter no futuro?
Entender essa interação entre imunidade e metabolismo abre portas para novos tratamentos da obesidade, síndrome metabólica e distúrbios relacionados, criando alternativas baseadas em ciência e tecnologia. A pesquisa também oferece insights sobre estratégias personalizadas de saúde, mostrando como a biologia do corpo pode ser respeitada e potencializada para resultados mais seguros e duradouros.
A ciência revela que nosso corpo é mais inteligente do que imaginamos, cuidando da energia e da saúde interna mesmo sem que percebamos. Com atenção, hábitos conscientes e curiosidade, podemos usar esse conhecimento para viver de forma mais equilibrada, produtiva e saudável.
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Saúde
Ciência tenta quebrar a “capa de invisibilidade” do Ebola

Os filovírus recebem esse nome a partir do latim filum, que significa fio — uma referência ao seu formato alongado e filamentoso.
Eles formam uma das famílias virais mais perigosas conhecidas, incluindo os vírus Ebola, Sudão, Bundibugyo e Marburg, responsáveis por surtos de febre hemorrágica com taxas de mortalidade extremamente elevadas.

Uma nova estratégia para um velho inimigo
- Parte da letalidade dos filovírus está ligada à instabilidade de suas proteínas de superfície, usadas pelo vírus para entrar nas células.
- Essas estruturas mudam de forma com facilidade e ficam parcialmente escondidas sob uma espessa camada de açúcares, o que dificulta tanto o reconhecimento pelo sistema imunológico quanto o desenvolvimento de vacinas eficazes.
- Um estudo publicado na Nature Communications por pesquisadores do Scripps Research apresenta uma nova geração de vacinas candidatas projetadas para oferecer proteção contra múltiplas cepas de filovírus.
- A estratégia consiste em exibir as proteínas de superfície viral em nanopartículas proteicas auto-montáveis, conhecidas como SApNPs. Essas partículas funcionam como “andaimes”, ajudando o sistema imunológico a identificar melhor os alvos corretos.
- Em testes com camundongos, as nanopartículas induziram respostas robustas de anticorpos contra diferentes filovírus, apontando para um caminho promissor de proteção mais ampla.
Leia mais
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- OMS lista 15 bactérias resistentes a antibióticos e que são ameaças globais

Superando a “capa de invisibilidade” viral
Segundo o autor sênior do estudo, Jiang Zhu, professor do Scripps Research, o desafio central é driblar a chamada “capa de invisibilidade” formada pelos glicanos que recobrem as glicoproteínas virais.
Em trabalhos anteriores, a equipe conseguiu estabilizar a proteína do Ebola em sua forma de pré-fusão — a mais eficaz para estimular o sistema imunológico — removendo regiões que atrapalhavam o reconhecimento.
Agora, os pesquisadores aplicaram essa abordagem a outras espécies de filovírus. As proteínas redesenhadas, fixadas em nanopartículas semelhantes a vírus, geraram anticorpos capazes de reconhecer e neutralizar diferentes variantes.
Os resultados sugerem que a técnica pode abrir caminho para uma vacina mais abrangente, possivelmente universal, contra filovírus.
A equipe já planeja expandir a estratégia para outros patógenos de alto risco, como os vírus Lassa e Nipah, reforçando o potencial dessa plataforma de design racional de vacinas.

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Saúde
China aposta em novo medicamento para enfrentar diabetes e obesidade

Pesquisadores da China publicaram estudo na revista Nature mostrando que o peptídeo Masto melhora a glicemia e indicadores metabólicos em pacientes com diabetes.
O avanço oferece novas opções para tratar diabetes tipo 2, obesidade e problemas metabólicos ligados ao coração, fígado e rins, com evidências específicas para a população chinesa.

Peptídeo Masto: inovação no tratamento do diabetes
Segundo a Agência China2Brasil, o estudo clínico analisou os efeitos do peptídeo Masto, desenvolvido por uma empresa chinesa, e observou redução da glicemia e melhora em indicadores metabólicos ligados a órgãos vitais.
O estudo fornece evidências científicas para o tratamento de pacientes com sobrepeso, obesidade e diabetes na China, contribuindo para o manejo do diabetes tipo 2.
Zhu Dalong, coautor e diretor do Centro Médico de Endocrinologia do Hospital Gulou, em nota.
A pesquisa se concentrou em pacientes chineses, que apresentam maior incidência de resistência à insulina, esteatose hepática e acúmulo de gordura visceral em comparação a pacientes europeus e norte-americanos. A obesidade abdominal é a manifestação clínica mais comum nesse grupo.

Diabetes na China: um desafio nacional
O diabetes é uma das quatro principais doenças crônicas que ameaçam a saúde na China, frequentemente acompanhado de obesidade, hipertensão, dislipidemia e alterações metabólicas complexas.
Leia mais:
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- Nutriente comum ativa defesa do intestino contra diabetes, diz estudo
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O governo criou o programa “China Saudável (2019–2030)”, incluindo ações específicas para prevenção e controle do diabetes, reforçando a necessidade de medicamentos adaptados às características metabólicas locais.

Avanços da indústria farmacêutica chinesa
O peptídeo Masto integra um esforço maior da indústria farmacêutica chinesa, que busca desenvolver medicamentos originais. O setor investe em:
- Novos alvos terapêuticos
- Terapias celulares, como CAR-T
- Inteligência artificial para acelerar pesquisa e desenvolvimento
Dados oficiais mostram que, desde o início do 14º Plano Quinquenal, mais de 110 medicamentos inovadores foram aprovados na China. Até novembro de 2025, 68 medicamentos originais receberam aprovação, superando o total de todo o ano anterior. Guo Lixin, do Hospital de Pequim, destaca que isso mostra o reconhecimento internacional da pesquisa chinesa.
O estudo do peptídeo Masto demonstra como medicamentos inovadores e adaptados às populações locais podem melhorar o manejo do diabetes e abrir caminho para terapias mais precisas.
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