Geral
Consumo de vinho tinto pode ajudar a proteger contra covid?

No início de 2020, logo depois da Organização Mundial da Saúde(OMS) declarar que o mundo enfrentava uma pandemia de Covid-19, a Federação Espanhola de Enologia (FEAE) lançou um comunicado que provocou polêmica.
O texto defendia que “o consumo moderado de vinho, responsável, pode contribuir para uma melhor higiene da cavidade bucal e da faringe, esta última uma zona que abriga os vírus”. Dessa maneira, a bebida criaria condições que “impedem a vida e a multiplicação do próprio vírus”.
A entidade afirmou que tinha preparado o comunicado com base em consultas a representantes da comunidade médica e também associações internacionais de enólogos. A questão é que o texto se popularizou e foi muito compartilhado. Algumas vezes, ao texto original eram acrescentadas palavras, como “cura” ou “imunidade”.
A informação acabou sendo classificada como “fake news” por várias agências de checagem. De fato, não havia estudos científicos na época que comprovassem qualquer benefício do consumo de vinho para prevenção ou tratamento da doença. A repercussão levou a federação a lançar outra nota, declarando ter sido mal interpretada.
“Em nenhum caso, na declaração inicial, foi declarado ou afirmado que existe uma relação direta entre o consumo moderado de vinho e a prevenção do contágio por coronavírus”, escreveu a FEAE.
Neste segundo comunicado, a entidade afirmou que o primeiro texto buscava apenas tirar dúvidas sobre a segurança sanitária dos processos de produção e comercialização do vinho, durante a pandemia. E acrescentou qualidades já reconhecidas das substâncias presentes na bebida.
A FEAE, no entanto, se beneficiou da evolução dos estudos sobre o assunto. Em fevereiro do ano passado, a entidade publicou uma nota em seu site sobre os resultados de uma pesquisa sobre o assunto, feita por um biólogo molecular da Universidade do Texas. E recentemente foi divulgado um levantamento feito por pesquisadores de um hospital chinês, também relacionando o consumo de vinho com a prevenção da contaminação pelo coronavírus.
Vamos tratar primeiro desse estudo mais recente. Pesquisadores do Hospital Shenzhen Kangning, na China, fizeram um levantamento que mostra evidências de que o consumo regular de vinho tinto pode ajudar a proteger o organismo contra a infecção do novo coronavírus.
Os cientistas analisaram informações de 473.957 pessoas registradas no banco de dados britânico UK Biobank. Mais de 16.559 estavam contaminadas pelo SARS-COV-2, de acordo com os testes. As pessoas que beberam mais de cinco taças de vinho tinto por semana tiveram um risco 17% menor de pegar o vírus em comparação aos que não bebiam. Entre as que consumiam de uma a quatro taças de vinho branco por semana, o risco foi reduzido em 8%.
A proteção foi relacionada ao alto teor de polifenóis presente na bebida. Isso, segundo os pesquisadores, é dado pelo efeito inibidor que a substância tem nos vírus causadores de gripes e infecções relacionadas ao trato respiratório, por exemplo. O levantamento estístico, no entanto, não avaliou se outros fatores entre os hábitos dos consumidores de vinho podem ter influenciado no resultado.
Já o estudo citado no site da entidade de enólogos espanhóis em fevereiro de 2021 teve outra abordagem, mas com resultados também favoráveis ao consumo de vinho. O trabalho foi conduzido por um biólogo molecular taiwanês. Mien-Chie Hung, professor e presidente do Departamento de Oncologia Molecular e Celular da Universidade do Texas MD Anderson Cancer Center em Houston, Texas, e presidente da China Medical University.
Hung liderou pesquisas científicas sobre o tratamento contra o coronavírus em que se descobriu que os taninos do vinho podem inibir a atividade de duas enzimas-chave do vírus. O professor explica que os taninos podem ser uma rota farmacêutica para o tratamento da Covid-19, no futuro. No entanto, ele ressalta que consumir alimentos e bebidas com taninos também é uma forma natural de aumentar a imunidade ao SARS-COV-2.
Os taninos são um tipo de polifenóis encontrados em frutas vermelhas, como mirtilos, framboesas, romãs, uvas, vegetais, nozes e chá verde, mas o vinho tinto é o alimento que contém o maior número de taninos naturais.
Porém, os cientistas destacam que essa “proteção” é pequena comparada à proporcionada pelas vacinas e pelas medidas de distanciamento social e uso de máscaras. Trata-se de uma proteção adicional e bem-vinda, mas que não substitui as medidas já conhecidas para reduzir as possibilidades de infecções, complicações e mortes.
Além disso, as pesquisas indicam que os benefícios só são garantidos pelo consumo moderado de vinho. O consumo excessivo pode ter o efeito inverso. Os dados da pesquisa feita na China mostram que o consumo exagerado de bebidas alcoólicas eleva o risco da Covid-19. Entre os que dobraram o consumo semanal estabelecido como aceitável, o risco de infecção foi 12% maior.
A pesquisa traz ainda outra informação, que serve de alerta e, certamente, vai desapontar muita gente. A análise mostrou que o consumo de cerveja ou cidra, independentemente da quantidade ou freqüência, aumenta o risco de infecção em 28% comparado ao registrado entre as pessoas que não bebem.
Fonte: R7
Geral
Desemprego de 7% no 1º tri é o menor já registrado para o período

O Brasil fechou o primeiro trimestre de 2025 com taxa de desocupação de 7%. Esse patamar fica acima do registrado no trimestre anterior, encerrado em dezembro (6,2%), no entanto, é o menor para os meses de janeiro a março em toda a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012.
O recorde anterior era de 2014, quando a taxa de desocupação no período marcou 7,2%. Em 2024, o índice era de 7,9%.
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30). O IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo.
Na metodologia do IBGE, pessoas que não trabalham, mas que também não buscam vagas não entram no cálculo de desempregados.
De acordo com a pesquisa, a alta da desocupação na passagem do quatro trimestre de 2024 para o primeiro de 2025 é explicada pelo aumento no número de pessoas que buscaram emprego, que cresceu 13,1%, representando 7,7 milhões à procura de vaga (891 mil a mais que no período terminado em dezembro). No entanto, quando a comparação é com o mesmo período de 2024, houve redução de 10,5% nesse contingente.
De acordo com a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o resultado revela comportamento sazonal, “de modo geral, observado nos primeiros trimestres de cada ano”.
Setores
Em relação ao número de ocupados, as reduções mais significativas entre o fim de 2024 e o dado apurado em março pertencem aos seguintes setores:
– construção (menos 397 mil pessoas);
– alojamento e alimentação (menos 190 mil pessoas);
– administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (menos 297 mil pessoas);
– serviços domésticos (menos 241 mil pessoas);
Carteira assinada
Adriana Beringuy considera que a redução da ocupação no primeiro trimestre (menos 1,3 milhão de pessoas) não comprometeu negativamente o cenário do mercado de trabalho brasileiro.
“Embora tenha havido retração da ocupação, essa retração não comprometeu o contingente de empregados com carteira assinada”.
O número de trabalhadores com carteira assinada não teve variação significativa na comparação com o trimestre encerrado em dezembro e chega a 39,4 milhões, renovando um recorde.
Segundo Adriana, o patamar é sinal de “sustentabilidade” do mercado de trabalho. De acordo com a pesquisadora, o panorama do emprego é mais resistente a sofrer efeitos do cenário macroeconômico, como os juros altos, utilizados para esfriar a economia em momentos de inflação alta.
A taxa de informalidade, que contempla a população sem carteira assinada, marcou 38% no trimestre encerrado em março – a menor desde o terceiro trimestre de 2020 (também 38%). A mais baixa já registrada foi de 36,5% no segundo trimestre de 2020.
Rendimento
A pesquisa mostra ainda que o rendimento médio mensal dos trabalhadores foi de R$ 3.410, renovando recorde que pertencia ao trimestre encerrado em fevereiro (R$ 3.401). Esses valores são reais, ou seja, já aplicados os efeitos da inflação.
A massa de rendimentos, o conjunto de dinheiro que os trabalhadores recebem para girar a economia ou poupar, ficou em R$ 345 bilhões, bem perto do maior já registrado (R$ 345,2 no último trimestre de 2024).
Agencia Brasil
Geral
Justiça determina afastamento do presidente do INSS

A Justiça Federal determinou o afastamento do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, um dos alvos da operação que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã desta quarta-feira (23).
Batizada de Operação Sem Desconto, a ação mobilizou cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU nas investigações sobre um suposto esquema de descontos criminosos de aposentados e pensionistas.
De acordo com a PF, investigadores já reuniram indícios que sugerem a existência de “um esquema nacional de descontos de mensalidade associativa não autorizados em aposentadorias e pensões”.
O cálculo é que as entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
A Justiça Federal também determinou que outros cinco servidores públicos cujos nomes não foram divulgados sejam afastados de suas funções. Além disso, autorizou o cumprimento de 211 mandados judiciais de busca e apreensão, seis prisões temporárias, além do sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão;
Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
A reportagem ainda não conseguiu contato com o presidente afastado Alessandro Stefanutto ou seus representantes legais. O espaço está aberto para inclusão de posicionamento do citado.
Agencia Brasil
Fé
Filme “Conclave” dispara em audiência após morte do Papa Francisco

O filme Conclave, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado, estreou no Prime Video em 16 de abril, mas foi apenas após a morte do Papa Francisco, no dia 21, que o longa-metragem ganhou enorme repercussão. De acordo com dados da Luminate, a audiência do filme cresceu impressionantes 283% após o falecimento do pontífice.
O drama, que aborda os bastidores da escolha de um novo papa após a morte de um líder da Igreja Católica, acabou se tornando ainda mais relevante e simbólico diante do contexto real. A coincidência entre a narrativa da obra e os acontecimentos atuais atraiu a atenção do público, impulsionando sua popularidade na plataforma de streaming.
Além do impacto emocional e da curiosidade despertada pelo tema, o prestígio do Oscar também colaborou para que Conclave se destacasse entre os títulos mais assistidos da semana. A expectativa é que o interesse pelo filme continue em alta, especialmente entre os que buscam compreender os rituais e as tensões que envolvem o conclave papal.
Terra
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