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Saúde

Conheça a Socilogue, plataforma que conecta doadores de sangue a hemocentros

Redação Informe 360

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Com o objetivo de salvar vidas, a plataforma “Socilogue” teve sua estreia em 2018 e já conectou mais de 2 mil cidadãos de Pelotas (RS) ao hemocentro local. O site tem como principal objetivo encontrar possíveis doadores de sangue e conectá-los a quem precisa deles, além de impulsionar as campanhas de doação veiculadas por instituições como hemocentros.

Desenvolvido inicialmente para um TCC, o software se mostrou essencial para o HemoPel (Hemocentro Regional de Pelotas), aumentou o número de bolsas de sangue no estoque da instituição, e agora promete uma expansão nacional para abarcar cidades por todo o Brasil.

O desenvolvedor, Francisco de Freitas Kemle, fechou uma parceria com a empresa de tecnologia G&P Projetos e Sistemas para desenvolver a versão 2.0 do site e ainda criar um aplicativo móvel que conectará os cidadãos brasileiros a inúmeros hemocentros pelo território nacional. Confira, a seguir, mais informações sobre a iniciativa, a sua importância para salvar vidas, e como participar desta história.

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O que é e como funciona a Socilogue?

logo socilgoue
Divulgação: Socilogue

A Socilogue (fusão das palavras “Sociedade pelo Sangue”) é uma plataforma web cujo principal objetivo é salvar vidas ao conectar doadores de sangue a um hemocentro local. Desta forma, o site registra doadores em potencial, receptores de sangue e hemocentros, dirigindo os cidadãos com determinadas características biológicas para uma instituição que precisa do seu tipo de sangue.

Isso significa que não apenas o hemocentro pode solicitar a doação de determinados usuários, como os receptores cadastrados (que sofreram determinados traumas e precisam de sangue) também.

Em entrevista para o Olhar Digital, Francisco, criador da plataforma, comenta:

É o projeto da minha vida, é a plataforma onde posso promover uma transformação digital na sociedade, é onde mostro os meus valores. Através da Socilogue, eu posso mostrar ao mundo esse sentimento, além de todo conhecimento obtido com minha formação acadêmica.

Francisco Freitas Kemle, Graduado em Sistemas para Internet

O cadastro na plataforma é totalmente gratuito e é possível se registrar como doador, receptor de sangue ou como uma instituição (hemocentros). Para se registrar, é necessário fornecer dados básicos, como nome completo, e-mail, tipo sanguíneo e região onde mora para que seu perfil seja atrelado a um hemocentro.

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Uma vez registrado, os usuários têm acesso a uma série de dados sobre o hemocentro ao qual se vincularam, como o estoque de sangue da instituição. Quando estes estoques diminuem, o hemocentro pode enviar alertas via SMS e e-mail para todos os usuários da Socilogue cadastrados naquela região, solicitando os tipos sanguíneos de que precisam.

Onde surgiu e onde funciona a Socilogue?

hemopel hemocentro de pelotas
HemoPel, primeiro hemocentro a se cadastrar na Socilogue (Reprodução: Prefeitura de Pelotas)

O site foi primeiramente idealizado por Francisco Kemle como um projeto de TCC para concluir o curso de graduação em Tecnologia em Sistemas para Internet. À época, Francisco apresentou o projeto ao vice-prefeito de Pelotas (RS), Idemar Barz, que o indicou para falar com um coordenador e assistente social do HemoPel, a fim de implementar este hemocentro ao site e expandi-lo pela comunidade.

O idealizador destaca que este contato, para criar um software de cunho social, foi “fundamental para saber a realidade do público-alvo e desenvolver a capacidade de ouvir as necessidades [das outras pessoas]”.

Pouco tempo depois, a Socilogue estreou em 20 de novembro de 2018 e já conectou mais de 2 mil cidadãos da cidade sulista ao HemoPel, o que impactou significativamente o número de doações de sangue, aumentando, também, o estoque da instituição para salvar vidas.

Como será a expansão da Socilogue a nível nacional?

o mundo precisa de amor, seja doador socilogue
Divulgação: Socilogue

Após cinco anos de existência do site, Francisco conta que firmou uma parceria com a empresa de tecnologia G&P Projetos e Sistemas para expandir a proposta da plataforma, que abrange apenas a cidade de Pelotas, por enquanto. Segundo ele, a empresa será fundamental para criar a versão 2.0 do site e desenvolver um aplicativo para celular.

Ambos os softwares devem conectar brasileiros de todo o país aos hemocentros mais próximos de onde moram, o que deve aumentar a receptação de solicitações para doação de sangue. Dessa forma, os hemocentros podem se registrar no site e aplicativo, e enviar aos usuários locais um pedido para comparecerem à instituição e doarem sangue.

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De acordo com Francisco, até o final de 2024, a parceria da Socilogue com a G&P deve estrear o aplicativo móvel e a nova versão do site, os quais prometem trazer atualizações importantes, como: possibilidade de fazer check-in no hemocentro antes da doação, a fim de que o app informe quando a próxima doação pode ocorrer; e uma nova forma de notificação, que será via push. No caso de o usuário já ter doado a quantidade máxima de sangue por ano, só receberá uma notificação quando puder doar novamente.

Após a doação, o usuário pode avaliar o sistema de hemoterapia da instituição com um comentário descritivo, o que deve instigar mais pessoas a comparecerem e até contribuir com críticas construtivas para o hemocentro. Além disso, os doadores ainda podem notificar o sistema se houver alguma restrição para a doação, como uma tatuagem recente.

Por que a doação de sangue é importante?

doação de sangue socilogue
Divulgação: Socilogue

Estima-se que uma doação de sangue possa salvar até quatro vidas. Desta forma, se muitas pessoas doarem sangue ao mesmo tempo, a quantidade de vidas que poderiam ser salvas seria superior ao triplo de pessoas que doaram o sangue.

Com este sangue, é possível salvar a vida de pessoas que passam por tratamento para diferentes tipos de cânceres, cirurgias, doenças crônicas, complicações durante a gravidez, e até pode manter vivo quem está imóvel e com hemorragia na cena de um acidente.

Qual o papel dos hemocentros na doação de sangue?

Doação de sangue
Imagem: LightField Studios/Shutterstock

O hemocentro é uma instituição que cuida da captação, armazenamento e distribuição de sangue em um município. Dependendo do tamanho da cidade e da quantidade de moradores e bairros, é possível que mais de uma ou duas unidades existem para atender a toda a população.

Este órgão se responsabiliza por informar os cidadãos sobre a necessidade de doar sangue, os recepciona e prepara o sistema de hemoterapia para receber o sangue, refrigera as bolsas e as distribui para os hospitais da região com base na demanda.

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Antes da coleta, os doadores passam por uma triagem de informações, como nome, idade, gênero, peso, altura, e hábitos alimentares ou consumo de drogas, dentre outros. Após a coleta, o sangue é testado para verificar se está seguro para transfusões; então, é catalogado, separado, refrigerado e fica no aguardo de ser enviado a um hospital que precise de determinada tipagem sanguínea.

Quais os requisitos para a doação de sangue?

Os requisitos para a doação de sangue costumam mudar de um país para outro, mas, de forma geral, é necessário que o doador tenha:

  • Peso mínimo de 50 kg;
  • Idade entre 16 e 69 anos;
  • Ter dormido seis horas antes da doação;
  • Não conter doenças e infecções (principalmente IST’s);
  • Não ser usuário de drogas;
  • Que não tenha feito tatuagem ou maquiagem definitiva por até seis meses;
  • Não ser diabético insulino-dependente, entre outros.

Como entrar em contato com a Socilogue?

O site pode ser acessado clicando aqui ou digitando “www.socilogue.com.br” (sem as aspas) no seu navegador do computador, tablet ou celular. O cadastro é gratuito e pode ser efetuado clicando no ícone “Cadastre-se”, localizado no lado direito superior da plataforma.

Para dúvidas, parcerias ou sugestões, é possível acionar a plataforma pelo endereço de e-mail “sociedadepelosangue@gmail.com” (sem as aspas) ou pelo telefone (53) 9 9108-3376 (ligação e WhatsApp). Para as redes sociais, é possível contatá-los pelo X/Twitter, Facebook e até Instagram.

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Saúde

Gripe aviária está sendo transmitida entre mamíferos, alerta estudo

Redação Informe 360

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Um novo alerta aumenta as preocupações sobre o avanço da gripe aviária no mundo. De acordo com pesquisadores, o vírus responsável pela doença já pode ser transmitido entre mamíferos. Isso significa que o patógeno está se adaptando e pode conseguir infectar humanos com maior facilidade.

Vacas teriam transmitido a doença para gatos e guaxinim

Cientistas da Universidade Cornell, em Nova York, encontraram evidências de que o vírus circulou entre vacas, e que elas teriam transmitido a doença para gatos e até para um guaxinim. Os animais provavelmente teria sido infectados após beberem o leite cru de vacas infectadas.

Segundo os pesquisadores, este é um dos primeiro registros de transmissão eficiente e sustentada de mamífero para mamífero da gripe aviária. Até o momento, no entanto, não há indícios de que o H5N1 sofreu mutações que desencadeiem o aumento da transmissibilidade do vírus em humanos.

Gripe Aviária
Vírus da gripe aviária sofreu mutação (Imagem: shutterstock/StanislavSukhin)

Apesar disso, não está descartado que isso possa acontecer no futuro. Em outras palavras, o vírus da gripe aviária está sofrendo mutações que aumentam a sua capacidade de adaptação aos hospedeiros e às defesas do sistema imunológico. O estudo foi publicado na revista Nature.

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gripe aviária
Transmissão da doença era mais comum em aves (Imagem: Pordee_Aomboon/Shutterstock)

Risco de uma nova pandemia?

  • Nos últimos meses, cientistas detectaram a gripe aviária em aves de Nova York, amostras de leite cru e em vacas leiteiras pela primeira vez na história.
  • A doença também já causou a morte de diversos animais que não costumavam ser infectados.
  • É o caso do urso polar, gatos e até pinguins da Antártica.
  • Segundo especialistas, isso comprova que o vírus está se espalhando até em áreas remotas do planeta.
  • Desde abril de 2022, 11 casos da doença foram registrados em seres humanos apenas nos Estados Unidos.
  • Quatro deles tinham relação com fazendas de gado e sete ocorreram em granjas.
  • Todos os pacientes tiveram sintomas leves da doença e já se recuperaram.

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Saúde

Terror das bactérias! Cientistas criam Homelander dos antibióticos

Redação Informe 360

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Pesquisadores da Universidade de Illinois Chicago (UIC), nos EUA, criaram o que parece ser o Homelander (Capitão Pátria, “super” poderosíssimo de The Boys) dos antibióticos. Isso porque a medicação é tão poderosa que desenvolver resistência a ela é quase impossível para bactérias.

“A beleza deste antibiótico é que ele mata ao acertar dois alvos diferentes nas bactérias”, diz Alexander Mankin, professor de ciências farmacêuticas na UIC e coautor do estudo – publicado na revista Nature Chemical Biology – em entrevista ao site da universidade.

Pesquisadores fundem antibióticos para criar superantibióticos

Os pesquisadores combinaram as ações bactericidas de duas classes de antibióticos – macrolídeo e fluoroquinolona – para criar o superantibiótico.

A classe macrolídeos tem sido usada há décadas para tratar várias infecções bacterianas. Eles interrompem o crescimento bacteriano ao se ligar ao ribossomo da bactéria e cortar a produção de proteínas.

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antibiótico
Pesquisadores juntaram ações bactericidas das classes macrolídeo e fluoroquinolona num superantibiótico (Imagem: Adul10/Shutterstock)

Já fluoroquinolonas são uma classe de antibióticos de amplo espectro, o que significa que são eficazes contra uma ampla variedade de bactérias. Elas são derivadas do ácido nalidíxico e atuam inibindo a enzima DNA girase, essencial para a replicação do DNA bacteriano.

A ideia dos pesquisadores foi sintetizar um novo “macrolona” – termo científico para “superantibiótico” – que desempenha a função de inibição da síntese de proteínas de um macrolídeo ou a função de interrupção da síntese de DNA de uma fluoroquinolona, dependendo da dose.

Com base em seus resultados, os pesquisadores estimaram que seu antibiótico macrolona “tornaria 100 milhões de vezes mais difícil para as bactérias desenvolverem resistência”.

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Caminho para chegar ao superantibiótico mais poderoso

Ilustração digital de superbactérias na corrente sanguínea
Entre os “super” desenvolvidos, o superantibiótico MCX-128 se mostrou o mais eficaz – leia-se: poderoso (Imagem: Pixabay)

A princípio, os pesquisadores notaram que os macrolonas desenvolvidos por eles eram melhores em inibir uma função ou outra.

No entanto, um deles, chamado de MCX-128, atingiu o “ponto ideal” – interferiu em ambas funções em sua dose eficaz mais baixa, se destacando como o candidato mais promissor para um superantibiótico.

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“Basicamente, ao atingir dois alvos na mesma concentração, a vantagem é que você torna quase impossível para as bactérias criar facilmente uma defesa genética simples”, disse Yury Polikanov, professor associado de ciências biológicas e coautor do estudo. As bactérias que se cuidem.

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Saúde

HIV: medicamento revolucionário deve custar pouco; saiba quanto

Redação Informe 360

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Na última quarta-feira (17), o Olhar Digital publicou reportagem sobre o lenacapavir, novo medicamento contra o HIV que pode ser revolucionário. Agora, temos uma noção de quanto ele deve custar.

Atualmente, ele custa, no primeiro ano, US$ 42,25 mil (R$ 236,06 mil, na conversão direta). Contudo, o preço anual pode ser mil vezes menor do que esse no mundo todo: somente US$ 40 (R$ 223,49), segundo pesquisa.

Novo remédio contra HIV pode custar muito mais em conta do que atualmente

  • O estudo foi apresentado nesta terça-feira (23) na 25ª Conferência Internacional sobre Aids, em Munique (Alemanha);
  • O valor sugerido é mínimo para que a Gilead, gigante farmacêutica estadunidense responsável pelo medicamento (que tem o nome comercial de Sunlenca), tenha lucro de 30% por venda e se baseia nos custos dos ingredientes e fabricação da medicação;
  • Os pesquisadores apontam que, a longo prazo, 60 milhões de pessoas, provavelmente, precisarão tomar o lenacapavir de forma preventiva, reduzindo, assim, os níveis de HIV de forma significativa, trouxe o The Guardian.
Fachada da Gilead no Vale do Silício
Gilead dizia ser “muito cedo” para definir valores para medicamento para tratamento (Imagem: Sundry Photography/Shutterstock)

O Dr. Andrew Hill, da Liverpool University (Inglaterra) e líder do estudo, comemorou a novidade. “Você tem uma injeção que alguém poderia tomar a cada seis meses e não pegar HIV. É o mais perto que já chegamos de uma vacina contra o HIV.”

Ativistas pedem que a Gilead libere o licenciamento do medicamento de forma genérica a partir do Medicines Patent Pool, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em países de baixa e média renda, que correspondem a 95% da infecção por HIV no mundo todo.

Até então, a farmacêutica considerava ser “muito cedo” precificar o lenacapavir para prevenção (hoje, ele é licenciado para tratamento) por estar aguardando dados de ensaios clínicos e registros regulatórios, mas havia prometido “estratégia para permitir acesso amplo e sustentável globalmente”.

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Inclusive, incluindo o “fornecimento da Gilead nos países onde a necessidade é maior, até que os parceiros de licenciamento voluntário sejam capazes de fornecer versões do lenacapavir de alta qualidade e baixo custo”, bem como um programa de licenciamento voluntário para “países de alta incidência e recursos limitados”. A farmacêutica informou que a escolha dos países está em andamento.

Contudo, os ativistas reiteram ser vital que todos os países de alta renda, incluindo os de renda média alta (como o Brasil), tenham acesso ao modelo genérico de baixo custo da nova medicação.

Eles afirmam, ainda, que seleções semelhantes de países, realizadas no passado, não consideraram países nos quais a epidemia de HIV crescia mais rapidamente.

Por sua vez, Hill disse que os ensaios realizados nos países de baixa e média renda fortaleceram o argumento em favor do acesso à medicação em todo o globo, e citou a Declaração de Helsinque sobre ética médica. Entre outras coisas, ela diz que os ensaios precisam ser realizados somente em populações que pudessem efetivamente se beneficiar de seus resultados.

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Vários medicamentos ao fundo, com uma seringa injetada em um medicamento à frente, no qual se lê "HIV"
Ativistas defendem que lenacapavir deve ser esoalhado, de forma genérica, para o mundo todo (Imagem: Kitsawet Saethao/Shutterstock)

Não é exagero dizer que atingir a meta de 2030 de acabar com novas transmissões de HIV depende de a Gilead garantir que as pessoas no sul global tenham acesso justo ao lenacapavir.

Joyce Ouma, diretora sênior de programas da Y+ Global, em entrevista ao The Guardian

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