Saúde
Anvisa autoriza registro de vacina que previne bronquiolite em bebês
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o registro da vacina Abrysvo, da farmacêutica Pfizer. A dose combate o vírus sincicial respiratório (VSR), causador de infecções no trato respiratório, como a bronquiolite. A resolução foi publicada nesta segunda-feira (1º) no Diário Oficial da União.
Em nota, a Anvisa destacou que a bronquiolite é uma inflamação dos brônquios que acomete com bastante preocupação crianças pequenas e bebês. O imunizante é indicado para a prevenção da doença do trato respiratório inferior em crianças desde o nascimento até os seis meses de idade por meio da imunização ativa em gestantes.
“Isso significa que, para a proteção das crianças, a aplicação da vacina deve ser feita nas mães, durante a gestação. A vacina não é aplicada diretamente nos bebês”, reforçou a agência. A dose também foi autorizada para a prevenção da doença do trato respiratório inferior em pessoas com 60 anos ou mais, população também considerada de risco para a doença.
A vacina
A vacina Abrysvo é descrita como bivalente, já que é composta por dois antígenos da proteína de superfície F do VSR. A administração é intramuscular e em dose única. Segundo a Anvisa, o imunizante deve ser aplicado durante o segundo ou terceiro trimestre da gestação.
“Como todo medicamento, foram observados alguns efeitos colaterais na administração do imunizante, sendo os mais comuns: dor no local da vacinação, dor de cabeça e dor muscular”, destacou a agência. “Ainda assim, a totalidade das evidências apresentadas à Anvisa foi capaz de demonstrar que os benefícios da vacina são superiores aos seus riscos.”
A Anvisa já havia autorizado o registro da vacina Arexvy, da farmacêutica GlaxoSmith Kline, também destinada à prevenção de doenças causadas pelo VSR, porém, com indicação restrita à população com idade superior a 60 anos.
Agencia Brasil – Edição: Kleber Sampaio
Saúde
Gripe aviária está sendo transmitida entre mamíferos, alerta estudo
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Um novo alerta aumenta as preocupações sobre o avanço da gripe aviária no mundo. De acordo com pesquisadores, o vírus responsável pela doença já pode ser transmitido entre mamíferos. Isso significa que o patógeno está se adaptando e pode conseguir infectar humanos com maior facilidade.
Vacas teriam transmitido a doença para gatos e guaxinim
Cientistas da Universidade Cornell, em Nova York, encontraram evidências de que o vírus circulou entre vacas, e que elas teriam transmitido a doença para gatos e até para um guaxinim. Os animais provavelmente teria sido infectados após beberem o leite cru de vacas infectadas.
Segundo os pesquisadores, este é um dos primeiro registros de transmissão eficiente e sustentada de mamífero para mamífero da gripe aviária. Até o momento, no entanto, não há indícios de que o H5N1 sofreu mutações que desencadeiem o aumento da transmissibilidade do vírus em humanos.
![Gripe Aviária](https://informe360.com.br/wp-content/uploads/2024/07/Gripe-Aviaria-1024x682-2.jpg)
Apesar disso, não está descartado que isso possa acontecer no futuro. Em outras palavras, o vírus da gripe aviária está sofrendo mutações que aumentam a sua capacidade de adaptação aos hospedeiros e às defesas do sistema imunológico. O estudo foi publicado na revista Nature.
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![gripe aviária](https://informe360.com.br/wp-content/uploads/2024/07/gripe-aviaria-1024x682-2.jpg)
Risco de uma nova pandemia?
- Nos últimos meses, cientistas detectaram a gripe aviária em aves de Nova York, amostras de leite cru e em vacas leiteiras pela primeira vez na história.
- A doença também já causou a morte de diversos animais que não costumavam ser infectados.
- É o caso do urso polar, gatos e até pinguins da Antártica.
- Segundo especialistas, isso comprova que o vírus está se espalhando até em áreas remotas do planeta.
- Desde abril de 2022, 11 casos da doença foram registrados em seres humanos apenas nos Estados Unidos.
- Quatro deles tinham relação com fazendas de gado e sete ocorreram em granjas.
- Todos os pacientes tiveram sintomas leves da doença e já se recuperaram.
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Saúde
Terror das bactérias! Cientistas criam Homelander dos antibióticos
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Pesquisadores da Universidade de Illinois Chicago (UIC), nos EUA, criaram o que parece ser o Homelander (Capitão Pátria, “super” poderosíssimo de The Boys) dos antibióticos. Isso porque a medicação é tão poderosa que desenvolver resistência a ela é quase impossível para bactérias.
“A beleza deste antibiótico é que ele mata ao acertar dois alvos diferentes nas bactérias”, diz Alexander Mankin, professor de ciências farmacêuticas na UIC e coautor do estudo – publicado na revista Nature Chemical Biology – em entrevista ao site da universidade.
Pesquisadores fundem antibióticos para criar superantibióticos
Os pesquisadores combinaram as ações bactericidas de duas classes de antibióticos – macrolídeo e fluoroquinolona – para criar o superantibiótico.
A classe macrolídeos tem sido usada há décadas para tratar várias infecções bacterianas. Eles interrompem o crescimento bacteriano ao se ligar ao ribossomo da bactéria e cortar a produção de proteínas.
![antibiótico](https://informe360.com.br/wp-content/uploads/2024/07/antibiotico-e1721844309840-1024x576-1.jpg)
Já fluoroquinolonas são uma classe de antibióticos de amplo espectro, o que significa que são eficazes contra uma ampla variedade de bactérias. Elas são derivadas do ácido nalidíxico e atuam inibindo a enzima DNA girase, essencial para a replicação do DNA bacteriano.
A ideia dos pesquisadores foi sintetizar um novo “macrolona” – termo científico para “superantibiótico” – que desempenha a função de inibição da síntese de proteínas de um macrolídeo ou a função de interrupção da síntese de DNA de uma fluoroquinolona, dependendo da dose.
Com base em seus resultados, os pesquisadores estimaram que seu antibiótico macrolona “tornaria 100 milhões de vezes mais difícil para as bactérias desenvolverem resistência”.
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Caminho para chegar ao superantibiótico mais poderoso
![Ilustração digital de superbactérias na corrente sanguínea](https://informe360.com.br/wp-content/uploads/2024/07/IA-antibiotico-03-1024x576-1.jpg)
A princípio, os pesquisadores notaram que os macrolonas desenvolvidos por eles eram melhores em inibir uma função ou outra.
No entanto, um deles, chamado de MCX-128, atingiu o “ponto ideal” – interferiu em ambas funções em sua dose eficaz mais baixa, se destacando como o candidato mais promissor para um superantibiótico.
“Basicamente, ao atingir dois alvos na mesma concentração, a vantagem é que você torna quase impossível para as bactérias criar facilmente uma defesa genética simples”, disse Yury Polikanov, professor associado de ciências biológicas e coautor do estudo. As bactérias que se cuidem.
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Saúde
HIV: medicamento revolucionário deve custar pouco; saiba quanto
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Na última quarta-feira (17), o Olhar Digital publicou reportagem sobre o lenacapavir, novo medicamento contra o HIV que pode ser revolucionário. Agora, temos uma noção de quanto ele deve custar.
Atualmente, ele custa, no primeiro ano, US$ 42,25 mil (R$ 236,06 mil, na conversão direta). Contudo, o preço anual pode ser mil vezes menor do que esse no mundo todo: somente US$ 40 (R$ 223,49), segundo pesquisa.
Novo remédio contra HIV pode custar muito mais em conta do que atualmente
- O estudo foi apresentado nesta terça-feira (23) na 25ª Conferência Internacional sobre Aids, em Munique (Alemanha);
- O valor sugerido é mínimo para que a Gilead, gigante farmacêutica estadunidense responsável pelo medicamento (que tem o nome comercial de Sunlenca), tenha lucro de 30% por venda e se baseia nos custos dos ingredientes e fabricação da medicação;
- Os pesquisadores apontam que, a longo prazo, 60 milhões de pessoas, provavelmente, precisarão tomar o lenacapavir de forma preventiva, reduzindo, assim, os níveis de HIV de forma significativa, trouxe o The Guardian.
![Fachada da Gilead no Vale do Silício](https://informe360.com.br/wp-content/uploads/2024/07/gilead-1024x683-1.jpg)
O Dr. Andrew Hill, da Liverpool University (Inglaterra) e líder do estudo, comemorou a novidade. “Você tem uma injeção que alguém poderia tomar a cada seis meses e não pegar HIV. É o mais perto que já chegamos de uma vacina contra o HIV.”
Ativistas pedem que a Gilead libere o licenciamento do medicamento de forma genérica a partir do Medicines Patent Pool, apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em países de baixa e média renda, que correspondem a 95% da infecção por HIV no mundo todo.
Até então, a farmacêutica considerava ser “muito cedo” precificar o lenacapavir para prevenção (hoje, ele é licenciado para tratamento) por estar aguardando dados de ensaios clínicos e registros regulatórios, mas havia prometido “estratégia para permitir acesso amplo e sustentável globalmente”.
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Inclusive, incluindo o “fornecimento da Gilead nos países onde a necessidade é maior, até que os parceiros de licenciamento voluntário sejam capazes de fornecer versões do lenacapavir de alta qualidade e baixo custo”, bem como um programa de licenciamento voluntário para “países de alta incidência e recursos limitados”. A farmacêutica informou que a escolha dos países está em andamento.
Contudo, os ativistas reiteram ser vital que todos os países de alta renda, incluindo os de renda média alta (como o Brasil), tenham acesso ao modelo genérico de baixo custo da nova medicação.
Eles afirmam, ainda, que seleções semelhantes de países, realizadas no passado, não consideraram países nos quais a epidemia de HIV crescia mais rapidamente.
Por sua vez, Hill disse que os ensaios realizados nos países de baixa e média renda fortaleceram o argumento em favor do acesso à medicação em todo o globo, e citou a Declaração de Helsinque sobre ética médica. Entre outras coisas, ela diz que os ensaios precisam ser realizados somente em populações que pudessem efetivamente se beneficiar de seus resultados.
![Vários medicamentos ao fundo, com uma seringa injetada em um medicamento à frente, no qual se lê "HIV"](https://informe360.com.br/wp-content/uploads/2024/07/hiv-1024x742-1.jpg)
Não é exagero dizer que atingir a meta de 2030 de acabar com novas transmissões de HIV depende de a Gilead garantir que as pessoas no sul global tenham acesso justo ao lenacapavir.
Joyce Ouma, diretora sênior de programas da Y+ Global, em entrevista ao The Guardian
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