Negócios
Treinamento em IA se Torna Obrigatório em Mais Faculdades de Direito dos EUA

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Na orientação do mês passado, 375 novos estudantes de Direito da Fordham receberam dois resumos do processo de difamação do rapper Drake contra a gravadora de seu rival Kendrick Lamar — um escrito por um professor, o outro pelo ChatGPT.
Os alunos adivinharam qual era qual e então analisaram a versão do chatbot de inteligência artificial para verificar a precisão e a nuance, descobrindo que ela incluía alguns fatos irrelevantes.
O exercício foi parte da primeira sessão de inteligência artificial para novos alunos na escola, uma das pelo menos oito faculdades de Direito que agora incorporam treinamento de IA para alunos do primeiro ano em cursos de orientação, pesquisa jurídica e redação, ou por meio de aulas autônomas obrigatórias.
A maioria dos requisitos é nova este ano. Educadores jurídicos disseram à Reuters que esperam outros requisitos nos próximos meses, à medida que as faculdades de Direito se concentram menos no risco de usar a tecnologia para trapacear e mais na IA como uma habilidade que todos os advogados devem possuir.
“Acho que viramos a esquina”, disse Stacy Leeds, reitora de Direito da Universidade Estadual do Arizona, cuja faculdade criou um programa de orientação em IA este ano.
“A IA e a tecnologia jurídica chegaram a um ponto em que não se pode ser um advogado competente — especialmente daqui a três anos — se não se tiver um conhecimento básico e uma sólida capacidade de se adaptar rapidamente às tecnologias emergentes.”
Desde que o ChatGPT surgiu, em 2022, a maioria das faculdades de Direito relegou a IA generativa a cursos eletivos de nível superior ou deixou que professores individuais experimentassem a tecnologia em suas aulas.
Muitos acadêmicos temiam que a adoção da IA pudesse prejudicar o ensino de habilidades essenciais, como análise jurídica, redação e pesquisa, ou que os alunos a utilizassem para trapacear, disse Matt Salerno, professor de Direito da Case Western. Agora, isso está dando lugar ao reconhecimento de que a IA generativa é benéfica quando implementada corretamente, disse ele.
“Queríamos que nossos alunos entendessem que, com a evolução da IA, eles podem usá-la como parceira, mas precisam aprender a usá-la de maneira responsável”, disse Salerno sobre o curso obrigatório de IA do primeiro ano da escola.
Vantagem competitiva
A Faculdade de Direito da Universidade Quinnipiac lançou um curso obrigatório de IA de um crédito para alunos do primeiro ano este ano, em parte em resposta ao feedback de empregadores jurídicos, disse o reitor Brian Gallini.
“Estamos recebendo cada vez mais feedback de que os escritórios de advocacia tendem a ter mais expectativas de que os alunos sejam pelo menos expostos às ferramentas disponíveis”, disse ele. “Queremos ajudar nossos alunos a se prepararem melhor para o mercado de trabalho.”
Embora grandes escritórios de advocacia contatados pela Reuters tenham dito que a fluência em IA ainda não é um pré-requisito para novas contratações, eles disseram que acolhem com satisfação as faculdades de direito que intensificam o treinamento.
“A ideia de que você pode cursar direito, não se envolver com IA e depois vir dar suporte aos nossos clientes simplesmente não parece ser a direção que o mundo está tomando”, disse Amy Ross, chefe de talentos jurídicos do escritório de advocacia Ropes & Gray.
O sócio-gerente da Cleary Gottlieb, Michael Gerstenzang, disse que é valioso para os novos advogados entenderem as deficiências da tecnologia e as responsabilidades éticas e profissionais do uso de ferramentas de IA.
Armadilhas da IA
À medida que mais citações de casos falsos e outras “alucinações” com IA surgem em processos judiciais, as faculdades de Direito estão introduzindo aprendizados sobre as armadilhas da tecnologia desde o início.
Em Fordham, por exemplo, os alunos aprenderam como a IA generativa pode enganar ou simplificar demais o raciocínio jurídico — uma questão que, segundo a professora Chinmayi Sharma, ressalta a necessidade do uso responsável da IA.
No entanto, com poucas práticas recomendadas estabelecidas para ensinar IA a aspirantes a advogados, as escolas estão experimentando abordagens diferentes.
Fordham, Arizona State University e Stetson University realizaram sessões de orientação focadas em IA este ano. Outras universidades, incluindo a Suffolk University, a Washington University em St. Louis e a University of San Francisco, incorporaram aulas de IA em cursos introdutórios obrigatórios de redação jurídica e pesquisa.
Esses cursos geralmente abordam o funcionamento da IA generativa, a diferença entre modelos gerais como o ChatGPT e ferramentas específicas para o direito, além da importância de verificar os resultados gerados pela IA. Os alunos também ganham experiência prática na elaboração de prompts (perguntas à IA) e na identificação de erros.
Dorothea Bowerfind, estudante de Direito da Case Western, disse que o curso obrigatório de IA da sua faculdade a ajudou a entender melhor a tecnologia que muitos de seus colegas já usavam na graduação. “Agora que sei um pouco mais sobre o assunto, me sinto mais confortável usando as ferramentas”, afirmou.
O reitor de Direito de Suffolk, Andrew Perlman, disse que o objetivo não é ensinar os alunos a usar modelos específicos de IA, mas ajudá-los a pensar criticamente sobre como a inteligência artificial pode remodelar os serviços jurídicos.
“Queremos que eles entendam, em um nível conceitual, como pensar na prestação de serviços jurídicos de uma forma melhor, mais rápida e mais barata”, disse Perlman.
O post Treinamento em IA se Torna Obrigatório em Mais Faculdades de Direito dos EUA apareceu primeiro em Forbes Brasil.
Powered by WPeMatico
Negócios
Alta Performance sem Burnout: Como Líderes Podem Unir Saúde, Longevidade e Resultados

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Todos estão atrás de alta performance sem burnout. Mas raramente o termo longevidade aparece nessa conversa. A maioria dos líderes está ocupada demais conciliando prazos, compromissos e deslocamentos para pensar em como as escolhas de hoje moldam a capacidade de amanhã.
Avinish Reddy, CEO da Elevated Medical, empresa que oferece programas de saúde e performance integrados, combina o tema da longevidade com o da alta performance no trabalho. Além de saúde, ele fala sobre o que significa liderar, construir e criar a partir de um lugar de longevidade — em que mente, corpo e relacionamentos funcionam em sintonia.
Dados são poder, mas só se estiverem a seu serviço
O trabalho de Reddy começa com precisão: dispositivos vestíveis, exames laboratoriais e linhas de base que mapeiam como seu corpo se recupera, dorme e performa. Mas ele faz questão de destacar que os números são apenas um ponto de partida. “Os dados só têm valor com a mentalidade que você aplica a eles.”
A pesquisa confirma isso. Dispositivos vestíveis já mostraram aumentar os níveis de atividade em diferentes populações, mas, sem mudanças de comportamento integradas, eles não geram transformações significativas — e às vezes levam até a menos perda de peso em comparação com programas tradicionais de coaching. Os dados são o mapa; seus hábitos são a jornada.
Mentalidade acima da intensidade
Em uma cultura viciada em resultados rápidos e intensidade, Reddy traz o foco de volta para o que realmente funciona: a consistência se multiplica com o tempo.
A ciência comportamental mostra que leva em média cerca de 66 dias para que um hábito se consolide. Combine isso com as pesquisas crescentes sobre sono — noites crônicas de seis horas criam déficits cognitivos comparáveis à privação total de sono — e você começa a entender por que a base importa mais do que os “atalhos”. Na verdade, estruturas simples ajudam a cultivar mentalidades de longevidade capazes de transformar décadas de hábitos. “O progresso incremental é a chave para a longevidade”, diz Reddy.
Saúde não é um esporte individual
Vínculos sociais fortes podem aumentar as chances de sobrevivência em até 50%, enquanto o isolamento traz riscos de saúde equivalentes a fumar 15 cigarros por dia. Isso muda a forma de pensar sobre o que significa “performar”. Não se trata apenas do seu VO₂ máximo ou da sua glicose em jejum — mas das pessoas com quem você constrói, dos colegas que cobram sua responsabilidade, da comunidade que o sustenta quando a vida sai do eixo.
Geração Z, Millennials e a força de trabalho do futuro
A mudança geracional é inegável. Os Millennials e a Geração Z não estão mais pedindo equilíbrio; estão exigindo. Um relatório da Deloitte de 2025 mostra que propósito, flexibilidade e saúde mental são inegociáveis. Já dados da Gallup contam outra história: um em cada cinco profissionais relata sentir solidão todos os dias, uma estatística que pesa ainda mais em ambientes remotos e híbridos.
Reddy enxerga isso não como um desafio, mas como uma oportunidade. “Quando desenhamos sistemas de saúde que honram tanto a performance quanto a humanidade, criamos forças de trabalho capazes de sustentar a excelência.” Organizações que acertarem nesse ponto não apenas vão reter talentos; elas vão desbloquear um novo nível de performance coletiva.
Liderança começa com a sua própria saúde
O estado do seu corpo e da sua mente aparece em cada reunião, cada apresentação e cada negociação. E os dados deixam isso claro. Líderes que operam no limite são percebidos como menos carismáticos, menos eficazes e menos confiáveis. “Autocuidado não é indulgência. É prontidão operacional. Você não consegue liderar em escala se estiver liderando a partir da exaustão”, diz Reddy.
Programas de bem-estar: além da aparência
O espaço corporativo de bem-estar foi inundado por modismos e ferramentas chamativas — mas poucas empresas fazem as perguntas difíceis sobre impacto real.
Estudos iniciais pintaram um cenário positivo em termos de ROI, mas pesquisas mais recentes, com ensaios clínicos randomizados, mostram uma realidade mais complexa: programas de bem-estar, sozinhos, não geram mudança se não abordarem comportamento, ambiente e engajamento da liderança.
É aqui que a Elevated Medical adota uma abordagem diferente — integrando protocolos baseados em ciência com design cultural e organizacional. Porque alta performance não é apenas um esforço individual; é sistêmico.
Entre algumas ações imediatas que profissionais podem adotar a saúde da performance, Reddy recomenda:
- Movimente-se com intenção: Mire de 150 a 300 minutos de atividade moderada por semana, além de dois dias de treino de força;
- Proteja a recuperação: Durma como se fosse a sua reunião mais importante;
- Construa sua equipe: Comunidade e responsabilidade entre pares são indispensáveis;
- Use a tecnologia como ferramenta, não como muleta: Acompanhe o que importa, mas lembre-se — os dados existem para servir você, não para envergonhar você;
- Faça do bem-estar parte da cultura: Redesenhe sistemas — desde agendas de reuniões até treinamentos de gestores — para apoiar os humanos que impulsionam seus resultados.
Guia rápido para equipes
Reddy dá outras dicas que podem ser aplicadas de forma simples no dia a dia com um plano de cinco passos para operacionalizar a saúde no ambiente de trabalho.
Passo 1: Estabeleça linhas de base
Comece com avaliações individuais e de equipe — wearables, exames laboratoriais e conversas honestas. Você não pode gerenciar o que não mede.
Passo 2: Inclua a saúde na agenda
- Limites de horário para reuniões, protegendo o sono;
- Blocos sem reuniões para exercícios ou trabalho profundo;
- Dias previsíveis de recuperação após viagens para quem passa muito tempo na estrada.
Passo 3: Crie microcomunidades
Pequenos grupos de responsabilidade estimulam a consistência. Não se trata de competir, mas de progresso coletivo.
Passo 4: Treine seus gestores
Gestores definem o tom. Capacite-os para identificar sinais iniciais de burnout e modelar comportamentos que priorizem saúde e recuperação.
Passo 5: Audite e itere
Revise dados de performance, engajamento e saúde a cada trimestre. Faça o processo adaptável, não rígido — saúde é dinâmica.
A vantagem da longevidade
Alta performance não é sobre espremer mais horas no dia ou buscar o próximo truque de produtividade. Trata-se de projetar uma vida — e uma organização — onde saúde, criatividade e conexão se multiplicam ao longo do tempo.
Os líderes que adotarem essa abordagem não apenas sobreviverão à próxima onda de disrupção — eles construirão culturas capazes de prosperar por décadas. Porque, no fim, a grandeza não é velocidade. É sustentabilidade.
O post Alta Performance sem Burnout: Como Líderes Podem Unir Saúde, Longevidade e Resultados apareceu primeiro em Forbes Brasil.
Powered by WPeMatico
Negócios
FEMSA Anuncia Novo CEO

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A FEMSA, dona da maior engarrafadora de Coca-Cola do mundo e da rede Oxxo, anunciou que Jose Antonio Fernández Garza-Lagüera será o novo CEO da companhia a partir de 1º de novembro. O executivo atualmente lidera as operações de lojas de conveniência e drogarias da empresa.
Ele substitui seu pai, Jose Antonio Fernández Carbajal, chairman executivo da FEMSA desde 2001 e que ocupava o posto de CEO interino desde a saída de Daniel Rodríguez Cofré, em 2022. “Tive a sorte de aprender e admirar aqueles que me antecederam nesse papel”, escreveu Garza-Lagüera em uma publicação no LinkedIn. “Seus legados de visão estratégica, apostas ousadas para o longo prazo e execução disciplinada no presente me inspiram e me comprometem a direcionar minha liderança para um crescimento sustentável e uma operação sólida.”
Formado em administração em Stanford, Garza-Lagüera tem mais de 15 anos de carreira. Desde que entrou na FEMSA, em 2015, passou por posições de liderança em operações na América Central, planejamento estratégico, melhoria de processos, desenvolvimento de negócios e digital.
O post FEMSA Anuncia Novo CEO apareceu primeiro em Forbes Brasil.
Powered by WPeMatico
Negócios
Nestlé Inaugura Nova era com Saída Antecipada de Presidente do Conselho

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O presidente do conselho de administração da Nestlé, Paul Bulcke, deixará o cargo antes do planejado e passará o comando para o ex-chefe da Inditex Pablo Isla em 1º de outubro, acelerando a troca na gigante suíça de alimentos após um período sem precedentes de turbulência administrativa.
A decisão ocorre semanas depois que Laurent Freixe foi demitido do cargo de presidente-executivo por conta de um relacionamento amoroso não revelado, e abre caminho para que o novo chefe, Philipp Navratil, e Isla assumam o comando total da empresa, que tem enfrentado dificuldades nos últimos anos.
Analistas e acionistas levantaram dúvidas sobre a posição de Bulcke após as revelações sobre o relacionamento amoroso de Freixe com uma subordinada, o que levou à sua demissão apenas um ano após ter assumido o comando.
“Os investidores queriam um novo começo, com um novo presidente-executivo e um novo presidente do conselho para escrever o próximo capítulo”, disse Jean-Philippe Bertschy, analista do Bank Vontobel.
Ele acrescentou que Bulcke esteve sob enorme pressão nas últimas semanas e meses para se afastar. A recente turbulência em torno da Freixe foi provavelmente a gota d’água.
“Os investidores da Nestlé agora querem que a empresa cumpra suas metas, especialmente para acelerar o crescimento das vendas”, disse ele. “Uma das principais prioridades do novo presidente será reorganizar o conselho, que também deve assumir total responsabilidade pelo fraco desempenho dos últimos anos.”
A Nestlé acrescentou que Isla e Navratil estão comprometidos com uma estratégia de crescimento orgânico que “alavancará eficiências” para investir no forte portfólio e nas marcas da Nestlé, que vão desde o chocolate KitKat até o Nescafé.
“O MOMENTO CERTO PARA ME AFASTAR”
Em uma breve declaração, Bulcke disse que a empresa está bem posicionada para o futuro, à medida que avança com a transição que havia sido programada anteriormente para abril do próximo ano.
Bulcke era presidente do conselho desde 2017 e, antes disso, foi presidente-executivo de 2008 a 2016.
“Este é o momento certo para eu me afastar e acelerar a transição planejada”, disse Bulcke, que assumirá a função de presidente honorário, em um comunicado, acrescentando que a nova liderança trará uma “nova perspectiva”.
Investidores e analistas disseram que Isla demonstrou forte liderança na Inditex, proprietária da Zara.
A Nestlé enfrenta um desafio severo, com investidores e analistas pedindo que ela reduza seu tamanho, à medida que os rivais cortam custos e até mesmo se separam para melhorar seu desempenho.
O crescimento das vendas estagnou, as ações da empresa perderam mais de 40% desde 2022 e os custos aumentaram. Os níveis de endividamento ultrapassaram os de rivais como a Unilever.
A Nestlé disse em junho que Bulcke deixaria o cargo no próximo ano, uma medida que se seguiu à crescente inquietação dos investidores com relação ao desempenho do preço das ações da empresa, questões de liderança e preocupações de que seu modelo de governança corporativa estivesse desatualizado.
O apoio dos acionistas em Bulcke também estava diminuindo.
Em abril, ele foi reeleito com 84,8% de apoio dos acionistas, abaixo do nível que os presidentes normalmente obtêm na Suíça. Em 2017, ele recebeu quase 96% de apoio.
O post Nestlé Inaugura Nova era com Saída Antecipada de Presidente do Conselho apareceu primeiro em Forbes Brasil.
Powered by WPeMatico
- Tecnologia1 semana atrás
Como conectar mouse e teclado com USB no celular Android ou iPhone (iOS)
- Saúde1 semana atrás
Paralisia: saiba mais sobre o avanço histórico brasileiro no combate à doença
- Tecnologia1 semana atrás
O que é o Napalm e por que ele foi proibido em guerras?
- Negócios1 semana atrás
6-6-6: O Desafio de Caminhada Que Melhora Corpo e Mente
- Tecnologia1 semana atrás
Os 8 animais com maior risco de extinção no mundo
- Saúde1 semana atrás
Mounjaro terá doses mais altas com preço de até R$ 3,6 mil no Brasil
- Saúde1 semana atrás
Dieta carnívora: quais os riscos de comer apenas carne, ovos e laticínios?
- Negócios1 semana atrás
Lista Forbes: Os Apresentadores Mais Bem Pagos da TV Americana