Negócios
Mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil e são mais bem avaliadas pelo time


As mulheres representam 43% do quadro de funcionários, mas ainda estão sub-representadas na alta liderança
As mulheres ocupavam 38% dos cargos de liderança no Brasil em 2023, mantendo a proporção do ano anterior. É o que mostra uma pesquisa da FIA Business School, que analisou respostas de mais de 150 mil funcionários de 150 grandes empresas do país premiadas com o selo Lugares Incríveis para Trabalhar 2023. “Chegar a quase 40% demonstra algum avanço no tema, mas as empresas ainda têm desafios importantes pela frente”, afirma Lina Nakata, professora da instituição e uma das responsáveis pelo levantamento.
Um desses desafios diz respeito à participação feminina na alta liderança. A proporção de mulheres na diretoria e no C-Level das companhias caiu cinco pontos percentuais em relação a 2022, para 28%. “Como esse nível conta com menos pessoas, qualquer variação pode alterar o percentual”, explica Nakata. “As mulheres conquistaram representatividade na alta liderança, mas o movimento ainda é lento.”
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Mulheres são melhores na liderança?
As mulheres representam 43% do quadro de funcionários, mas ainda estão sub-representadas no topo, apesar de serem melhores gestoras, além de mais populares e confiáveis, na opinião dos colaboradores.
Para 50% dos entrevistados em 2023, as CEOs têm uma gestão excelente, enquanto os CEOs receberam a mesma avaliação por 43% dos funcionários. 79% confiam totalmente em sua CEO, enquanto, para os CEOs homens, o nível de confiança foi de 72%.
Além disso, as CEOs mulheres são conhecidas por 84% dos seus colaboradores, enquanto os homens nesse cargo são conhecidos por 79% do pessoal. Os dados demonstram a força dos estereótipos de gênero: enquanto os funcionários observam que as mulheres valorizam 50% mais a proximidade do que os homens, eles foram avaliados como mais conservadores e orientados para resultados.
Leia também:
- Pesquisa demonstra redução na diferença salarial entre mulheres e homens
- Eliminar desigualdade de gênero poderia elevar PIB global em mais de 20%, diz Banco Mundial
Medidas para reter e impulsionar mulheres no mercado de trabalho
Entre as empresas reconhecidas como um dos melhores lugares para trabalhar, 51% têm um programa formal e estruturado pensando nas colaboradoras e no seu desenvolvimento profissional. “A prática mais frequente é o monitoramento e equiparação de diferenças salariais entre homens e mulheres”, diz Naiara Oliveira, consultora da FIA Business School, o que é feito por 40% das companhias que se destacam no estudo.
A igualdade salarial é prevista em lei, e empresas com mais de cem funcionários devem preencher e enviar o relatório de transparência salarial do governo, com prazo até esta sexta-feira (8).
A segunda iniciativa mais adotada é a criação de comitês específicos para discutir a ascensão de mulheres a cargos de liderança, implementada por 35% das organizações, um aumento de 3 pontos percentuais em relação à última pesquisa.
As empresas reconhecidas pela FIA também se destacam por outras ações que apoiam as mulheres em termos pessoais e profissionais – que, no entanto, se mostraram menos frequentes em 2023 do que no ano anterior.
- Palestras e rodas de conversa sobre maternidade e carreira, trabalho remoto, equidade de gênero, violência doméstica, entre outros assuntos, etc. As ações foram promovidas por palestrantes e terceiros atuantes;
- Licença maternidade de 180 dias e programa que permite que mulheres trabalhem 20 horas semanais em home office durante os primeiros 90 dias de retorno da licença-maternidade;
- Atividades com massagem, oficina de dança e yoga, palestras sobre saúde mental e física.
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Negócios
The Town 2025 Mostra Que Entretenimento Também é Economia

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Entretenimento não é só espetáculo, é uma indústria bilionária que movimenta a economia.
O que muita gente vê como diversão, eu vejo como trabalho. E não é porque é trabalho que não existe prazer, muito pelo contrário. Meu ofício me desafia, me tira do eixo, exige responsabilidade, mas também me diverte e me inspira.
Cultura, entretenimento e festas não são apenas momentos de descontração. São, sobretudo, uma indústria. Uma força que movimenta economias, transforma cidades, cria empregos, fomenta talentos e abre caminhos para tantas histórias. É sobre isso que precisamos falar: não apenas da emoção que sentimos ao estar em um festival ou em um show, mas também do impacto real que esses encontros coletivos têm no país.
O festival The Town 2025, por exemplo, deve injetar R$ 2 bilhões na economia de São Paulo e gerar 25 mil empregos diretos e indiretos, reunindo meio milhão de pessoas em uma experiência que vai muito além da música, de acordo com a SPTuris, empresa de turismo da Prefeitura de São Paulo.
Indo além dos grandes festivais, São Paulo registrou em 2024 5.262 eventos, que movimentaram R$ 22,2 bilhões e renderam R$ 1,1 bilhão em ISS. No primeiro trimestre de 2025, só esse setor já alcançou R$ 5,9 bilhões, com um crescimento impressionante de 110%.
Quando colocamos esses números lado a lado, fica claro: não estamos falando só de entretenimento, mas de uma engrenagem vital da economia. Uma engrenagem que envolve logística, tecnologia, comunicação, turismo, moda, gastronomia, transporte e, principalmente, pessoas.
A economia criativa, da qual esse setor faz parte, já representa mais de 2 milhões de empresas no Brasil, movimentando R$ 110 bilhões, o equivalente a 2,7% do PIB nacional. É impossível ignorar a relevância dessa cadeia.
E ainda assim, por muito tempo, esse universo foi visto apenas como “festa”. O que defendo e vivo como executiva da Holding Clube, um conglomerado de empresas envolvida nos maiores eventos do país, é o reconhecimento de que festa também é futuro, desenvolvimento e motor de inovação.
A cultura gera pertencimento, mas também gera receita. O entretenimento alimenta memórias, mas também sustenta famílias. A música emociona, mas também paga salários.
Acredito profundamente no poder desse setor, porque, no fim, o que sustenta qualquer indústria são as pessoas. E não existe nada mais transformador do que ver pessoas reunidas e conectadas pela energia coletiva de uma experiência.
Para mim, diversão é estratégia. E cada vez que vejo um evento sair do papel e se tornar realidade, tenho certeza: estamos construindo algo muito maior do que apenas um momento bonito. Estamos movimentando histórias, economias e futuros.
*Juliana Ferraz é sócia da Holding Clube e tem quase 30 anos de carreira no universo da comunicação e eventos no Brasil.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
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Programas de Trainee: Saiba Como se Destacar na Seleção

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Ainda é tempo de se inscrever para os processos de seleção de trainees em algumas das maiores empresas no Brasil. No segundo semestre, diversas empresas abrem programas para atrair jovens talentos em início de carreira. Apenas em julho, a plataforma de empregos Infojobs registrou a abertura de mais de mil vagas de trainee. Entre as companhias com processos seletivos abertos atualmente estão Ambev, SulAmérica e Kraft Heinz.
As oportunidades abrangem diversas regiões do país, com salários que podem chegar a R$ 9 mil. Os programas também oferecem benefícios como assistência médica e odontológica, participação nos lucros, horários flexíveis e acesso a programas de bem-estar e saúde mental, como academia e terapia.
Como funciona um programa de trainee
Como são a principal porta de entrada para muitas companhias, os processos são concorridos e é necessário se preparar – da inscrição à entrevista. Em um programa de trainee, o profissional passa por diferentes áreas em um prazo de um ou dois anos. A ideia é que ele conheça a fundo a empresa e seus setores, tenha contato com diferentes profissionais e lideranças e que os mais bem avaliados permaneçam na companhia.
Entre os pré-requisitos mais comuns para participar dos processos seletivos em aberto estão formação superior concluída ou em andamento (com conclusão entre 2023 e 2025, a depender da empresa), domínio intermediário ou avançado de inglês, disponibilidade para viagens e experiência profissional de até dois anos após a graduação. Algumas companhias também pedem disponibilidade para mudança de cidade e para atuar no modelo presencial.
Abaixo, veja como se inscrever nas vagas de trainee e confira as dicas de executivos ouvidos pela Forbes para se destacar nos processos seletivos e garantir a sonhada vaga.
Empresas com vagas de trainee:
Shopee: inscrições aqui até 4 de setembro;
Ambev: inscrições aqui até 8 de setembro;
Saint-Gobain Brasil: inscrições aqui até 16 de setembro;
Kraft Heinz Brasil: inscrições aqui até 18 de setembro;
Rede D’Or e SulAmérica: inscrições aqui até 22 de setembro;
Obramax: inscrições aqui até 22 de setembro;
Ausenco: inscrições aqui até 30 de setembro.
Dicas para garantir uma vaga de trainee
Demonstre protagonismo
Autenticidade, visão de futuro e conexão com propósito estão no topo da lista do que grandes empresas esperam de seus trainees. Na Ambev, que tem um dos programas mais concorridos do país, a régua é clara: a empresa procura protagonistas. “Os trainees chegam liderando projetos e tomando decisões reais”, explica João Vitor Marinho, diretor de Atração e Desenvolvimento de Pessoas. O executivo acrescenta que, além da visão 360º do negócio, pesa a ambição de assumir responsabilidades desde o início.
Tenha visão ampla e voltada ao negócio
Renato Luzzi, diretor de Pessoas, Mobilidade e Logística da SulAmérica, explica que o diferencial buscado pela empresa está em candidatos capazes de enxergar o todo. “Não buscamos apenas bons executores, mas profissionais com potencial para se tornarem líderes com visão ampla e integrada do negócio”, diz. Segundo ele, características como curiosidade, empatia e habilidade de construir pontes entre áreas pesam tanto quanto raciocínio lógico.
Seja curioso e colaborativo
Para Gustavo Siqueira, vice-presidente de RH da Saint-Gobain para a América Latina, a inovação nasce da pluralidade de ideias, e, por isso, a empresa procura pessoas curiosas, corajosas e colaborativas. “Queremos alguém que combine propósito com ação, transformando boas ideias em resultados concretos.”
Questione
Não há respostas certas ou perfis ideais no processo seletivo da Kraft Heinz. “Queremos aqueles que sabem ouvir, mas também questionar”, afirma Carol Dias, diretora de People e Performance da companhia. Para ela, o processo é uma via de mão dupla: “Enquanto se prepara, pergunte-se também se essa é a jornada que você quer viver”.
Prepare-se e estude a empresa
Mesmo com estilos distintos, os líderes concordam em um ponto: preparação é fundamental, mas autenticidade faz a diferença. “Conecte suas experiências aos valores da empresa. Durante as dinâmicas, é essencial demonstrar colaboração e escuta ativa”, aconselha Siqueira. Estuda e conhecer o setor também é indispensável. “Se destacam os candidatos que trazem uma perspectiva informada e crítica, indo além do que está na superfície do site institucional”, afirma Luzzi, da SulAmérica.
Para Carol Dias, vulnerabilidade também pode ser uma virtude: “Não se preocupe em ter todas as respostas. Mostre curiosidade genuína, resiliência diante de desafios e transparência sobre seus sonhos, mesmo os que parecem grandes demais.”
O que define a etapa final
Alguns pontos negativos durante o processo seletivo tendem a se repetir e podem custar a vaga. Entre os mais comuns, os executivos citam superficialidade e falta de preparo. “Respostas genéricas, sem conexão real com o negócio, ou a tentativa de se encaixar em um perfil que não corresponde à própria autenticidade, são sinais de alerta”, afirma Siqueira. “O foco excessivo no ‘eu’, em detrimento do ‘nós’, demonstra imaturidade. O verdadeiro protagonista é aquele que eleva o nível da discussão em equipe”, diz Luzzi.
Na etapa final, o que separa os aprovados é a clareza de propósito e a presença executiva. “O diferencial está em demonstrar protagonismo e senso de empreendedorismo, sem abrir mão da humildade para aprender”, resume Siqueira. Para Luzzi, a paixão também um filtro importante: “Conquista a vaga quem nos convence de seu alinhamento de propósito e do impacto que deseja gerar na vida das pessoas.”
As dicas se confirmam no olhar externo da Korn Ferry, consultoria especializada em recrutamento e processos seletivos. “Na fase final, todos têm alta capacidade técnica. O que define é a confiança, serenidade e clareza de propósito. Presença executiva é decisiva para conquistar a vaga”, afirma Aline Riccio, vice-presidente comercial de RPO & Projetos de Recrutamento.
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Atlas Schindler Tem Nova CTO na América Latina

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A Atlas Schindler anunciou uma nova CTO nesta terça-feira (2). Thaize Schmitz assumiu a liderança de tecnologia do grupo na América Latina em julho deste ano.
Com passagens por empresas como Embraco e Tigre nas áreas de inovação, pesquisa e desenvolvimento e engenharia, a executiva soma mais de 20 anos de experiência no setor industrial.
Formada em Engenharia Mecânica pela Universidade da Região de Joinville e pós-graduada em Gestão de Projetos pelo Centro Universitário Católica de Santa Catarina, Thaize terá sua base no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Londrina (PR).
A executiva sucede a Humberto Ebram, executivo que está há mais de 14 anos na companhia e passa a ocupar o cargo de CTO no Centro de P&D do Grupo Schindler na China.
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