Ligue-se a nós

Negócios

Microturnos: A Tendência da Geração Z para Equilíbrio no Trabalho

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

A Geração Z está definindo mais uma tendência no mundo do trabalho: os microturnos. Jornadas de até seis horas ganham espaço como uma forma de oferecer flexibilidade e equilíbrio entre vida pessoal e profissional, permitindo aos profissionais conciliar demandas como cuidados com a família, estudos ou múltiplos empregos.

Um novo relatório da Deputy, plataforma global de gestão de trabalho que usa inteligência artificial para otimizar escalas, controle de ponto e produtividade, revela que a demanda por esse tipo de flexibilidade é mais forte entre os jovens. A maioria dos adeptos aos microturnos pertence à Geração Z (51,5%), segundo o levantamento, que analisou 41 milhões de turnos e 278 milhões de horas trabalhadas por quase 430 mil profissionais por turno.

Anúncio

Embora os dados indiquem uma maioria jovem entre os adeptos desse modelo, a tendência vai além da Geração Z. “Estamos vendo turnos mais curtos também entre os Baby Boomers. Isso indica que os microturnos não são apenas uma moda passageira, mas uma mudança geracional”, diz Silvija Martincevic, CEO da Deputy. Para a executiva, jornadas mais curtas não significam menos trabalho. “Trabalhar com microturnos é trabalhar de forma mais inteligente.”

Entre os adeptos da tendência, as mulheres são maioria, mas continuam concentradas em empregos de menor remuneração. Jovens mulheres (68% da Geração Z e 25% de Millennials) são as que mais acumulam empregos, tentando equilibrar as contas em meio a pressões econômicas e necessidades familiares.

O relatório indica que os microturnos são mais populares nos setores de hospitalidade e serviços, onde há menos restrições regulatórias em comparação com áreas como a saúde. Os dados também indicam que as mulheres estão migrando para setores tradicionalmente masculinos, como logística.

Por que os microturnos ganham força

Três grandes fatores explicam a ascensão dos microturnos, explica a CEO. O primeiro é a pressão econômica em diferentes países ao redor do mundo, que leva mais pessoas a acumularem empregos. “Um em cada cinco profissionais da Deputy tem mais de um emprego. Isso mostra que os turnos curtos e flexíveis não são apenas convenientes, são essenciais.”

O segundo fator é a tecnologia, que finalmente começa a se alinhar com a realidade da vida moderna. “Hoje, as empresas podem oferecer jornadas personalizadas em larga escala”, afirma. A IA tem um papel central nesse processo. “Nossos dados mostram que 45% dos profissionais dizem ter mais equilíbrio entre vida pessoal e trabalho graças à automatização com IA.” No varejo e na logística, 82% das grandes empresas já usam ferramentas para otimizar operações e aumentar a satisfação dos colaboradores.

Anúncio

O terceiro impulsionador é a crescente demanda por serviços presenciais e de cuidado humano — como saúde (+8,9%), cuidados com idosos (+3,8%) e hospitalidade (+5,2%) — especialmente entre famílias de alta renda. Esse cenário abre espaço para funções que vão além da instabilidade dos “bicos” da Gig Economy (que contempla formas flexíveis de trabalho, como freelancers e trabalhos mediados por plataformas). “Essas mudanças criam novas possibilidades para cuidadores, pais, estudantes e qualquer pessoa que queira ter mais controle sobre seu tempo.”

Microturnos em tech

No setor de tecnologia, os microturnos já existem há algum tempo, embora com motivações diferentes. “Profissionais bem-sucedidos da área de tecnologia sempre adotaram algo semelhante”, afirma Paul Farnsworth, presidente da Dice, plataforma de carreiras em tech. “Eles envolvem mudanças intencionais e pontuais na carreira, seja aprendendo uma nova habilidade ou ajustando hábitos de trabalho.”

Farnsworth destaca que, há décadas, profissionais do setor vêm atualizando suas habilidades continuamente para acompanhar o ritmo acelerado da indústria. “Isso vale especialmente para os que estão começando na área — recém-formados ou egressos de bootcamps — que precisam lidar com pressões financeiras, aprendizado contínuo e a necessidade de experiência prática.”

O que esperar dessa tendência

Para ele, o modelo de jornada reduzidas permite que profissionais adquiram novas competências, testem diferentes áreas e ganhem experiência prática, sem abrir mão da flexibilidade necessária no início da carreira. “Com o avanço da IA, essa necessidade de aprendizado contínuo e de adaptação constante se tornou mais relevante do que nunca.”

Anúncio

À medida que o conceito de trabalho evolui, Martincevic, CEO da Deputy, prevê que empresas que adotarem modelos mais flexíveis estarão melhor preparadas para atrair e reter os talentos do futuro. “Além de responder à demanda crescente por flexibilidade, os microturnos podem gerar um impulso de 5% a 10% na economia americana — cerca de US$ 2,1 trilhões (ou R$ 12 trilhões) — com o aumento da participação da força de trabalho.”

A executiva acrescenta que profissionais remotos já operam com essa lógica: levantam da mesa para colocar roupas na máquina de lavar, pegam os filhos na escola e depois voltam ao computador para encerrar o expediente. “Com uma mudança nas regulamentações e no sentimento dos profissionais em relação a turnos mais previsíveis e estáveis, as empresas que adotarem esse modelo mais personalizado poderão acessar um pool de talentos até então inexplorado.”

*Bryan Robinson é colaborador da Forbes US. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.

O post Microturnos: A Tendência da Geração Z para Equilíbrio no Trabalho apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo
Anúncio

Negócios

Na China, Influenciadores Precisam de Diploma para Abordar Temas Sensíveis

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A China aprovou uma nova regulamentação que exige que influenciadores comprovem formação ou certificação técnica antes de publicar conteúdo sobre temas como medicina, direito, finanças e educação.

A medida, em vigor desde 25 de outubro, foi emitida pela SART (Administração Estatal de Rádio e Televisão) em conjunto com o MCT (Ministério da Cultura e Turismo).

Voltada especialmente para transmissões ao vivo e criadores que tratam de assuntos de “alto nível técnico”, a lei tem como objetivo conter a desinformação nas plataformas digitais. Redes como Douyin (versão do TikTok usada na China), Weibo e Bilibili agora serão responsáveis por verificar as credenciais dos criadores e garantir que seus conteúdos apresentem fontes e avisos de transparência.

A norma também proíbe a publicidade velada de produtos médicos e suplementos, além de exigir a sinalização de materiais produzidos com inteligência artificial.

Anúncio

O post Na China, Influenciadores Precisam de Diploma para Abordar Temas Sensíveis apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Negócios

Fadiga de Decisão: Como Grandes Líderes Evitam o Esgotamento Mental

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Um adulto toma, em média, entre 33 mil e 35 mil decisões por dia, segundo um estudo conduzido por pesquisadores de universidades americanas. Muitas dessas escolhas acontecem no modo automático, com base em informações já armazenadas sobre como agir. No entanto, chega um ponto em que esse processo deixa de ser eficiente: o cérebro, sobrecarregado e incapaz de lidar com tantas decisões individuais, entra em pane, interrompendo a tomada de decisão.

Após dias consecutivos de trabalho e centenas de milhares de decisões tomadas, o cérebro tende a fazer escolhas diferentes daquelas que faria se estivesse descansado. Esse fenômeno é chamado de “fadiga de decisão”: quando o cérebro está esgotado e privado de energia mental.

Para concentrá-la nas decisões mais relevantes, muitos líderes optam por usar praticamente a mesma roupa todos os dias. Mark Zuckerberg se inspirou em Steve Jobs, conhecido por sempre usar uma camiseta preta e jeans. Em diversas entrevistas, o fundador do Facebook explicou que prefere reservar sua capacidade mental para as decisões mais relevantes de sua empresa, em vez de gastá-la com escolhas triviais, como o que vestir.

Anúncio

O que é a fadiga de decisão?

O que vou almoçar? Devo aceitar aquela proposta de emprego? Está na hora de trocar o ar-condicionado, ou devo continuar consertando? No fim das contas, 35 mil decisões por dia significam uma decisão a cada 2,46 segundos. Não é à toa que estamos exaustos.

A fadiga decisória compromete a clareza mental e explica por que muitos profissionais têm pouca energia restante para atividades fora do escritório após um longo dia de trabalho. Depois de horas de trabalho ininterrupto, o cérebro pode sofrer sobrecarga cognitiva. Quanto mais tempo você trabalha e mais decisões toma nesse período prolongado, mais difícil se torna para sua mente sobrecarregada tomar decisões acertadas.

Escolhas simples, como decidir o prato que vai pedir no restaurante, não exigem tanto esforço cognitivo quanto decisões mais impactantes, como manter ou demitir um funcionário. Quanto mais escolhas fazem parte do seu dia, mais difícil fica decidir até mesmo sobre coisas simples, como o que vestir, onde comer, quanto gastar ou como priorizar projetos no trabalho. O cansaço mental pode levar a atalhos perigosos, como não revisar um e-mail importante, evitar participar de decisões em equipe, ser ríspido com colegas, optar por fast food em vez de refeições saudáveis ou abandonar a prática de exercícios físicos.

Sinais da fadiga de decisão

A fadiga decisória geralmente aparece de forma sutil e fácil de ignorar. Veja como reconhecê-la antes que afete seu desempenho e sua saúde mental:

Como identificar em você

  • Você adia decisões simples ou delega tudo, sem distinguir o que é importante do que não é;
  • Sente-se mentalmente exausto antes do meio-dia, mesmo sem esforço físico;
  • Evita conversas difíceis ou responde apenas “sim” ou “não” para se livrar rapidamente da decisão.

Como identificar na sua equipe

  • Membros do time pedem opinião sobre decisões que normalmente tomariam sozinhos;
  • Projetos travam, não pela complexidade, mas porque ninguém quer tomar a decisão final;
  • Aumento de erros, esquecimento de detalhes e maior resistência a mudanças.

Estratégias para evitar a fadiga de decisão

Victoria Grinman, psicoterapeuta e fundadora da Growing Kind Minds LLC, empresa de soluções de gestão emocional para organizações, destaca a importância de criar e manter rotinas intencionais.

Decida apenas uma vez

Empresários como Steve Jobs, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos usavam roupas iguais todos os dias para preservar energia mental. “Líderes frequentemente desperdiçam energia refazendo as mesmas decisões”, afirma Grinman. “Crie microestruturas para tarefas recorrentes, como o que vestir, quando checar e-mails ou como começar reuniões. Decidir uma vez e manter o padrão conserva energia mental para o que realmente precisa de atenção.”

Anúncio

Proteja os primeiros 90 minutos do dia

“Esse período concentra o maior potencial cognitivo”, explica. “Use-o para planejar e tomar decisões estratégicas. Evite tarefas reativas logo cedo para definir o tom do restante do dia.”

Delegue decisões

Quanto menos escolhas você precisar fazer, mais energia cognitiva conseguirá preservar ao longo do dia. Encontre alguém de confiança, reduza o controle e delegue parte das suas decisões a essa pessoa.

Tome as decisões mais difíceis primeiro

Se o dia promete decisões complexas, encare-as nas primeiras horas, quando estiver mais descansado. Classifique as decisões do dia da mais à menos importante e deixe as menos relevantes para o final.

Aproveite o fim de semana

Você não estará biologicamente preparado para manter o equilíbrio em seu processo de tomada de decisões sem descanso e estímulo adequados fora do seu ambiente de trabalho.

Anúncio

*As informações foram retiradas de textos dos colaboradores da Forbes USA Bryan Robinson e Cheryl Robinson.

O post Fadiga de Decisão: Como Grandes Líderes Evitam o Esgotamento Mental apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Continuar Lendo

Negócios

Baixo Engajamento no Trabalho Custa R$ 77 Bilhões a Empresas no Brasil

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A falta de motivação no trabalho deixou de ser um problema individual e passou a ser um desafio real para as empresas e para a economia, no Brasil e no mundo. De acordo com o estudo Engaja S/A, conduzido pela plataforma de RH e benefícios Flash em parceria com a FGV EAESP (Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas), o desengajamento profissional custa cerca de R$ 77 bilhões por ano às companhias brasileiras, o equivalente a 0,66% do PIB.

Na sua terceira edição anual, o levantamento, divulgado nesta quinta-feira (23), aponta que o índice de engajamento no país caiu para 39%, o menor nível da pesquisa. Ou seja, mais de seis em cada dez profissionais estão desmotivados ou ativamente desengajados. A queda é puxada principalmente por profissionais em cargos de liderança, e a Geração Z é a menos engajada. “Esse estado se manifesta de forma sutil: menos colaboração, apatia, procrastinação e ausência de iniciativa”, explica Renato Souza, professor de recursos humanos da FGV EAESP e coautor do estudo. “O profissional está presente, mas não está inteiro.”

O cálculo do prejuízo gerado pelo desengajamento no trabalho foi feito com base em duas dimensões principais: intenção de demissão e presenteísmo — quando o profissional está fisicamente presente, mas improdutivo. “Desengajados podem perder até cinco horas de trabalho por dia, gerando um custo muitas vezes invisível para as empresas.”

Mais de 40% dos profissionais brasileiros admitem perder de uma a duas horas de produtividade por dia por falta de motivação. Segundo o estudo, melhorar o engajamento poderia gerar uma economia de R$ 6,2 bilhões em perdas de produtividade.

Anúncio

Líderes cansados, equipes desmotivadas

Mesmo entre os cargos mais altos, o engajamento vem desmoronando. A pesquisa revela que, embora 65% dos executivos ainda se declarem engajados, esse grupo foi o que apresentou a maior queda no último ano — sete pontos percentuais. “Em geral, executivos são mais engajados do que colaboradores, mas observamos um declínio acentuado nesse último ano.”

Além disso, o estudo indica que 78% dos executivos e líderes intermediários sofrem com algum nível de ansiedade, o que acende um sinal de alerta para departamentos de recursos humanos e para a alta liderança. “Fadiga, insônia e ansiedade estão mais presentes entre líderes, o que pode gerar um efeito cascata de desengajamento sobre suas equipes.”

Segundo o professor, o quadro de saúde mental entre executivos não deve melhorar nos próximos anos. “As lideranças enfrentam cada vez mais pressões do mercado, da economia e de conselhos. As empresas precisam pensar em como engajar quem é responsável por engajar os outros.

Geração Z lidera em desengajamento

Entre os diferentes grupos etários, a Geração Z aparece como a menos engajada: apenas 37% dos jovens profissionais afirmam se sentir motivados em suas funções. Enquanto isso, os Baby Boomers são a geração mais engajada, atingindo 45% de envolvimento no trabalho. “Desde o pós-pandemia, houve uma ressignificação do trabalho, e isso teve um grande impacto na Geração Z”, explica Souza. “Mais do que benefícios financeiros isolados, os jovens valorizam autonomia, saúde mental e reconhecimento, que nem sempre encontram nas empresas.”

Anúncio

Causas e soluções para a crise de engajamento

Entre as principais causas da queda no engajamento, o estudo aponta uma piora na percepção positiva do ambiente de trabalho. “Fatores como remuneração e benefícios continuam importantes, mas engajam menos do que o clima organizacional e a qualidade da gestão”, diz Souza. “Falta de autonomia, escassez de tempo para atividades além do emprego e ausência de conexões humanas explicam a maior parte da queda registrada.” Por outro lado, relações de confiança, oportunidades de desenvolvimento profissional e ambiente saudável estão entre os fatores mais determinantes para o engajamento.

Para reverter o cenário de baixo engajamento, algumas práticas podem impactar diretamente o envolvimento de profissionais no trabalho. Entre as mais eficazes, segundo o estudo, estão os benefícios de flexibilidade, como trabalho híbrido, horários livres, day off de aniversário, benefícios personalizados e redução de jornada às sextas-feiras. “São práticas relativamente simples, mas com grande potencial de engajar colaboradores.”

O post Baixo Engajamento no Trabalho Custa R$ 77 Bilhões a Empresas no Brasil apareceu primeiro em Forbes Brasil.

Powered by WPeMatico

Anúncio
Continuar Lendo

Em Alta