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Do amor ao escritório: love bombing e gaslighting podem migrar para o trabalho

Redação Informe 360

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Love bombing é uma estratégia de manipulação que pode ter impacto na produtividade e segurança psicológica de um profissional

O termo “love bombing” é usado para descrever relações amorosas em que um parceiro dá atenção e carinho de forma exagerada à outra pessoa, geralmente no início do relacionamento. Mas logo depois corta essa “explosão de amor” e se afasta, dá um ghosting, criando uma confusão como forma de exercer controle.

Essa estratégia de manipulação não está restrita aos relacionamentos românticos e também se faz presente no ambiente profissional. O love bombing no trabalho envolve gestores que elogiam e recompensam seus funcionários de forma excessiva para criar um senso de lealdade e comprometimento. O objetivo pode ser atrair, reter, controlar e até explorar os profissionais.

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Pode até parecer legal num primeiro momento, mas tem um impacto negativo sobre os trabalhadores e a própria empresa. O excesso de afeto é usado como uma tática sorrateira para tirar vantagem da pessoa e ter influência sobre ela. Curiosamente, alguns grupos religiosos também usam esse termo para atrair novos fiéis.

Depois de um tempo, quando acorda para a situação, a pessoa percebe os problemas de saúde mental que pode estar enfrentando. Mas não apenas isso, no ambiente de trabalho, a manipulação também prejudica a produtividade e pode levar o profissional a deixar a organização por causa de estresse e ansiedade.

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Como o love bombing ajuda e depois prejudica o trabalho

O excesso de atenção e elogios faz com que um profissional se sinta valorizado e confiante. Embora haja consequências graves, a curto prazo, pode proporcionar um ambiente positivo, melhor envolvimento com os colegas de trabalho e com a empresa e um sentimento de pertencimento. Estar feliz no trabalho aumenta a produtividade, o que é reconhecido e recompensado pela liderança.

Mas essa tática de manipulação cria expectativas irrealistas e leva a uma sensação de decepção quando o empregador não cumpre suas promessas ou deixa de agir como antes. Isso promove uma cultura de medo e intimidação, em que os funcionários temem falar abertamente ou sair da empresa. Pode levar ao esgotamento e ao estresse, pois as pessoas se sentem obrigadas a expressar emoções positivas que provavelmente não são genuínas.

Como funciona na prática

Aqui está um exemplo de como o love bombing pode acontecer no ambiente de trabalho.

Um recrutador entra em contato com um potencial candidato para uma vaga aberta, elogiando essa pessoa e dizendo como suas habilidades, formação e experiências fariam dela uma excelente opção para a função. O recrutador explica que a remuneração é boa e que há um caminho rápido de crescimento na organização.

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Quase todas as pessoas que o candidato conhece durante o processo de contratação também se mostram entusiasmadas e falam como ele é especial e como agregaria para a empresa.

Após meses de entrevistas, o diretor de recursos humanos diz que gostaria de fazer uma oferta de emprego. O candidato revisou previamente a descrição do cargo para saber a faixa salarial e conversou com os entrevistadores antes sobre como seria a remuneração total, benefícios, stock options e outros assuntos.

A oferta é menor do que o esperado. Como o candidato viveu essa “explosão de amor” durante todo o processo, ele acha que ainda vale a pena aceitar a oferta e se sente um pouco pressionado a fazê-lo.

À medida que o tempo passa, o trabalho não é o que o recrutador e os entrevistados disseram que seria. Em vez de pedirem desculpas, eles culpam o novo funcionário por não ter ouvido ou entendido direito o que foi dito nas discussões. Isso se chama gaslighting.

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Gaslighting e breadcrumbing

Esse é outro termo retirado do universo da paquera e que chegou ao mercado de trabalho. É uma forma de manipulação psicológica em que uma pessoa ou grupo atribui a culpa de tudo à vítima e tenta fazer com que a pessoa duvide da sua percepção da realidade.

Isso acontece especialmente com as mulheres e os sinais podem ser sutis, levando a pessoa a se questionar sobre a sua memória e sanidade.

Quando você está em um longo processo seletivo, fazendo entrevistas com diferentes pessoas durante meses e sem nenhum objetivo certo à vista, você está sofrendo breadcrumbing, outro termo contemporâneo do mundo dos relacionamentos que pode ser emprestado para o universo do trabalho.

Significa levar alguém adiante quando não se tem a intenção de se comprometer com essa pessoa. O breadcrumber tem uma comunicação inconsistente e esporádica – como se espalhasse “migalhas” de atenção e afeto – para manter o interesse da outra pessoa.

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Também é breadcrumbing quando seu chefe te faz acreditar que você vai receber aquele aumento, promoção ou bônus ou vai ganhar uma sala própria – mas sempre existe uma razão pela qual isso não pode acontecer agora.

Ele vai te oferecendo migalhas para te segurar, com informações sobre um novo projeto que te interessa, por exemplo, e as promessas vão ficando esquecidas. Por necessidade ou, muitas vezes, por falta de autoconhecimento e de leitura da situação, os profissionais aceitam essas migalhas.

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USP Lança Minicurso Gratuito de ESG

Redação Informe 360

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A Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”), da USP (Universidade de São Paulo), lançou um minicurso gratuito sobre ESG no mundo corporativo.

O programa é destinado a profissionais de sustentabilidade, compliance, governança, auditoria, comunicação corporativa, gestão de riscos, consultores, membros de comitês e candidatos ao MBA em ESG e negócios sustentáveis da instituição.

As aulas acontecem nos dias 23 e 30 de janeiro de 2026, das 19h às 22h, em formato online e ao vivo. O conteúdo aborda os fundamentos de ESG e o passo a passo para elaborar uma matriz de materialidade alinhada aos objetivos do negócio e às expectativas de stakeholders. “O curso fornece não só o conhecimento técnico-conceitual, mas também a capacidade de entender como a sustentabilidade orienta decisões estratégicas”, afirma o professor Sandro Benelli, que ministra as aulas.

Os participantes também irão analisar cases nacionais e internacionais para aplicar os conceitos em situações reais. “Nosso objetivo é mostrar que temas materiais não são apenas uma exigência regulatória, mas uma ferramenta de gestão que gera valor, fortalece reputações e amplia o impacto positivo das empresas.”

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Ao final, os alunos recebem certificado oficial e acesso prioritário a conteúdos e benefícios das futuras turmas do MBA da Esalq. As vagas são limitadas e as inscrições ficam abertas no site oficial até 22 de janeiro de 2026.

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Vibra Anuncia Mariana Santarém Como Vice-Presidente de Marketing

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Vibra anunciou Mariana Santarém como nova vice-presidente de marketing e experiência do cliente nesta segunda-feira (8). Na empresa desde 2022, a executiva já liderou as áreas de fidelidade, meios de pagamento e produtos.

Com mais de 24 anos de carreira, 16 deles no setor de energia e combustíveis, Mariana acumula passagens por empresas como Tim Brasil, Souza Cruz, Shell e Raízen. Carioca, é formada em administração pela PUC-Rio e pós-graduada em marketing pela UFRJ.

Na nova função, ela seguirá à frente da modernização do portfólio e da evolução da experiência oferecida pela companhia. “Meu foco é fortalecer a proposta de valor dos postos Petrobras e das nossas unidades de negócio, sempre com o cliente no centro”, afirma.

A companhia também anuncia a chegada de Camila Ribeiro como diretora de marketing, marcas e relações públicas. Formada em publicidade e propaganda, a executiva já atuou em empresas como Tim Brasil, The Hershey Company, Coca-Cola, L’Oréal e P&G.

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Camila Ribeiro, nova diretora de marketing, marcas e relações públicas da Vibra
Divulgação

Camila Ribeiro, nova diretora de marketing, marcas e relações públicas da Vibra

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A Fórmula do CEO da Nvidia para Liderar em Tempos de Transformação

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Em uma era marcada pela aceleração das mudanças, com setores inteiros sendo remodelados o tempo todo, os líderes já não têm mais o luxo de se reinventar lentamente. As hard e soft skills continuam sendo essenciais, mas a adaptabilidade, em especial, tornou-se uma habilidade inegociável. Hoje, poucos executivos incorporam isso tão bem quanto Jensen Huang, CEO da Nvidia.

Após 33 anos na liderança da companhia de tecnologia, cofundada por ele em 1993, durante uma visita recente à Cambridge Union, sociedade histórica de debates, na Inglaterra, Huang descreveu tanto a si mesmo quanto a empresa como “renascidos”. Para ele, todo o cenário tecnológico — dos chips aos algoritmos e às aplicações — está sendo reinventado, e a única constante real é a necessidade do líder de se adaptar.

Em Cambridge, Huang redefiniu a liderança de uma forma que contrasta fortemente com a visão glamurizada que muitos ainda têm. “Ser CEO é, em sua maior parte, dor e sofrimento”, diz. O cargo não é o trono que muitos imaginam. É um fardo, e por trás dele estão três mudanças de identidade que formam a base da liderança adaptativa.

Serviço, não status

A visão de liderança de Huang começa com responsabilidade e prestação de contas. Líderes que se prendem ao status tendem a proteger sua imagem, defender estratégias ultrapassadas e resistir a qualquer movimento que possa expô-los ao erro.

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Huang afirma que líderes que se agarram ao próprio ego tornam a adaptabilidade quase impossível. Segundo ele, muitos CEOs enfrentam dificuldades porque “seu ego está de alguma forma ligado a alguma decisão que tomaram”, mesmo quando o contexto já mudou.

Por outro lado, quando a identidade do líder se baseia em responsabilidade e curiosidade (e não apenas em reconhecimento), adaptar-se fica mais fácil. Eles conseguem mudar de direção mais rápido, reavaliar com clareza, estar à frente do mercado e proteger seu bem-estar durante o processo.

Líderes que veem seu papel como serviço mantêm experimentam menos conflito interno e têm muito menos chances de burnout. Em um mundo que se reinventa em uma velocidade inédita, CEOs presos ao status quo serão rapidamente ultrapassados. Já líderes orientados pelo serviço estão melhor posicionados para se adaptar.

CEO é o arquiteto do ambiente

Huang é claro em um ponto: o CEO não deve ser o gênio no centro da operação, e sim o arquiteto do ambiente. “Você está criando condições para que outras pessoas façam o trabalho de suas vidas.”

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A maioria das organizações fica aquém de seu potencial não porque os líderes tomam uma decisão errada, mas porque eles criam as condições erradas. Ambientes rígidos, culturas pouco competitivas e liderança inconsistente resultam em sistemas incapazes de se adaptar.

Enquanto muitas empresas tradicionais sobreviveram a uma ou duas eras da computação, a Nvidia já atravessou seis. Esse nível de longevidade exige que a adaptabilidade esteja incorporada ao sistema operacional da empresa. Inovação exige direção, mas também espaço. Condições que permitem às pessoas se esticar e assumir riscos inteligentes são as que conseguem se reinventar continuamente e se manter à frente.

Há também um aspecto fisiológico. Condições inadequadas elevam o estresse da equipe, fragmentam o foco, prejudicam o desempenho cognitivo, reduzem a moral e sufocam a criatividade.

Na visão de Huang, se um CEO quer uma empresa adaptável, precisa primeiro projetar um ambiente adaptável. Essa responsabilidade recai integralmente sobre o líder — e, no fim, sobre sua própria identidade.

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Mudança de rota e sacrifícios

Embora a adaptabilidade exija otimismo, há um pré-requisito mais profundo: a capacidade de absorver o desconforto repetidas vezes sem perder a perspectiva. Huang deixa isso claro ao refletir sobre as realidades de liderar por mais de três décadas. “Ser CEO é uma vida inteira de sacrifício, definida por decisões difíceis que quase ninguém vê.”

Ele define o que é, na prática, liderar: “Estratégia não é apenas escolher o que fazer. É escolher o que não fazer.” Essa distinção se torna ainda mais crítica conforme as condições se alteram rapidamente. Cada mudança de rota exige abandonar suposições antigas, deixar para trás boas ideias em busca de algo melhor e aceitar que o próximo movimento certo pode contradizer as últimas 100 declarações que você já fez.

O ego é o que impede líderes de fazer isso. Para Jensen Huang, muitos executivos travam porque sua identidade está ligada a decisões passadas. Eles repetem uma direção publicamente “mil vezes”, e quando novas informações provam que ela está errada, o custo pessoal de mudar de rumo parece alto demais. Seu antídoto é ser “intelectualmente honesto” — confrontar novas realidades sem defensividade e se adaptar imediatamente.

Esses ciclos de decisões difíceis e mudanças de direção não têm apenas consequências psicológicas, mas também físicas. Líderes carregam tensão adicional decorrente de estresse contínuo, pressão emocional e outros efeitos psicossomáticos que se acumulam ao longo do tempo.

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A liderança adaptativa do CEO da Nvidia

A velocidade dos negócios, a ameaça constante de disrupção e as mudanças macroeconômicas favorecem líderes que ajustam sua identidade tão rápido quanto sua estratégia. Indústrias podem mudar em um único ciclo, mercados podem se reorganizar da noite para o dia, e portanto a adaptabilidade permanece como a característica que permite que líderes e organizações naveguem pela volatilidade e se posicionem para sobreviver e prosperar diante do que vier.

*Julian Hayes II é colaborador da Forbes USA. Fundador da consultoria Executive Health, especializada em saúde de líderes, ele escreve sobre bem-estar, negócios e liderança.

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