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CLT Premium: os benefícios que conquistam a geração Z

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

Ser “CLT Premium” tem suas vantagens: massagem no escritório, vale-refeição maior que um salário mínimo e academia de graça, entre tantas outras. O termo ganhou destaque nas últimas semanas depois de tomar conta das redes sociais da geração Z. Para quem ficou por fora, jovens profissionais viralizaram no TikTok, Instagram e X (antigo Twitter) com vídeos e posts mostrando os benefícios (inusitados ou nem tanto) que suas empresas oferecem. O pacote envolve desde participação nos resultados até flexibilidade para fazer home office.

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Os registros fizeram sucesso entre o público mais jovem e foram parar no LinkedIn trazendo um questionamento: o que é mais importante para as novas gerações? “O modelo de trabalho foi um dos fatores que mais pesou para escolher meu emprego”, conta João*, de 22 anos, que trabalha no Nubank há 2 anos.

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Reprodução/TikTok
Reprodução/TikTok

Jovens mostram como empresas estão inovando para atrair talentos

Para o consultor de carreira de Harvard Gorick Ng, menos de 2% desse público tem a ambição de subir na pirâmide corporativa. “Talvez porque a ideia de ficar 20 anos em uma empresa possa parecer um compromisso muito grande, talvez porque o ambiente corporativo não seja mais tão legal”, diz o acadêmico e autor, que entrevistou centenas de jovens em todo o mundo, perguntando qual a prioridade deles em suas carreiras.

Para atrair, engajar e reter essa geração – e até mesmo profissionais mais velhos –, as empresas estão fazendo de tudo: dão festas, oferecem folgas e abrem o escritório para os pets.

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Um pacote de benefícios que atende as necessidades e vontades dos funcionários pode, de fato, maximizar a oferta de valor das empresas. “Eles são capazes de aumentar o engajamento do time enquanto também otimizam a gestão de custos e reforçam positivamente a marca empregadora para a atração e retenção de talentos”, afirma Fernanda Abilel, professora na FGV e sócia-fundadora da How2Pay, consultoria focada no desenho de estratégias de remuneração.

Por outro lado, especialistas de recursos humanos e profissionais do mercado abordam o elitismo presente nos vídeos e questionam se os profissionais mais jovens não estariam deslumbrados em “receber apenas o básico”. “Depois de tantas crises, layoffs e cortes de gastos, parece que oferecer o que era considerado o mínimo passou a ser visto como diferencial competitivo”, escreveu Rafael Camilo, diretor de Estratégia, Conteúdo e Inovação do X na América Latina em um post no LinkedIn.

Mais flexibilidade

Um feriado por mês

Entre os benefícios que viralizaram com a trend, está o da startup Swile. Devido à falta de feriados no Brasil até novembro, todos os funcionários da empresa poderão escolher uma folga por mês. A iniciativa viralizou nas redes sociais e gerou um aumento de 30% das candidaturas para vagas de emprego na companhia. “Temos uma preocupação constante em olhar para o employer branding [marca empregadora] como uma estratégia de marketing e reputação que impacta o mercado de diversas maneiras”, afirma Josiane Lima, diretora de pessoas na Swile Brasil.

Mais home que office

A flexibilidade já é mais importante que o plano de saúde, mostra um estudo da WeWork. Uma pesquisa do Washington Post e Ipsos aponta que 55% dos profissionais que trabalham em casa estariam dispostos a aceitar uma remuneração menor para continuar trabalhando home office.

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Enquanto as empresas retomam o modelo de trabalho presencial ou testam o regime híbrido, companhias que permitem maior flexibilidade podem ser mais atrativas.

Uma das corporações que fez sucesso na trend dos CLTs Premium foi o Nubank. O banco funciona com um modelo de trabalho híbrido que consiste em ciclos de dois meses. São sete semanas de trabalho remoto e uma no escritório. Isso ainda permite que profissionais como o João, que são de outras cidades e regiões, trabalhem na empresa sem precisarem viver nos grandes centros urbanos. “Poder ter a liberdade de trabalhar na minha cidade, perto da minha família, em feriados prolongados e férias da faculdade, é algo que, hoje, eu não sei se conseguiria abrir mão”, conta João, que mora no interior de São Paulo.

Divulgação
Divulgação

Escritório do Nubank em São Paulo atrai profissionais com áreas de lazer

Massagem no escritório

A maioria dos profissionais ainda precisa ir para o escritório alguns dias na semana, e empresas como a P&G decidiram tornar a rotina no escritório menos estressante oferecendo massagem para os funcionários.

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Pet friendly

Ainda assim, sair de casa pode ser difícil para os pais de pet. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de serviços financeiros Empower, 31% dos profissionais da geração Z aceitariam um corte salarial por um trabalho com horários flexíveis para passar mais tempo com seu animal de estimação. O problema, porém, já foi resolvido em algumas companhias no Brasil. Mars e Nestlé são algumas que aceitam os pets no escritório.

Short friday

Formatos como a short friday – expediente mais curto às sextas – também ganharam fama com o ritmo mais leve do último dia útil. Fernanda Ramos, diretora de RH da Ford na América do Sul, explica a escolha da companhia em aderir ao modelo. “Nosso compromisso é criar um ambiente corporativo que valorize e cuide verdadeiramente dos nossos colaboradores.”

Viagens de férias

A startup Férias & Co tem entre os clientes empresas como Basf, Locaweb e Stone, que oferecem viagens de férias como benefício corporativo. Com um portal onde as companhias podem incentivar seus colaboradores com créditos para viagens, a plataforma conquistou a posição número um em adesão de funcionários dentre os benefícios oferecidos, segundo Bruno Carone, CEO da companhia. “Existem alguns benefícios que nem todo mundo usa. Mas todo mundo quer viajar. Isso envolve não só o colaborador, mas também as pessoas mais importantes na vida dele.”

Mais saúde, menos turnover

De acordo com um estudo da Wellhub (ex-Gympass) realizado com 5 mil pessoas em nove países, o bem-estar é tão importante quanto o salário para 93% dos profissionais. “A força de trabalho atual exige que os empregadores ofereçam ferramentas para cuidar da sua saúde e qualidade de vida, pressionando as empresas a se adaptarem a essa nova realidade ou correrem o risco de perder talentos”, afirma Priscila Siqueira, líder do Wellhub no Brasil.

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Além da importância para os funcionários, os benefícios também impactam o rendimento dos profissionais e o desempenho das empresas. Quase 100% (99%) dos líderes de RH afirmam que os programas de bem-estar ajudam a aumentar a produtividade, segundo pesquisa global da Wellhub. “Nosso estudo ROI (Retorno sobre Investimentos) do Bem-Estar descobriu que quase dois terços dos líderes de RH que medem o ROI veem, pelo menos, R$ 2 de retorno para cada R$ 1 investido em programas de bem-estar.”

Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, plataforma focada em saúde mental e bem-estar para o universo corporativo, explica como o investimento na saúde dos colaboradores é importante para a retenção e a marca empregadora. “Ao investir na saúde mental dos funcionários, as empresas demonstram um compromisso genuíno com o cuidado com seus colaboradores, o que fortalece a lealdade, o engajamento e a retenção de talentos.”

Como ser um CLT Premium

A trend dos benefícios nas redes sociais não apenas levantou discussões sobre remuneração, mas também impulsionou a geração Z a reavaliar a procura de empregos.

Gerente de contas da multinacional sueca Sinch, Maria Clara Ferreira, de 23 anos, produz conteúdos no TikTok com foco em oportunidades de trabalho remoto. Tem 30 mil seguidores na rede e vídeos de até 1 milhão de visualizações.

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A jovem executiva reforça a importância do autoconhecimento, construção de marketing pessoal e presença ativa no LinkedIn, além da curiosidade, que também pode ajudar a conseguir uma posição com bons benefícios. “Nem sempre divulgam essas informações quando abrem a vaga, então é importante ter proatividade e ir atrás de pessoas que trabalham nessas empresas para entender se, de fato, é uma companhia que valoriza o profissional.”

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*O nome foi ocultado para proteger a identidade do entrevistado.

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Estée Lauder Nomeia Nova CMO no Brasil

Redação Informe 360

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A Estée Lauder, companhia global de beleza, anunciou Viviane Pepe como nova diretora sênior de comércio digital e marketing no Brasil.

Antes de assumir o novo cargo na Estée Lauder, a executiva atuava como CMO da Boca Rosa Company. “Com sentimento de missão cumprida e muito a agradecer, chego ao final deste capítulo mais que especial de carreira na Boca Rosa Company”, compartilhou em uma publicação no LinkedIn.

Com mais de 20 anos de carreira em marcas globais, Viviane já liderou a área de marketing na Natura e atuou como diretora de comunicação na Avon.

Formada em publicidade pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), possui MBAs em marketing e neurociência. A executiva também atua como conselheira, mentora e jurada em premiações do setor.

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Remuneração em 2025: O que Entrou na Pauta do RH

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Chegou dezembro (já?) e resolvi resgatar as apostas que fiz no meu artigo de janeiro quanto aos assuntos que poderiam ser destaque na pauta dos gestores de RH em 2025, considerando o que vinha sendo discutido até então nas minhas interações com organizações dos mais diferentes perfis e portes.

Dentre esses temas, citei o investimento em IA, pauta que realmente se mostrou presente em 100% das empresas que atendi este ano; ações de diversidade e inclusão, que vinham mobilizando muito as empresas em 2024, mas que perderam tração em 2025; flexibilização de benefícios, sendo esta uma alternativa financeiramente mais interessante para reforçar a oferta de valor aos funcionários; investimento em incentivos de longo prazo, especialmente as Stock Options, que já vinham sendo discutidas como ferramentas de característica mercantil junto ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça); além do reforço à governança corporativa e aos comitês de pessoas, que trariam maior segurança e assertividade às práticas de gestão.

Mas, na prática, o que aconteceu foi que vivemos um ano de grandes inseguranças e instabilidades nas empresas. Muitas organizações estão tendo dificuldades para fechar o ano entregando resultados suficientes para gatilhar os planos de bônus. A batalha para o controle do turnover não parece estar nem perto do fim, mesmo com as ações do RH para a modernização de seus programas e políticas. O investimento em ferramentas tecnológicas não se mostrou tão simples quanto parecia, uma vez que os processos e sistemas legados não tombam facilmente para novas plataformas, que também demandam alto investimento e concorrem com outras frentes de transformação digital do negócio.

Diferentemente do que prevíamos, e enquanto essa realidade nada animadora foi tomando conta do calendário, os temas que acabaram se tornando pauta das publicações por aqui nos últimos meses foram:

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EVP (Employee Value Proposition)

Só o salário não é capaz de assegurar a performance da equipe. São necessárias muitas outras iniciativas dentro da oferta de valor trabalhada pelas áreas de RH para que uma empresa seja capaz de atrair, motivar, engajar e reter talentos adequados e alinhados aos valores corporativos.

Performance corporativa vs Remuneração

O rigor na fundamentação técnica dos programas de incentivos é fundamental para que eles cumpram seu papel de passar mensagens e alinhar esforços coletivos. Mas o frenesi midiático a partir de interpretações equivocadas dos programas não tem ajudado em nada na percepção do mercado quando o assunto são os resultados das empresas de capital aberto.

Síndrome do cargo fictício

O sucesso de um profissional tem sido medido pela sua velocidade de progressão entre cargos. Mas para dar vazão às expectativas de encarreiramento do time, empresas passaram a conceder o título do cargo sem que necessariamente houvesse um reflexo nas reais atribuições do profissional, em seu nível de autonomia ou impacto no negócio. Neste movimento, o cargo passa a existir no papel, mas não na prática, e a remuneração tende a não acompanhar valores típicos de mercado.

Exposição da remuneração executiva

A XP publicou, e em seguida tirou do ar (não sem antes causar grande furor), um relatório no qual havia divulgado a remuneração de grandes executivos do mercado, a partir de dados extraídos dos Formulários de Referência da CVM. De fato, esse relatório deveria ser uma fonte confiável de dados para apoiar a tomada de decisão dos acionistas. Entretanto, mesmo para profissionais de remuneração, esses dados são bastante nebulosos. Não é raro encontrar inconsistências entre as informações utilizadas internamente para a gestão dos executivos e os números divulgados.

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Pejotização dos contratos de trabalho

A legislação prevê a possibilidade de contratação de profissionais para a prestação de serviços no modelo PJ, ainda que haja habitualidade e pessoalidade, e mesmo que para atuação em áreas fim do negócio. O que define a existência de vínculo empregatício é a subordinação. Mas existem cuidados a serem tomados para evitar riscos jurídicos na migração do modelo CLT para o modelo PJ, tais como a aplicação da linha de corte de hipersuficiência, a distinção de nomenclaturas dos cargos, além de práticas distintas de gestão de pessoas.

Riscos e vieses da gestão financeira

Quando uma empresa desenha sua estratégia de remuneração, cada escolha carrega mensagens poderosas. O mercado de comparação, o nível de competitividade, o equilíbrio entre salário fixo e variável, os mecanismos de premiação – tudo isso influencia comportamentos, expectativas e, principalmente, decisões. Os programas de remuneração variável são ferramentas valiosas para alinhar interesses, engajar talentos e impulsionar resultados. Mas precisamos ir além do discurso. É urgente investir em letramento financeiro para executivos, criar espaços de diálogo sobre riscos e preparar as pessoas para lidar com as incertezas do mercado.

Mais segurança jurídica para os planos de Stock Options

O STJ reconheceu oficialmente a natureza mercantil desses programas, tornando a premiação muito mais atrativa em razão da eficiência tributária. Antes disso, parte da Fazenda Nacional e da Receita Federal defendia que os lucros “embutidos” na diferença entre o preço de mercado e o preço de exercício configurariam remuneração disfarçada, tributável como renda do trabalho — e não como ganho de capital.

O futuro da remuneração está na tecnologia

A transformação digital e as novas expectativas das gerações Y e Z vêm demandando evoluções nos processos do RH, incluindo na gestão salarial. Não se pode mais pautar as decisões sobre a carreira das pessoas no caso a caso e na base da discricionariedade. Ferramentas que garantam credibilidade, agilidade e transparência são essenciais para sustentar esse novo paradigma de gestão da remuneração.

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Das questões que se mostravam urgentes no início do ano, poucas permaneceram em destaque sem serem atropeladas pelos desafios de negócio e pelos incêndios a serem apagados. E enquanto vemos proliferar eventos sem fim para discutir as “tendências” de gestão de RH e de remuneração, a realidade de cada empresa se impõe e exige de seus líderes cada vez mais soluções personalizadas e individualizadas. Nesse jogo, ganha quem tem visão de negócio, consistência técnica, flexibilidade e muita resiliência.

*Fernanda Abilel é professora na FGV e sócia-fundadora da How2Pay, consultoria focada no desenho de estratégias de remuneração.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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Mastercard Anuncia Nova VP Sênior de Pessoas para América Latina e Caribe

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Mastercard anunciou Luciana Cardoso como nova vice-presidente sênior de pessoas para a América Latina e o Caribe. Desde 2023, a executiva ocupava a vice-presidência da área para a companhia no Brasil.

Com mais de 20 anos de carreira, Luciana soma passagens por empresas como Biogen, Novartis e Kimberly-Clark. É formada pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e tem MBA executivo pelo Insper.

No novo cargo, ela será responsável por liderar a estratégia de pessoas da Mastercard na região, com foco no desenvolvimento de talentos, na inovação e na consolidação de uma cultura de alto desempenho e impacto sustentável.

A companhia também anunciou Daniela Belisário como nova vice-presidente de pessoas no Brasil. Com mais de 20 anos de experiência em RH, a executiva tem passagens por Banco BMG, SulAmérica, Nubank, Itaú Unibanco e Valid Soluções. Formada em administração de empresas, também tem MBA em gestão empresarial.

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Daniela Belisário, nova vice-presidente de pessoas no Brasil
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Daniela Belisário, nova vice-presidente de pessoas da Mastercard no Brasil

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