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Amizade de Bilhões: 7 grandes empresas fundadas por amigos

Redação Informe 360

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Empreender nunca é simples, mas ter um cofundador pode tornar o caminho mais leve — especialmente quando esse parceiro é também seu melhor amigo. Embora muita gente defenda a máxima “amigos, amigos, negócios à parte”, não faltam exemplos de empresários bem-sucedidos que provam que o risco de misturar amizade e negócios pode compensar.

Empresas como Microsoft e Google, além de figurarem entre as marcas mais valiosas do mundo, têm algo em comum: foram criadas por amigos. Airbnb, Ben & Jerry’s, Starbucks e tantas outras histórias de sucesso também são exemplos de sociedades que começaram com uma amizade.

No Dia do Amigo (20), conheça alguns desses grandes negócios criados entre amigos.

Ben & Jerry’s

Ben Cohen e Jerry Greenfield em 1985
Steve Liss/Getty Images

Ben Cohen e Jerry Greenfield em 1985

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A amizade de Ben Cohen e Jerry Greenfield começou ainda na escola, em Long Island, Nova York. Eles rapidamente se tornaram melhores amigos e passaram a adolescência juntos. Anos depois, Cohen enfrentava dificuldades para vender suas peças de cerâmica e Greenfield não havia conseguido entrar na faculdade de medicina. Foi então que decidiram abrir um negócio juntos.

Com um curso por correspondência de US$ 5 sobre fabricação de sorvetes e um investimento de US$ 12 mil — sendo US$ 4 mil emprestados —, abriram em 1978, aos 27 anos, a primeira loja do Ben & Jerry’s em um posto de gasolina reformado em Burlington, Vermont.
A marca, hoje avaliada em mais de US$ 10 bilhões, foi vendida para a Unilever em 2000 por US$ 326 milhões.

Microsoft

paul allen e bill gates
Arquivo/Microsoft

Paul Allen e Bill Gates, cofundadores da Microsoft, em 1981, após negociação com a IBM

Bill Gates e Paul Allen se conheceram na Lakeside School, em Seattle, onde começaram a explorar o terminal de computador da escola, nos anos 1960.

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Um tempo depois, Allen largou a faculdade para trabalhar como programador na Honeywell. Foi ele quem convenceu Gates a abandonar Harvard para, juntos, criarem programas para o Altair 8800, um dos primeiros computadores pessoais da história. Assim nascia a Microsoft, em 1975.

Em 1980, a dupla fechou um acordo para fornecer o sistema operacional para o primeiro computador pessoal da IBM. No final da década, a Microsoft já havia se tornado a maior empresa de software para PCs do mundo.

Allen deixou a empresa oito anos após a fundação, após ser diagnosticado com linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer. Sua saída também foi marcada por desentendimentos com Gates. Em sua autobiografia, Allen conta ter ouvido o sócio tentando reduzir sua participação acionária na empresa. Anos depois, no entanto, os dois se reaproximaram, mantendo uma amizade até a morte de Allen, em 2018, aos 65 anos. “O computador pessoal não existiria sem ele”, afirmou Bill Gates.

Google

 Sergey Brin e Larry Page em 2004
Ralph Orlowski/Getty Images

Sergey Brin e Larry Page em 2004

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A história do Google começou em 1995 na Universidade de Stanford. Larry Page estava considerando fazer pós-graduação e Sergey Brin, já aluno da universidade, foi designado para mostrar o campus a ele.

No ano seguinte, se tornaram amigos e desenvolveram um mecanismo de busca diretamente do dormitório da universidade. Chamaram essa ferramenta de Backrub, que, pouco tempo depois, foi rebatizada como Google.

Com um investimento de US$ 100 mil, em 1998, a equipe foi para a garagem da casa de Susan Wojcicki – que depois seria a 16ª funcionária da empresa e CEO do YouTube. O Google cresceu e se mudou para a atual sede, em Mountain View, Califórnia.

Hoje, a big tech desenvolve centenas de produtos usados por bilhões de pessoas ao redor do mundo — YouTube, Android, Gmail e o próprio Google Search. A Alphabet, controladora do Google, supera os US$ 2 trilhões em valor de mercado.

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Airbnb

fundadores do airbnb
Mike Windle/Getty Images

Joe Gebbia, Nathan Blecharczyk e Brian Chesky, cofundadores do Airbnb

Brian Chesky, então com 29 anos, se mudou para São Francisco e foi morar com seu antigo colega de faculdade, Joe Gebbia. Para ganhar algum dinheiro, a dupla criou um site onde as pessoas podiam reservar três colchões infláveis na sala do apartamento onde moravam.

Um amigo de Chesky, Nathan Blecharczyk, se juntou ao pequeno negócio, que eles chamaram de AirBed & Breakfast, lançado oficialmente em agosto de 2008. Em março de 2009, quando a plataforma já tinha 10 mil usuários, o nome foi reduzido para Airbnb. Em menos de uma década, a plataforma de hospedagem online se tornou o maior provedor de acomodações do mundo.

Hoje, está presente em mais de 220 países e já hospedou mais de 2 bilhões de hóspedes. A receita do Airbnb ultrapassou US$ 11 bilhões em 2024, à frente de grandes players do setor hoteleiro.

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Harley-Davidson

fundadores da harley-davidson
Arquivo/Harley-Davidson

William Harley e Arthur Davidson venderam sua primeira motocicleta em 1903. No mesmo ano, o irmão de Arthur, Walter, se juntou a eles e, em 1907, o outro irmão, William, também entrou para o negócio

Bill Harley e Arthur Davidson eram colegas de trabalho e amigos. Depois de um longo dia no escritório, em 1901, eles foram a um show de vaudeville, popular à época, e ficaram interessados por uma espécie de triciclo movido por um motor monocilíndrico usado na apresentação. Começaram a experimentar esses motores adaptados para bicicletas, envolveram irmãos e amigos no projeto e, em 1903, a Harley-Davidson foi fundada.

A primeira fábrica foi construída no quintal da casa de um deles. Em 1904, dobraram o tamanho. Rapidamente, a companhia se tornou não só um ícone americano, mas uma marca conhecida em todo o mundo. Em 1908, não apenas vendia motocicletas, mas fazia passeios com os clientes e ajudava a criar o espírito que se tornaria parte da identidade da Harley-Davidson.

Starbucks

O trio de fundadores da rede Starbucks
Arquivo/Starbucks

O trio de fundadores da rede Starbucks

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Amigos desde a faculdade, na Universidade de São Francisco, Gerald Baldwin, ex-professor de inglês, Gordon Bowker, escritor, e Zev Siegl, professor de história, eram três jovens na casa dos 20 anos apaixonados por arte, comida boa, vinho e café de qualidade.

Abriram a primeira loja do Starbucks em 30 de março de 1971, porque queriam que Seattle tivesse acesso a um bom café. Cada um deles investiu pouco mais de US$ 1.000, e pegaram emprestado mais US$ 5 mil de um banco. No início, Siegl servia os clientes e era o único funcionário remunerado, enquanto os outros dois continuavam com seus empregos. Mais tarde, em 1981, a rede foi comprada por Howard Schultz. Hoje, tem mais de 30 mil lojas em mais de 80 mercados.

HP

fundadores da HP
Arquivo/Hewlett Packard

Fundadores da Hewlett-Packard (HP)

Quando Bill Hewlett e Dave Packard se conheceram, nos anos 1930, enquanto cursavam engenharia em Stanford, a região hoje conhecida como Vale do Silício era apenas uma área agrícola dos Estados Unidos.

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Após a faculdade, incentivados por um professor, decidiram abrir uma empresa de tecnologia. Dave, já casado e trabalhando na General Electric em Nova York, tirou uma licença e voltou para a Califórnia. Alugaram uma casa em Palo Alto, cuja garagem se transformou em oficina.

Foi ali que começaram a desenvolver seus primeiros produtos. O ponto de virada veio com a criação de um oscilador de áudio, mais barato e eficiente do que qualquer outro disponível na época. O primeiro grande cliente foi a Disney.

O negócio cresceu, os primeiros funcionários foram contratados e logo saíram da garagem. O endereço original, na Addison Avenue, foi reconhecido em 1987 como marco histórico da Califórnia, conhecido como o “Berço do Vale do Silício”, e entrou no Registro Nacional de Lugares Históricos dos EUA em 2007.

Hoje, a HP é uma empresa global, com presença em diversos segmentos, sendo uma das maiores fabricantes de computadores pessoais do mundo e líder no mercado de impressoras.

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Negócios

Fadiga de Decisão: Como Grandes Líderes Evitam o Esgotamento Mental

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Um adulto toma, em média, entre 33 mil e 35 mil decisões por dia, segundo um estudo conduzido por pesquisadores de universidades americanas. Muitas dessas escolhas acontecem no modo automático, com base em informações já armazenadas sobre como agir. No entanto, chega um ponto em que esse processo deixa de ser eficiente: o cérebro, sobrecarregado e incapaz de lidar com tantas decisões individuais, entra em pane, interrompendo a tomada de decisão.

Após dias consecutivos de trabalho e centenas de milhares de decisões tomadas, o cérebro tende a fazer escolhas diferentes daquelas que faria se estivesse descansado. Esse fenômeno é chamado de “fadiga de decisão”: quando o cérebro está esgotado e privado de energia mental.

Para concentrá-la nas decisões mais relevantes, muitos líderes optam por usar praticamente a mesma roupa todos os dias. Mark Zuckerberg se inspirou em Steve Jobs, conhecido por sempre usar uma camiseta preta e jeans. Em diversas entrevistas, o fundador do Facebook explicou que prefere reservar sua capacidade mental para as decisões mais relevantes de sua empresa, em vez de gastá-la com escolhas triviais, como o que vestir.

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O que é a fadiga de decisão?

O que vou almoçar? Devo aceitar aquela proposta de emprego? Está na hora de trocar o ar-condicionado, ou devo continuar consertando? No fim das contas, 35 mil decisões por dia significam uma decisão a cada 2,46 segundos. Não é à toa que estamos exaustos.

A fadiga decisória compromete a clareza mental e explica por que muitos profissionais têm pouca energia restante para atividades fora do escritório após um longo dia de trabalho. Depois de horas de trabalho ininterrupto, o cérebro pode sofrer sobrecarga cognitiva. Quanto mais tempo você trabalha e mais decisões toma nesse período prolongado, mais difícil se torna para sua mente sobrecarregada tomar decisões acertadas.

Escolhas simples, como decidir o prato que vai pedir no restaurante, não exigem tanto esforço cognitivo quanto decisões mais impactantes, como manter ou demitir um funcionário. Quanto mais escolhas fazem parte do seu dia, mais difícil fica decidir até mesmo sobre coisas simples, como o que vestir, onde comer, quanto gastar ou como priorizar projetos no trabalho. O cansaço mental pode levar a atalhos perigosos, como não revisar um e-mail importante, evitar participar de decisões em equipe, ser ríspido com colegas, optar por fast food em vez de refeições saudáveis ou abandonar a prática de exercícios físicos.

Sinais da fadiga de decisão

A fadiga decisória geralmente aparece de forma sutil e fácil de ignorar. Veja como reconhecê-la antes que afete seu desempenho e sua saúde mental:

Como identificar em você

  • Você adia decisões simples ou delega tudo, sem distinguir o que é importante do que não é;
  • Sente-se mentalmente exausto antes do meio-dia, mesmo sem esforço físico;
  • Evita conversas difíceis ou responde apenas “sim” ou “não” para se livrar rapidamente da decisão.

Como identificar na sua equipe

  • Membros do time pedem opinião sobre decisões que normalmente tomariam sozinhos;
  • Projetos travam, não pela complexidade, mas porque ninguém quer tomar a decisão final;
  • Aumento de erros, esquecimento de detalhes e maior resistência a mudanças.

Estratégias para evitar a fadiga de decisão

Victoria Grinman, psicoterapeuta e fundadora da Growing Kind Minds LLC, empresa de soluções de gestão emocional para organizações, destaca a importância de criar e manter rotinas intencionais.

Decida apenas uma vez

Empresários como Steve Jobs, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos usavam roupas iguais todos os dias para preservar energia mental. “Líderes frequentemente desperdiçam energia refazendo as mesmas decisões”, afirma Grinman. “Crie microestruturas para tarefas recorrentes, como o que vestir, quando checar e-mails ou como começar reuniões. Decidir uma vez e manter o padrão conserva energia mental para o que realmente precisa de atenção.”

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Proteja os primeiros 90 minutos do dia

“Esse período concentra o maior potencial cognitivo”, explica. “Use-o para planejar e tomar decisões estratégicas. Evite tarefas reativas logo cedo para definir o tom do restante do dia.”

Delegue decisões

Quanto menos escolhas você precisar fazer, mais energia cognitiva conseguirá preservar ao longo do dia. Encontre alguém de confiança, reduza o controle e delegue parte das suas decisões a essa pessoa.

Tome as decisões mais difíceis primeiro

Se o dia promete decisões complexas, encare-as nas primeiras horas, quando estiver mais descansado. Classifique as decisões do dia da mais à menos importante e deixe as menos relevantes para o final.

Aproveite o fim de semana

Você não estará biologicamente preparado para manter o equilíbrio em seu processo de tomada de decisões sem descanso e estímulo adequados fora do seu ambiente de trabalho.

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*As informações foram retiradas de textos dos colaboradores da Forbes USA Bryan Robinson e Cheryl Robinson.

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Baixo Engajamento no Trabalho Custa R$ 77 Bilhões a Empresas no Brasil

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A falta de motivação no trabalho deixou de ser um problema individual e passou a ser um desafio real para as empresas e para a economia, no Brasil e no mundo. De acordo com o estudo Engaja S/A, conduzido pela plataforma de RH e benefícios Flash em parceria com a FGV EAESP (Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas), o desengajamento profissional custa cerca de R$ 77 bilhões por ano às companhias brasileiras, o equivalente a 0,66% do PIB.

Na sua terceira edição anual, o levantamento, divulgado nesta quinta-feira (23), aponta que o índice de engajamento no país caiu para 39%, o menor nível da pesquisa. Ou seja, mais de seis em cada dez profissionais estão desmotivados ou ativamente desengajados. A queda é puxada principalmente por profissionais em cargos de liderança, e a Geração Z é a menos engajada. “Esse estado se manifesta de forma sutil: menos colaboração, apatia, procrastinação e ausência de iniciativa”, explica Renato Souza, professor de recursos humanos da FGV EAESP e coautor do estudo. “O profissional está presente, mas não está inteiro.”

O cálculo do prejuízo gerado pelo desengajamento no trabalho foi feito com base em duas dimensões principais: intenção de demissão e presenteísmo — quando o profissional está fisicamente presente, mas improdutivo. “Desengajados podem perder até cinco horas de trabalho por dia, gerando um custo muitas vezes invisível para as empresas.”

Mais de 40% dos profissionais brasileiros admitem perder de uma a duas horas de produtividade por dia por falta de motivação. Segundo o estudo, melhorar o engajamento poderia gerar uma economia de R$ 6,2 bilhões em perdas de produtividade.

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Líderes cansados, equipes desmotivadas

Mesmo entre os cargos mais altos, o engajamento vem desmoronando. A pesquisa revela que, embora 65% dos executivos ainda se declarem engajados, esse grupo foi o que apresentou a maior queda no último ano — sete pontos percentuais. “Em geral, executivos são mais engajados do que colaboradores, mas observamos um declínio acentuado nesse último ano.”

Além disso, o estudo indica que 78% dos executivos e líderes intermediários sofrem com algum nível de ansiedade, o que acende um sinal de alerta para departamentos de recursos humanos e para a alta liderança. “Fadiga, insônia e ansiedade estão mais presentes entre líderes, o que pode gerar um efeito cascata de desengajamento sobre suas equipes.”

Segundo o professor, o quadro de saúde mental entre executivos não deve melhorar nos próximos anos. “As lideranças enfrentam cada vez mais pressões do mercado, da economia e de conselhos. As empresas precisam pensar em como engajar quem é responsável por engajar os outros.

Geração Z lidera em desengajamento

Entre os diferentes grupos etários, a Geração Z aparece como a menos engajada: apenas 37% dos jovens profissionais afirmam se sentir motivados em suas funções. Enquanto isso, os Baby Boomers são a geração mais engajada, atingindo 45% de envolvimento no trabalho. “Desde o pós-pandemia, houve uma ressignificação do trabalho, e isso teve um grande impacto na Geração Z”, explica Souza. “Mais do que benefícios financeiros isolados, os jovens valorizam autonomia, saúde mental e reconhecimento, que nem sempre encontram nas empresas.”

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Causas e soluções para a crise de engajamento

Entre as principais causas da queda no engajamento, o estudo aponta uma piora na percepção positiva do ambiente de trabalho. “Fatores como remuneração e benefícios continuam importantes, mas engajam menos do que o clima organizacional e a qualidade da gestão”, diz Souza. “Falta de autonomia, escassez de tempo para atividades além do emprego e ausência de conexões humanas explicam a maior parte da queda registrada.” Por outro lado, relações de confiança, oportunidades de desenvolvimento profissional e ambiente saudável estão entre os fatores mais determinantes para o engajamento.

Para reverter o cenário de baixo engajamento, algumas práticas podem impactar diretamente o envolvimento de profissionais no trabalho. Entre as mais eficazes, segundo o estudo, estão os benefícios de flexibilidade, como trabalho híbrido, horários livres, day off de aniversário, benefícios personalizados e redução de jornada às sextas-feiras. “São práticas relativamente simples, mas com grande potencial de engajar colaboradores.”

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CEO da JCDecaux Brasil Traz Lições do Esporte para a Liderança

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Ana Célia Biondi é uma mulher competitiva. Traz isso de sua época de esportista, quando participava de torneios de tênis. Hoje, leva os aprendizados das quadras para os negócios. “Somos a oitava filial do mundo e quero continuar crescendo”, diz a líder da multinacional francesa JCDecaux no Brasil, que está na lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025.

Presente em mais de 80 países e com audiência diária de 850 milhões de pessoas, a companhia é a líder global em mídia out-of-home (OOH). É responsável pelos relógios digitais no meio de avenidas movimentadas de São Paulo e outras capitais, pelos painéis de grandes marcas nos aeroportos de Guarulhos e Brasília e por envelopar metrôs da capital paulista com anúncios dos novos filmes e séries da Netflix.

Nessa cadeira há mais de 10 anos, e outros 10 como sócia da companhia no país, a executiva viveu diferentes momentos do setor no Brasil – do pré e pós-Cidade Limpa ao pré e pós-pandemia. “O OOH tinha 6% de market share antes da lei, caiu para 3% e hoje está em 12%. Ainda podemos chegar a 20%. O brasileiro é early adopter e ama uma tela”, analisa. Em 2024, a receita global da JCDecaux foi de 3,93 bilhões de euros, com crescimento de mais de 10% na divisão que inclui o Brasil.

“Somos a oitava filial do mundo e quero continuar crescendo.”
Ana Célia Biondi

O país vive o que ela define como a maior transformação desse mercado. “Quando fomos proibidos de ir para a rua, percebemos o valor. As marcas entenderam isso e voltaram muito criativas.” Entre os cases que gosta de contar está o da Rexona, que levou uma fanfarra e jatos de desodorante para animar foliões no metrô de São Paulo durante o Carnaval. “Em qual outro lugar no mundo isso seria possível?”

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Filha de publicitário, formou-se em economia. Ainda na faculdade, entrou no mercado financeiro e, aos 23 anos, foi passar uma temporada em um banco na Suíça. De volta ao Brasil no final da década de 1990, foi chamada para analisar a viabilidade econômica de uma empresa de mobiliário urbano. Liderou o projeto, tornou-se sócia e, em 2004, firmou parceria com a JCDecaux.

Aos 58 anos, está à frente de cerca de 550 funcionários e mais de mil anunciantes no país. “O mais difícil não é fazer leitura de P&L [relatório de perdas e lucros]. É ser uma pessoa presente sem ser microgestora e equilibrar o tempo para cuidar de tudo e estar com meu filho.” Nessa agenda concorrida, sempre há espaço para atividade física e para as lições do esporte: “Aprendi a ser humilde, a ser humilhada, a levar a virada e a virar o jogo. É uma escola de vida”.

Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.

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