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Ataque a teatro em Mariupol pode ter matado 300 pessoas

Redação Informe 360

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Autoridades locais, citando relatos de testemunhas, disseram que até 300 pessoas podem ter sido mortas no bombardeio a um teatro na cidade sitiada de Mariupol, no Sul da Ucrânia, em 16 de março.

O conselho municipal deixou claro que ainda não foi possível determinar o número exato de mortos no incidente, em que um poderoso ataque aéreo russo atingiu o Teatro Drama, onde centenas de pessoas estavam abrigadas.

O governo ucraniano havia dito anteriormente que era impossível dizer quantos foram mortos, porque Mariupol está sob caos, com bombardeios quase constantes.

A Rússia tem negado ter bombardeado o teatro. O Kremlin afirma que as forças russas não têm civis como alvo, depois de invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro.

“Ttestemunhas dizem que cerca de 300 pessoas morreram no teatro Drama, de Mariupol como resultado do bombardeio de um avião russo”, disse o conselho municipal em comunicado nesta sexta-feira.

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“Até o último momento, não se quer acreditar nesse horror. Mas as palavras daqueles que estavam dentro do prédio no momento do ato terrorista afirmam o contrário.”

Petro Andrushenko, assessor do prefeito de Mariupol, deu a mesma estimativa, sem fornecer mais detalhes.

A chefe da missão de monitoramento de direitos humanos da ONU na Ucrânia, Matilda Bogner, disse que sua equipe não conseguiu obter informações suficientes para verificar o número de mortos no teatro.

“Estamos recebendo cada vez menos informações de lá (Mariupol) e, nesse caso específico, ainda tentando verificar os detalhes”, afirmou ela a jornalistas de Genebra por videolink.

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Autoridades ucranianas têm dito cerca de 130 pessoas foram resgatadas dos escombros e que o porão do teatro tinha resistido ao ataque.

Fonte: AgenciaBrasil

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

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Mundo

Na Cúpula do Futuro, Lula fala em “falta de ousadia” da ONU

Redação Informe 360

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Em seu primeiro discurso nesta viagem a Nova York, para a Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Pacto para o Futuro, documento a ser assinado pelos líderes mundiais na cidade norte-americana, aponta uma direção a seguir, mas que falta “ambição e ousadia” para que a entidade consiga cumprir seu papel.

O presidente brasileiro discursou durante a Cúpula do Futuro, realizada neste domingo (22). Segundo ele, a crise da governança global requer transformações estruturais e citou os recentes conflitos armados existentes no mundo atualmente.

“A pandemia, os conflitos na Europa e no Oriente Médio, a corrida armamentista e a mudança do clima escancaram as limitações das instâncias multilaterais. A maioria dos órgãos carece de autoridade e meios de implementação para fazer cumprir as suas decisões. A Assembleia Geral perdeu sua vitalidade e o conselho econômico e social foi esvaziado”, disse Lula ao discursar na Cúpula do Futuro.

No ano passado, o Brasil não conseguiu aprovar uma Resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito envolvendo Israel e o grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Na ocasião, o voto dos Estados Unidos – um Membro Permanente – inviabilizou a aprovação, mesmo após longa negociação da diplomacia brasileira. Outras resoluções apresentadas também fracassaram, seja por votos contrários dos Estados Unidos, seja da Rússia, outro Membro Permanente. Segundo as regras do Conselho de Segurança, para que uma Resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto.

Pacto do Futuro

O evento prévio à Assembleia Geral da ONU reúne líderes mundiais para debater formas de enfrentar as crises de segurança emergentes, acelerar o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e abordar as ameaças e oportunidades das tecnologias digitais.

Lula apontou como pontos positivos do Pacto tratar “de forma inédita” temas importantes como a dívida de países em desenvolvimento e a tributação internacional; a criação de uma instância de diálogo entre chefes de estado e de governo e líderes de instituições financeiras internacionais. O que, segundo Lula, promete recolocar a ONU no centro do debate econômico mundial.

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O presidente citou ainda o avanço para uma governança digital inclusiva que “reduza as assimetrias de uma economia baseada em dados e mitigue o impacto de novas tecnologias como a inteligência artificial”. “Todos esses avanços serão louváveis e significativos, mas, ainda assim, nos falta ambição e ousadia”, disse.

Ele também criticou o Conselho de Segurança da ONU, afirmando que a legitimidade do órgão encolhe “cada vez que ele aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades”. Para Lula, as instituições de Bretom woods, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, desconsideram as prioridades e as necessidades do mundo em desenvolvimento.

“O Sul Global não está representado de forma condizente com seu atual peso político, econômico e demográfico”, afirmou.

O presidente disse que houve pouco avanço na agenda multilateral de reforma do sistema ONU nos últimos 20 anos e citou como medidas positivas a Comissão para Consolidação da Paz, criada em 2005 e o Conselho dos Direitos Humanos, criado em 2006.

Ele ainda alertou que os objetivos de desenvolvimento sustentável, mesmo tendo sido o maior “empreendimento diplomático dos últimos anos”, caminham para se tornarem o “nosso maior fracasso coletivo”.

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“No ritmo atual de implementação, apenas 17% das metas da agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo. Na presidência do G20, O Brasil lançará uma aliança global contra fome e a pobreza, para acelerar a superação desses flagelos”, discursou.

Lula disse ainda que, mantido o ritmo atual, os níveis de redução de emissão de gases de efeito estufa e de financiamento climático serão insuficientes para manter o planeta seguro. “Em parceria com o secretário-geral [da ONU, António Guterres], como preparação para a COP30, vamos trabalhar para um balanço ético global, reunindo diversos setores da sociedade civil para pensar a ação climática sob o prisma de justiça, da equidade e da solidariedade”, continuou.

Direitos humanos

Em seu discurso, Lula disse que o mundo tem como responsabilidade não retroceder na agenda de direitos humanos e de promoção da paz.

“Não podemos recuar na promoção da igualdade de gênero, nem na luta contra o racismo e todas as formas de discriminação. Tampouco podemos voltar a conviver com ameaças nucleares. É inaceitável regredir a um mundo dividido em fronteiras ideológicas ou zonas de influência. Naturalizar a fome de 733 milhões de pessoas seria vergonhoso. Voltar atrás em nossos compromissos é colocar em xeque tudo o que construímos tão arduamente”, afirmou.

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“Precisamos de coragem e vontade política para mudar, criando hoje o amanhã que queremos. O melhor legado que podemos deixar às gerações futuras é uma governança capaz de responder de forma efetiva aos desafios que persistem e aos que surgirão”, disse o presidente ao terminar o discurso.

Cúpula do Futuro e Assembleia Geral

A Cúpula para o Futuro é um evento paralelo à Assembleia Geral da ONU. O evento produziu um documento, aprovado neste domingo. Ele foi negociado entre os estados-membros para reforçar a cooperação global e estabelecer compromissos para uma melhor adaptação aos desafios atuais, para o futuro do multilateralismo renovado e eficaz, para benefício das gerações futuras.

Na terça-feira (24), o presidente fará o tradicional discurso de abertura na Assembleia Geral das Nações Unidas. Por tradição, desde a 10ª sessão da cúpula, o presidente do Brasil é sempre o primeiro país a discursar.

A Assembleia Geral das Nações Unidas é um dos principais órgãos da ONU e reúne os 193 estados que fazem parte da organização, com cada nação tendo o direito a um voto. Para o Brasil, a abertura do Debate Geral da assembleia permite apresentar as prioridades do país, tanto internamente quanto internacionalmente.

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Internet é cortada na Faixa de Gaza após ataques aéreos de Israel

Redação Informe 360

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A população da Faixa de Gaza está praticamente sem acesso à internet. O serviço foi cortado após a intensificação dos bombardeios do exército de Israel na região e uma iminente invasão terrestre. Já são quase três semanas de guerra entre os israelenses e o grupo terrorista Hamas. O conflito está sendo marcado por acusações de crimes de guerra contra a população palestina que mora em Gaza.

Leia mais

  • Israel x Hamas: contas recomendadas por Elon Musk espalham desinformação
  • Israel x Hamas: guerra traz riscos à luta contra o aquecimento global
  • Guerra Israel-Hamas e o desafio das redes sociais

Colapso total do sistema de internet

Nesta sexta-feira, o rastreador de conectividade NetBlocks relatou “um colapso na conectividade na Faixa de Gaza”, com um dos maiores e últimos provedores de telecomunicações palestinos remanescentes, Paltel, sendo atingido por intensos ataques aéreos. A Paltel disse que sofreu “uma interrupção completa de todos os serviços de comunicação e internet”.

Desde que Israel cortou grande parte do acesso de Gaza à eletricidade no início do mês, o local depende quase que exclusivamente de outras fontes de energia, como geradores, para garantir a conexão à internet. Mas, nos últimos dias, os ataques aéreos teriam destruído grande parte da infraestrutura de apoio.

Nesta quinta (26), o serviço de outro grande provedor de internet, a NetStream, “entrou em colapso”. A rede “notificou os assinantes de que o serviço terminaria devido a uma grave escassez de fornecimento de combustível”.

O Crescente Vermelho Palestino, uma organização humanitária que faz parte do Movimento Internacional da Cruz Vermelha, disse que estava “profundamente preocupado” com a possibilidade de não poder prestar serviços médicos de emergência. As informações são da The Verge.

Perdemos completamente o contato com a sala de operações na Faixa de Gaza e todas as nossas equipes que operam lá devido às autoridades israelenses cortarem todas as comunicações de telefone fixo, celular e internet.

Crescente Vermelho, em comunicado

Bombardeios em Gaza estão cada vez mais intensos (Imagem: Anas-Mohammed/Shutterstock)

Situação da guerra entre Israel e Hamas

  • Além dos problemas relacionados à área da saúde, a interrupção do fornecimento de internet impossibilita a transmissão de imagens dos ataques em Gaza para o restante do mundo.
  • São as fotos e vídeos dos intensos bombardeios que aumentaram a pressão sobre Israel, que vem sendo acusado de cometer crimes de guerra na região.
  • A mais recente guerra começou no dia 7 de outubro, quando integrantes do Hamas fizeram uma grande invasão ao sul israelense e mataram milhares de pessoas, muitos civis.
  • Em resposta, o exército de Israel cortou o fornecimento de água, energia e comida, e iniciou bombardeios em Gaza, matando também milhares de palestinos, a maioria crianças e mulheres, segundo dados de organizações internacionais.
  • Não há consenso sobre um cessar-fogo e nem mesmo sobre a criação de um corredor humanitário para a retirada de civis em meio aos confrontos.
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Brasileiro é encontrado morto em rave em Israel em ataque do Hamas

Redação Informe 360

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BOA VISTA, RR (FOLHAPRESS) – Um dos brasileiros que estavam na rave atacada pelo grupo terrorista Hamas em Israel neste fim de semana, Ranani Glazer, 23, está morto. A informação foi confirmada pela tia do jovem à Folha na noite desta segunda-feira (9).

Glazer estava com dois brasileiros -a namorada, Rafaela Treistman, e o amigo, Rafael Zimerman– em uma festa próxima à Faixa de Gaza na noite do sábado (7) quando ela foi invadida por militantes da facção terrorista palestina. Homens armados cercaram o local, lançaram granadas e dispararam contra eles.

Segundo relato de Zimerman, os três fugiram e se esconderam em um abrigo ao ouvir os primeiros disparos. Ao deixarem o lugar em que se esconderam, porém, ele e Rafaela já não sabiam o paradeiro de Glazer.

“Quando saí do abrigo, dei de cara com a polícia”, afirmou Zimerman. “Estava com a Rafaela. Mas o Ranani infelizmente não saiu com a gente. Chorei demais. Agradeci. O que falei com Deus não está escrito. Quando vi a Rafaela, só pensava em cuidar dela. Sair sem o Ranani foi uma dor enorme para ela.”

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Mais de 260 morreram na rave. Não está claro se o brasileiro já está contabilizado nessa cifra, nem se ela faz parte do número total de vítimas do conflito iniciado no sábado.

Participantes da festa dizem que um alerta de foguetes tocou logo ao amanhecer e foram seguidos de barulhos de tiros. “Desligaram a eletricidade e, de repente, do nada, eles [militantes] entraram atirando, disparando em todas as direções”, disse uma testemunha a uma emissora de Israel. “Cinquenta terroristas chegaram em vans, vestidos com uniformes militares.”

Os participantes do evento tentaram fugir do local correndo ou em carros, mas encontraram com jipes de terroristas armados.

O local do festival, que contava com três palcos, área de acampamento e refeições, fica no deserto de Negev, perto do Kibutz Re-im, a poucos quilômetros da Faixa de Gaza, de onde combatentes do Hamas cruzaram no amanhecer de sábado.

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