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Saúde

Por que falamos sozinhos? A ciência pode nos ajudar a entender

Redação Informe 360

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Muitas pessoas já se flagraram falando sozinhas e questionaram o motivo desse comportamento. Embora seja comum associar esse hábito a transtornos mentais, essa não é necessariamente a realidade. As razões pelas quais falamos sozinhos e os efeitos que isso tem sobre nós podem ser surpreendentes.

Falar sozinho é um comportamento comum e pode ser explicado por várias razões, tanto psicológicas quanto neurológicas. A ciência oferece algumas perspectivas interessantes sobre esse hábito. Veja a seguir se você tem feito bom uso dessas conversas a sós ou se precisa se preocupar.

Além de ser uma prática comum e, na maioria das vezes, é benéfica. É uma ferramenta que nosso cérebro utiliza para organizar pensamentos, melhorar a concentração, regular emoções e fortalecer a memória. Portanto, da próxima vez que você se flagrar falando sozinho, não se preocupe. É apenas o seu cérebro trabalhando para te ajudar.

Por que falamos sozinhos?

Falar sozinho pode ajudar a organizar ideias e planejar ações. Quando verbalizamos nossos pensamentos, estamos externalizando informações, o que pode facilitar a resolução de problemas ou a tomada de decisões.

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Imagem de mulher pensativa se olhando no espelho
Conversar em frente ao espelho é uma prática que pode ter diversos benefícios psicológicos e emocionais (Imagem: Diego Rosa / Unsplash)

Também pode ser uma forma de lidar com emoções, como ansiedade ou estresse. Expressar em voz alta medos ou preocupações pode ajudar a processar sentimentos e reduzir a tensão.  Verbalizar tarefas ou informações pode melhorar a retenção de memória e a concentração. Por exemplo, repetir uma lista de compras em voz alta pode ajudar a lembrar dos itens.

As crianças frequentemente falam sozinhas enquanto brincam, o que é parte do processo de desenvolvimento da linguagem e do pensamento. Esse comportamento, chamado de “discurso privado”, é considerado fundamental para o aprendizado.

Para algumas pessoas, falar sozinho pode ser um hábito inconsciente ou uma forma de preencher o silêncio, especialmente quando estão sozinhas.

Leia mais:

Animais também podem apresentar comportamentos semelhantes?

Embora os animais não falem sozinhos como os humanos, alguns comportamentos podem ser comparados:

  • Vocalizações solitárias: alguns animais emitem sons quando estão sozinhos, como pássaros que cantam sem a presença de outros indivíduos. Isso pode estar relacionado à prática de habilidades, marcação de território ou expressão de emoções.
  • Comportamentos repetitivos: animais em cativeiro, como primatas ou pássaros, podem repetir sons ou gestos, o que pode ser uma forma de lidar com o tédio ou o estresse.
  • Golfinhos usam assobios para se comunicar e cada golfinho tem um assobio único, como um nome. Eles podem usar esses assobios quando estão sozinhos.
  • Às vezes os cães podem latir, rosnar ou gemer enquanto estão sozinhos, o que pode indicar diferentes estados emocionais.
Golfinho feliz
Golfinhos costumam andar em grupos, quando está sozinho pode vocalizar para espantar o tédio (Imagem: Christel Sagniez / Pixabay)
Falar sozinho faz bem?

Sim, falar sozinho pode fazer bem! Ajuda a organizar pensamentos, melhorar a concentração, processar emoções e resolver problemas. É um comportamento natural e saudável, desde que não interfira negativamente na sua vida ou cause desconforto.Imagem de uma cabeça desenhada com giz em uma lousa, indicando fala

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Sinais de que falar sozinho é saudável

  • Se você fala sozinho para planejar tarefas, resolver problemas ou se concentrar, isso pode ser uma ferramenta útil para melhorar a eficiência.
  • Se ajuda a processar emoções, como acalmar-se em momentos de estresse ou refletir sobre situações difíceis, isso pode ser uma forma positiva de autorregulação emocional.
  • Se o hábito não atrapalha suas interações com outras pessoas ou suas responsabilidades, é provavelmente inofensivo.
  • Se você percebe que está falando sozinho e consegue parar quando necessário, isso indica que o comportamento está sob seu controle.
  • Se você não se sente angustiado ou envergonhado por falar sozinho, é um sinal de que o hábito não está afetando negativamente seu bem-estar.

Quando deve se preocupar

Falar sozinho pode ser um comportamento preocupante se apresentar certas características. Falar sozinho por longos períodos, de forma desorganizada ou desconexa, ou responder a vozes que não estão presentes pode indicar sérios problemas psicológicos, como ansiedade, estresse excessivo, esquizofrenia ou transtornos psicóticos. 

Sentir-se incapaz de parar de falar sozinho ou preferir falar sozinho a interagir com outras pessoas também podem ser sinais de problemas psicológicos subjacentes, como ansiedade, depressão ou dificuldades sociais.

Se você está preocupado com o seu hábito de falar sozinho, é importante consultar um profissional de saúde mental que pode te ajudar a identificar a causa raiz do seu comportamento e desenvolver um plano de tratamento adequado.

Dicas para gerenciar o hábito

Se você precisa de ferramentas para te ajudar a gerenciar o hábito de falar sozinho, temos algumas dicas:

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  1. Observe quando e por que você fala sozinho. Isso pode ajudar a identificar padrões e gatilhos.
  2. Tente pensar em vez de falar em voz alta, especialmente em situações sociais ou públicas.
  3. Se você fala sozinho por se sentir solitário, buscar conexões com outras pessoas pode ser benéfico.
  4. Se o hábito estiver relacionado ao estresse, técnicas como meditação, respiração profunda ou ioga podem ajudar.

Lembre-se, caso você perceba que falar sozinho está te causando problemas, procure ajuda de um psicólogo ou um psiquiatra. Assim, você poderá ter um acompanhamento personalizado.

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Saúde

8 microrganismos que moram no seu corpo e você não faz ideia

Redação Informe 360

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O corpo humano é o lar de uma verdadeira multidão invisível. Milhares de espécies de microrganismos vivem sobre a pele, nas mucosas, na boca e até no intestino. Essa comunidade, chamada de microbiota humana (ou microbioma humano), é formada por bactérias, fungos, vírus e até pequenos ácaros.

Embora muitas pessoas associem microrganismos a doenças, a maior parte deles é essencial para a saúde e participa de funções vitais do nosso corpo.

A seguir, listamos 8 microrganismos que vivem dentro do corpo humano e que você talvez não conheça.

Demodex

Demodex
Demodex / Crédito: Wikimedia (domínio público)

Pequenos ácaros chamados Demodex vivem nos folículos dos pelos e nas glândulas sebáceas de mamíferos. Eles se alimentam de células mortas da pele e do óleo natural.

Em humanos, existem duas espécies. Uma delas é o Demodex folliculorum, que fica principalmente nos pelos do rosto, como cílios e sobrancelhas. Há também o Demodex brevis, que prefere glândulas sebáceas mais profundas.

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Em resumo, eles ficam onde há pelos e glândulas de óleo, preferindo o rosto, mas podem aparecer em outras partes do corpo. Na maioria das pessoas, eles não causam problemas, mas em excesso podem provocar coceira, vermelhidão, irritação ou contribuir para doenças como rosácea e blefarite.

Staphylococcus epidermidis

Staphylococcus epidermidis
Staphylococcus epidermidis / Crédito: Wikimedia (domínio público)

Essa bactéria é uma moradora comum da pele humana e de algumas mucosas, como boca, nariz e trato geniturinário. O Staphylococcus epidermidis atua como uma barreira natural contra microrganismos invasores e ajuda a manter o equilíbrio do sistema imunológico local. 

Ele é mais abundante em áreas expostas, como mãos, rosto e braços. Na maior parte do tempo, essa bactéria é benéfica, mas pode se tornar perigosa se penetrar em feridas abertas ou alcançar regiões internas do corpo.

Streptococcus salivarius

Streptococcus salivarius
Streptococcus salivarius / Crédito: Wikimedia (domínio público)

Poucas horas depois do nascimento, nós, bebês humanos, entramos em contato com microrganismos da mãe e do ambiente. É nesse momento que o Streptococcus salivarius começa a se estabelecer em nossa boca, tornando-se uma das primeiras bactérias benéficas do nosso corpo.

Essa bactéria vive principalmente na boca e no trato respiratório superior, especialmente na língua, nas bochechas e na garganta. Ela ajuda a controlar outras bactérias, mantendo a boca saudável e evitando mau hálito e cáries.

Helicobacter pylori

Helicobacter pylori
Helicobacter pylori / Crédito: Wikimedia (domínio público)

Essa bactéria é uma das poucas capazes de sobreviver no ambiente extremamente ácido do estômago. Ela se instala na mucosa gástrica e pode permanecer ali por toda a vida. 

Em muitas pessoas, a infecção é assintomática, mas algumas cepas (variedades genéticas da bactéria) podem causar gastrite, úlceras e até aumentar o risco de câncer gástrico. 

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Lactobacillus

intestino lactobacillus (Imagem: Vitória Lopes Gomez via DALL-E)

Você provavelmente conhece essa bactéria por causa do Yakult, mas o que muita gente não imagina é que o Lactobacillus também vive dentro do seu próprio corpo. Essas bactérias habitam o intestino e as regiões genitais, ajudando a manter essas áreas equilibradas e protegidas. 

Elas produzem ácido lático, que dificulta o crescimento de microrganismos prejudiciais, participam da digestão, auxiliam na absorção de nutrientes e contribuem para a produção de vitaminas do complexo B. 

Bebidas probióticas como o Yakult são feitas a partir de cepas cultivadas em laboratório dessas bactérias, com a ideia de ajudar na manutenção do equilíbrio da microbiota intestinal.

Bacteroides fragilis

Bacteroides fragilis
Bacteroides fragilis / Crédito: Wikimedia (domínio público)

A bactéria Bacteroides fragilis vive no intestino grosso humano. Ela ajuda o corpo a aproveitar melhor os nutrientes dos alimentos e mantém o equilíbrio do sistema imunológico, protegendo contra microrganismos prejudiciais. Na maior parte do tempo, convive de forma saudável com o organismo.

No entanto, em situações especiais, a bactéria pode sair do intestino e causar infecções. Isso acontece quando há uma barreira natural rompida, como durante cirurgias abdominais, ferimentos, traumas ou doenças que enfraquecem o intestino.

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Escherichia coli

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Imagem: Ilustração 3D da bactéria Escherichia coli, E.coli, em forma de haste, parte da flora normal intestinal e agente causador de diarreia e inflamações de localização diferente. Créditos: Kateryna Kon/Shutterstock

Dentro do intestino humano, existe uma bactéria muito comum chamada Escherichia coli. Ela auxilia na produção de vitamina K, importante para a coagulação do sangue, e protege o intestino, dificultando que microrganismos prejudiciais se instalem.

A maioria das Escherichia coli é inofensiva, mas algumas variantes podem ser patogênicas.

Candida albicans 

Fungos Candida multirresistente em ilustração 3D; Candida albicans; C. auris
Candida albicans  / Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock

O fungo Candida albicans faz parte da microbiota natural da boca, do intestino e do trato genital. Em pequenas quantidades, vive em harmonia com o corpo humano. 

O problema surge quando há queda de imunidade ou alterações na microbiota, como após o uso prolongado de antibióticos, permitindo que ele se multiplique e cause infecções, chamadas de candidíase. 

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Saúde

O que é Zolpidem? Conheça para que serve e quais são os riscos do remédio para dormir

Redação Informe 360

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É possível que, nos últimos anos, você já tenha escutado o nome Zolpidem, provavelmente nas redes sociais, com jovens afirmando ter tomado o medicamento e passado por alguns efeitos colaterais intrigantes.

Na sequência deste conteúdo, o Olhar Digital traz diversas informações importantes relacionadas ao fármaco. Continue a leitura e confira todos os detalhes sobre o Zolpidem.

Leia mais:

O que é Zolpidem e para que serve?

Zolpidem
Frasco com diversos comprimidos de Zolpidem – Imagem: luchschenF/Shutterstock

O Zolpidem é um hipnótico não-benzodiazepínico do grupo das imidazopiridinas. Ele tem como objetivo auxiliar quem tem dificuldades para dormir ou manter o sono durante o período necessário. 

O medicamento foi desenvolvido para agir no SNC (Sistema Nervoso Central) e conta com propriedades relaxantes, sedativas e ansiolíticas. 

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O fármaco serve para o tratamento da insônia, quando a pessoa apresenta dificuldade transitória (de 2 a 3 semanas) ou ocasional (de 2 a 5 dias) para dormir. Um ponto muito importante é que ele só deve ser utilizado durante um curto período, com o prazo máximo de quatro semanas. 

Quem pode tomar o medicamento?

Pessoa tomando remédio com um copo de água na mão
Pessoa tomando remédio com um copo de água na mão – Imagem: EyeEm Mobile GmbH / iStock

Ele é indicado para pacientes que estejam lidando com uma situação estressante, como a perda de um emprego ou de um ente querido, e assim sofram com dificuldades para dormir.

Após o período de quatro semanas, se a pessoa ainda não conseguir pegar no sono, os médicos buscam outras soluções, como outros remédios, terapias psicológicas e mudanças de hábitos.

Também é importante salientar que pode ser usado, com cautela e orientação médica, por quem tiver síndrome da apneia do sono (um transtorno que causa a interrupção da respiração durante o sono) e miastenia gravis, uma condição que prejudica os nervos e os músculos, gerando cansaço.

Como funciona o medicamento? 

Zolpidem
Caixa de Zolpidem – Editorial credit: Photo Nature Travel / Shutterstock.com

Depois de ingerido, o Zolpidem é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal, distribuído pelos tecidos e conduzido até seu alvo de ação. Ali, começa a induzir o sono. Em seguida, passa por um processo de metabolização (quando é transformado em substâncias que o corpo consegue eliminar) e, por fim, é excretado principalmente pelos rins.

No campo da farmacodinâmica, o Zolpidem pertence à classe dos não-benzodiazepínicos, substâncias capazes de se ligar aos receptores GABAA, localizados nos neurônios do sistema nervoso central. Essa ligação reduz a atividade dos impulsos nervosos, o que facilita o início do sono.

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O efeito surge rapidamente: cerca de 30 minutos após a ingestão, o medicamento já começa a agir, diminuindo o tempo necessário para adormecer.

É seguro tomar o Zolpidem?

O medicamento é conhecido desde 1988 na Europa, mas chegou às Américas apenas na década de 1990. Ele sempre foi considerado seguro e pode beneficiar os pacientes que estejam passando por um momento de estresse e durante um pequeno intervalo de tempo.

O medicamento é contraindicado para:

  • Pessoas que possuem hipersensibilidade (alergia ou intolerância) ao Zolpidem ou a qualquer outro componente da fórmula; 
  • Quem tiver o quadro de insuficiência respiratória severa e/ou aguda; 
  • Pacientes com insuficiência hepática severa (redução da função do fígado);
  • Indivíduos acometidos com o comportamento de complexo de sono após tomar este medicamento;
  • Público na faixa etária pediátrica;
  • Mulheres grávidas sem orientação médica.

Possíveis efeitos colaterais

O uso indiscriminado de Zolpidem por um longo período é preocupante, pois pode causar dependência e tolerância. Após algum tempo, a dose inicial já não costuma fazer o efeito necessário. Também existem casos de pessoas que passam a acreditar que só vão dormir se tomarem o medicamento. 

Os riscos não param por aí, pois aproximadamente 5% dos indivíduos que usam o fármaco podem ter um quadro de sonambulismo e amnésia. A incidência desse efeito é ainda maior se a pessoa não seguir a recomendação médica de tomar o comprimido e deitar logo após. 

Isso pode ser grave, já que o paciente corre o risco de realizar alguma ação sem estar em sua plena consciência. Um caso famoso que serve como exemplo é o de Pedro Pereira, que tomou o medicamento, fez duas compras de pacotes de viagem e no outro dia não se lembrava disso. 

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Ademais, o uso excessivo do Zolpidem pode trazer problemas para a memória, atenção e raciocínio do indivíduo. Então, sempre consulte um médico e utilize o remédio conforme a prescrição do especialista, por pouco tempo.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Saúde

É possível estar desidratado e não sentir sede?

Redação Informe 360

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A sede é o principal sinal de que o corpo precisa de água, mas nem sempre ela aparece quando o organismo está desidratado. Em algumas situações, especialmente durante episódios depressivos ou em condições que afetam o controle da hidratação, é possível que a desidratação ocorra sem que a pessoa perceba.

Neste artigo, vamos entender esse fenômeno e explicar como a falta de hidratação pode afetar tanto a saúde física quanto a mental.

A importância da sede no equilíbrio do corpo

Mulher bebendo água
Imagem: Yaroslav Olieinikov / iStock

A sede é uma sensação interna provocada por estímulos fisiológicos que indicam a necessidade de repor água e sais minerais. Esse mecanismo é regulado por áreas específicas do cérebro, principalmente o hipotálamo, que detectam mudanças na concentração de sais no sangue e na quantidade de líquidos corporais.

Quando há uma perda de cerca de 0,5% do peso corporal em água, o corpo aciona o “limiar da sede”, levando à vontade de beber líquidos. Essa necessidade pode ser:

  • Sede verdadeira: persiste até que o corpo seja reidratado.
  • Sede falsa: desaparece apenas com o ato de umedecer a boca, sem que haja real necessidade fisiológica.

Entretanto, em alguns casos, o organismo não emite sinais claros, e a pessoa pode não sentir sede mesmo diante de um quadro de desidratação leve ou moderada.

Como o cérebro controla a sede

Mulher segurando um copo com água
Imagem: Fizkes/Shutterstock

Diversas regiões cerebrais trabalham juntas para regular o impulso de beber água. O hipotálamo, o órgão subfornical e o núcleo pré-óptico mediano são os principais responsáveis por monitorar o equilíbrio hídrico.

Quando há redução do volume sanguíneo ou aumento da concentração de sais, essas áreas enviam sinais para liberar vasopressina, um hormônio que ajuda a conservar água nos rins.

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Esse sistema é altamente eficiente, mas pode ser alterado por distúrbios neurológicos, metabólicos ou psicológicos, como ocorre em pessoas com depressão ou apatia.

Desidratação e depressão: uma relação silenciosa

tipos de depressão
Transtorno Depressivo Persistente duram pelo menos 2 anos em adultos (Reprodução: Freepik/Freepik)

Sim, é possível estar desidratado e não sentir sede. Pessoas que atravessam episódios depressivos frequentemente apresentam baixa motivação para atividades básicas, como comer e beber água.

Com o tempo, isso pode levar à desidratação e subnutrição, mesmo sem a percepção de sede. O corpo deixa de enviar sinais claros, e a falta de ingestão hídrica agrava o quadro emocional.

Estudos mostram que a desidratação interfere diretamente na produção de neurotransmissores como a serotonina, essencial para o controle do humor. Assim, o problema pode se tornar um ciclo: a depressão causa desidratação, e a desidratação intensifica sintomas depressivos como fadiga, irritabilidade e lentidão cognitiva.

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A conexão entre hidratação e saúde mental

Homem servindo água em um copo na cozinha, close-up
Homem servindo água em um copo na cozinha, close-up / Crédito: New Africa (Shutterstock)

A água é vital para o funcionamento do corpo e do cérebro. Além de regular a temperatura e transportar nutrientes, ela influencia diretamente a função cognitiva e emocional. A hidratação também está relacionada a condições como ansiedade, déficit de atenção, memória e depressão.

Um estudo com mais de 3.000 adultos iranianos observou que pessoas que bebiam menos de dois copos de água por dia tinham risco significativamente maior de desenvolver sintomas depressivos do que aquelas que consumiam cinco copos ou mais.

Até mesmo pequenos níveis de desidratação podem causar queda de energia, dificuldade de foco e alterações de humor, sintomas frequentemente confundidos com cansaço ou estresse.

Benefícios da hidratação adequada para o cérebro

Mulher jovem saudável segurando um copo de água
Mulher jovem saudável segurando um copo de água / Crédito: Alina Kruk (Shutterstock)

A hidratação correta promove equilíbrio eletrolítico, melhora a circulação cerebral e auxilia na transmissão de impulsos nervosos. Quando o corpo está bem hidratado, há melhor oxigenação do cérebro, o que se reflete em:

  • Maior clareza mental e atenção.
  • Melhora no humor e redução da ansiedade.
  • Aumento da memória de curto prazo e do tempo de reação.
  • Redução da sensação de fadiga e apatia.

Em contrapartida, a falta de água pode levar a confusão mental, cefaleias (dores de cabeça) e até sintomas físicos como tontura e palpitações.

Dicas para manter-se hidratado

Mulher abrindo a tampa de uma garrafa de água para beber — conceito de saúde e bem-estar
Mulher abrindo a tampa de uma garrafa de água para beber — conceito de saúde e bem-estar / Crédito: Oporty786 (Shutterstock)

Mesmo que a sede não seja perceptível, é importante criar hábitos que garantam uma ingestão constante de líquidos. Segundo nutricionistas, o ideal é beber pequenas quantidades de água ao longo do dia, sem esperar sentir sede.

Algumas estratégias simples de hidratação incluem:

  • Combine as refeições com água em vez de refrigerantes ou sucos industrializados.
  • Tenha sempre uma garrafa de água por perto e reabasteça com frequência.
  • Consuma frutas e vegetais ricos em água, como melancia, pepino, laranja, abobrinha e alface.

Vale lembrar que metade da água ingerida diariamente pode vir dos alimentos, especialmente dos in natura ou minimamente processados. Pratos tradicionais como feijão com arroz têm cerca de dois terços de seu peso em água, contribuindo para a hidratação.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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