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Negócios

10 Bilionários que Superaram Barreiras e Construíram Fortunas

Redação Informe 360

Publicado

no

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

Nesta temporada de festas, os bilionários americanos têm muito pelo que agradecer. Com o mercado de ações em alta, o número de bilionários é recorde, e eles estão mais ricos e poderosos do que nunca.

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Parece que a sorte está sempre ao lado deles, mas muitos não começaram dessa forma. Enquanto alguns desses grandes empresários nasceram ricos ou tiveram grandes vantagens graças às conexões familiares, muitos vieram do nada. Da pobreza à riqueza, suas histórias mostram até onde alguém pode chegar em apenas uma geração.

Esse é o caso de Frank VanderSloot, fundador da empresa de bem-estar Melaleuca, que passou a infância trabalhando em uma fazenda em Idaho, no noroeste dos EUA, e só conseguiu pagar a faculdade vivendo em uma lavanderia. “Minha família não tinha muito dinheiro, então fiquei muito empolgado quando tinha uns oito anos e meu pai trouxe para casa uma caixa de papelão com furos. Era um pombo”, VanderSloot contou à Forbes, relembrando seu presente de Natal favorito na infância. Hoje, o empresário tem uma fortuna estimada em US$ 3,2 bilhões (R$ 19,8 bilhões), o suficiente para comprar um pombo para cada criança dos Estados Unidos.

Oprah Winfrey compartilha uma lista de ideias de presentes em sua famosa seleção anual de “Coisas Favoritas”. Mas, quando criança, vivendo com sua mãe solo dependente de assistência social, presentes não faziam parte da sua realidade. Winfrey descobriu que o Papai Noel não existia aos 12 anos, quando sua mãe disse que não podiam comemorar o Natal naquele ano, ela contou em seu programa de TV. A apresentadora se lembra de temer o momento de contar aos colegas que não ganhou nenhum presente. Mas, quando algumas freiras apareceram inesperadamente em sua casa com alimentos e uma boneca, foi o melhor Natal da sua vida. Winfrey, hoje com uma fortuna estimada em US$ 3 bilhões (R$ 18,6 bilhões), tenta retribuir doando brinquedos para dezenas de milhares de crianças em situação de vulnerabilidade.

VanderSloot e Winfrey estão longe de ser os únicos bilionários cujos Natais e outras festas de infância foram humildes. Em homenagem ao espírito inspirador das festas de fim de ano, a Forbes relembra 10 histórias de bilionários que não tiveram grandes privilégios, mas construíram grandes fortunas com seus negócios e carreiras de sucesso.

1. Harold Hamm

Patrimônio Líquido: US$ 18,5 bilhões (R$ 114,6 bilhões)

Harold Hamm bilionário

Hamm foi um dos 13 filhos de um casal de trabalhadores rurais em Oklahoma. Quando criança, ajudava a família colhendo algodão descalço e começou a trabalhar em um posto de gasolina aos 16 anos. Isso despertou seu interesse por petróleo e gás, levando-o a abrir uma empresa de transporte de água para campos petrolíferos. Em 1967, fundou a Continental Resources, que hoje produz 400 mil barris de petróleo e gás por dia. Em 2022, ele privatizou a empresa em uma transação de US$ 27 bilhões (R$ 167 bilhões).

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2. Jan Koum

Patrimônio Líquido: US$ 16,4 bilhões (R$ 101,6 bilhões)

jan koum bilionários

Koum cresceu em uma casa sem água quente em uma vila rural perto de Kiev, na Ucrânia. Aos 16 anos, imigrou para a Califórnia com a mãe, que os sustentava trabalhando como babá e, depois, com uma pensão por invalidez após ser diagnosticada com câncer. Koum também ganhava dinheiro limpando supermercados. Ele fundou a empresa de mensagens instantâneas WhatsApp, vendida ao Facebook por US$ 19 bilhões (R$ 117,6 bilhões) em 2014. O contrato foi assinado nas escadarias do escritório de assistência social onde ele antes pegava cupons de auxílio para alimentação.

3. David Steward

Patrimônio Líquido: US$ 11,4 bilhões (R$ 70,6 bilhões)

david steward bilionários

Crescendo nos anos 1950 no centro-oeste dos EUA, em um Missouri segregado, seu pai sustentava ele e seus seis irmãos trabalhando como coletor de lixo, mecânico e zelador. Os primeiros anos da empresa de soluções tecnológicas World Wide Technology, fundada por Steward em 1990, também foram difíceis. Ele abriu mão de receber salários e até assistiu, do estacionamento do escritório, enquanto seu carro era apreendido. Hoje, a WWT gera US$ 20 bilhões (R$ 123,8 bilhões) em receita anual, e Steward é a pessoa negra mais rica dos Estados Unidos.

4. Igor Olenicoff

Patrimônio Líquido: US$ 8,3 bilhões (R$ 51,3 bilhões)

Filho de pais com conexões czaristas que fugiram da Rússia após a Revolução Bolchevique, Olenicoff cresceu no Irã. Sua família mudou-se para os Estados Unidos em 1957 com apenas quatro malas, que foram roubadas na primeira noite no novo país. Sua mãe e seu pai trabalharam como empregada doméstica e zelador, respectivamente, enquanto ele conseguiu um emprego em uma loja de ferragens. Atualmente, Olenicoff possui um império imobiliário com 8 milhões de metros quadrados de escritórios e mais de 17 mil unidades residenciais nos EUA.

5. Gail Miller

Patrimônio Líquido: US$ 4,4 bilhões (R$ 27,2 bilhões)

Gail Miller bilionários

Miller foi a sexta de nove filhos logo após a Grande Depressão, em uma família pobre que tinha apenas uma lâmpada elétrica, que era movida de um cômodo para outro. Ela e o marido (falecido em 2009), ex-gerente de peças da Toyota, transformaram uma concessionária de carros em uma das maiores redes de revendedoras dos EUA. Em 2021, ela vendeu a empresa para a Asbury Automotive por US$ 3,2 bilhões (R$ 19,8 bilhões). Agora, ela é dona da companhia de investimentos Larry H. Miller Group.

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6. Bob Parsons

Patrimônio Líquido: US$ 3,9 bilhões (R$ 24,1 bilhões)

Bob Parsons bilionário

Parsons teve uma infância humilde no centro de Baltimore, no nordeste dos EUA. Sua mãe era dona de casa e enfrentava problemas de saúde mental; seu pai era vendedor de móveis da Montgomery Ward. Ambos eram viciados em jogos de azar. “Cartas, corridas de cavalos, bingo, tudo isso”, Parsons disse à Forbes. “Você não tem muito dinheiro se é um jogador, especialmente se não começa com muito.” Depois de quase reprovar na 12ª série, ele ingressou nos Fuzileiros Navais e foi para o Vietnã. Voltou com quatro medalhas e Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Construiu sua fortuna com a GoDaddy, empresa de hospedagem de sites, que posteriormente vendeu. Hoje, ele é dono da marca de tacos de golfe PXG, concessionárias de motos e imóveis comerciais, além de ter doado milhões para ajudar veteranos de guerra.

7. David Murdock

Patrimônio Líquido: US$ 3,7 bilhões (R$ 22,9 bilhões)

Filho de um vendedor viajante e uma lavadeira, Murdock abandonou os estudos aos 14 anos. Para se sustentar, ele trabalhava em um posto de gasolina e vivia em um quarto acima do local até ser convocado para servir na Segunda Guerra Mundial. Após retornar, pegou um empréstimo de US$ 1.800 (R$ 11 mil) para abrir uma lanchonete e começou a investir em imóveis, posteriormente adquirindo empresas como a Castle & Cooke, dona da Dole Food. Aos 101 anos, é um defensor da alimentação saudável (é vegetariano na maior parte do tempo) e é obcecado pela longevidade, esperando viver até os 125 anos.

8. Howard Schultz

Patrimônio Líquido: US$ 3,3 bilhões (R$ 20,4 bilhões)

Howard Schultz bilionários

Quando Schultz tinha 7 anos, seu pai, entregador de fraldas de pano, sofreu um acidente de trabalho; ele não tinha seguro nem salário. Schultz cresceu em um conjunto habitacional no Brooklyn e escreveu, em sua autobiografia publicada em 2019, que pagou a faculdade trabalhando como bartender e até vendendo seu próprio sangue. Nos anos 1980, ele assumiu o controle da Starbucks, na época uma pequena cadeia regional de cafés com menos de uma dúzia de lojas, e transformou-a em uma gigante global com mais de 40 mil unidades.

9. John Paul DeJoria

Patrimônio Líquido: US$ 3 bilhões (R$ 18,6 bilhões)

DeJoria se lembra de sua mãe, que o criou sozinha, dizendo que a família tinha apenas 27 centavos quando ele estava no colégio em Los Angeles nos anos 1950. Ele esteve duas vezes sem-teto e morando em seu carro, incluindo quando cofundou a empresa de xampus John Paul Mitchell, em 1980, com seus US$ 700 (R$ 4,3 mil) de economias. Hoje, a empresa oferece mais de 100 produtos de cabelo e beleza em mais de 80 países. DeJoria também comprou uma participação na Patrón Spirits em 1989 e vendeu-a para a Bacardi por US$ 5,1 bilhões (R$ 31,6 bilhões) em 2018.

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10. Rihanna

Patrimônio Líquido: US$ 1,4 bilhão (R$ 8,6 bilhões)

Rihanna bilionários

A infância da estrela pop em Barbados foi marcada por dificuldades, especialmente devido ao vício do pai em drogas e álcool. O estresse se manifestava em enxaquecas tão severas que os médicos suspeitaram que ela tinha um tumor. Após impressionar o produtor musical Evan Rogers em uma audição, Rihanna lançou oito álbuns de estúdio de platina. Graças à sua linha de cosméticos Fenty Beauty, que ela detém em parceria com o conglomerado francês de luxo LVMH, Rihanna é uma das artistas mulheres mais ricas do mundo.

Os patrimônios líquidos são de 27 de dezembro de 2024.

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Negócios

Lista Forbes: Os Apresentadores Mais Bem Pagos da TV Americana

Redação Informe 360

Publicado

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

O declínio estrutural da televisão linear aparece com mais força justamente no late night, formato de talk show muito tradicional nos EUA. Por décadas, esses programas, que, como o próprio nome sugere, são apresentado nas horas finais do dia, podendo avançar madrugada adentro, foram verdadeiras máquinas de dinheiro para as emissoras americanas. Mas, nos últimos anos, analistas estimam que nenhum deles gera lucro.

Em julho, por exemplo, a CBS tomou a decisão repentina de cancelar o The Late Show with Stephen Colbert, alegando perdas anuais de US$ 40 milhões (R$ 214 milhões). Tanto a ABC quanto a NBC também cortaram custos no ano passado ao reduzir suas programações para quatro dias por semana, independentemente da vontade dos apresentadores. “Fiquei chateado”, disse Jimmy Fallon, apresentador do The Tonight Show, à Forbes. “Quero fazer cinco dias por semana. Eu amo fazer isso.”

Ainda assim, um emprego no late night vem com um salário de respeito: Fallon recebe US$ 16 milhões (R$ 85,6 milhões), Jimmy Kimmel também US$ 16 milhões e Stephen Colbert US$ 15 milhões (R$ 80,2 milhões). Eles estão entre os apresentadores mais bem pagos da TV, segundo estimativas da Forbes. Mesmo em sua fase de declínio, a televisão em seu formato tradicional ainda gera receitas significativas para as emissoras. O talento para conduzir programas como late night, matinais, noticiários em horário nobre, esportes e lifestyle é o que transforma profissionais em grandes estrelas da televisão.  Somados, os 25 apresentadores mais bem pagos da TV americana faturam US$ 582 milhões (R$ 3,11 bilhões). Com poucas exceções, eles recebem muito mais que os atores das séries de maior sucesso da televisão.

Mas, com a possível extinção do late night no horizonte, muitos se perguntam se apresentadores como Fallon serão os últimos a comandar esses programas. Isso inclui até mesmo um tão longevo e respeitado quanto The Tonight Show, exibido pela NBC desde 1954.

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“Ah, meu Deus”, diz Fallon, refletindo se será o último apresentador do Tonight. “Não, vai ter outra pessoa. E não acho que será um robô. Acho que precisa ser um ser humano, que comete erros e tem conversas reais com as pessoas.”

O mais provável é que essa geração de estrelas da TV seja a última a conquistar salários tão exorbitantes. A maioria dos 25 nomes mais bem pagos já está sob os holofotes há décadas e, em geral, agentes e empresários relatam forte pressão para reduzir valores na hora da renovação de contratos. Muitas vezes, o melhor que os talentos conseguem é manter o salário dos anos anteriores. E, em muitos casos, as emissoras exigem que apresentadores assumam projetos extras para justificar o mesmo nível de remuneração. Fallon e Kimmel, por exemplo, além do late night, também apresentam game shows para suas respectivas emissoras.

Enquanto isso, os chefs celebridades continuam vivendo em grande estilo. Guy Fieri, Bobby Flay e Gordon Ramsay comandam verdadeiros universos de programas e firmaram contratos de produção semelhantes aos dados aos grandes roteiristas de séries, trocando participação nos lucros por taxas anuais garantidas.

Esses acordos geralmente são mantidos em sigilo. Porém, quando um vaza, como o contrato de três anos e US$ 100 milhões (R$ 535 milhões) de Fieri com o Food Network no fim de 2023, ele pode sacudir o mercado, levando concorrentes a exigir a mesma remuneração, tal como aconteceu com Flay e Ramsay. Contratos tão altos, no entanto, pegam mal quando as empresas anunciam demissões. A Disney, por exemplo, cortou quase 200 vagas nas divisões da ABC News e Disney Entertainment Networks em março, apenas alguns meses depois de renovar o contrato de George Stephanopoulos, do Good Morning America, por US$ 17 milhões (R$ 91 milhões) ao ano.

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A exceção é o esporte, onde os salários dispararam nos últimos anos e novas estrelas tiveram a chance de surgir. Apresentadores e comentaristas esportivos representam oito dos 25 nomes mais bem pagos deste ano, incluindo o sete vezes campeão do Super Bowl, Tom Brady, que lidera a lista como comentarista da Fox, recebendo US$ 37,5 milhões (R$ 200,6 milhões) por ano.

Nova tendência

No passado, a ideia de comentaristas esportivos ganharem mais que os próprios atletas seria impensável.  As empresas de mídia gastam bilhões pelos direitos das ligas, já que  esses jogos são disparado os programas mais assistidos da televisão. Ante a isso, pagar alguns milhões a mais por um talento de ponta é visto tanto como uma garantia de qualidade do conteúdo quanto um incentivo para que as ligas direcionem seus melhores jogos para aquela emissora.

Brady, que tem 48 anos, foi contratado justamente para trazer poder de estrela às transmissões da NFL na Fox, depois que Troy Aikman, cuja fortuna é estimada em US$ 18 milhões (R$ 96,3 milhões), e Joe Buck (US$ 16 milhões/R$ 85,6 milhões) foram seduzidos para narrar os maiores jogos da ESPN.

“À medida que o esporte se torna um diferencial e os direitos ficam mais caros e disputados, isso empurra outros formatos e investimentos para fora”, explica Neal Zuckerman, diretor executivo e sócio sênior do Boston Consulting Group. “Há um limite para o quanto você pode gastar em conteúdo e ainda manter o negócio lucrativo.”

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Outro destaque é o número de mulheres na lista. Judy Sheindlin, Rachel Maddow e Robin Roberts estão entre as dez personalidades mais bem pagas da TV. Savannah Guthrie e Kelly Ripa aparecem entre as 15 primeiras.

Só que esses super salários devem ter fim em breve. Em plena ascensão, as plataformas de streaming não pagam valores comparáveis aos maiores contratos da TV. Em vez disso, serviços como o YouTube dividem 55% da receita publicitária com os criadores, incentivando que os talentos apostem em si mesmos. Quando o modelo funciona, dá aos apresentadores poder de negociação, como no caso de Pat McAfee, que mantém propriedade e controle editorial de seu talk show diário enquanto o licencia para a ESPN. Muitos no setor acreditam que esse tipo de acordo se tornará mais comum.

Os apresentadores mais bem pagos da TV americana

1. Tom Brady – US$ 37,5 milhões (R$ 200,6 milhões)

Para especialistas da indústria, o real valor do contrato da Fox com o ex-quarterback é impossível de calcular, já que parte de sua remuneração é paga em ações da empresa, cujo preço subiu bastante desde a assinatura. Além de comentar os jogos, função que começou no último outono com críticas mistas, Brady também atua como embaixador da Fox em diversos eventos corporativos, o que ajuda a justificar o enorme pacote de compensação.

2. Bobby Flay – US$ 33 milhões (R$ 176,6 milhões)

Flay renovou seu contrato em novembro para equiparar seus ganhos aos de Guy Fieri. O acordo engloba tudo: cachês por aparições, participação em negócios paralelos como produtos e restaurantes e, claro, seus programas de TV. Para manter o valor, o chef de 60 anos precisa de uma agenda cheia: recentemente lançou Bobby’s Triple Threat e mantém em produção Beat Bobby Flay e BBQ Brawl.

2. Gordon Ramsay – US$ 33 milhões (R$ 176,6 milhões)

Assim como Fieri e Flay, Ramsay construiu um império de programas culinários na Fox, incluindo Hell’s Kitchen, MasterChef e Next Level Chef. Mas o chef escocês de 58 anos tem um diferencial: mantém oito estrelas Michelin em seus restaurantes e reúne 40 milhões de seguidores no TikTok, onde ficou ainda mais famoso durante a pandemia ao criticar vídeos de culinária de outros usuários.

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2. Guy Fieri – US$ 33 milhões (R$ 176,6 milhões)

Conhecido como o “prefeito de Flavortown”, Fieri redefiniu o mercado de apresentadores de lifestyle ao assinar, no fim de 2023, um contrato de três anos avaliado em US$ 100 milhões (R$ 535 milhões). O acordo o transformou no talento mais bem pago do Food Network, após a fusão com a Warner Bros. Discovery. O chef de 57 anos já comandou quase 600 episódios de Diners, Drive-ins and Dives desde 2007 e participa de inúmeros programas do portfólio da WBD.

5. John Oliver – US$ 30 milhões (R$ 160,5 milhões)

O programa Last Week Tonight, da HBO, é um fenômeno: já levou 30 Emmys nos últimos 10 anos. Esse sucesso, além de atrair assinantes para a plataforma HBO Max, garantiu ao apresentador britânico de 48 anos um contrato quase duas vezes maior que o de seus colegas do late night em emissoras abertas. No ano passado, a Warner Bros. Discovery tentou segurar os clipes do programa no YouTube por alguns dias para estimular o streaming, mas voltou atrás na 12ª temporada.

6. Ryan Seacrest – US$ 29 milhões (R$ 155 milhões)

Em setembro de 2024, Seacrest assumiu o posto de Pat Sajak como apresentador de Wheel of Fortune, além de manter seus trabalhos em American Idol e no especial de Ano-Novo da ABC, que também produz. Soma-se a isso seu programa de rádio diário de quatro horas, que sozinho lhe rende mais de US$ 10 milhões (R$ 53,5 milhões) por ano. Aos 50 anos, Seacrest praticamente nunca sai do ar.

7. Judy Sheindlin – US$ 28 milhões (R$ 149,8 milhões)

Nos tempos áureos, a juíza Judy ganhava mais de US$ 45 milhões (R$ 240,8 milhões) anuais com seu programa homônimo e ainda detinha os direitos do catálogo de episódios. Desde que vendeu esses direitos para a CBS e deixou a emissora em 2021, a agora octogenária lançou duas novas atrações judiciais no streaming da Amazon. Em 2024, a gigante passou a distribuir Judy Justice para centenas de emissoras locais, garantindo a manutenção de seus altos honorários.

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8. Michael Strahan – US$ 26 milhões (R$ 139 milhões)

O ex-atleta do New York Giants hoje fatura mais como apresentador de TV do que quando jogava na NFL. Strahan tem contratos lucrativos com a Fox, como comentarista esportivo, e com a ABC, como coapresentador do Good Morning America e de The $100,000 Pyramid. Além da TV, ele também ganha com aparições pessoais e com sua empresa SMAC Entertainment, que gerencia sua própria marca.

9. Rachel Maddow – US$ 25 milhões (R$ 133,8 milhões)

Durante a renovação de contrato com a MSNBC no fim de 2024, Maddow reduziu seu salário de US$ 30 milhões (R$ 160,5 milhões) para US$ 25 milhões (R$ 133,8 milhões), segundo estimativas — algo que a emissora nega. Dois anos antes, ela havia passado de cinco dias por semana para apenas as segundas-feiras. Mesmo assim, continua sendo o rosto principal da recém-rebatizada MS NOW e ainda expande sua voz em podcasts e livros que se tornam best-sellers.

9. Robin Roberts – US$ 25 milhões (R$ 133,8 milhões)

O Good Morning America segue como uma das maiores fontes de receita da ABC, e Robin Roberts é peça-chave desse sucesso. Aos 64 anos, ela completou duas décadas como coapresentadora e mantém o programa na liderança de audiência há 13 anos consecutivos. Além do matinal, também apresenta especiais em horário nobre, como o documentário sobre os 20 anos do furacão Katrina exibido em agosto.

9. Sean Hannity – US$ 25 milhões (R$ 133,8 milhões)

Veterano da Fox News desde a fundação da emissora, em 1996, Hannity é hoje o apresentador de horário nobre há mais tempo no ar na TV a cabo. Mas sua principal fonte de renda nem é mais a TV: seu programa de rádio, transmitido em mais de 600 estações nos EUA, rende a ele mais de US$ 30 milhões (R$ 160,5 milhões) por ano, graças à sua participação acionária no formato.

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12. Savannah Guthrie – US$ 24 milhões (R$ 128,4 milhões)

Enfrentar Donald Trump em um debate televisionado em 2020 rendeu um aumento salarial expressivo para Savannah Guthrie, de 53 anos. A apresentadora do Today já era a mais bem paga do programa antes mesmo da saída da colega Hoda Kotb, em janeiro. Sua habilidade em conduzir entrevistas políticas importantes para a NBC, além de comandar especiais festivos como o Desfile de Ação de Graças da Macy’s e a cerimônia de iluminação da árvore de Natal do Rockefeller Center, garantem seu destaque na emissora.

13. Kelly Ripa – US$ 22 milhões (R$ 117,7 milhões)

Presença fixa nas manhãs da TV desde 2001, Kelly Ripa já trabalhou ao lado de Regis Philbin, Michael Strahan e Ryan Seacrest, antes de formar dupla com o marido, Mark Consuelos, em 2023. Além do programa Live!, o casal também apresenta a série Running With The Wolves na ESPN, que mostra a experiência deles como proprietários do clube italiano de futebol Campobasso FC.

14. Charles Barkley – US$ 21 milhões (R$ 112,3 milhões)

Poucos anos após assinar um contrato de dez anos no valor de US$ 210 milhões (R$ 1,12 bilhão) com a Turner Sports, Barkley ameaçou se aposentar no ano passado, quando a emissora perdeu os direitos de transmissão da NBA. Um novo acordo, no entanto, permitiu que Inside The NBA continuasse sendo produzido pela Turner, mas exibido antes e depois dos jogos na ESPN e na ABC, mantendo Barkley ao lado de seus tradicionais colegas Ernie Johnson, Kenny Smith e Shaquille O’Neal — que, segundo estimativas, recebe US$ 15 milhões (R$ 80,2 milhões) por sua participação.

15. Pat McAfee – US$ 20 milhões (R$ 107 milhões)

O contrato da ESPN com o ex-punter do Indianapolis Colts inclui cachês por sua participação no College Gameday e uma taxa de licenciamento para transmitir The Pat McAfee Show na rede. McAfee, de 38 anos, utiliza esse valor para pagar sua equipe e custos de produção, mantendo a propriedade e o controle editorial do programa. Além disso, ele também atuou como comentarista de lutas da WWE até junho, quando decidiu se afastar alegando cansaço.

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15. Stephen A. Smith – US$ 20 milhões (R$ 107 milhões)

Em março, o maior nome dos programas esportivos de debate da TV recebeu um aumento de US$ 12 milhões (R$ 64,2 milhões) para US$ 20 milhões (R$ 107 milhões) anuais, no que se acredita ser o maior contrato já pago a um talento da ESPN. Pelo novo acordo, Stephen A. participará de menos programas da emissora, liberando tempo para projetos paralelos, como seu podcast — e, apesar de negar repetidamente, especula-se até uma possível entrada na política.

17. Anderson Cooper – US$ 18 milhões (R$ 96,3 milhões)

Embora também contribua ocasionalmente para o programa 60 Minutes, da CBS, a maior parte da fortuna de Anderson Cooper vem do trabalho na CNN. Lá, ele apresenta um programa diário no horário nobre e outro semanal com reportagens aprofundadas aos domingos. Aos 58 anos, ele está na emissora desde 2001 e continua sendo um dos principais nomes do jornalismo americano.

17. Tony Romo – US$ 18 milhões (R$ 96,3 milhões)

O contrato de dez anos no valor de US$ 180 milhões (R$ 963 milhões) com a CBS, assinado em 2020, transformou Romo em um dos comentaristas mais bem pagos da história da TV esportiva. Ex-quarterback do Dallas Cowboys, ele segue como principal analista ao lado de Jim Nantz. Porém, já começa a sentir a concorrência de novos talentos, como o ex-defensivo J.J. Watt, recentemente contratado para a segunda equipe da CBS.

17. Troy Aikman – US$ 18 milhões (R$ 96,3 milhões)

Com o objetivo de montar uma equipe de transmissão de nível de Super Bowl para a temporada de 2026, a ESPN contratou Troy Aikman, lenda do Dallas Cowboys, tirando-o da Fox com um contrato ainda maior do que o oferecido pela CBS a Tony Romo, seu ex-companheiro de posição. O valor recebido por Romo também inclui despesas que ele cobre com assistentes que o acompanham em dias de jogo.

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20. George Stephanopoulos – US$ 17 milhões (R$ 91 milhões)

Um deslize verbal em 2023 levou Donald Trump a abrir um processo de difamação contra a ABC, resultando em um acordo de US$ 15 milhões (R$ 80,2 milhões). Apesar disso, a emissora manteve total apoio a George Stephanopoulos, de 64 anos, renovando seu contrato em dezembro. O novo acordo inclui um programa de política no Hulu e quatro especiais em horário nobre. No entanto, será David Muir, e não Stephanopoulos, quem seguirá responsável pelos principais boletins de notícias da rede.

20. Steve Harvey – US$ 17 milhões (R$ 91 milhões)

Desde 2010, Steve Harvey já apresentou mais de 1,1 mil episódios de Family Feud, sem contar as versões internacionais e spin-offs. Entre elas, Celebrity Family Feud teve sua maior estreia em três anos neste julho, com 4,2 milhões de espectadores. Além da TV, o apresentador de 68 anos também fatura milhões com um programa de rádio diário, transmitido em rede nacional.

22. Jimmy Fallon – US$ 16 milhões (R$ 85,6 milhões)

Com um programa feito sob medida para as redes sociais, The Tonight Show domina o espaço digital, mesmo ficando em terceiro lugar na audiência tradicional da TV. Fallon, de 50 anos, também empresta seu carisma para outras produções, apresentando game shows como Password e That’s My Jam, além do novo reality On Brand, que estreia na NBC em 30 de setembro.

22. Jimmy Kimmel – US$ 16 milhões (R$ 85,6 milhões)

Apresentador do Jimmy Kimmel Live! desde 2003, Kimmel já cogitou a aposentadoria algumas vezes, e seu contrato atual expira em meados de 2026. Fora do talk show, ele também apresenta a versão com celebridades de Who Wants To Be A Millionaire? e dublou um personagem no filme dos Smurfs lançado neste verão. Durante a temporada do Emmy, chegou a defender publicamente Stephen Colbert, chamando de “absurda” a alegação da CBS de que o programa de seu colega gerava prejuízo anual de US$ 40 milhões (R$ 214 milhões).

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22. Joe Buck – US$ 16 milhões (R$ 85,6 milhões)

Em 2022, a Fox liberou Joe Buck do último ano de seu contrato para que ele se juntasse a Troy Aikman na ESPN, em troca dos direitos de transmissão de um jogo universitário entre Penn State e Purdue. Aos 56 anos, Buck se tornou o narrador esportivo mais bem pago da história, depois de ter narrado 24 World Series em sua antiga emissora. Hoje, sua principal função é no Monday Night Football, embora ocasionalmente participe de transmissões da MLB — principal liga de baseball dos EUA —, como o jogo de abertura entre Brewers e Yankees.

25. Stephen Colbert – US$ 15 milhões (R$ 80,2 milhões)

Favorito ao Emmy de Melhor Série de Talk Show neste fim de semana, Colbert, de 61 anos, pode conquistar sua primeira estatueta no comando do The Late Show. Antes, ele já havia vencido dez vezes com The Colbert Report, no Comedy Central. Com contrato até maio do próximo ano, o anúncio do fim de seu programa impulsionou ainda mais a audiência, deixando-o à frente da concorrência.

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Negócios

6-6-6: O Desafio de Caminhada Que Melhora Corpo e Mente

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Embora muitas vezes seja subestimada, a caminhada é um dos melhores exercícios para equilibrar vida pessoal e profissional, além de cuidar da saúde física e do bem-estar mental, fatores que contribuem diretamente para o engajamento e a produtividade no trabalho.

Existem diversos tipos de caminhada: as contemplativas, conscientes e que seguem o método japonês, um tipo de exercício intervalado. Mas o desafio 6-6-6 traz benefícios diferentes e já acumula muitos adeptos.

As vantagens do desafio 6-6-6

Se você está começando agora, o desafio 6-6-6 é acessível para iniciantes e uma das melhores rotinas para controlar o estresse e aumentar a energia. Um dos pontos fortes desse método é a simplicidade: a estrutura baseada em números – como a técnica de respiração 4-4-4-4 – facilita seguir a rotina sem pensar demais.

A tendência consiste basicamente em caminhar 60 minutos às 6h da manhã ou às 18h, com aquecimento e desaquecimento de 6 minutos. Para experimentar o desafio, siga estes passos por 60 minutos, seis dias por semana, sempre às 6h ou às 18h:

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  • Caminhe por seis minutos em ritmo confortável para aquecer;
  • Aumente a velocidade para um ritmo acelerado nos seis minutos seguintes;
  • Reduza novamente o ritmo nos últimos seis minutos para desacelerar;
  • Repita esse ciclo até completar os 60 minutos para obter os melhores resultados;
  • Mantenha a postura correta durante toda a caminhada;
  • Incorpore esse método seis vezes por semana para alcançar os benefícios.

Corredor iniciante

Segundo Haley Dyes, treinadora-chefe da MyBodyTutor, plataforma de atividade física e nutrição, o 6-6-6 supera muitos programas de corrida para iniciantes.

Ela o descreve como o plano ideal para transformar pessoas que caminham de forma casual em corredores confiantes. O motivo? A maioria ignora um passo essencial: criar uma base sólida de condicionamento.

Muitos tentam ir do zero ao extremo e acabam desistindo em poucas semanas. Diferente de outros métodos, que partem do pressuposto de algum preparo físico, o 6-6-6 se adapta a qualquer nível, até mesmo àqueles totalmente sedentários.

A ciência por trás da caminhada

Apesar da popularidade, o método 6-6-6 ainda não foi estudado cientificamente, afirma o Dr. Roy Hamilton, professor da Universidade da Pensilvânia e membro da McKnight Brain Research Foundation. Mas ele explica que a prática combina fatores já comprovados.

Estudos mostram, por exemplo, que caminhar cerca de 7 mil passos por dia – número próximo ao proposto pelo desafio – reduz o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e demência. Outras pesquisas apontam que a caminhada ajuda na perda de peso, fortalece músculos e melhora o desempenho mental, o bem-estar emocional e a neuroplasticidade (a capacidade do cérebro de formar novas conexões).

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“Caminhar em ritmo acelerado por 60 minutos algumas vezes por semana proporciona um ótimo exercício aeróbico, benéfico para a saúde cerebral”, diz Hamilton. “Alguns estudos sugerem que exercícios pela manhã ou no início da noite podem trazer benefícios extras para o coração, o metabolismo e a qualidade do sono.”

Jake McLendon, vice-presidente de ginástica em grupo da rede Crunch Fitness, também aprova o desafio: “O cardio de intensidade moderada mantém o corpo preparado para a queima de gordura, ao contrário do cardio intenso, que depende mais do glicogênio”, explica. “O ideal é caminhar em um ritmo que coloque sua frequência cardíaca em torno de 70%, zona considerada ótima para perda de gordura. É um ritmo em que você sente que está se exercitando, mas ainda consegue conversar.”

Por outro lado, McLendon aponta um desafio: o tempo. Para muitas pessoas, reservar em torno de uma hora para se exercitar pode ser difícil, especialmente para quem está retomando os exercícios.

Ainda assim, os especialistas reforçam que aqueles que seguem o método 6-6-6 têm mais chance de se tornarem adeptos da atividade física e corredores consistentes em seis meses, se comparados aos que começam correndo direto. “Construir padrões corretos de movimento, desenvolver a base cardiovascular e manter a constância são fatores-chave que muitos acabam ignorando”, observa Dyes.

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Como estabelecer (e cumprir) metas

Quantas vezes você já prometeu a si mesmo mudar seus hábitos de saúde? Definir metas no formato “quando-então” é uma forma eficaz de criar hábitos saudáveis e transformar objetivos difíceis em realizáveis. Pesquisas mostram que essa técnica pode triplicar as chances de alcançar uma meta.

Funciona assim: ao especificar quando e onde vai agir, seu cérebro associa automaticamente a situação (quando) à ação (então). Assim, uma meta vaga de “vou começar a me exercitar” vira algo concreto. No caso do desafio: Quando for 6h da manhã de segunda a sábado, então caminharei por 60 minutos.

*Bryan Robinson é colaborador da Forbes USA. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte.

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Negócios

Cofundadora da Conta Black: “Sucesso É Poder Dizer Não”

Redação Informe 360

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

Apesar do sucesso que encontrou como cofundadora e CEO da Conta Black, Fernanda Ribeiro não gosta de se limitar pela posição que ocupa como empresária e executiva. “Meu maior norteador é a Fernanda que sou e não a que estou. É assim que gosto de me apresentar”, diz. A frase funciona como uma porta de entrada para entender sua trajetória e o que a move: construir pontes.

O conceito se aplica não só à empresa que criou, que oferece crédito a pessoas frequentemente ignoradas pelo sistema bancário, mas também ao desejo de aproximar o mercado financeiro da academia, de abrir espaço para outras mulheres e de manter o elo entre as muitas versões dela mesma que coexistem. Todas curiosas, inquietas e com fome de transformação.

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Fernanda nasceu e foi criada na zona sul de São Paulo, a quinta entre sete filhas. Desde cedo, conviveu com referências femininas potentes, das mais variadas gerações e personalidades. Segundo ela, isso foi fundamental para moldar sua escuta ativa e sua habilidade de adaptação no papel de empreendedora e a líder que se tornaria.

O mercado financeiro e o universo empreendedor entraram por acaso em sua vida. Por muito tempo pensou que seguiria a tradição familiar e se tornaria funcionária pública. Ela até chegou a ser aprovada em um concurso, mas, devido às mudanças nas regras de contratação, acabou não sendo chamada.

Ponte estaiada

O empreendedorismo ainda nem passava pela sua cabeça. Ela iniciou a carreira no mercado corporativo, até que um burnout a levou a recalcular a rota.

A Conta Black nasceu na virada de 2017 para 2018, quando Sergio All, seu sócio, viu na negativa de crédito de seu banco a oportunidade de fazer diferente. “Havia diversos gaps financeiros. Muitos afroempreendedores não conseguiam sequer abrir uma conta. Outros não obtinham acesso ao crédito. A partir daí, pensamos: e se a gente fundasse um negócio para resolver esse problema?”

Com o tempo, o foco se ampliou: da bancarização à oferta de crédito, da inclusão financeira à educação. A executiva lembra que a Ponte Estaiada, vista de um dos primeiros escritórios da empresa, era a representação perfeita do propósito do negócio. “De um lado, a gente via a periferia. Do outro, a Faria Lima. Era muito simbólico porque representa exatamente o que queremos fazer: construir pontes entre duas realidades diferentes, de modo que as pessoas que estão na periferia, em sua maioria mulheres negras, possam acessar produtos e serviços muito parecidos com quem está do outro lado da ponte.”

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“Ser bem-sucedida é poder dizer não com liberdade.”

Apesar de estar inserida em um setor altamente competitivo, não é em cifras ou números que Fernanda mede seu sucesso. Seu parâmetro é outro: domínio do tempo. “Ser bem-sucedida é poder dizer não com liberdade.”

Desse objetivo, surge a líder que valoriza o diálogo, o questionamento e a escuta ativa – e isso exige adaptação. Aos risos, brinca que cada stakeholder conhece uma Fernanda diferente. A multiplicidade, para ela, é virtude. “Eu sou humana, em todos os processos. Tenho inseguranças, falhas e vulnerabilidades, mas também sou estratégica, olho pra frente e crio cenários. A Fernanda é um misto de várias Fernandas, com jogo de cintura para dialogar com pessoas diferentes.”

Empreender e viver

Essa busca constante por equilíbrio – entre a gestora e a pessoa física – é um dos maiores orgulhos de sua trajetória. Ela rejeita a ideia de que empreender exige desumanização ou que a exaustão do empreendedor precise ser celebrada. No fim do dia, dá para ser firme e sensível. Empreender e existir.

Hoje CEO da companhia, Fernanda segue movida pelo impacto que seus serviços têm na vida de outras pessoas, mesmo diante das instabilidades e da imprevisibilidade do mundo dos negócios. Ela faz questão de manter contato direto com clientes – e um pequeno agradecimento pela concessão de crédito vira combustível para lembrar por que faz o que faz todos os dias.

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Cases distantes da realidade

O sucesso da Conta Black não significa o fim das pontes a serem construídas. Pensando no futuro, Fernanda flerta com a ideia de levar sua experiência para a academia, enriquecendo a formação de futuros empreendedores e administradores. “Sinto falta de uma ponte entre a teoria e a prática. Os cursos ainda ensinam com base em cases muito distantes da realidade.”

Apesar da força do pioneirismo que seu nome carrega, Fernanda acredita que seu maior legado é não ser a última mulher negra de origem simples a chegar ao topo. Pensando nisso, um dos braços de atuação do instituto social da empresa é a formação de jovens negros para o mercado financeiro.

“Eu posso ter sido a primeira em diversas coisas, mas não posso ser a última”, afirma. “Estou pensando em quem vou segurar a porta para entrar. A transformação dentro de uma perspectiva individualizada, para mim, não funciona. Não fico satisfeita de ter algo e não proporcionar que outras pessoas também tenham acesso”.

*Matéria originalmente publicada na lista Forbes The Founders 2025.

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