Negócios
Por que empresários não conseguem aproveitar as férias?

Julho chegou e vários profissionais vão aproveitar o mês para tirar férias, mas muitos também estão vendo suas agendas se preencherem e encontrando razões para não tirar uma folga. Alguns recusam férias pagas porque é muito estressante planejar uma grande viagem. Outros estão preocupados sobre a percepção do seu gerente. E ainda existem os que se sentem culpados.
Embora a pausa do trabalho possa parecer um compromisso ideal, ela também é cercada de barreiras. Alguns funcionários remotos estão tão ansiosos para tirar uma folga que fazem “férias silenciosas“— fugas secretas para lugares exóticos onde misturam negócios e prazer sem o conhecimento de seu chefe, que pode desaprovar o fato de que não estão trabalhando de casa. Ou o oposto, no qual o profissional coloca o trabalho antes do descanso e leva pilhas de tarefas do escritório na viagem.
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Dificuldade em desconectar
Os empresários são especialmente propensos a ter dificuldade em desligar dos seus trabalhos e relaxar nas férias, o que pode causar repercussões para sua saúde mental e satisfação profissional. Um estudo com 600 empreendedores pela Clarify Capital aponta que quase metade dos entrevistados trabalha durante suas supostas pausas.
Nishank Khanna, CMO da Clarify Capital, relata que quatro em cada cinco empresários não conseguem se desconectar do trabalho, mesmo durante as férias. “Essa conectividade incessante pode sinalizar dedicação, mas desfoca a linha entre compromisso e compulsão, arriscando o burnout.”
A pesquisa também mediu o número de dias de férias que os profissionais tiraram em comparação com sua felicidade e produtividade. Os resultados apresentaram que os mais felizes tiraram em média 10 dias no último ano. Outros dados mostram que os executivos não conseguem se desconectar completamente e não esperam que sua força de trabalho se desconecte totalmente também. Confira os destaques do estudo:
- 22% dos empresários não tiraram nenhum tempo de folga no ano passado.
- 81% verificam e-mails enquanto estão fora do escritório.
- 49% lidam com tarefas do escritório durante as férias, ignorando a necessidade do descanso. “Quase metade dos entrevistados prefere seguir em frente com o cansaço do que fazer uma pausa, o que destaca uma cultura perigosa de trabalho incessante em detrimento do bem-estar,” aponta Khanna. “Essa recusa em fazer uma pausa pode sufocar a criatividade e a produtividade, em vez de aumentá-las.”
- Seis em cada sete profissionais que verificam e-mails nas férias ainda se sentem esgotados depois de tirar uma folga.
- Um em cada cinco empreendedores espera que os funcionários verifiquem e-mails durante as férias. Essa expectativa vai contra o “direito à desconexão”, que pressiona por um equilíbrio entre carreira e vida. “Isso reflete uma cultura de trabalho generalizada que prioriza a disponibilidade constante sobre a saúde mental e o bem-estar dos funcionários,” afirma Khanna. “É um indicador alarmante das pressões colocadas tanto nos líderes quanto em suas equipes, o que pode levar a uma menor satisfação profissional e ao aumento da rotatividade.”
Preocupações financeiras, culpa e medo do fracasso nos negócios são barreiras para as férias dos empresários. 72% pulam as férias devido a preocupações financeiras. Khanna diz que essa tendência expõe um quadro preocupante do sonho empreendedor — um lembrete pungente de que a liberdade financeira permanece ilusória para muitos que estão à frente de seus próprios empreendimentos.
Um em cada quatro proprietários evita as férias por culpa, possivelmente alimentada por responsabilidades percebidas com os negócios e funcionários, o que destaca o pesado pedágio emocional do empreendedorismo, observa Khanna.
Um em cada cinco empresários recusa tempo de folga devido ao medo do fracasso nos negócios. Esta descoberta mostra a fragilidade das pequenas empresas na economia de hoje, de acordo com o CMO da Clarify Capital, que destaca a necessidade de sistemas de apoio mais fortes e recursos para os empreendedores.
Tire férias balanceadas em vez de uma viagem de culpa
Se é difícil para você relaxar, se as férias são muito estressantes ou se você se sente culpado quando tira uma folga, aqui estão cinco passos que você pode seguir para uma pausa agradável e merecida:
- Estabeleça limites. A comunicação limitada com o escritório enquanto você está de férias pode ser menos estressante do que nenhuma comunicação e se preocupar com o acúmulo de coisas. Sentir que você está ficando para trás pode tornar mais difícil relaxar. Limites estritamente aplicados nas férias, como uma hora por dia para verificar e-mails ou fazer ligações, podem ajudá-lo a relaxar.
- Gerencie seus dispositivos. Crie toques personalizados para sua família, amigos ou colegas de trabalho quando você quiser filtrar chamadas durante as horas de folga. Relaxe com as mensagens instantâneas para não criar a expectativa de que você está disponível toda hora.
- Amenize saídas e retornos ao trabalho. Não trabalhe até o momento em que você sai de férias e evite retornar ao trabalho imediatamente depois. Se possível, agende um dia extra de folga antes de partir e outro quando voltar para facilitar a readaptação.
- Equilibre atividades. Nas férias, alterne seu tempo entre manter-se ativo e descansar de forma restauradora. Uma caminhada na praia combinada com cinco minutos de meditação lhe dará um impulso bioquímico. A atividade aumenta as endorfinas. Acalmar sua mente estimula a parte do seu cérebro responsável por diminuir os surtos de adrenalina e cortisol que acompanham o estresse.
- Planeje com antecedência. Escolha um profissional de confiança para gerenciar as tarefas diárias durante sua ausência e certifique-se de que seus colegas saibam que você estará fora. Designe uma pessoa para te contatar fora do escritório apenas sobre assuntos com os quais você deseja ser incomodado.
Um último chamado de atenção
Se você nega pausas no trabalho, pergunte a si mesmo: “O que estou fazendo com minha mente e meu corpo quando não tiro uma folga do trabalho?” e “por que não posso me dar uma pausa de vez em quando?” Examine suas próprias tendências de criar estresse para si mesmo e privar-se de autocuidado. Isso pode levá-lo a mudanças saudáveis.
Segundo Khanna, o fato de que apenas 40% dos empresários priorizam o autocuidado nas férias é um achado surpreendente, que serve como um alerta para a comunidade empreendedora. Ele conclui que é imperativo equilibrar as demandas dos negócios com a necessidade de bem-estar pessoal.
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*Bryan Robinson é colaborador da Forbes US. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.
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Conheça o Novo CEO da Vivara

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O conselho de administração da Vivara elegeu Thiago Lima Borges como novo CEO na quinta-feira (11). O executivo substitui Icaro Borrello, que ficou pouco mais de um ano à frente da companhia. É a quinta troca de liderança na companhia em menos de dois anos.
Com mais de 20 anos de experiência executiva, Borges já atuou como CFO e diretor de relações com investidores do Grupo Smart Fit. Além disso, coleciona passagens por empresas como Arezzo&Co e Braskem. Formado em administração pela Universidade Salvador, também possui MBA pela Stanford University.
Além do novo CEO, o colegiado da Vivara também elegeu Cassiano Lemos da Cunha para o cargo de diretor de operações, no lugar de Bruno Kruel Denardin.
Vivara avança mais de 2% após anunciar troca de CEO
As ações da Vivara figuravam entre os destaques positivos do Ibovespa nesta sexta-feira (12), com alta de mais de 2%, um dia após a rede de joalherias anunciar as mudanças na gestão.
Analistas do Bradesco BBI/Ágora Investimentos afirmaram ver a nomeação de Borges como positiva, dado seu histórico no setor e reconhecimento pelo mercado. “Apesar de mais uma mudança no C-level (alta administração) parecer exaustiva, entendemos a decisão do conselho de administração da Vivara como parte da nova fase estratégica iniciada em 2025, com maior foco em governança e alinhamento aos minoritários”, afirmaram em relatório a clientes.
“Acreditamos que, à medida que Borges e Lemos consolidem suas funções, os controladores devem reduzir a atuação executiva e concentrar-se no conselho”, acrescentaram Pedro Pinto e Flávia Meireles. “Mantemos recomendação neutra e preço-alvo de R$36 (para a ação), porém, aguardando sinais de execução e estabilidade na gestão para reavaliar as perspectivas.”
Por volta de 10h25, as ações da Vivara tinham alta de 2,37%, a R$35,01, entre as maiores altas do Ibovespa, que subia 0,61%.
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Siemens Energy Anuncia Marcela Souza Como Vice-Presidente Sênior para a América Latina

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A Siemens Energy anunciou Marcela Souza como nova vice-presidente sênior para a América Latina, cargo que ela assumirá em 12 de janeiro de 2026. Atualmente diretora jurídica no Brasil e diretora de compliance para a região, Marcela é a primeira mulher a ocupar o posto mais alto de gestão da empresa na América Latina. Ela sucede André Clark, que deixa a companhia após oito anos para assumir a liderança da farmacêutica Viveo.
Com 17 anos de Siemens Energy e mais de duas décadas de carreira, Marcela já ocupou diferentes posições de liderança e acumula experiência em gestão reputacional. Formada em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, possui MBA em administração de empresas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Na nova função, liderará a estratégia operacional da empresa em uma região que reúne nove fábricas e escritórios distribuídos por 13 países. Sua missão inclui elevar o desempenho de uma equipe de 7.200 funcionários. No Brasil — maior operação da Siemens Energy na América Latina, com cinco fábricas e três centros de serviços — ela será responsável por 3.100 colaboradores.
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Coca-Cola Nomeia Brasileiro como Novo CEO

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A Coca-Cola anunciou nesta quarta-feira (10) a nomeação do brasileiro Henrique Braun como seu novo presidente-executivo, substituindo James Quincey, enquanto as empresas de alimentos tentam ajustar suas estratégias para consumidores que buscam bebidas e lanches mais saudáveis e acessíveis.
O portfólio de bebidas sem açúcar da Coca-Cola, bem como suas linhas de produtos mais premium, como o leite Fairlife, tem mantido a empresa em melhor situação em um cenário de consumo instável, ao contrário de rivais como a PepsiCo.
Tanto Quincey quanto Braun ingressaram na empresa em 1996 e ocuparam cargos de liderança em todo o mundo na Coca-Cola. Braun, de 57 anos, passa a liderar a gigante de bebidas em 31 de março.
Há três décadas na Coca-Cola, Braun foi presidente da companhia para China e Coreia, Brasil e América Latina.
O brasileiro foi nomeado diretor de operações da Coca-Cola em janeiro, trazendo consigo experiência na empresa em áreas como cadeia de suprimentos, desenvolvimento de novos negócios e operações de engarrafamento. “Vou me concentrar em dar continuidade ao impulso que construímos com nosso sistema. Trabalharemos para desbloquear o crescimento futuro em parceria com nossos engarrafadores”, disse Braun em comunicado.
O preço das ações da Coca-Cola subiu quase 63% desde que Quincey, de 60 anos, assumiu o cargo de presidente-executivo em maio de 2017.
Quincey esteve à frente da empresa durante um período em que a fabricante de refrigerantes intensificou seu foco em bebidas sem açúcar e com baixas calorias, além de adicionar linhas de produtos como leite, água com gás, café e bebidas energéticas por meio de aquisições.
“Quincey estabeleceu um padrão elevado. Os investidores podem esperar que o novo presidente-executivo continue a renovar o portfólio de marcas”, disse Kimberly Forrest, diretora de investimentos da Bokeh Capital Partners.
O setor de bens de consumo passou por uma série de mudanças em cargos de alta direção este ano, à medida que as empresas se adaptam a um ambiente de consumo dividido, além de desafios operacionais e na cadeia de suprimentos devido às tarifas.
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